Patricia Afonso
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A polémica tem sido mais que muita nos últimos dias. A apenas 24 horas de se saber se a privatização da TAP se vai concretizar ou não, tendo como comprador German Efromivich, as acusações de falta de “transparência” e “ preocupações” e manifestações por parte dos trabalhadores são uma constante.
Foi por tudo isto que o empresário basileiro-colombinao concedeu, na noite passada, uma entrevista ao ‘Jornal das 8’ da TVI, onde desmentiu o que chamou de “absurdo” e descansou os funcionários, afirmando que para a TAP crescer precisa deles.
“BOM NEGÓCIO”
Nesta entrevista, o presidente da Synergy e da Avianca revelou que há já três anos tinha demonstrado interesse na compra da TAP, tendo, na altura, estado reunido com Teixeira dos Santos, ex-ministro das Finanças, e António Mendonça, antigo responsável pela pasta das Obras Públicas. “Depois houve uma mudança de Governo e voltámos a reunir-nos com Miguel Relvas, Passos Coelho e Álvaro Santos Pereira”, revelou, indicando que os secretários de Estado Sérgio Monteiro e Maria Luís Albuquerque têm desempenhado o papel de interlocutores neste processo.
Já sobre a notícia de um eventual envolvimento do político brasileiro José Dirceu, condenado a dez anos de prisão no caso Mensalão, na proposta, o empresário considerou tratar-se de um “absurdo.” “Eu quase não conheço o ministro José Dirceu. Tive um único contacto com ele, nem sabia nem que ele tinha irmãos. Não faz sentido, isso é infantil, para não dizer ridículo”, esclareceu.
“ACRESCENTAR VALOR”
Revelando-se convicto de que o Governo dará os eu parecer positivo à proposta apresentada, German Efromovich afirmou que a compra da TAP “é um bom negócio” e que todo o processo “foi transparente”, salientando que o seu objectivo é fazer a companhia “crescer.”
“Gostaria de acreditar que sim”, disse quando questionado sobre se o processo irá avançar. “O negócio é viável, se não fosse não estaríamos a fazer uma proposta. Achamos que a TAP tem sinergias e que podemos acrescentar valor à empresa, aos colaboradores, ao Estado português e vice-versa.”
“São precisos mais aviões, novos e modernos. Não queremos diminuir as rotas. É preciso aumentá-las para outros destinos de língua portuguesa, porque aí o resultado é positivo. Não estamos a adquirir a TAP para encolhê-la mas para a fazer crescer”, acrescentou.
Sobre as preocupações manifestadas pelos trabalhadores, German Efromovich considerou ser “normal”, mas ressalvou que “se a empresa vai crescer precisa de gente. As pessoas que estão a trabalhar na TAP têm emprego garantido, se agregarem valor e vestirem a camisola.”