Portugal não vai ter festejos de passagem do ano
Um pouco por todo o país, os festejos de rua de passagem do ano, com concertos e fogo-de-artifício, foram cancelados para evitar uma grande aglomeração de pessoas, e evitar a propagação da pandemia da covid-19 em Portugal.
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Várias cidades portuguesas, um pouco de norte a sul do país, acabam de anunciar que não vai haver festejos de passagem de ano devido à evolução da pandemia da covid-19 no país e consequentemente pelas medidas de restrição pelas medidas de restrição em vigor.
Os festejos da passagem de ano em Lisboa foram cancelados devido à evolução da pandemia de Covid-19, anunciou esta sexta-feira o presidente da câmara, Carlos Moedas, remetendo para a semana uma decisão sobre os espetáculos de fogo de artifício. Para justificar a decisão, o autarca de Lisboa afirmou que as festas iriam criar “um grande aglomerado de pessoas”.
Também o autarca do Porto, Rui Moreira, revelou que as festas de fim de ano na cidade não se vão realizar, devido à situação pandémica. Este será o segundo ano consecutivo que os festejos são cancelados. “Era nossa intenção fazer fogo-de-artificio na praia desta vez, mas as circunstâncias são o que são, temos de nos ajustar e, portanto, falámos com os GNR com quem já tínhamos agendado o concerto – ainda não tínhamos anunciado – e passaram para o Pavilhão Rosa Mota no dia 30 de dezembro”, explicou o autarca, sublinhado que esta decisão pretende “evitar a concentração nas ruas”.
Ainda no Norte, o fogo-de-artificio e concertos já foram cancelados nos concelhos de Espinho, Matosinhos, Gondomar, Vila Nova de Gaia, Braga e Guimarães. A autarquia de Espinho adiou ainda a tradicional corrida de São Silvestre, que estava, originalmente, marcada para 8 de janeiro e passou para 15 do mesmo mês.
Igualmente, os 16 municípios do Algarve decidiram em conjunto cancelar a realização de festas de passagem de ano por não estarem reunidas as condições para cumprir as medidas de contenção da covid-19, anunciou a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).
Em comunicado, a AMAL adianta que a decisão “foi consensualizada em sede de reunião do conselho intermunicipal”, na sexta-feira, atendendo ao “contexto de pandemia que atualmente se vive e à recente evolução” epidemiológica.
“Mesmo que estas iniciativas fossem de realização ao ar livre, teriam que obedecer a um conjunto de orientações da DGS, que os autarcas afirmam não haver condições para serem cumpridas, uma vez que implicam uma grande concentração de pessoas”, lê-se na nota.
Alguns autarcas decidiram manter a tradição do fogo-de-artifício, “sendo que outros decidiram não avançar uma vez que podem promover aglomeração de pessoas”, razão pela qual foram também canceladas várias iniciativas da programação de Natal, prossegue.
“Conscientes de que esta decisão poderá trazer constrangimentos aos empresários e comerciantes da região, os autarcas defendem que, nesta altura, o foco deverá estar centrado na proteção da saúde e bem-estar da população do Algarve”, conclui o organismo que agrega os 16 municípios do distrito de Faro.