Os lucros da easyJet atingiram, no exercício de 2024 (terminado a 30 de setembro de 2024), as 610 milhões de libras (cerca de 730 milhões de euros), representando um crescimento de 34% face ao exercício anterior de 2023, correspondendo a mais 155 milhões de libras (cerca de 186 milhões de euros).
No que diz respeito às receitas atingidas durante o exercício agora terminado, a companhia aérea reporta um valor de 9,3 mil milhões de libras (cerca de 11,1 mil milhões de euros), correspondendo a uma subida de 14% face a período homólogo.
Durante o ano de 2024, a easyJet revela que operou 558.960 voos, mais 39.534 que no exercício anterior, tendo transportado 89,7 milhões quase sete milhões a mais que em 2023. Já quanto à capacidade, a companhia lowcost informa que registou um aumento de 8% para 100,4 milhões de lugares.
Do lado das despesas, estas cresceram, globalmente, de 5.683 milhões de libras para 6.476 milhões de libras, correspondendo a um incremento de 14%, enquanto os custos com combustível aumentaram em 9%, passando de 2.033 milhões de libras para 2.223 milhões de libras, em 2024.
Em Portugal, a easyJet chegou às 100 rotas de e para aeroportos portugueses, mantendo uma posição de liderança na Madeira – Funchal e Porto Santo – e garantiu o 2.º lugar nos principais aeroportos do continente – Porto, Lisboa e Faro.
A operação nacional registou um crescimento de cerca de 8% nas reservas de 2024 em comparação com o ano anterior, assim como uma taxa de ocupação de mais de 90%, entre as mais altas de toda a rede. “Estes resultados demonstram a eficiência da gestão da companhia aérea na adequação da sua oferta e no alcance de um elevado envolvimento dos passageiros”, refere a easyJet no comunicado que anunciam os resultados do exercício de 2024, salientando ainda que “a sólida taxa de ocupação reflete uma forte posição no mercado, a lealdade dos clientes e o compromisso contínuo da easyJet em aperfeiçoar a experiência dos seus passageiros”.
Recorde-se que durante este ano fiscal a easyJet adicionou nove novas rotas, operando um total de 100 rotas, de e para Portugal. Em outubro de 2023 iniciaram-se as ligações do Porto para Maraquexe e de Lisboa para Copenhaga e Agadir. No mês seguinte foi a vez da companhia ligar o Porto a Pisa e Genebra ao Funchal para, em dezembro, se iniciarem os voos entre Basileia e o Funchal. Já em abril deste ano, foi a vez de Bordéus se ligar ao Funchal, e, em junho, começaram os voos entre Faro e Southampton, passando, em julho a existir ligação entre a ilha de Menorca e o Porto.
Olhando para o ano fiscal de 2025, a easyJet passou a oferecer, desde outubro, novas rotas para Cabo Verde, com voos duas vezes por semana, a partir de Lisboa e Porto. Estas foram as primeiras rotas para a África subsariana na história da companhia.
Para 2025, a easyJet já anunciou que a partir do dia 2 de junho vai disponibilizar uma ligação direta entre a Madeira e Luton (Londres), com uma frequência de duas vezes por semana. Já a partir de 1 de abril, a easyJet vai possibilitar a união, sem escalas, entre o Algarve e a Suíça, através dos aeroportos de Faro e Zurique, com frequências de voos duas vezes por semana, às segundas e sextas-feiras.
De referir que, em 30 de setembro de 2024, a easyJet detinha 347 aviões, mais 11 que em igual período de 2023, sendo que desse total 188 aeronaves são próprias e as restantes 150 em leasing.
A easyJet revela que pretende aumentar o número de aviões nos próximos anos, prevendo terminar 2025 com 356 aviões. Já para 2026, 2027 e 2028, as previsões apontam para que os respetivos exercícios terminem com 368, 381 e 395 aeronaves.
Kenton Jarvis, CFO e CEO designado da easyJet, que substituirá Johan Lundgren, afirma, em comunicado, que “as perspetivas para a easyJet são positivas e viajar continua a ser uma prioridade, com consumidores que valorizam as nossas tarifas baixas, a nossa rede e o nosso serviço”.
A concluir, diz que a companhia aérea “continuará a crescer, particularmente em rotas de lazer mais longas e populares, como o Norte de África e as Canárias”, salientando que a easyJet planeia “levar mais 25% de clientes em férias organizadas, uma vez que a easyJet holidays continua a prosperar”.