Turismo do Alentejo denuncia “tratamento desigual” na abolição de portagens
O presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, denuncia que, em vários territórios da região, não só as portagens continuam a ser cobradas, como até aumentaram.
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O presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, queixa-se que a região está a ser alvo de “tratamento desigual” na abolição das portagens, uma vez que, em vários territórios da região, não só as portagens continuam a ser cobradas, como até aumentaram.
“Não estou contra essa medida [abolição de portagens nas autoestradas do Interior e Algarve conhecidas como ex-Scut]. Estou contra que não se tenha usado a mesma bitola para com uma parte importante do interior do Alentejo”, afirmou o responsável, citado pelo ECO.
José Manuel Santos denuncia em em vários territórios do Alentejo Central e Alto Alentejo, que são atravessados pela A6, houve “um aumento do custo da portagem”, o que contrasta com outras regiões, que viram as portagens das ex-SCUT abolidas a partir de 1 de janeiro.
Por isso, o presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo diz ver “com desagrado” o “tratamento desigual” do Alentejo, principalmente porque se trata de uma área que “afeta a competitividade turística dos territórios do interior”.
José Manuel Santos considera que a abolição das portagens é uma medida que “vai na direção certa”, já que representa “um estímulo e um incentivo à deslocação de pessoas, também turistas, para os territórios do interior, nomeadamente do norte e do centro”.
“Mas, em contrapartida, há um tratamento desigual dado aos territórios do Alentejo Central e um pouco do Alto Alentejo, que são atravessados pela autoestrada A6, em que verificamos, inclusive, que há um aumento do custo da portagem”, acrescentou, denunciando que o preço da portagem para viaturas ligeiras no troço Marateca – Caia da A6 aumentou 35 cêntimos.
Apesar de considerar que se trata de um aumento ligeiro, o responsável defende a subida do preço da portagem “não é um estimulo” à deslocação de turistas para a região, o que é injusto para esta região.
A manutenção da portagem e o seu aumento “não ajudam à competitividade turística do Alentejo, essencialmente para o mercado interno”, uma vez que “o turista nacional é um cliente mais sensível ao fator preço”.
“Queremos que o Alentejo seja um destino de férias para todos aqueles que querem vir usufruir da hospitalidade, qualidade e diversidade dos nossos recursos e produtos turísticos e preocupa-nos haver medidas que vão no sentido de favorecer outras regiões do país”, acrescentou.
Recorde-se que, a partir desta quarta-feira, 1 de janeiro, as portagens foram abolidas na A4 – Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 – Pinhal Interior, A22 – Algarve, A23 – Beira Interior, A24 – Interior Norte, A25 – Beiras Litoral e Alta e A28 – Minho, esta última apenas nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.