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Comissão atualiza medidas para viagens no verão, mas quer “travão de emergência” para novas variantes

Bruxelas quer um aligeirar das medidas para quem já estiver vacinado, mas, ao mesmo tempo, impõe um “travão de emergência” em caso de novas variantes.

Victor Jorge
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Comissão atualiza medidas para viagens no verão, mas quer “travão de emergência” para novas variantes

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A Comissão Europeia (CE) propôs uma atualização relativamente restrições à liberdade de circulação na União Europeia (UE) em resposta à pandemia de COVID-19, considerando que, “uma vez que a situação epidemiológica está a melhorar e que as campanhas de vacinação estão a acelerar em toda a UE”, que os Estados-Membros “facilitem gradualmente as medidas em matéria de viagens, sobretudo para os titulares do certificado digital COVID da UE.

Para Didier Reynders, Comissário da Justiça, em função da diminuição do número de infeções que tem vindo a diminuir continuamente e do “êxito das campanhas de vacinação” em toda a UE, “propomos que os Estados-Membros coordenem este levantamento gradual das restrições à liberdade de circulação, tendo em conta a nossa nova ferramenta comum: o certificado COVID digital da UE”.

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Assim, com base no mapa com um código de cores, publicado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), as principais atualizações em matéria de viagens na UE passam pela dispensa de testes ou exigência de uma quarentena 14 dias após a administração da última dose da vacina às pessoas que tenham sido totalmente vacinadas e que sejam titulares do certificado de vacinação emitido em conformidade com o certificado digital COVID da UE.

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Tal medida deve aplicar-se, igualmente, às pessoas que recuperaram da COVID-19 e que receberam a primeira dose de uma vacina com 2 doses. Também as pessoas que recuperaram da COVID-19, que sejam titulares de certificados emitidos em conformidade com o certificado digital COVID da UE, deverão ser dispensadas dos testes ou da obrigação de quarentena durante os primeiros 180 dias após um resultado positivo de um teste PCR.

A Comissão propõe um período de validade normalizado para os testes: 72 horas para os testes PCR e, sob reserva de aprovação por um Estado-Membro, 48 horas para os testes rápidos de deteção de antigénios.

Já quanto ao “travão de emergência”, a Comissão propõe que os Estados-Membros devem reintroduzir restrições de viagem para as pessoas vacinadas e que tenham recuperado da COVID-19 caso a situação epidemiológica se deteriore rapidamente ou se tiver sido comunicada uma elevada prevalência de variantes que suscitem preocupação ou interesse.

O sistema de semáforos estabelecerá, assim, que os viajantes provenientes de uma zona “verde” não seja alvo de quaisquer restrições. Já aos viajantes provenientes de uma zona “laranja”, os Estados-Membros podem exigir um teste prévio à partida (teste rápido de deteção de antigénios ou PCR), enquanto para quem vier de uma zona “vermelha” poderá ser exigida a quarentena, exceto se tiverem efetuado um teste antes da partida (teste rápido de deteção de antigénios ou PCR).

Por último, para os viajantes provenientes de uma zona “vermelho-escuro”, as viagens não essenciais devem ser fortemente desencorajadas. Mantém-se a exigência de testes e de quarentena.

Stella Kyriakides, comissária da Saúde e Segurança dos Alimentos, afirmou que, apesar da liberdade de circulação ser “um dos direitos mais apreciados pelos cidadãos da UE: necessitamos de abordagens coordenadas e previsíveis que proporcionem clareza e evitem requisitos incoerentes entre os Estados-Membros”.

À medida que a vacinação progride a um ritmo crescente, Kyriakides não deixa de destacar que “temos de permanecer cautelosos e colocar sempre a proteção da saúde pública em primeiro lugar”.

Certo é que a Comissão apela a que sejam envidados “mais esforços” no sentido de assegurar uma implantação harmoniosa do certificado digital COVID da UE, de modo que os Estados-Membros comecem a emitir o certificado digital COVID da UE antes da entrada em vigor do regulamento subjacente, em 1 de julho.

De resto, a Comissão já veio afirmar o seu apoio a este processo, procedendo ao lançamento, a 1 de junho, da parte central do certificado digital COVID da UE no portal da UE, através do qual todas as assinaturas de certificados digitais de COVID da UE podem ser verificadas.

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“Crescimento do Porto e Norte pode acontecer com a construção de uma segunda pista e aumento da aerogare”

No arranque das comemorações dos 30 anos da criação da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, o Publituris falou com Luís Pedro Martins que assume a liderança da associação e da Entidade Regional de Turismo. Certo é que a criação da associação trouxe mais à região Norte, salientando Luís Pedro Martins que, para o futuro, é preciso investir. Até lá, admite, é preciso olhar para os aeroportos do Porto e Faro.

Victor Jorge

Foi a 26 de março de 1995 que foi fundada a Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal.

Em entrevista ao Publituris, Luís Pedro Martins, presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), bem como da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, recordou a evolução da região ao longo das últimas três décadas. E se em 1995, o Norte registava 2,4 milhões de dormidas (95,6% das quais de turistas nacionais), atualmente, a região regista 14,1 milhões de dormidas anuais (+487% face a 1995), com um aumento de 858% nas dormidas de turistas estrangeiros.

E se há 30 anos o Porto recebia pouco mais de 400 mil movimentos de passageiros no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, hoje são 16 milhões. Por isso, e para que o crescimento possa acontecer, terá de apostar-se na “construção de uma segunda pista e no aumento da aerogare”. Além disso, e uma vez que o Novo Aeroporto de Lisboa só estará pronto, segundo aposta Luís Pedro Martins, “não antes de 15 anos”, há que olhar para os dois aeroportos a Norte e a Sul.

As comemorações dos 30 anos da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal arrancaram no dia 26 de março. Que importância teve, tem e terá a associação para o turismo do Porto e Norte?
Foi, de facto, há 30 anos que se fundou a Associação de Turismo do Porto e Norte, primeiro como Convention Bureau. Uma associação que nasceu pela visão do presidente da Câmara do Porto da altura, Fernando Gomes, que iniciou com a sua vereadora da Cultura e Turismo, Manuela de Melo, que acabou por ser a primeira presidente da associação, este caminho e que perceberam a importância de o Porto apresentar-se como um destino internacional para captar os mercados externos.

Na altura, o Porto ainda era curto, era curto para se poder apresentar nas grandes feiras internacionais. Tanto o Fernando Gomes como a Manuela de Melo tiveram o cuidado de primeiro ir a Berlim, a Madrid, a grandes feiras internacionais, conhecer o terreno e perceberam que apenas o município não chegava. Então constituíram a associação chamando municípios vizinhos, mas também, e achei muito interessante essa ideia inicial, as empresas. E não só as empresas per si, mas também as associações de empresas, a Associação Comercial do Porto, a Associação de Comerciantes, a hotelaria, restauração, e foi assim que, de facto, nasceu este primeiro projeto, ganhando escala logo numa leitura muito interessante. Ou seja, a região iria precisar de um Porto, de facto, forte e que se posicionasse internacionalmente, mas também, em boa verdade, o Porto iria precisar de levar outros argumentos para além do Porto, de levar também o Minho, o Douro e Trás-os-Montes.

Foi assim que se iniciou esta caminhada, que foi evoluindo, foram entrando sempre cada vez mais associados, a Câmara presidindo durante muitos anos, até há pouco tempo, em 2019, em que num Memorando de Entendimento com a Entidade Regional de Turismo, e a convite do presidente da Câmara Municipal de Porto, Rui Moreira, se achou que estavam criadas as condições para podermos criar algo que unisse as duas entidades, e convidar o presidente da Entidade Regional de Turismo para presidir às duas entidades, mantendo-se a Câmara Municipal, desde sempre, como vice-presidente.

 

A associação ajudou, por um lado, a estruturar produto turístico, a organizar, a qualificar, a formar, mas também a desafiar as empresas a que cuidassem, para além daquilo que ofereciam em termos de produto, muito do serviço, da forma como recebiam os turistas

 

Que mais valias trouxe a associação ao longo destes 30 anos?
A verdade é que a associação ajudou, por um lado, a estruturar produto turístico, a organizar, a qualificar, a formar, mas também a desafiar as empresas a que cuidassem, para além daquilo que ofereciam em termos de produto, muito do serviço, da forma como recebiam os turistas. Aproveitaram para também perceber que era preciso cuidar da cidade e que a associação lutasse no panorama nacional, junto do Governo para algumas infraestruturas, que hoje olhamos para elas e parece-nos que estiveram aqui desde sempre, mas não é verdade. Se recuarmos 30 anos, o Porto tinha um aeroporto, como dizia Fernando Gomes, um “apeadeiro”, uma estrutura muito pequenina.

Essa luta foi muito importante para termos um aeroporto que é o aeroporto que temos hoje, mas também outras infraestruturas. Percebeu-se, desde cedo, que era preciso uma ligação à Galiza e essa ligação depois foi feita. A questão do metropolitano que, na altura, não estava previsto chegar ao aeroporto e hoje percebe-se que seria um erro. Lutaram e conseguiram.

Ou seja, houve logo um conjunto de medidas que a associação ajudou a refletir e ajudou o próprio município, ou melhor, ajudou a motivar o município para que realizasse também essas lutas. E hoje percebemos que foram lutas, e neste caso das infraestruturas que abordei, fundamentais.

Recordo apenas um número: há 30 anos o Porto recebia pouco mais de 400 mil movimentos de passageiros no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Hoje são 16 milhões. Há 30 anos o Porto tinha 30% de turistas internacionais. Hoje inverteu-se completamente a situação e temos 60% de turistas internacionais.

 

Há 30 anos o Porto tinha 30% de turistas internacionais. Hoje inverteu-se completamente e temos 60% de turistas internacionais

 

A procura pelo Porto e Norte
E o que procuram esses turistas internacionais na região Porto e Norte?
Julgo que os turistas, todos em geral, veem no Porto e em Portugal alguns atributos que nos vão diferenciando de muitos dos nossos concorrentes. Desde logo, a questão da segurança. Apesar de não vendermos segurança, pode até ser ofensivo para aqueles que não a têm neste momento, sabemos que é um atributo, sabemos que é uma das razões pelas quais somos sempre preferidos.

Mas depois há algo que é muito importante e interessante num país tão pequeno, que é a diversidade. E se há região que, de facto, comprova essa diversidade, é o Porto e Norte.

Nós temos tempo para a diversidade nesta região, quando a percorremos. Em cerca de 30 minutos, conseguimos mudar de paisagem, conseguimos mudar de vinhos, conseguimos mudar de gastronomia, de arquitetura. Só não mudamos uma coisa, as pessoas e a forma como elas acolhem quem visita a região. Isso é transversal à região do Norte e, em boa verdade, é transversal ao país.

Somos, de facto, um país com muita diversidade. Durante muitos anos, e era um erro, Portugal vendia apenas Madeira, Algarve e Lisboa. E foi fácil perceber que a partir do momento que o Turismo de Portugal passou a vender também o Porto e Norte, o Centro, o Alentejo, os Açores, que houve uma explosão do turismo. Porquê? Passámos a oferecer muito mais, deixou de ser apenas a praia e o golfe e passámos a ser um destino que vende enoturismo, turismo religioso, termalismo, turismo industrial, touring cultural. Ou seja, surgiram também com estas regiões um sem número de outros produtos que alargaram bastante este cardápio que Portugal hoje oferece ao mundo.

E quais são os desafios que a região do Porto e Norte tem agora pela frente?
Bom, os desafios são, por um lado, continuar a distribuir os turistas pela região, perceber que não somos estes quilómetros quadrados que estão aqui à volta do aeroporto, mas que são 21 mil quilómetros quadrados. Felizmente temos muito ainda para onde distribuir turistas, temos sub-destinos como o Douro, o Minho, Trás-os-Montes, ainda com muito para crescer. Portanto, a missão é conseguir uma melhor distribuição destes turistas, percebendo que o setor do turismo, embora nem todos concordem, tem um peso e uma força importante, nomeadamente, em territórios onde já outros setores desistiram.

O setor do turismo não só não desiste, como investe, e ao investir está a garantir postos de trabalho, garante um reforço da economia desses territórios. É importantíssimo que o turismo continue este trabalho nesses territórios.

E a ligação entre a Associação e a Entidade Regional de Turismo?
A ligação neste momento é boa e é fácil, uma estrutura, produto turístico, a outra promove-o internacionalmente. E se cada um fizer a sua parte bem feita, os resultados continuam a surgir. Por isso é que sou um defensor, numa expressão bem popular, cada macaco no seu galho, e quando falamos em promoção internacional, saibamos todos qual é o papel de cada um.

Penso que Portugal tem nas suas Agências de Promoção Externa e no Turismo de Portugal duas entidades fantásticas que se articulam muito bem entre si, que fazem bem esse caminho. Nada contra o que municípios ou CIM’s possam fazer em território nacional, nada contra que o possam fazer no mercado alargado.

Há uma feira que já todos admitimos em que isso acontece, que é a FITUR, tudo bem. Agora, estamos a falar de um setor cada vez mais profissional e quando estamos a falar em promoção nas grandes feiras internacionais ou junto dos nossos grandes mercados, aí a coisa tem de ser, de facto, muito profissional, fazer por quem sabe fazer e saber responder nessa promoção a quatro ou cinco questões que o secretário de Estado do Turismo [Pedro Machado], de uma forma muito simples, insiste em apresentá-las. E são elas, saber vender o quê [produtos], depois saber vender onde [mercados], saber vender por quanto [valor] e saber vender com quem [agências de promoção]. Se isto acontecer, juntando a vantagem de sermos um setor que vive em paz, e vai dando resultados dessa paz, mesmo na pandemia o setor soube organizar-se, cooperar e depois sair em grande força, é e será uma fórmula de sucesso. Já passaram muitos secretários de estado do Turismo, de partidos diferentes, PS, PSD, PP, mas em boa verdade este setor é um exemplo como quem chega resiste à tentação de dizer, tudo que está para trás está mal feito, e agora que cheguei eu sou melhor e vou fazer coisas fantásticas. Não, tem-se aproveitado o que se fez para trás e tem-se acrescentado. E acho que isso tem trazido, de facto, grandes resultados ao setor e, por sua vez, à economia, um setor que alguns insistem em dizer que representa muito no PIB, mas porque percebem, talvez, mal a capacidade de arrastamento que este setor tem.

 

Felizmente temos muito ainda para onde distribuir turistas, temos sub-destinos como o Douro, o Minho, Trás-os-Montes, ainda com muito para crescer

Mas quais são os mercados que o Porto e Norte tem e/ou vai/quer apostar?
Temos de continuar a apostar num trabalho que tem sido feito desde 2019. Recordo a posição dos EUA que eram apenas o sexto mercado nessa altura, mas que por força deste trabalho grande de investimento no mercado, também no Canadá, passaram para segundo mercado na região neste curto espaço de tempo.

Apostar mais ainda no Canadá. Achamos que podemos continuar a crescer no mercado canadiano, mercado muito importante também para nós.

São mercados diferentes?
São mercados muito semelhantes, embora no Canadá exista um conceito muito interessante, talvez devido a temperaturas mais agrestes quando comparado com os EUA. Cada vez mais começamos a registar uma tendência por parte dos canadianos, que é procurar a Europa durante o inverno no Canadá, nomeadamente, pessoas que já estão reformadas, que já o podem fazer, preferem passar o inverno na Europa e depois regressar novamente ao Canadá. Isso é uma grande oportunidade para nós.

Depois continuar a investir no Brasil e agora, finalmente, um olhar do Turismo de Portugal e também das regiões para mercados como o México ou Argentina.

Isto falando do lado do Ocidente. Do outro lado, queremos que 2025 seja, de facto, um grande ano de promoção na Ásia-Pacífico e, desde logo, vamos juntos, todos, para uma presença muito importante em Osaka e, a partir de Osaka, podemos, então, participar com o Turismo de Portugal e com as regiões, com as agências, para prolongar essa estadia no Japão, mas passá-la também para a Coreia do Sul e depois temos ainda explorar Singapura e a China.

Mas são mercados que vão levar mais tempo?
São mercados que têm estado a levar mais tempo, mas penso que os resultados vão surgir, porque são mercados muito importantes, não só pela sua dimensão, mas também pelo seu poder de compra.

Uma questão de ligações
Para isso também é preciso haver ligações aéreas que tragam turistas para o Porto e Norte?
Do lado dos EUA estamos a resolver essa questão e hoje já não é apenas um exclusivo da TAP. Acho importante que a TAP veja o que está a acontecer. Temos agora a Air Canada a voar para o Porto em 2025, numa ligação a Toronto. Temos também a United Airlines que vai permanecendo e bem na região, mas também já temos a companhia brasileira Azul com ligações diretas a São Paulo e também ao Recife. Temos uma grande, excelente, novidade para 2026, que estamos a tentar antecipar, mas pelo menos está fechado para 2026, que é a maior companhia de aviação do mundo, a Delta Air Lines, a fazer a ligação JFK, e reforço, não é Newark, é JFK – Porto.

Temos a Ethiopian Airlines que, quem desconhece, acha estranho porque é uma companhia africana, quem conhece sabe que é a maior companhia africana e que pode também servir outros mercados, e estamos agora a tentar esse reforço.

Há uma companhia que voa para aquelas latitudes e que está a crescer imenso no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, que é a Turkish Airlines. Recordo que neste momento estamos com 14 voos por semana para Istambul. Importante também saber que para a Turkish acabou a questão de verão ou inverno IATA, é uma operação anual, o que é uma boa notícia. E poderá crescer ainda mais, segundo a indicação que temos.

Temos algumas companhias que passaram a voar para Lisboa e que também nos servem, nomeadamente a Coreia do Sul, com a Korean Air, que estamos a tentar atrair também para o Porto. Já vieram cá, ao mais alto nível, concretamente, o vice-presidente da companhia, conheceu a região, gostou da região, mas quis fazer, e bem, uma primeira experiência a partir de Lisboa, e ao que sabemos, a operação está a correr bastante bem. Pode ser que isso os anime a também querer uma entrada no Porto.

 

Este aeroporto [Porto] pode ajudar a servir o país durante estes próximos 15 anos, porque não tenho a menor dúvida que não será antes disso, e todos já nos mentalizámos, que é o tempo até estar pronto o Novo Aeroporto de Lisboa. Tem de haver alternativas

 

Mas o Aeroporto Francisco Sá Carneiro tem capacidade para acolher mais voos, mais companhias, mais frequências?
Aí temos um tema importante. O Aeroporto Francisco Sá Carneiro, até à altura da pandemia, estava a crescer 10% ao ano. Isto já é razão mais do que suficiente para merecer um olhar muito atento. Vem a pandemia, o aeroporto, como todos os outros, perdeu tudo. Só que este aeroporto, num ano, recuperou rigorosamente tudo aquilo que tinha perdido com a pandemia. Num ano apenas!

E no ano seguinte, cresce 18%. Agora não está a crescer a 18%, mas cresceu quase 8%. Mas em boa verdade, este aeroporto, que tenha ideia, não há um documento e ninguém quer assumir qual é o número mágico, mas tenho ideia que estaria pensado para cerca de 15 milhões de passageiros. A verdade é que fez 15.900.000 este ano [2024]. Um aeroporto que já atrai mais de 30 companhias e tem mais de 100 rotas.

Um aeroporto que sozinho faz 16 milhões de passageiros quando os três aeroportos vizinhos na Galiza, os três aeroportos juntos, fizeram 5 milhões. Ou seja, há um conjunto de políticas a rever, porque os dados são visíveis e concretos. Dizem-me que há um estudo que permite ao aeroporto crescer até à capacidade de 40 milhões de passageiros sem ter de se deslocalizar, o que é bom, sabendo que vivemos num país onde a localização de um aeroporto demorou “apenas” 50 anos. Portanto, é bom sinal perceber que estamos longe de que nos aconteça o mesmo, mas é claro que isso não acontece sem investimento, sem obra.

Já percebemos que nalgumas horas de ponta já há constrangimento do lado terra, não do lado ar, mas o lado terra é também importante para um bom desempenho do aeroporto, isso, o crescimento do Porto e Norte pode acontecer com a construção de uma segunda pista e um aumento da aerogare. as chegadas ao aeroporto, o estacionamento, os parques, aí já há momentos, de facto, complicados. Por isso, o crescimento do Porto e Norte pode acontecer com a construção de uma segunda pista e um aumento da aerogare.

Mas está previsto, há conversações?
Não sabemos, estamos à espera. Gostaríamos de conhecer e temos desafiado para que se torne público, se é que existem de facto esses projetos. Sabemos que está a ser feita uma obra, neste momento, na única pista que existe. Está a ser feita uma obra interessante e que, justiça seja feita, nomeadamente ao diretor do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Rui Alves, está a ser feita sem impacto, durante a madrugada e não temos tido, de facto, relatos de impactos. Mas trata-se de uma obra de manutenção, de melhoramento daquela infraestrutura.

Nós falamos em algo diferente, estamos a falar em ampliar a infraestrutura, porque a capacidade de atração do aeroporto é evidente e também é evidente outra coisa: este aeroporto pode ajudar a servir o país durante estes próximos 15 anos, porque não tenho a menor dúvida que não será antes disso, e todos já nos mentalizámos, que é o tempo até estar pronto o Novo Aeroporto de Lisboa. Tem de haver alternativas.

Ainda há pouco tempo ouvia o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, dizer, e com razão, que sabemos que, para além da infraestrutura aeroporto, são precisas outras infraestruturas, nomeadamente, vias de acesso, a ponte, que é obrigatória, mas que ninguém sabe onde vai ser localizada. Sabemos o tempo que demoramos e discussões de localizações e de impactos ambientais e de tudo o resto. Portanto, imagine-se a discussão que ainda está por se abrir. Até, de facto, a infraestrutura estar construída, 15 anos é a minha aposta.

O Porto poderia, por isso funcionar quase como um aeroporto satélite?
Diria mais: Porto e Faro. Temos dois aeroportos, ainda por cima, com esta vantagem de um estar localizado a Norte e outro a Sul. Quem fala destas questões com responsabilidade, tem também de puxar pelo aeroporto de Faro.

Porquê? Porque conseguiríamos aqui o pleno, que era permitir que os mercados, nomeadamente, os de longa distância, que vêm para mais dias, que sabemos que não querem passar uma semana nem 15 dias no Porto, que sabemos que gostam de percorrer o país, mas que têm o constrangimento de regressar ao aeroporto de origem, mas poder entrar pelo Norte, percorrer o país, passando por Lisboa, terminando no Algarve, e partirem de lá, ou ao contrário, entrar pelo Algarve e depois saírem pelo Norte, isso seria excelente.

Agora temos estas duas infraestruturas que necessitam de investimento e se houver investimento vão ajudar bastante o país.

Costumo dizer sempre, em tom provocatório, que os 300 km que demora chegar a Lisboa para apanhar uma ligação, são exatamente os mesmos que demora a chegar ao Porto. Curioso, mas a geografia é assim, são 300 km para lá e são 300 km para cá.

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O governo de Cabo Verde vai desenvolver roteiros turísticos em Santiago, iniciativa que visa transformar a ilha-capital num destino turístico de excelência, assegurou o ministro do Turismo e Transportes, José Luís Sá Nogueira.

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O governante fez estas declarações à imprensa local à margem do workshop de “Roteirização turística, cultural e histórica & estudo diagnóstico turismo sustentável da ilha de Santiago”, que decorreu no município de Santa Catarina, e que serviu como marco para definir os principais pontos turísticos da ilha. “O objetivo é traçar rotas que permitam aos visitantes explorar as riquezas culturais e turísticas de Santiago”, afirmou Sá Nogueira.

A proposta, avança a imprensa cabo-verdiana, inclui a digitalização das rotas por meio de QRcode, permitindo que os turistas tenham acesso a informações sobre os pontos turísticos antes mesmo de chegarem a Cabo Verde. Com essa abordagem, os visitantes saberão exatamente o que esperar de cada atração, desde a cidade da Praia à Serra Malagueta, Tarrafal, Santa Catarina, entre outros pontos.

O ministro também ressaltou a assinatura de um protocolo de colaboração entre o governo e os parceiros, para requalificar urbanamente as aldeias turísticas da ilha, aumentando a sua atratividade e estimulando a economia local.

Com a implementação deste projeto, a ilha de Santiago se prepara para receber um novo fluxo de turistas, prometendo experiências autênticas e enriquecedoras que refletem a cultura e a história local.

O workshop foi promovido pelo Ministério do Turismo e Transportes, em parceria com a Universidade de Cabo Verde (Projeto Empreatur) e a Associação dos Municípios de Santiago, com o apoio da Cooperação das Canárias e da Cooperação Espanhola.

 

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O Brasil recebeu, nos três primeiros meses de 2025, mais de 3,7 milhões de turistas estrangeiros, um novo recorde turístico para o país, que traduz um crescimento de 47,8% face ao mesmo período do ano passado.

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O Brasil recebeu, nos três primeiros meses de 2025, mais de 3,7 milhões de turistas estrangeiros, um novo recorde turístico para o país, que traduz um crescimento de 47,8% face ao mesmo período do ano passado.

Segundo a Lusa, que cita dados do Governo brasileiro, no primeiro trimestre, o Brasil recebeu um total de 3.739.649 milhões de turistas estrangeiros, número que terá sido impulsionado pelo verão brasileiro, assim como pelas festividades de Carnaval.

Entre os mercados que mais se destacaram neste primeiro trimestre, avança um comunicado do Ministério do Turismo do Brasil, estão os europeus, que cresceram 88,29% neste período, com países como França, Portugal, Alemanha, Reino Unido, Itália e Espanha a liderarem a lista de visitantes europeus.

Recorde-se que o Brasil definiu uma estratégia, denominada Plano Nacional de Turismo, que visa tornar o país no principal destino turístico da América do Sul até 2027 e que prevê que o Brasil passe a receber 8,1 milhões de turistas por ano.

No ano passado, o Brasil recebeu um total de 6,65 milhões de turistas estrangeiros, crescimento de 12,6% face a 2023, que incluiu 200.081 turistas provenientes de Portugal, aumento de 9,66% face ao ano anterior.

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Dino Parque Lourinhã ganha novos “habitantes”

Dois dos maiores dinossauros que alguma vez pisaram a Terra – Giganotosaurus e Gigantoraptor – acabam de chegar ao Dino Parque Lourinhã, prometendo impressionar e despertar a curiosidade de visitantes de todas as idades.

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Estes modelos, em tamanho real estão agora integrados no trilho do Cretácico do parque. Com dimensões comparáveis às do famoso Tyrannosaurus rex, o Giganotosaurus é o maior dinossauro carnívoro descoberto na América do Sul. A cabeça deste imponente exemplar do período Cretácico, com um comprimento equiparável à altura de um homem adulto, exibe uma impressionante dentição serrilhada, própria de um predador letal, sendo mesmo um dos maiores predadores terrestes que já existiram.

Já o Gigantoraptor, proveniente da Mongólia, combina uma aparência curiosa com um tamanho surpreendente: oito metros de comprimento e um bico afiado e poderoso, capaz de se defender ferozmente, sobretudo na proteção dos seus ovos, ao ponto de arrancar um membro a visitantes não desejados com apenas uma investida.

A chegada destas duas novas espécies, que se juntam às mais de duas centenas de habitantes permanentes do Dino Parque Lourinhã, proporciona aos visitantes a possibilidade de conhecer, de perto, com um nível de detalhe e precisão científica, dois dos maiores dinossauros que habitaram o planeta.

Ao longo de cinco trilhos ao ar livre, é possível observar mais de 200 modelos à escala real, distribuídos pelos principais períodos da história dos dinossauros, com uma experiência totalmente imersiva que alia ciência, natureza e entretenimento, num espaço pensado para todas as idades.

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Disneyland Paris está cheia de novidades

A Disneyland Paris, que abriu as suas portas em abril de 1992 e contabiliza mais de 375 milhões de visitas desde a sua inauguração, está cheia de novidades, apostando em novos investimentos que passam, nomeadamente pela transformação do que foi durante tanto tempo conhecido como Walt Disney Studios, a Disney Adventure World, novas atrações e grande remodelação de um dos seus sete hotéis, o Disney Sequoia Lodge.

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Para assinalar a passagem dos seus 33 anos de existência, o lugar onde os sonhos se tornam realidade revelou imagens inéditas e novos detalhes sobre a sua transformação. O segundo Parque do resort está a passar por uma grande expansão e a adotar uma nova visão criativa. E quando a sua nova área temática, World of Frozen, abrir portas em 2026, o parque — que durante tanto tempo foi conhecido como Walt Disney Studios — passará a chamar-se Disney Adventure World.

As construções estão em pleno andamento para a chegada do Disney Adventure World como segundo parque. O primeiro grande marco acontece já no próximo dia 15 de maio com a abertura do World Premiere, que transportará os visitantes para o coração de uma glamorosa estreia de um filme em Hollywood. A decoração exclusiva, os espaços renovados e a nova narrativa irão mergulhar visitantes de todas as idades num verdadeiro boulevard de Hollywood, reconhecível pelas palmeiras, estilos arquitetónicos variados, as icónicas estrelas no chão e referências aos seus famosos cinemas. No World Premiere, os visitantes poderão desfrutar de uma grande variedade de experiências, como o restaurante Hollywood Gardens, um novo espaço de restauração com deliciosas opções de serviço rápido. Também estarão disponíveis snacks e bebidas para levar no quiosque Searchlight. E para os fãs de compras, a Mickey’s of Hollywood Boutique será uma paragem obrigatória, inspirada nos clássicos grandes armazéns americanos dos anos 1920.

Ao saírem do edifício, os visitantes chegarão ao coração da World Premiere Plaza, uma zona que reúne vários teatros, como o Studio Theater, o Studio D e o Animagique Theater, onde são apresentados diariamente inúmeros espetáculos que celebram as histórias da Disney Animation e da Pixar.

“Como parte do plano de investimento de 2 mil milhões de euros anunciado em 2018, continuamos a reinventar este Parque com uma nova visão criativa. No final deste percurso de expansão – que inclui a abertura de Adventure Way, Adventure Bay e World of Frozen em 2026, e mais tarde uma área temática dedicada a “O Rei Leão” – teremos reinventado mais de 90% da oferta do Parque desde a sua inauguração em 2002, e quase duplicado a sua área, tornando-o numa experiência imperdível”, declarou Natacha Rafalski, presidente da Disneyland Paris.

Foram também revelados novos detalhes sobre a futura área temática dedicada ao filme O Rei Leão, dos Walt Disney Animation Studios, e será ainda adicionada ao Adventure Way uma nova atração familiar inspirada no filme Up – Altamente, dos Pixar Animation Studios, elevando a experiência dos visitantes a um novo patamar.

E as novidades não ficam por aqui. O resort anunciou também uma grande remodelação de um dos seus sete hotéis, o Disney Sequoia Lodge, inspirado pela admiração de Walt Disney pela natureza –, além de revelar a data de abertura de reservas dos novos bungalows do Disney Davy Crockett Ranch, que estarão disponíveis após o verão de 2025. Por fim, no Disney Village, estão prestes a abrir as portas uma LEGO Store totalmente reinventada e uma nova loja inteiramente dedicada à decoração Disney para o lar.

Atualmente, complexo Disneyland Paris, que celebrou o seu 33º aniversário, inclui dois grandes parques temáticos, sete Hotéis Disney temáticos, o complexo de lazer Disney Village e um dos principais locais para a realização de eventos corporativos na Europa. Emprega 18 mil colaboradores, que desempenham mais de 500 funções diferentes e representam 124 nacionalidades.

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Receitas turísticas crescem 3,7% em fevereiro e já somam mais de 3MM€ em 2025

As receitas turísticas voltaram a crescer em fevereiro, somando 1481,90 milhões de euros, aumento de 3,7% face a fevereiro de 2024 que contribuiu para que, no acumulado de 2025, este indicador ultrapasse já os três mil milhões de euros, na primeira vez em que este resultado é alcançado nos dois primeiros meses do ano, segundo dados do Banco de Portugal (BdP).

Inês de Matos

As receitas provenientes da atividade turística voltaram a crescer em fevereiro, somando 1481,90 milhões de euros, valor que corresponde a um aumento de 3,7% ou 52,62 milhões de euros face ao resultado de fevereiro de 2024, segundo dados do Banco de Portugal (BdP).

Os números divulgados pelo BdP esta quarta-feira, 16 de abril, mostram que as receitas turísticas de fevereiro, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, ficaram 3,9% abaixo do valor registado em janeiro, que tinha sido de 1542,15 milhões de euros, ainda que apresentem um crescimento de 3,7% comparativamente a mês homólogo do ano passado.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que resultam dos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, cresceram em fevereiro, somando 331,24 milhões de euros, o que representa um crescimento de 1,7% face aos 325,72 milhões de euros apurados no mesmo mês do ano passado.

E também neste indicador o crescimento de fevereiro foi menor em comparação com o registado no primeiro mês do ano, verificando-se uma queda de 3,5% face aos 343,20 milhões de euros apurados nas importações turísticas de janeiro.

Já o saldo da rubrica Viagens e Turismo chegou aos 1150,65 milhões de euros em fevereiro, 4,3% acima dos 1103,56 milhões de euros contabilizados no mesmo mês de 2024, ainda que também este indicador reflita uma descida de 4% face aos 1198,95 milhões de euros apurados em janeiro deste ano.

Acumulado desde janeiro cresce 6,2% e já ultrapassa os 3MM€

Os números dos dois primeiros meses de 2025 indicam que as receitas turísticas estão a crescer e já ultrapassam os três mil milhões de euros, naquela que é a primeira vez na história em que este valor é alcançado nos dois primeiros meses do ano.

Os dados do BdP mostram que o valor das receitas turísticas dos dois primeiros meses do ano chega aos 3024,05 milhões de euros, já que os 1481,90 milhões de euros de fevereiro se somam aos 1542,15 milhões de euros de janeiro, o que resulta num crescimento de 6,2% face aos 2848,06 milhões de euros registados nos dois primeiros meses de 2024..

Tal como as receitas turísticas, também nas importações do turismo há um crescimento no acumulado dos dois primeiros meses de 2025, já que este indicador somou 656,96 milhões de euros em janeiro e fevereiro, o que traduz um ligeiro aumento de 0,6% face aos 653,09 milhões de euros apurados nos dois primeiros meses do ano passado.

A mesma tendência apresenta o saldo acumulado das Viagens e Turismo, que chega aos 2349,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 7% comparativamente aos 2194,97 milhões de euros de janeiro e fevereiro de 2024.

O BdP destaca o crescimento do saldo da rubrica Viagens e Turismo como fundamental para o excedente da balança de serviços nos dois primeiros meses de 2025, que chegou aos 504 milhões de euros e foi “justificado maioritariamente pela evolução do saldo dos serviços técnicos, relacionados com o comércio e outros serviços fornecidos por empresas (+176 milhões de euros), e das viagens e turismo (+155 milhões de euros)”.

 

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Empresas turísticas atingidas pela tempestade Martinho vão ter apoios de 5M€

O regulamento específico da “Linha de Apoio ao Investimento de Reposição das Empresas Turísticas 2025 – Tempestade Martinho”, com uma dotação de cinco milhões de euros, assegurada exclusivamente por receitas próprias do Turismo de Portugal, foi publicado esta quinta-feira em Diário da República.

Esta linha de apoio destina-se a fazer face ao investimento necessário para recuperação e reabilitação dos ativos empresariais na área do turismo danificados, total ou parcialmente, pela tempestade ocorrida em Portugal entre os dias 18 e 20 de março deste ano, e a reposição da normal atividade económica das empresas.

Entre os dias 18 e 20 de março do corrente ano, Portugal sofreu as consequências de uma tempestade de forte intensidade, denominada tempestade Martinho, que provocou danos significativos no território continental nacional, incluindo nas empresas cujos ativos, pela natureza da respetiva atividade, se encontram mais expostos a este tipo de intempéries, indica o documento. Nesse âmbito, encontram-se as empresas do turismo, seja porque umas desenvolvem já a sua atividade no exterior, seja porque outras dispõem de espaços e de ativos localizados no exterior dos respetivos estabelecimentos, como é o caso dos estabelecimentos de restauração, fortemente atingidos por aquela tempestade.

Podem candidatar-se a estes apoios micro, pequenas e médias empresas que exerçam atividades turísticas, que sofreram danos com a tempestade de março, “podendo aceder até um apoio máximo de 50 mil euros por empresa, ou 85% das despesas para reabilitar o seu negócio”, refere o regulamento.

A apresentação de candidaturas terá de ser formalizada por via eletrónica junto do Turismo de Portugal, que tem um prazo de 20 dias úteis para dar uma resposta.

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Guia de Turismo Industrial do Alentejo e Ribatejo reúne 29 recursos turísticos e experiências

O Guia de Turismo Industrial do Alentejo e Ribatejo, que acaba de ser lançado dá a oportunidade de descobrir o saber-fazer da região, reunindo 29 recursos e múltiplas experiências.

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A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo apresentou, no Lagar Casa Relvas, na Vidigueira, o novo Guia de Turismo Industrial do Alentejo e Ribatejo, instrumento que reúne 29 recursos turísticos ligados à indústria viva e ao património industrial da região. A sessão contou com a presença de diversos parceiros e assinalou ainda a assinatura da Declaração de Colaboração para a Dinamização do Turismo Industrial em Portugal por seis entidades.

Este novo guia dá a conhecer empresas que abrem as portas aos visitantes para mostrar como e o que produzem, bem como museus e centros interpretativos que preservam a memória do passado industrial, e disponibiliza informação detalhada sobre 19 recursos de indústria viva e 10 de património industrial, integrando recursos dos setores agroalimentar, indústria extrativa, moda e têxtil, entre outros.

Cada recurso é apresentado com dados completos: endereço, contactos, georreferenciação, site e redes sociais, texto de apresentação, condições de visita, acessibilidades e programas especiais. As versões digitais (PDF e EPUB) oferecem uma experiência interativa, com acesso direto a sites, contactos telefónicos, redes sociais e email, bem como funcionalidades de leitura personalizada, marcação de favoritos, anotações e leitura em voz alta – tornando o guia acessível a diferentes públicos e dispositivos, como e-readers, smartphones e tablets.

O Guia de Turismo Industrial do Alentejo e Ribatejo está disponível em português e inglês, estando prevista a sua edição em papel e a tradução para castelhano.

Para José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, este é um guia “fundamental para diversificar e enriquecer a nossa oferta turística, concedendo mais argumentos aos operadores para a construção de novos itinerários e novos fatores de atração aos turistas, destacando que “no passado tínhamos feito algum trabalho de organização da oferta, mas faltava-nos dar o salto para a estruturação da comercialização e promoção. É o que estamos a fazer agora com este guia”.

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Festivais de música sobem ao palco como ativo para o turismo em Portugal

A Natureza, o Oceano, o Sol, o Património, a Cultura, os Sabores, o Bem-estar e a Diversidade são os “cabeças de cartaz” da nova campanha “Portugal Music Festivals Headliners” do Turismo de Portugal. Esta nova campanha pretende posicionar Portugal como um destino de eleição para os amantes de música, bem como, nas palavras do presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, “distribuir os fluxos turísticos por todo o território”.  

Victor Jorge

Portugal sobe ao palco com o lançamento da campanha internacional “Portugal Music Festivals Headliners” numa iniciativa que pretende o país como um destino de eleição para os amantes de música.

Na apresentação da nova campanha, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal (TdP), esta nova campanha “traz uma nova capacidade para mobilizar e distribuir os fluxos turísticos por todo o país, por todo o território”, salientando também que tem o propósito de “dinamizar as economias locais”. Além disso, salientou Carlos Abade, esta nova campanha “vem reforçar o programa Portugal Events, destinado a estimular a realização de eventos em todo o território, tornando o destino mais competitivo internacionalmente”.

Com um conceito visual e narrativo inspirado na linguagem dos festivais, a campanha destaca os “cabeças de cartaz” que Portugal possui, como sejam, a Natureza, o Oceano, o Sol, o Património, a Cultura, os Sabores, o Bem-estar e a Diversidade.

Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, reforçou estes “cabeças de cartaz” com o facto de “existirem em todo o território nacional” e, por isso, fazer sentido destacá-los. “Quem viaja procura experiências irrepetíveis e os festivais de música proporcionam isso mesmo”, referindo ainda que, em Portugal, “temos festivais únicos”, admitindo, no entanto, que “temos de criar novas histórias e histórias diferentes e os festivais podem criar essas histórias”.

De resto, tanto Carlos Abade como Lídia Monteiro reforçaram a ideia de que os festivais de música contribuem para um “melhor turismo” além de “terem a capacidade de cativar novos e públicos diferentes”, salientando o presidente do TdP que o objetivo é de os turistas “ficarem mais tempo e aumentar a estadia média”, já que é “importante para a economia global, mas também e fundamentalmente para as economias locais”.

Presente no evento de apresentação desta nova campanha, Álvaro Covões, Fundador e diretor-geral da Everything Is New, dinamizadora, entre outros, do NOS Alive, reforçou a “importância a dar aos festivais de música”, dando como exemplo o festival que se realiza em Algés e que atrai entre 80 a 90 nacionalidade diferentes todos os anos.

“A campanha é importante para o país todo”, reforçando Álvaro Covões a relevância dos “conteúdos em tudo o que é cultura”, considerando-os “fundamentais para o destino”.

No final, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, destacou o facto de “o turismo é uma indústria de pessoas para pessoas, com pessoas. Ora, os festivais de música são isso mesmo, um produto feito de pessoas para pessoas, com pessoas”.

Pedro Machado reconheceu, no entanto, que “os locais mais remotos onde se realizam os festivais também têm a responsabilidade de dar a conhecer e promover o seu território junto de quem já os conhece, mas, principalmente, quem os desconhece”.

Focada no público internacional, a campanha será promovida nos principais mercados estratégicos, que registam simultaneamente maior afinidade e interesse com Portugal e com os Festivais de música, com destaque para o Reino Unido, Espanha, Alemanha e Países Baixos.

Os meios digitais são o veículo de difusão da campanha, estando também previstas ativações em Connected TV e em plataformas de música como o Spotify. Na plataforma Spotify a campanha contará com uma playlist “VisitPortugal”, onde se podem ouvir os sons mais simbólicos dos ativos turísticos naconais. Serão também utilizados testemunhos de músicos e artistas que vivem em Portugal para reforçar e amplificar as histórias sobre o cartaz de experiências turísticas.

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Eduardo Jesus junta Ambiente e Cultura ao Turismo no XVI Governo Regional da Madeira

Depois das eleições de 23 de março para a Região Autónoma da Madeira, Eduardo Jesus mantém-se à frente da Secretaria Regional do Turismo, juntando-lhe o Ambiente e a Cultura no XVI Governo Regional da Madeira.

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O setor do Turismo na Região Autónoma da Madeira continuará sob a liderança de Eduardo Jesus, que foi reconduzido no cargo de secretário Regional de Turismo, Ambiente e Cultura no XVI Governo Regional, confirmando esta nomeação a continuidade de uma estratégia integrada e sustentada que tem marcado os últimos anos de governação, consolidando a Madeira como um destino de excelência a nível nacional e internacional.

“A renovação da confiança política em Eduardo Jesus, agora à frente de uma secretaria que reúne as áreas do Turismo, Ambiente e Cultura, sinaliza a aposta do Executivo madeirense numa visão mais ampla para o desenvolvimento do setor. Esta junção reforça a sinergia entre a valorização ambiental, a riqueza cultural e o crescimento do turismo, pilares essenciais de uma oferta diferenciadora e autêntica”, pode ler-se numa nota de imprensa enviada às redações.

Com uma carreira consolidada na área do turismo e um profundo conhecimento das dinâmicas regionais, Eduardo Jesus é licenciado em Organização e Gestão de Empresas e possui uma vasta experiência no setor público e privado. Antes de assumir funções governativas, foi presidente da Delegação da Madeira da Ordem dos Economistas, membro do Conselho Económico e Social da Região e dirigente em várias instituições ligadas ao desenvolvimento económico e turístico do arquipélago. Assumiu pela primeira vez a pasta do Turismo em 2015, tendo desde então liderado a sua transformação e crescimento sustentável, mesmo perante os desafios impostos pela pandemia.

Eduardo Jesus sublinha que esta continuidade permite “dar seguimento a um trabalho que tem vindo a posicionar a Madeira como destino de referência, não apenas pelo seu produto turístico, mas pelo equilíbrio entre o que oferece e a forma como preserva os seus valores ambientais e culturais”.

“Assumir novamente a tutela do Turismo, agora integrada com o Ambiente e a Cultura, representa uma oportunidade extraordinária para reforçar uma abordagem transversal e coesa. Esta união permite não só enriquecer a experiência de quem nos visita, como também garantir que o desenvolvimento do turismo contribui efetivamente para a preservação dos nossos recursos naturais e património identitário. É esta visão de crescimento sustentado que queremos continuar a promover, com a Madeira no centro das boas práticas internacionais”, afirma o secretário Regional.

De referir que, em 2023, Eduardo Jesus recebeu o Prémio Personalidade do Ano nos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL”.

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