Aroldo Schultz
“Portugal é uma base estratégica da Schultz”
Schultz estima juntar 600 agentes nos workshops. A sessão de Lisboa, na terça-feira, contou com 140 profissionais. Segue-se o Algarve, Braga, Coimbra, Évora e Porto.
Patricia Afonso
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140. É este o número de agentes que marcou presença naquele que foi o primeiro workshop da Schultz em Portugal. No total, o operador brasileiro estima receber cerca de 600 profissionais nas seis sessões, de 90 minutos, onde, além da apresentação dos produtos, quer ajudar o agente a estar mais motivados e a vender mais e melhor.
“A nossa previsão, para Lisboa, é de 140 agentes. No total, temos 580 pessoas confirmada até ao momento. Temos tudo organizado”, afirmou ao Publituris Aroldo Schultz, fundador do grupo brasileiro que abriu escritórios em Portugal no início de Dezembro, à margem do workshop, que segue para o Algarve, Braga, Coimbra, Évora e Porto (confira as datas aqui).
No workshop desta terça-feira, um dos destaques é o Brasil, “estamos a lançar um folheto pequeno e genérico para o Brasil, não trabalhamos datas pontuais, mas o destino como um todo e a passar um vídeo muito completo da Embratur, muito didáctico”. A este destino junta -se “o nosso catálogo de cruzeiros fluviais pelo Reno, o Danúbio e o Rio Vouga e alguma coisa na Croácia, todos da Panvisión, da qual somos exclusivos em Portugal; e vamos falar bastante do produto Europamundo”.
Aroldo Schultz explicou, ainda, que vão ser fornecidas “tácticas de marketing, de como agência vender mais, a ideia não é só falar do produto, mas dar algumas orientações”.
Sobre se vão vender parte aérea no produto Brasil, o responsável do operador nega, dizendo que tem essa capacidade, “mas que não é o nosso foco, é vender o terrestre”. Os produtos no destino de Terras de Vera Cruz estão focados no Nordeste e Sul: “Estamos a apresentar um pequeno resumo, mas vamos trazer o Brasil completo. Queremos mostrar, no futuro, um Brasil desconhecido de Belém, Manaus, Rio, Angra, ilhas.”
Sobre os cruzeiros da Panvisión, a diferença para os demais “é que estamos a praticar os mesmos preços que em Espanha, temos o mesmo catálogo e são preços bastante agressivos, vai ser uma nova referência para as agências”.
Por fim, nos circuitos Europamundo, uma das estrelas do operador no mercado nacional, de destacar a Escandinávia, “que se vende muito bem”, o Leste Europeu, Países Bálticos e Rússia. “Como novidades, temos os circuitos na Costa Rica, somos a primeira empresa a fazê-lo, e também as costas americanas Leste e Oeste. A Europamundo tem um leque muito grande de ofertas, são mais de 400 páginas. Só com guias que falam português temos mais de 80 roteiros com saídas semanais, o ano inteiro.”
BTL
A Schultz comemora por altura da BTL o primeiro aniversário sobre o anúncio oficial de que iria entrar em Portugal. Com stand próprio, o 3A26, o operador brasileiro vai fazer uma grande campanha na imprensa com foco na mensagem de que não vende ao público, “uma homenagem aos agentes”, e apresentar os seus catálogos já traduzidos em português.
Já na convenção da Schultz Brasil, a 1 de Março, que deverá juntar, pelo menos, seis centenas de agentes, vai ser lançado o Catálogo Portugal, “que vai promover Portugal num todo, mostrar o que os próprios portugueses não conhecem e regiões pequenas que têm muito a ver com os brasileiros”. “Lamentavelmente, vende-se sempre Lisboa, um pouco do Porto e poucas noites. Pode-se ficar facilmente 10 dias em Portugal”, defende Aroldo Schultz.
PERSPECTIVAS
Depois de um crescimento de 27% no Brasil em 2014, para cerca de 75 milhões de reais (cerca de 24,5 milhões de euros), o responsável do Grupo Schultz espera crescer novamente na mesma ordem este ano. “Ainda não fechei Janeiro, mas devo ter crescido cerca de 2% a mais do que no ano passado.”
Quanto a Portugal, “se fizer um milhão de euros, fico feliz”. “Portugal é mais do que uma base operacional, é uma base estratégica da Schultz. Se Portugal não vendesse nada, a Schultz continuaria cá por muitos anos”, frisa Aroldo Schultz.
Também por cá, os workshops vão continuar ao longo do ano, mas mais especializadas. “Disseram-me que 90 minutos com a Schultz é muito tempo, mas, na verdade, precisamos de 90 horas. Temos muito tempo e vamos fazer mais sessões ao longo do ano, mais focadas.”