Ómicron travou crescimento de passageiros nos aeroportos nacionais em dezembro, segundo o INE
Dados do INE mostram que, no final do ano passado, o tráfego de passageiros registou uma “ligeira inversão” da recuperação que tinha sido registada nos meses anteriores, o que se pode explicar com o surgimento da nova variante Ómicron.
Inês de Matos
Nova Edição: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Edição Digital: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Madeira recebe 11.ª edição dos World Golf Awards
Alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganham medalhas internacionais
Universidade do Algarve recebe última sessão das conferências “Estratégia Turismo 2035 – Construir o Turismo do Futuro”
Turismo do Alentejo e Ribatejo aprova plano de atividade com acréscimo de 50%
Soltrópico anuncia novos charters para Enfidha no verão de 2025
Concorrência dá ‘luz verde’ à compra da Ritmos&Blues e Arena Atlântico pela Live Nation
Número de visitantes em Macau sobe 13,7% para mais de três milhões em outubro
Pipadouro ganha prémio como melhor experiência inovadora em enoturismo a nível mundial
No último mês de 2021, os aeroportos nacionais contabilizaram 2,7 milhões de passageiros, número que indica um crescimento de 168,7% face a igual mês do ano anterior, mas que continua a traduzir uma quebra de 32,0% face a dezembro de 2019, até porque, devido à Ómicron, que surgiu no final do ano passado, o tráfego de passageiros registou uma “ligeira inversão” da recuperação que tinha sido registada nos meses anteriores, aponta o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Nos meses mais recentes de 2021 tem-se verificado uma tendência de aproximação aos níveis de 2019, mas em dezembro verificou-se uma ligeira inversão desta tendência, tendo-se registado o desembarque médio diário de 46 mil passageiros no conjunto dos aeroportos nacionais (49 mil no mês anterior), valor significativamente superior ao registado no mês homólogo de 2020 (17 mil) mas ainda distante do observado em dezembro de 2019 (66 mil)”, lê-se no comunicado divulgado esta sexta-feira, 18 de fevereiro, pelo INE.
Em dezembro, os aeroportos portugueses contabilizaram também a aterragem de 13,8 mil aeronaves em voos comerciais, valor que indica uma descida de 13,9% face ao mesmo mês de 2019, ainda antes da chegada da pandemia da COVID-19.
No que diz respeito aos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais em dezembro, 80,0% corresponderam a tráfego internacional (78,5% no mesmo período de 2020), na maioria provenientes de aeroportos do continente europeu (68,0%), enquanto no que diz respeito aos passageiros embarcados, 77,7% corresponderam a tráfego internacional
(74,7% em dezembro de 2020), tendo como principal destino aeroportos localizados no continente europeu (62,8%).
No acumulado até dezembro, os aeroportos nacionais contabilizaram a aterragem de 132,3 mil aeronaves em voos comerciais (+32,0% face a 2020) e o movimento de 25,6 milhões de passageiros (+39,3%), valores que traduzem decréscimos de -42,0% e -57,4%, respetivamente, face ao ano de 2019.
Por aeroportos, o destaque voltou a recair em Lisboa, que movimentou 47,5% do total de passageiros (12,2 milhões) e registou um aumento de 31,2%, enquanto Faro observou um crescimento de 48,0% no movimento de passageiros, atingindo os 3,3 milhões de passageiros, número que, segundo o INE, fica “ainda muito distante do registado em 2019 (9,0 milhões de passageiros; -63,7%)”.
Já no que diz respeito a mercados, França manteve-se como o principal país de origem e de destino dos voos ao longo do ano passado, depois de já ter alcançado a primeira posição deste ranking em 2020 e de ter ficado em segundo em 2019, registando um crescimento de 31,0% no número de passageiros desembarcados e 30,8% no número de passageiros embarcados, face a 2020.
Por outro lado, aponta também o INE, a Suíça “destacou-se com o maior crescimento no número de passageiros embarcados e desembarcados (+37,0% e +34,2%, respetivamente), ocupando a 5ª posição”.