Alqueva vai ter primeiro hotel Banyan Tree da Europa
Portugal já está no mapa de hotéis da Banyan Tree, que tem 35 em pipeline em todo o mundo e que no próximo mês abre mais quatro – na China, […]

Fátima Valente
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Portugal já está no mapa de hotéis da Banyan Tree, que tem 35 em pipeline em todo o mundo e que no próximo mês abre mais quatro – na China, em Bali, no México e no Dubai – além dos 23 que já opera. No nosso país, a marca de luxo asiática vai abrir um Hotel & Spa no Alqueva no espaço de dois anos, na Herdade do Mercador (Mourão), do grupo Sousa Cunhal. O acordo é recente e determina a gestão Banyan Tree por 20 anos, tal como confirmado ao Publituris por fonte da empresa e pela Neoturis, consultora que trouxe a marca asiática para Portugal.
É certo que a Banyan Tree já está presente em território nacional em dois Spas nos Tivoli Vilamoura e Victoria e vai assumir a gestão de um terceiro no Tivoli Jardim, além de estar para breve o arranque da operação nas Termas do Estoril, mas esta é a primeira vez que a marca asiática, que segue uma ‘filosofia de santuário para os sentidos’, se aventura na gestão hoteleira em Portugal.
Este resort assume ainda uma importância maior no contexto da cadeia internacional, uma vez que será o primeiro hotel Banyan Tree na Europa.
Ainda sem nome definido, o Hotel & Spa Banyan Tree vai estar integrado no resort L’And Reserve, promovido pela Sousa Cunhal Turismo. Será um cinco estrelas com 55 quartos e 20 unidades destinadas à venda a privados, mas com serviços de hotel, com um investimento previsto de 20 milhões de euros. A busca do parceiro ideal para o projecto, levada a cabo pela Sousa Cunhal Turismo e pela Neoturis, foi um “trabalho exaustivo”, já que interessava encontrar uma cadeia que respeitasse e valorizasse os valores do promotor, tanto ao nível da arquitectura, como do ambiente, eficiência energética, e que oferecesse “excelência na área do wellness”. As negociações com a marca asiática terão demorado quase ano e meio, mas ao que tudo indica, o final feliz vai facilitar a construção do destino. “São as marcas que fazem o destino. A própria Banyan Tree pode arrastar outras marcas para o Alqueva; tudo depende dos promotores”, avança Armando Rocha, sócio da Neoturis. “Haver massa crítica é importante em termos de comunicação da marca para fora”, prossegue a fonte da empresa, que ressalva ainda os efeitos multiplicadores do nome Banyan Tree na distribuição: “A marca é asiática mas 70% dos seus clientes são europeus. O nosso hotel abre a possibilidade a todos estes clientes de não terem de viajar 12 ou 13 horas de avião para chegar ao luxo exclusivo de um Banyan Tree”. Além disso, ambos os interlocutores concordam que a “componente holística” da cadeia asiática vai tornar a experiência no Alqueva muito mais “convidativa e enriquecedora”.
Marcar a diferença pelo Wellness
O L’And Reserve vai ser um resort integrado com várias valências, como o centro naútico e o golfe, mas vai destacar-se pelo wellness. A empresa promotora não tem dúvidas: “O Alqueva só pode ser um destino diferenciado em termos internacionais pela beleza paisagística e pela vertente de wellness. Não é como destino de golfe que se vai afirmar, porque já há muitos consolidados ao nível da Europa e não só.
As vantagens do Alqueva são a beleza paisagística e o clima, pois mesmo a temperatura de Inverno consegue atrair os clientes do Norte da Europa”. “É um pouco como acontece no Arizona, nos Estados Unidos, que tem as mesmas característica. Logo, o objectivo é criar um resort pequeno mas que seja muito competitivo em termos de destino de Spa”, conclui a mesma fonte não identificada.
L’And Reserve
Resort deverá estar concluído no final de 2012
Classificado PIN, o L’And Reserve é um resort de média dimensão a implantar na Herdade do Mercador, numa área de 280 hectares, na orla do plano de água da Barragem do Alqueva. O resort vai ter 290 unidades, entre quartos de hotel (55 + 20 no Banyan Tree), moradias e Town Houses, contemplando ainda espaços para eventos, um centro náutico e um campo de golfe de 18 buracos. Curiosamente, o golfe será partilhado no investimento e na exploração pelos grupos Sousa Cunhal e Hotéis Real, dado os 18 buracos estarem repartidos pelas duas propriedades vizinhas: Herdade do Mercador e Herdade das Ferrarias, do grupo Hotéis Real, para onde está também previsto um resort. No total das várias fases, o projecto contempla um investimento de 140 milhões de euros, incluindo os 20 milhões para o Hotel e Spa Banyan Tree.
O L’And Reserve segue um conceito semelhante ao do L’And Vyneards, o primeiro projecto turístico do grupo Sousa Cunhal, participado pelo Grupo Lágrimas e já em construção em Montemor-o-Novo. Assim, o objectivo é combinar a experiência rural com a sofisticação e conforto, apresentando uma arquitectura contemporânea, de autor, (foram convidados vários arquitectos), mas inspirada na reinterpretação da casa-pátio mediterrânica.
Além disso, tal como no L’And Vyneards, também o L’And Reserve vai ter restaurante, vinha, micro-adega e clube de vinho, dando a possibilidade aos proprietários de produzirem o próprio vinho. Outra das características do projecto é a sustentabilidade ambiental e eficiência energética.
O L’And Reserve já foi aprovado na Câmara de Mourão, estando o plano de urbanização em conclusão, o qual será seguido dos projectos de arquitectura. De acordo com os timings da Sousa Cunhal, as obras de infra-estrutura deverão arrancar no segundo semestre de 2010, de forma a ter o resort concluído no final de 2012.
Ao contrário do L’And Vyneards, que está bastante mais próximo de Lisboa, o L’And Reserve deverá atrair mais mercado internacional, sendo o espanhol um dos mais relevantes tanto na componente turística como residencial, dada a localização geográfica do empreendimento.
Além do lançamento destes dois projectos, a Sousa Cunhal, empresa familiar com tradição na agricultura biológica e produção de vinho, está mais interessada em afirmar a L’And – marca cujo conceito assenta nas propriedades diferenciadas pela natureza e arquitectura, proporcionando paisagens extraordinárias e a possibilidade de produzir vinho – do que em novos investimentos na área do turismo, nesta fase. “Primeiro queremos consolidar o que estamos a fazer, até porque até à data não tivemos de investir na compra de terrenos.
Ambos os projectos estão a ser desenvolvidos em propriedades que já eram da família”, rematou fonte da Sousa Cunhal Turismo.