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Aviação

“Vamos abrir os serviços que desenvolvemos dentro do grupo a terceiros”

Criada em 2011 para dar apoio às companhias aéreas do Grupo Lufhtansa em terra, a Lufthansa Ground Services Portugal (LGSP) tornou-se num polo de inovação que dá atualmente resposta a muitas das necessidades diárias da operação aeroportuária e muitas das vezes de forma remota, colocando a cidade do Porto no centro de um negócio que continua a crescer, vai apresentar novidades e quer passar a disponibilizar serviços a terceiros.

Inês de Matos
Aviação

“Vamos abrir os serviços que desenvolvemos dentro do grupo a terceiros”

Criada em 2011 para dar apoio às companhias aéreas do Grupo Lufhtansa em terra, a Lufthansa Ground Services Portugal (LGSP) tornou-se num polo de inovação que dá atualmente resposta a muitas das necessidades diárias da operação aeroportuária e muitas das vezes de forma remota, colocando a cidade do Porto no centro de um negócio que continua a crescer, vai apresentar novidades e quer passar a disponibilizar serviços a terceiros.

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As inovações tecnológicas têm ajudado a Lufthansa LGSP a alargar os serviços oferecidos às companhias aéreas do Grupo Lufthansa e, atualmente, esta empresa, nascida na cidade do Porto, presta muito mais do que os típicos serviços de terra nos aeroportos. Em entrevista ao Publituris, Paulo Geisler, CEO da Lufthansa LGSP, sublinha que “o handling é importante mas o ‘remote handling’, hoje em dia, é ainda mais importante”, o que ajuda a explicar o sucesso desta empresa, que está já a exportar talento português. E o futuro deverá continuar a ser risonho, até porque há novos serviços prontos a serem lançados, a exemplo do Remote Personal Assistant para dar resposta à falta de recursos humanos nos ‘handling agents’, entre outras novidades que Paulo Geisler prefere, por enquanto, não desvendar. E novidade deverá ser também a abertura dos serviços da empresa a companhias aéreas fora do grupo Lufthansa, o que deverá acontecer em breve, motivo pelo qual o CEO da Lufthansa LGSP também pede que o novo aeroporto de Lisboa seja “uma infraestrutura competitiva a nível de pricing e que seja ‘user-friendly”, de forma a ser capaz de atrair novas companhias aéreas.

Os serviços de terra são, por vezes, uma área um pouco desprezada da aviação, mas a verdade é que são essenciais e a Lufthansa LGSP disponibiliza vários destes serviços. Como nasceu a empresa e como tem sido a sua evolução?

Vou começar pelo início, ou seja, como é que nasceu esta empresa. A empresa nasceu em 2011, com 36 colaboradores que vieram dos serviços de aeroporto da Lufthansa para a LGSP do Porto, Lisboa e Faro. No início, oferecíamos assistência a passageiros, check-in, portas de embarque, balcão de emissões, gestão operacional e chefia de escala, ou seja, tudo o que tinha a ver com a gestão da escala e supervisão de placa de rampa, porque as licenças de rampa, lamentavelmente, em Portugal estão limitadas à Portway e à Groundforce.

A nível de aeroportos, prestamos os serviços todos. Nessa altura, em Faro, não tínhamos o balcão de vendas e de irregularidades, por isso, resolvemos testar o ‘remote business’ à partida do Porto, ou seja, tudo o que era irregularidades que aconteciam em Faro ou vendas de última hora, começaram a ser tratadas à partida do Porto e remotamente. E funcionou muito bem. Nessa altura, foi a insolvência da Spanair, em Espanha, e os colegas da Lufthansa em Espanha perguntaram se podíamos também fazer Valencia e Málaga, onde a Spanair era o seu ‘handling agent’. Começámos, então, com Málaga e Valencia, e, depois, apareceu Palma de Maiorca.

Depois, surgiu um problema no Dubai e perguntaram-nos se podíamos também fazer também o Dubai remotamente. Foi assim que nasceu aqui uma revolução, no fundo, da aviação e do handling, que são os serviços remotos, e que, basicamente, na altura se centravam apenas em irregularidades e emissões de última hora, excessos de bagagem e tudo o que se fazia num balcão tradicional de ‘ticketing’. Entretanto, já estamos em 350 aeroportos, em 194 países, e, neste momento, ligamos todas as companhias do grupo à partida do Porto. Levamos o nome do Porto e de Portugal ao mundo todos os dias e, atualmente, já temos 350 funcionários na empresa. Digamos que este foi um serviço inventado pela Lufthansa Ground Services Portugal, que revolucionou o grupo e, entretanto, fomos alargando o serviço de Remote Airport Services e já temos uma equipa especializada em vistos e documentação de viagens, que também apoia todos os aeroportos a nível mundial. Temos uma equipa muito treinada, que trabalha em colaboração com a IATA e que negoceia com as autoridades dos EUA, por exemplo, para ver se o passageiro pode ou não embarcar, em última hora. Portanto, temos também essa área.

Entretanto, surgiu uma área de apoio aos aeroportos de Frankfurt, Munique e Viena, os hubs das companhias do Grupo Lufthansa, onde temos também uma equipa dedicada na parte da coordenação e, recentemente, foi-nos pedido um serviço de apoio a passageiros de First Class, que passaram a ser proactivamente contactados por uma equipa muito treinada, em caso de irregularidades ou qualquer problema com a viagem. E temos também uma empresa que nos ajuda com a parte do remote ticketing em Banguecoque e na Cidade do Cabo. Portanto, existem três empresas que estão, neste momento, a trabalhar em paralelo e temos um software que foi desenvolvido em colaboração com a LGSP e que é gerido por nós. O serviço que prestamos destina-se aos profissionais estejam eles onde estiverem porque o sistema que temos recorre à Inteligência Artificial e está muito trabalhado para responder às necessidades especificas, independentemente de onde o agente está. E toda essa parte é gerida pelo nosso departamento informático.

Este ‘remote handling’ e grande parte do trabalho da Lufthansa LGSP só é possível por causa das novas tecnologias, correto?

O handling é importante mas o ‘remote handling’, hoje em dia, é ainda mais importante e, por isso, temos vindo sempre a lançar produtos novos. Qualquer tecnologia que se aplique aqui é desenvolvida em co-produção com a LGSP ou com startups portuguesas. Aliás, lançámos na semana passada um serviço inovador, o Remote Personal Assistant, que está em teste em Frankfurt e Munique, e que permite que o passageiro, através de um QR Code, possa aceder a um agente fardado por vídeo aqui na LGSP. Isto vai ser a próxima revolução porque, em geral, os ‘handling agents’ têm muita dificuldade em arranjar recursos humanos nos picos. Portanto, estas soluções tecnológicas que estamos a desenvolver através da LGSP Solutions têm ajudado muito. Estas soluções têm ajudado também noutro serviço muito interessante que temos, a JetTainer. A JetTainer detém contentores e paletes de carga de 38 companhias e nós, em Portugal, gerimos oito companhias independentes para a Jettainer. Ou seja, somos nós que vemos se existem paletes e contentores suficientes em cada escala. São, mais ou menos, um milhão de movimentos de contentores e paletes em todo o mundo. Temos ainda um serviço muito interessante, e que é também recente, a nível de tripulações e recursos humanos. Em Frankfurt temos 18.500 tripulantes de cabine e todas as ausências, seja por doenças ou outra razão, são geridas a partir do Porto.

Tudo o que são serviços de catering de Frankfurt e Munique, de última hora, são também geridos aqui à partida do Porto e, a nível mundial, todos os passageiros inadmissíveis ou deportados, também são tratados aqui com as autoridades locais. Entretanto, entrámos também na área das vendas. Temos o Staff Travel para os mais de 100 mil funcionários do grupo, que têm condições especiais de viagens, e todo o suporte para funcionários da Lufthansa é dado também aqui no Porto. A nível de vendas, temos mais ou menos tudo coberto e damos ainda apoio às vendas mundiais da Eurowings. Temos ainda algum serviço de B2C para passageiros em espanhol e português, ou seja, apoio a passageiros que compram bilhetes online, e, recentemente, temos o Travel Agency Support para Portugal, Espanha, França, Luxemburgo, Argélia, Marrocos e Tunísia bem como os grupos para a Europa, nomeadamente reservas com mais de 10 passageiros, também são tratados aqui na LGSP. Somos uma empresa dinâmica e formadora porque estes serviços não se conseguem encontrar em lado nenhum. E, portanto, é aqui que temos uma forma de reter talento porque investimos muito na formação do pessoal.

Portanto, o Porto está no centro da aviação do Grupo Lufthansa, ainda que indiretamente. É um motivo de orgulho também por isso?

Somos irmãos das 507 empresas do grupo Lufthansa, mas somos a primeira empresa portuguesa. É uma amostra do empreendedorismo português e, também por isso, acho que é um facto de destaque. É muito interessante e temos alguns novos produtos em pipeline que vamos testar no mercado português, como o suporte para agentes independentes e que vai estar disponível 24 horas por dia. Aliás, lançámos este produto na convenção da Lufthansa City Center, em Braga e em Guimarães, onde estiveram 280 agentes a nível mundial.

É um serviço de suporte a nível de documentação de viagem, que vamos externalizar porque também nas agências de viagens há cada vez mais dificuldade em arranjar recursos humanos e estes profissionais perdem muito tempo com serviços administrativos, nos quais podemos ajudar, libertando os agentes para a venda, que é o seu negócio. Desta forma, damos um apoio especializados nessa área.

A Lufthansa LGSP está presente, na parte dos serviços de terra, nos três principais aeroportos nacionais – Porto, Lisboa e Faro. Como é feita a cobertura destes aeroportos?

Temos à volta de 100 funcionários nos aeroportos e 250 aqui na sede do Porto. A nível de aeroportos, Faro é onde temos menos pessoal e Lisboa é onde temos mais mas, atualmente, temos praticamente os mesmo funcionários em Lisboa e no Porto, está quase igual porque os voos, hoje em dia, são basicamente os mesmos nas duas cidades.

Há alguma possibilidade de a Lufthansa LGSP se vir a expandir também para os aeroportos da Madeira e Açores?

Nós estamos nas Ilhas, já estamos em Ponta Delgada e no Funchal, com a gestão operacional, a chefia de escala e com os serviços remotos, fisicamente não está nada previsto neste momento.

E além de Portugal, haverá alguma expansão?

Na parte do handling físico, não. Tudo a nível de serviços remotos, essa é a parte que prevemos que venha a crescer.

Abertura a companhias aéreas terceiras

No que diz respeito a companhias aéreas, a Lufthansa LGSP trabalha com as companhias aéreas do Grupo Lufthansa. Há alguma possibilidade de vir também a trabalhar com outras companhias aéreas?

Neste momento, estamos concentrados só nas companhias aéreas do grupo, mas futuramente poderá ser uma área interessante e poderá haver essa abertura.

Obviamente, que esperamos que haja um novo aeroporto em Lisboa capaz de atrair mais companhias aéreas e que se criem condições para isso.

E que benefícios poderá a escolha da Lufthansa LGSP trazer às companhias que, no futuro, possam vir a trabalhar convosco?

Vamos abrir os serviços que desenvolvemos dentro do grupo a terceiros e obviamente que uma companhia aérea terceira pode beneficiar do know-how incrível que temos e que nos permitiu lançar um serviço inovador, assim como do efeito de escala que temos, com o serviço 24 horas por dia e sete dias por semana, que presta serviço em todo o mundo e que se adapta facilmente a qualquer cultura. Portanto, acho que sim, que temos benefícios para oferecer e acho que vamos ter companhias de fora do grupo.

Há alguma perspectiva de quando é que isso poderá acontecer? Este ano ainda?

Possivelmente este ano ainda.

Eventos e desporto

Entretanto, a Lufthansa LGSP entrou também na área dos eventos, como surgiu a aposta nesta área e que importância ela já assumiu na empresa?

A LGSP Events nasceu em 2013, com o evento “Comidas do Mundo”. Este evento tinha o objetivo claro de dar a conhecer a LGSP. Tivemos oportunidade, em parceria com 5 4 o Campo Pequeno, de promover um evento que juntou 10 dos melhores chefes nacionais, que tinham de confecionar pratos de outros países, com ingredientes portugueses. Foi um evento que correu muito bem, teve 50 mil visitantes e foi um sucesso na altura. O El País, em Espanha, dedicou uma página ao evento, porque as embaixadas também estavam muito envolvidas. Foi, de facto, um grande sucesso e, como correu bem, decidimos continuar. Fizemos o Porto e Norte Photo Challenge, em parceria com o Turismo do Porto e Norte, que deu origem ao primeiro guia fotográfico do Norte de Portugal, uma ferramenta que não existia. O que fizemos foi juntar 100 fotógrafos, desde profissionais a não profissionais, e criámos 18 roteiros fotográficos no Norte. E as melhores fotografias deram origem ao tal livro, que também foi um sucesso.

Entretanto, fomos convidados a organizar o Peixe em Lisboa, um evento muito conhecido e, desde então, temos feito muitos outros eventos. A nível do desporto, a ideia nasce devido às infraestruturas que existem em Portugal e que deixaram de ser utilizadas depois do Euro. Começámos com o futebol, organizando estágios de equipas internacionais, como o Nottingham Forest ou o Sporting Rijon. Mas esta área tem também uma vertente muito de formação. Em breve, vamos ter uma equipa do Bahrein aqui, são jovens futebolistas que conseguimos trazer para cá porque estamos muito bem relacionados com a Associação de Futebol do Porto e com outros stakeholders e, por isso, é-nos muito fácil trazer essas equipas, tratando a parte hoteleira, que, no fundo, é onde ganhamos dinheiro. Acredito que há muito potencial em Portugal nessa área e nós somos especialistas, temos aproveitado também a zona do Algarve para o atletismo – vamos lá ter uma academia do Qatar em agosto – e organizamos ainda o Torneio Capital do Móvel, que se tornou o torneio mais importante, até à pandemia, de pré-temporada para equipas profissionais portuguesas. Houve várias equipas que passaram por esse torneio. Neste momento, estamos com uma aposta muito forte na formação com o Porto International Youth Cup, que este ano trouxe já a Juventus, o Wolverhampton, para atrair equipas de referência internacional e dinamizar o desporto nacional e o turismo, porque as crianças são acompanhadas dos pais, o que também é bom para a promoção do país. Os eventos e o desporto são duas áreas que também complementam o negócio da Lufthansa LGSP.

2023 positivo e expectativas em alta para o verão

Como correu a atividade da Lufthansa LGSP em Portugal no ano passado, já houve recuperação da pandemia?

Desde que a Lufthansa LGSP foi fundada, nunca deu prejuízo, mesmo nos anos de pandemia. E isso acontece porquê? Porque inventámos um serviço para a pandemia, o Health Certificate Check, que permitia aos passageiros do grupo enviarem a sua documentação antecipadamente. Tínhamos 87 agentes a trabalhar 24 horas por dia e esse serviço funcionou muito bem.

Portanto, conseguimos manter e não ter prejuízo, o que dentro do grupo também foi apreciado porque foram muito poucas as empresas que o conseguiam. Temos tido um percurso sempre de crescimento e, em 2024, com estes novos serviços, como o Travel Agency Support, que representaram um investimento muito grande, contratámos 45 pessoas. Mas está a ser um ano de sucesso. Portanto, estou muito confiante de que vai correr bem.

Além do Remote Personal Assistant e dos serviços de que já falámos, a Lufthansa LGSP tem previsto o lançamento de outras novidades num futuro próximo?

Estamos com este Remote Personal Assistant, o tal QRCode de que falei, e que é a nossa principal novidade. Além desse, temos vários serviços em que vamos alargar uma solução informática para o Cairo, no Egito, e temos na calha um grande negócio e estou convencido de que o vamos fazer, ao nível da LGSP Solutions, em que vamos contratar 70 programadores para desenvolverem softwares para uma determinada empresa do grupo. Mas ainda não temos o negócio fechado, está muito perto de acontecer, até já temos as pessoas selecionadas, agora é só uma questão administrativa.

Estamos ainda num projeto interessante, em que vamos enviar especialistas nossos, a partir do mês de julho, para dar apoio direto no aeroporto de Munique, durante três a quatro meses. Portanto já estamos a exportar talento e a trazer novidades de fora.

Futuro Digital

Queria falar também dos desafios que existem para a aviação, uma vez que, desde a pandemia, muita coisa tem mudado na indústria da aviação, incluindo nos serviços de terra. Como é que a Lufthansa LGPS olha para o futuro deste setor?

Acredito que o futuro vai ser cada vez mais digital, obviamente. E, portanto, temos que saber conjugar o digital com o presencial. Obviamente que vai ser sempre necessário um serviço personalizado, daí o lançamento desta solução híbrida, com o Remote Personal Assistant, mas obviamente que esta é uma área em que vai continuar a haver desenvolvimento porque os aviões têm que ser carregados e naturalmente que a automatização e a digitalização vão influenciar. Mas, de qualquer forma, as pessoas serão sempre necessárias, remotamente ou de forma presencial.

Os serviços remotos podem beneficiar ainda da Inteligência Artificial e, pela nossa conversa, já percebi que esta é uma inovação que está já a ser aplicada na Lufthansa LGSP. Até onde poderá ir a aplicação da Inteligência Artificial neste setor?

Obviamente que tudo é possível, mas as pessoas serão sempre necessárias. Mesmo com a Inteligência Artificial, acredito que as pessoas se vão adaptar a outras funções. E, portanto, acredito que sim, que no futuro haverá soluções automatizadas de carregamento de aviões, talvez não num futuro tão próximo, mas acredito que o interessante vai ser saber falar com a Inteligência Artificial. Mas essa é também a função dos programadores e, apesar da Inteligência Artificial também poder programar, será sempre preciso falar com ela.

Portanto, vão criar-se novos empregos, mas, de qualquer maneira, acredito que o tradicional vai ser sempre necessário.

Além da Inteligência Artificial, que outras inovações poderão ter impacto nos serviços de terra no futuro?

Todos estes self-services que estão a ser implementados vão contribuir para, supostamente, facilitar a viagem do passageiro. É por isso que a Lufthansa LGSP também existe porque lançamos produtos que podem ser testados aqui porque acompanhamos todo o processo, toda a ‘costumer journey’, desde a reserva até à entrada no avião, sem esquecer os tripulantes que adoecem ou o carregamento de contentores. Há uns anos, tivemos um projeto muito engraçado de criar um aeroporto perto do Porto, um aeroporto de mockup e que visava exatamente testar esses produtos. Mas acredito que conseguimos testar muita coisa aqui no Porto.

Desafio do Aeroporto de Lisboa

Desafiante é também a situação do Aeroporto de Lisboa, que se encontra esgotado. No caso da Lufthansa LGSP, como tem sido a vossa experiência no Aeroporto de Lisboa?

É uma infraestrutura muito difícil, e é muito difícil para o passageiro e muito difícil para os colaboradores. E, portanto, esperamos que em breve, com as obras, se consigam condições agradáveis para o funcionamento e para a expansão, para se poder atrair mais clientes. Mas, essencialmente, o que precisamos é de melhores condições para os colaboradores, passageiros e para a operação porque as companhias aéreas nossas clientes precisam de uma infraestrutura que funcione.

E como é que prevê que seja o próximo aeroporto de Lisboa, ou melhor, o que é que esse novo aeroporto deve acautelar para a operação do dia-a-dia?

O próximo aeroporto é o Aeroporto Humberto Delgado porque o novo ainda vai demorar vários anos até estar operacional. Mas o que esperamos é que seja uma infraestrutura bem pensada e que não seja paga apenas pelos operadores, que seja, de facto, competitiva a nível de pricing e que seja userfriendly. Creio que estes são os pontos fundamentais, que a infraestrutura seja bem pensada e que sejam questionados os seus utilizadores, ou seja, as companhias aéreas, os ‘handling agents’, os passageiros e as companhias de carga. Enfim, será positivo se todos os stakeholders forem envolvidos.

A digitalização é fundamental mas a existência de poucas barreiras numa viagem também.

Para a Lufthansa LGSP, a escolha de Alcochete como localização do novo aeroporto foi acertada?

Desde que o aeroporto funcione, é uma escolha acertada.

Entretanto, até pela questão das obras no Aeroporto Humberto Delgado enquanto não chega o novo aeroporto, vários stakeholders vieram defender que o ideal seria repartir esse investimento pelos outros aeroportos nacionais. A Lufthansa LGSP concorda? O que é que é necessário melhorar nos outros aeroportos?

Neste momento, penso que em Faro há necessidade de haver, de facto, algum investimento na infraestrutura e, no Porto, já se estão a fazer alguns investimentos. Principalmente o Porto, poderá ser uma alternativa a Lisboa, neste imediato, o único crescimento possível será no Porto e, por isso, há necessidade de criar algumas condições a nível de infraestrutura. Mas o Porto está com uma belíssima infraestrutura aeroportuária, que ainda permite uma expansão interessante.

E o aeroporto de Beja tem ou poderá vir a ter alguma utilidade para a Lufthansa LGSP?

Não, não tem nenhuma. No futuro, não sei, pode ser um aeroporto interessante para treino. Há uns anos tivemos muitos voos de treino da Lufthansa no Porto, que tentámos encaminhar para Beja. Nesse sentido, sim, poderá ser interessante, assim como para estacionamento de aeronaves.

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“O Mundo é Solférias!”: Evento de Lisboa adiado para 23 de setembro

Devido à situação de alerta para risco de incêndio declarada pelo governo e consequente declaração de proibição de circulação em espaços florestais, o operador turístico foi obrigado a alterar a data do evento “O Mundo é Solférias!”, que estava agendado para esta terça-feira, 17 de setembro, no Clube Monsanto Secret Spot, em Lisboa.

De acordo com nota da Solférias, esta decisão foi tomada tendo em vista a segurança de todos os participantes e em respeito pelas diretrizes estabelecidas pelas autoridades competentes.

No entanto, o operador turístico indica que este é apenas um adiamento, uma vez que confirma que o evento terá lugar na próxima segunda-feira, 23 de setembro de 2024, no Clube Monsanto Secret Spot a partir das 19h00, ou seja, mantem-se o local e a hora.

“Agradecemos desde já toda a vossa compreensão e colaboração e esperamos por todos vocês na próxima segunda-feira, no mesmo local, à mesma hora e com a mesma disposição”, destaca-se no comunicado.

Mais informa que, em relação ao evento, com o mote “Vem connosco antecipar o Ano Novo”, que se irá realizar no Porto, no dia 19 de setembro, quinta-feira, continua confirmado e sem qualquer alteração.

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Franceses viajaram menos para o exterior neste verão

Globalmente, o número de saídas de franceses para o estrangeiro diminuiu 14% no médio curso em julho, e 2% em agosto, as mesmas tendências para viagens de longo curso, segundo o barómetro da Travel Enterprises (EDV), o sindicato do setor, que agrega as vendas das agências de viagens, presenciais e online.

Espanha, Grécia e Tunísia continuam a ser os destinos mais populares para os franceses, mas estão em declínio, observaram as agências de viagens e os operadores turísticos de França, no momento em que se inicia, em Paris, a feira de turismo IFTM TOP RESA. A Itália, por outro lado, atrai um número crescente de franceses.

Estes profissionais relatam um verão como nenhum outro. Globalmente, o número de saídas para o estrangeiro diminuiu: − 14% no médio curso em julho, e − 2% em agosto. Mesmas tendências para viagens de longo curso, de acordo com dados da Travel Enterprises (EDV).

Defendem que as Olimpíadas perturbaram o ecossistema. As pessoas anteciparam dificuldades nos aeroportos ou decidiram comparecer aos Jogos. Por outro lado, no início do ano, as passagens aéreas para o verão estavam uma loucura. Os preços caíram pouco antes da temporada, mas já era tarde demais.

Neste verão, o trio de destinos estrangeiros mais reservados manteve-se o mesmo: Espanha, Grécia e Tunísia, ainda que os três tenham registado menos partidas do que em 2023. Além do aumento dos preços, o medo das altas temperaturas – com a multiplicação da onda de calor episódios no Mediterrâneo – podem explicar esta menor atratividade. Por outro lado, o quarto destino no pódio, a Itália, teve muito sucesso, graças às inúmeras ofertas hoteleiras a bons preços e acessíveis, uma vez que não havia necessidade de utilização da componente voo.

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Soltour reformula site com mais de 100 novas funcionalidades

O operador turístico Soltour acaba de reformular o seu website com objetivo de satisfazer as necessidades dos agentes de viagens, melhorando a utilização, a rapidez e a diversidade de produtos, com mais de 100 opções.

A Soltour responde às necessidades das agências de viagens com uma nova versão do seu website, soltour.com. Esta plataforma digital foi completamente redesenhada para melhorar a utilização, a rapidez e a diversidade de produtos.

O novo website inclui mais de 100 funcionalidades inovadoras destinadas a proporcionar aos agentes de viagens os benefícios das últimas tecnologias. Estas funcionalidades incluem a criação instantânea de documentos PDF, partilha nas redes sociais, produtos com códigos QR e a pesquisa de produtos com inteligência artificial.

A empresa também otimizou a velocidade do seu website, permitindo que as agências de viagens façam pesquisas e cheguem ao passo final em cerca de 20 segundos.

O operador turístico procura, através da nova plataforma, responder à evolução do perfil do viajante, mais exigente e ligado à tecnologia, com uma oferta de produtos alargada e adaptada às necessidades de cada consumidor. Os agentes de viagens podem encontrar pacotes de férias para mais de 50 destinos com ligações a partir de Lisboa e do Porto, hotéis de cidade e à beira-mar ao melhor preço em mais de 3 mil destinos, voos + hotel completamente personalizados e mais de 150 circuitos pelo mundo inteiro.

A empresa deu mais um passo no sentido da personalização completa dos seus pacotes turísticos, disponibilizando um novo produto de pacotes livres: uma nova oferta com mais de 100 pacotes que dão liberdade para personalizar o número de dias em cada destino.

Para além disso, o website permite pesquisar a viagem ideal, selecionando os aeroportos de origem preferidos por parte da agência e personalizando todas as ofertas e produtos de acordo com essa origem.

 

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Aviação

A4E insta novo Comissário dos Transportes a apoiar um setor da aviação europeu “forte e competitivo”

Depois de a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter dado a conhecer os novos comissários, a Airlines for Europe não perdeu tempo e reforçou os principais domínios em que o novo Comissário se deve concentrar.

Conhecida que está a equipa de Comissários proposta por Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, a Airlines for Europe (A4E) veio congratular-se com a nomeação de Apostolos Tzitzikostas para o cargo de Comissário para o Transporte Sustentável e Turismo, salientando, desde logo, que o grego deverá apoiar um setor da aviação europeu forte e competitivo para acelerar a descarbonização.

Numa pasta que junta, igualmente, o turismo, a A4E insta Apostolos Tzitzikostas a adotar uma abordagem regulamentar pragmática que dê prioridade a um setor europeu de transportes aéreos forte e competitivo, mais bem posicionado para acelerar o progresso no sentido de emissões líquidas nulas de carbono. Na sua carta de missão alternativa, a A4E descreve os principais domínios em que o novo Comissário dos Transportes se deve concentrar. Assim, “Reformar o espaço aéreo europeu; Acelerar a produção de tecnologias e combustíveis alternativos; Combater as fugas de carbono e de empresas; e Concluir o mercado único da aviação”, deverão ser, segundo a A4E as prioridades do novo comissário grego.

O recente relatório de Mario Draghi sobre a competitividade europeia sublinha que os transportes são um dos principais pontos fortes da União Europeia (UE). No entanto, “a persistente falta de integração da UE e a fraca concorrência” continuam a comprometer a capacidade e a conectividade em toda a Europa, admite a A4E.

“A nova Comissão tem agora a oportunidade de dar prioridade aos transportes e de abordar estas questões para melhorar as viagens aéreas para os milhões de europeus que delas dependem diariamente”.

Ourania Georgoutsakou, diretora-geral da A4E, salienta, assim, que “os transportes são fundamentais para o êxito da União Europeia que vemos atualmente”, frisando que o comissário indigitado tem uma agenda “cada vez mais rica, desde a reforma do espaço aéreo ao combate às emissões de carbono e às fugas de informação das empresas, passando pela conclusão do mercado único da aviação.”

“A competitividade é a palavra de ordem em Bruxelas neste momento e é fundamental para permitir que as companhias aéreas europeias contribuam para a transição sustentável. Ao enfrentar os desafios delineados na nossa carta de missão alternativa, o comissário indigitado pode ajudar a garantir que as companhias aéreas continuem a servir a Europa e a desempenhar o seu papel na transição para um futuro sustentável.”

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Turismo da Madeira e Airmet juntam-se na promoção do Porto Santo

A Airmet e o Turismo da Madeira associaram-se numa campanha pós-verão para promover a ilha do Porto Santo, para reservas até 30 de setembro e viagens até 31 de dezembro de 2024.

Com o mote “Porto Santo – A Harmonia Perfeita Aqui Tão Perto”, esta campanha tem como objetivo destacar a Ilha Dourada como um local perfeito para desfrutar de férias de praia, mesmo após o pico do verão, e promovendo-a como um destino acessível e encantador a menos de duas horas de Portugal Continental.

Os pacotes promocionais estarão disponíveis nas agências da rede Airmet, com reservas a serem feitas até 30 de setembro para viagens até 31 de dezembro. A iniciativa incentiva os turistas a aproveitarem meses menos convencionais para férias na ilha, como setembro, outubro, novembro e dezembro.

Além de toda a oferta promocional, a Airmet vai disponibilizar um apoio adicional às agências de viagens que promovam os materiais gráficos da campanha nas suas redes sociais, podendo beneficiar de um reembolso de 50% sobre o valor investido em anúncios pagos nas redes sociais, conforme as condições da campanha.

Luís Henriques, diretor geral da Airmet, destacou que Porto Santo “é um verdadeiro tesouro escondido que merece ser descoberto em todas as estações”.

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INSIDER propõe uma Madeira “luxury”

A operar há dois anos na Madeira, a INSIDER oferece programas exclusivos e experiências únicas para clientes que procuram uma abordagem personalizada para explorar a verdadeira essência da ilha. Esta jovem DMC propõe, assim, uma Madeira mais “luxury”, fugindo dos tradicionais pacotes pré-formatados, para propostas “tailor made”, explicou ao Publituris o seu Managing Partner, Filipe Fraga.

Baseada da Madeira, a INISIDER, que no início do ano havia comunicado a sua expansão para os Açores, decidiu não avançar com o negócio e, segundo revelou ao Publituris o seu Managing Partner, Filipe Fraga, vai manter, “para já” a sua operação na ilha sede. “Mantemos tudo como estava antes, operando na Madeira”, disse, acrescentando que “não vamos avançar, pelo menos este ano, tendo optado por um crescimento mais sustentado”.

Com dois anos de existência, esta DMC, que se identifica como uma agência boutique de pessoas para pessoas, diferencia-se de outros DMC que existem na região, propondo viagens autênticas e feitas à medida para viajantes exigentes que procuram experiências únicas na ilha da Madeira. “Como se sabe, a Madeira é uma região turística que sempre viveu da operação turística, daqueles modelos clássicos do turismo, da operação charter e dos grandes operadores. Portanto, existem algumas ou várias agências e DMC que continuam a operar e a trabalhar com esse modelo de negócio”, apontou Filipe Fraga, destacando que “nós aparecemos no mercado há dois anos posicionando-nos como uma DMC tailor made”.

Neste sentido “tudo é feito à medida, cada cliente é um cliente, não vendemos pacotes, não temos nada pré-definido e só vendemos atividades privadas, ou seja, não comercializamos as típicas excursões de Half Day ou de Full Day. O nosso conceito é querer mostrar uma parte mais exclusiva do destino Madeira, fugindo às grandes atrações turísticas e ao turismo de massa”.

O que faz a diferença
O responsável acentua que “diferenciamos nesse sentido, porque para já não existem outros players a operar e focados neste segmento de mercado na Madeira, diria de ‘luxury’. Não pretendemos e nem trabalhamos os mesmos sítios e as mesmas atrações turísticas que todos nós conhecemos na ilha. No entanto, como somos agência de viagens algumas vezes nos pedem para reservar os carros de cesto, por exemplo”, esclareceu, sublinhando ainda que “na agência conseguimos reservar, tratar de tudo e vender todas essas atividades, mas não promovemos, nem as vendemos proactivamente”.

Filipe Fraga assume que “fizemos aqui um trabalho também de formatação de produto nosso, no sentido em que criámos algumas experiências autênticas e sempre numa ótica privada, ou seja, os nossos clientes desfrutam das atividades sempre em privado”.

Uma ou outra vez a INISIDER trabalha com pequenos grupos, não de incentivos de 100, 200 ou 300 pessoas, “esse não é o nosso segmento. Quando digo grupo, estamos a falar 15, 20 pessoas, 30, única forma de manter uma oferta de atividades mais exclusiva”.

Filipe Fraga, Managing Partner da INSIDER

O que propor a um cliente mais exclusivo
O Managing Partner da empresa deu-nos alguns exemplos das atividades que podem propor a um cliente mais exclusivo.

“Recebemos os pedidos de reserva, e para desenhamos os programas precisamos de um briefing com o perfil do cliente, sobre o que procura porque muitas das vezes não nos pedem algo especificamente”, esclareceu.

Para um dia na Madeira um pouco diferente, a INSIDER pode sugerir: “Acordar bem cedo,

antes do nascer do sol, levarmos os clientes até à montanha, organizarmos lá um pequeno-almoço em cima das nuvens, num dos picos mais altos da Madeira, para terem aquele momento de contemplação do nascer do sol, depois do pequeno-almoço podemos descer, vamos ao mar. Levamos um chefe a bordo de um veleiro privado que irá preparar um almoço com produtos típicos da região, e para os clientes usufruírem e darem mergulhos numa baía privada, longe das confusões dos catamarãs grandes. Na volta, podem fazer uma prova do Vinho Madeira. Em vez de irmos à Blandy’s Wine Lodge, por exemplo, que tem muita gente e muito turismo, formatamos um produto diferente, vamos à torre do Museu de Arte Sacra, que é no centro do Funchal, onde conseguimos colocar um sommelier, e o museu fica fechado para os nossos clientes. Finalmente, podemos terminar o dia com um Jeep Tour, vamos à costa oeste da ilha, onde o sol se põe, e lá num terreno privado, conseguimos fazer também um piquenique, algo mais informal”.

Importa salientar que a INSIDER oferece uma diversidade de clusters focados em quatro áreas: gastronomia; terra e montanha; mar; e artes e cultura. No que diz respeito às artes e cultura promovem, igualmente, atividades como workshops do vime da Madeira, uma forma de os seus clientes aprenderem a manusear esta arte tão caraterística da ilha.

O nosso conceito é querer mostrar uma parte mais exclusiva do destino Madeira, fugindo às grandes atrações turísticas e ao turismo de massa

Clientes são estrangeiros
Filipe Fraga ressalvou, ao longo da nossa entrevista, que hoje em dia, o destino Madeira, que sempre foi muito tradicional em termos de procura dos seus produtos turísticos, alterou-se muito pós-Covid. Disse que apesar da Madeira ter sido sempre conhecida nos mercados inglês e alemão, “temos muitos mercados novos a chegar, como por exemplo o dos Estados Unidos que procuram muito estas viagens privadas, estas viagens feitas à medida”, indicou, para sublinhar que “neste momento só operamos B2B, não vendemos ainda direto ao consumidor final, mas quando aparecemos no mercado, a aceitação pelas agências foi muito boa porque não tinham nenhum parceiro na Madeira ainda a fazer este tipo de trabalho, e tinham alguma dificuldade em contactar fornecedores para este tipo de produto mais exclusivo” disse o nosso entrevistado.

Infelizmente, segundo o Managing Partner da INSIDER, o cliente nacional (continente) não está ainda preparado para este tipo de produto mais exclusivo quando visita a Madeira. O responsável refere que “o cliente nacional quando vem à Madeira ou aos Açores, ou seja, quando viaja dentro do seu país, o budget é um pouco mais limitado, do que quando vai fazer uma viagem de long-haul”, aponta, sem esquecer de frisar que muito poucos nacionais estão dispostos a pagar, na Madeira, 800 ou 900 euros pelo aluguer de um barco privado, quando pretende, ao fim ao cabo, fazer apenas uma escapadinha de dois ou três dias ao Funchal. Por essa razão “nós na INSIDER ainda não tivemos clientes nacionais”.

Portanto, é só estrangeiros. É nesse sentido que faz parte do plano de atividades da DMC a presença em eventos internacionais para este nicho de mercado, ou seja, eventos de turismo luxury, “com o objetivo de captarmos novos parceiros e novos mercados”.

Temos como planos e objetivos abrir as vendas ao consumidor final, com uma presença no digital mais forte, o que quer dizer abrir um canal de venda direta

Futuro: abrir um canal de venda direta
E o futuro da empresa? Questionámos Filipe Fraga. Sem a concretização do negócio de expansão para os Açores, o responsável evidenciou que “o objetivo seria posicionarmos como uma agência tailor made das ilhas portuguesas, Madeira e Açores”, mas agora, no mais curto prazo, “temos como planos e objetivos abrir as vendas ao consumidor final, com uma presença no digital mais forte, o que quer dizer abrir um canal de venda direta”.

A médio e longo prazo, e ainda apenas em projeto, “temos vontade, mediante os resultados que aí vêm e o crescimento mais sustentado da empresa, sem querer dar passos maiores que a perna, como se costuma dizer, de ter uma presença a nível nacional e não pensarmos só aqui na região. São ideias que ainda não passaram do papel”.

Um verdadeiro insider para fazer diferente
Filipe Fraga lembra, nestas declarações, a sua história profissional. “Tenho um background no turismo, na Associação de Promoção da Madeira,

onde estava na equipa de parcerias internacionais, portanto tive a oportunidade de trabalhar com alguns mercados, onde fazia parcerias com agências, operadores, companhias aéreas. Então a INSIDER nasce de uma necessidade, de uma oportunidade de mercado, em que

nesses mercados novos sentia que pediam atividades, produtos turísticos, e eu sabia que a Madeira tinha todas as condições para as oferecer, mas que ninguém, nenhuma agência estava ainda virada para as comercializar”.

Por isso, enquanto madeirense, e como o próprio nome da agência indica, INSIDER, o responsável revela que se considera um verdadeiro Insider, pois conhece muito bem a ilha, o que se pode fazer de diferente, os produtos, atrativos turísticos de relevo, os hotéis e o trade turístico regional. “A INSIDER nasce exatamente por isso, quero mostrar o que a Madeira tem de melhor, que ainda não é promovido, vendido, e de facto existe um potencial grande, para fugirmos dos roteiros turísticos clássicos e dos pacotes, vamos mostrar e fazer coisas novas, criar uma oferta, criar produto, e apesar de pequenos, queremos ter um crescimento sustentado”, defendeu.

Porto Santo ainda não
A empresa trabalha a ilha da Madeira, e Porto Santo? A Ilha Dourada ainda não “porque sentimos que existe uma dificuldade mais operacional, falta de serviços de qualidade, e nós posicionando neste nicho de mercado, não queremos e nem podemos arriscar. Nós experimentamos tudo,

e queremos ter a garantia de um serviço de excelência no Porto Santo”.

Filipe Fraga indica que, neste caso há ainda um caminho a percorrer, “é um destino turístico mais pequeno, muito mais sazonal, ainda com uma oferta mais reduzida, portanto ainda não demos esse passo”.

Mesmo assim, a INSIDER consegue levar clientes ao Porto Santo, por exemplo, num barco privado, num iate ou numa lancha, para passar um dia, ou até mesmo pernoitar. “É o único contacto que temos com a ilha vizinha, de resto ainda não entramos lá”, confidencia.

A Madeira está um destino novo em termos de infraestrutura, de hotéis e de restaurantes, já não é só um destino da Festa das Flores ou do fim de ano. Hoje é muito mais do que isso

A Madeira mudou
A Madeira foi durante muitos anos destino turístico de pessoas com mais idade. Hoje isto mudou e recebe cada vez mais turistas jovens. Esta é também a perceção desta DMC. “Ultimamente, é um destino também para jovens, conseguimos captar esse nicho, e temos produtos para esta camada que quer não só visitar a ilha pela gastronomia e para descansar”, revelou o responsável.

Esta camada mais jovem que visita a Madeira “é ativa e temos ofertas para esse público-alvo com atividades no mar e em terra, como viagens de barco, caminhadas, jipes, canyoning, mas que depois, ao final do dia ou à noite, não nos descoram de uma boa experiência gastronómica” frisou.

Filipe Fraga fez questão de destacar, ao longo da nossa conversa, que a Madeira mudou, “há empresas novas, há coisas novas a acontecer, há novas empresas de animação turística nossas parceiras, a Madeira está um destino novo em termos de infraestrutura, de hotéis e de restaurantes, já não é só um destino da Festa das Flores ou do fim de ano, hoje é muito mais do que isso, e de facto temos coisas super interessantes para promover em termos culturais, de eventos, festivais, de concertos, portanto é um destino com muita dinâmica”, concluiu o Managing Partner da INSIDER.

 

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Aviação

IAG está “mais bem posicionada” para comprar a TAP, avança Sabadell

O International Airlines Group (IAG) estará “mais bem posicionado” para uma eventual compra da TAP, avançam os analistas do banco Sabadell citados pela imprensa espanhola.

O banco Sabadell avançou, recentemente, que o International Airlines Group (IAG), que engloba as companhias aéreas Iberia e British Airways, estará “mais bem posicionado” para comprar a TAP Air Portugal do que os seus concorrentes, estimando os analistas do banco espanhol o valor entre 1.000 e 2.500 milhões de euros por 100% da companhia aérea.

De acordo com um comunicado do banco espanhol, o processo deverá estar concluído no final de 2025, sempre sujeito a aprovação por parte da Comissão Europeia, avançando, no entanto, no caso de não obter a aprovação de Bruxelas, o banco adverte que “não seria assim tão mau”, uma vez que nada mudaria e a IAG permaneceria “tal como está”.

A imprensa espanhola destaca a complementaridade de rotas entre as existentes na IAG e as da TAP, salientando o Sabadell que a TAP é a companhia aérea líder em Portugal e a primeira em termos de passageiros transportados do Brasil para a Europa, o que contribuiria para melhorar a posição da IAG no mercado da Europa-América Latina.

A concluir, o Sabadell, refere que a TAP “se enquadraria bem na plataforma e no portefólio de marcas da IAG, além de proporcionar uma rede complementar de destinos. Tudo isto sem a obrigação de desmantelar o hub de Lisboa e tendo em conta que a holding tem um ‘historial sólido’ de geração de sinergias em fusões e joint-ventures”.

 

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Tecnologia

GIATA e Ratehawk associam-se para melhorar base de dados da solução de mapeamento de hotéis

A GIATA, empresa tecnológica especializada no turismo, e a ferramenta de reservas Ratehawk para profissionais de viagens, com mais de 2,6 milhões de hotéis, acabam de celebrar uma parceria com vista a melhorar significativamente a precisão da MultiCodes, uma solução de mapeamento de dados de hotéis da GIATA.

A MultiCodes da GIATA, que apresenta a maior base de dados mundial de hotéis, resolve a inconsistência de dados de endereços na indústria das viagens, fornecendo um código unificado para cada unidade hoteleira. A Ratehawk recomendará a GIATA como a sua fornecedora de mapeamento preferencial e servirá como fornecedora fundamental de dados hoteleiros para a GIATA MultiCodes, assegurando uma integração sem falhas entre plataformas e melhorando a fiabilidade dos dados para agências de viagens, operadores turísticos e plataformas de reservas online.

Esta parceria estratégica oferecerá benefícios substanciais a ambas as equipas, assim como à generalidade da indústria das viagens. Combinando o conhecimento especializado da GIATA no mapeamento de dados com a alargada base de dados da Ratehawk, a colaboração resultará em dados hoteleiros mais precisos, reduzindo os erros nas reservas e melhorando a satisfação dos utilizadores para os clientes de ambas as empresas. As agências de viagens, os operadores turísticos e as plataformas de reservas online poderão experimentar uma integração sem falhas e uma maior fiabilidade dos dados.

Os produtos digitais da GIATA, com sede em Berlim, centrados no conteúdo fora das reservas destinam-se a 20 mil clientes e parceiros em 74 países, incluindo hotéis, cadeias hoteleiras, agência de viagens online, operadores turísticos, cooperações entre agências de viagens e sistemas de distribuição global.

A Ratehawk é uma plataforma de reservas B2B desenvolvida pela Emerging Travel Group, uma empresa sedeada no Dubai, que oferece hotéis, bilhetes de avião, transferes, aluguer de carros e outros serviços relacionados com viagens. Disponibiliza acesso a mais de 2,6 milhões de hotéis e outros tipos de alojamentos, a partir de mais de 100 mil propriedades com contratos diretos e 260 distribuidores.

 

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Transportes

Guerin introduz na frota veículos 100% elétricos

Com a introdução de 200 novos veículos 100% elétricos na sua frota, a Guerin continua a dar passos firmes rumo à sustentabilidade. Este investimento, que envolve ainda a instalação de uma moderna rede de carregadores nas suas estações, é parte do ambicioso plano da marca rumo à mobilidade verde e à revolução digital.

A nova frota elétrica da Guerin inclui veículos de diversas marcas reconhecidas, como Dácia, Peugeot, Opel, Fiat, Renault, Citroen, Toyota, BYD, Jeep e Audi, garantindo uma ampla gama de opções que atendem a diferentes perfis e necessidades, tanto para lazer quanto para negócios.

Esta frota não só permite que os clientes façam escolhas mais sustentáveis, como também oferece uma solução economicamente vantajosa, contribuindo para a preservação do ambiente e para a poupança no dia a dia.

Em colaboração com a Go.Charge, uma empresa nacional especializada em mobilidade elétrica, a Guerin está a instalar postos de carregamento nas suas estações a nível nacional, mais simples e eficazes, com o apoio de tecnologias inovadoras que permitem uma gestão e controlo mais eficiente e mais rápidos. Ganham ainda os clientes Guerin que, através da app Go.Charge, podem localizar postos de carregamento, acompanhar o processo em tempo real e efetuar pagamentos digitalmente, sem necessidade de cartões físicos.

Com planos ambiciosos para 2025, a Guerin pretende continuar a investir em tecnologias como telemática e sistemas keyless, essenciais para um processo de aluguer cada vez mais digital e ambientalmente responsável.

 

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Aviação

TAAG alvo de ataque cibernético

A TAAG Linhas Aéreas de Angola anunciou ter sido alvo de um ataque cibernético, que afetou alguns servidores locais, garantindo, no entanto, que a operacionalidade da companhia não foi afetada.

Em comunicado, a TAAG Linhas Aéreas de Angola refere que registou um ataque cibernético sobre as suas infraestruturas tecnológicas, com alguns serviços baseados “on-premisses” (servidores locais) a experimentarem disrupção.

Segundo a administração, a operacionalidade da empresa não foi afetada, sendo que a companhia continua a cumprir com as regras de segurança operacional, estando “devidamente autorizada” pelos regulamentos aéreos nacionais e internacionais.

A operadora estatal angolana salienta que, na sequência do ataque, foi ativado o plano de contingência e que a direção de tecnologias de informação está a trabalhar na normalização dos serviços que foram afetados.

Sem especificar as consequências e serviços afetados, a TAAG acrescenta que está a” garantir a continuidade da operação”, assegurando a programação geral dos voos e respetivos serviços, bem como a funcionalidade da emissão de reservas e bilhetes de passagem.

O incidente ocorrido foi já reportado às autoridades competentes, refere-se ainda no comunicado.

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