Algarve “precisa de fortes diligências em Lisboa e Bruxelas”
AlgFuturo faz balanço de 2015 e enuncia problemas da região.
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Afirmando-se como a “Provedora” dos algarvios a Algfuturo- Associação Empresarial e Sociocultural do Algarve- faz um balanço do ano que agora está a terminar.
Com base em vários estudos realizados pela própria instituição, “nos seus âmbitos empresarial e sociocultural, fazem concluir de forma inequívoca que a nível estrutural as coisas no Algarve vão muito mal, com rupturas em equilíbrios vitais de sustentabilidade nas empresas, emprego, rendimentos e serviços sociais públicos. No ano de 2015, o conjunto da economia teve um desempenho positivo ligeiro, enquanto em áreas sociais foram vários os descalabros”.
José Vitorino, Coordenador da Comissão Instaladora da AlgFuturo, afirma, em comunicado, que “situação exige fortes diligências em Lisboa e Bruxelas para ser explicada e serem reclamadas soluções de fundo, o que iremos fazer”.
Destaca a “fortíssima sazonalidade, em que a média das dormidas nos oito meses de época baixa é cinco a seis vezes inferior à média nos quatro meses de época alta”, como um dos factores mais preocupantes para a região. Para além de outras questões apontadas como as dificuldades financeiras das famílias, as cheias em Albufeira e Quarteira e, entre outros, o mau funcionamento de organismos públicos como hospitais.
“Positivamente, destaca-se a acção relevante das IPSS na atenuação dos efeitos da crise e a redução do desemprego, ainda que ligeira e inferior à média nacional e com carácter de alicerce o papel fundamental da Universidade do Algarve”.
Mas, mais uma vez, pela negativa destaca a “projecto megalómano do IKEA, na sua maior parte com serviços em que o Algarve já tem oferta muito excedentária, com a consequente e larga devastação de pequenas e médias empresas e empregos” e “a insistência do Governo em avançar com a exploração do petróleo e gás natural”.
Já no que ao ano turístico diz respeito, José Vitorino, afirma que “foi positivo, mas muito abaixo do que seria expectável subir face aos graves conflitos do mediterrâneo e muito abaixo do crescimento da média do país em hóspedes e dormidas (ficando-se por uma subida de apenas cerca de 1/3 do nacional). Quanto aos proveitos por aposento, o Algarve também ficou abaixo da média nacional, mas o aumento ficou relativamente próximo”.
E é para “inverter as tendências descritas que a Algfuturo” se propõe trabalhar “para melhor os (problemas) vencer e convencer Lisboa e Bruxelas das razões que nos assistem”.