Ryanair apela ao Governo alemão para reduzir taxas e ameaça cortar mais 1,5 milhões de lugares para o próximo verão
Com o mercado alemão ainda longe da recuperação de outros mercados europeus, a Ryanair apelou às autoridades alemãs para reduzir as taxas, ameaçando cortar mais 10% dos lugares na companhia lowcost para o verão de 2025.

Victor Jorge
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A Ryanair apelou ao Governo alemão para reduzir urgentemente os seus elevados custos de acesso aéreo, revertendo o recente aumento de 24% na Taxa de Aviação (e finalmente abolindo-a) ou “perderá mais 10% da capacidade alemã da Ryanair (1.5 milhões de lugares) para o verão de 2025”.
A companhia aérea lowcost de origem irlandesa salienta que, “enquanto outros mercados da União Europeia (UE), como a Hungria, Itália, Polónia e Suécia, estão a reduzir ou a abolir as suas taxas de aviação, a Alemanha aumentou-a, recentemente, 24%”, salientando que “é a segunda mais elevada da UE” e que está a “prejudicar a indústria de viagens aéreas da Alemanha”.
Para além de eliminar a taxa de aviação, a Ryanair também apelou ao Governo para reduzir urgentemente as taxas de serviço de tráfego aéreo, que duplicaram desde 2019, e adiar o aumento de 50% nas taxas de segurança, previsto para janeiro de 2025.
“Estas taxas muito elevadas do Governo continuam a prejudicar as viagens aéreas alemãs, o turismo, a sua economia e os consumidores, servindo apenas para sustentar o monopólio de tarifas elevadas da Lufthansa”, considera a Ryanair, em comunicado.
“Se a Alemanha não reduzir estes impostos/taxas elevados e prejudiciais para as viagens aéreas, então a Ryanair irá reduzir ainda mais a capacidade em 1,5 milhões de lugares na Alemanha para o verão de 2025 e transferir esta capacidade para outros países da UE com custos mais baixos, como Itália, Polónia, Espanha e Portugal”, ameaça a companhia liderada por Michael O’Leary.
Eddie Wilson, diretor-executivo da Ryanair, considera, por sua vez, que “o mercado de viagens aéreas da Alemanha está falido e precisa de uma solução urgente. A Alemanha apenas recuperou 82% do seu tráfego pré-Covid, o que é de longe o pior desempenho de qualquer Estado da UE. Como resultado destes elevados impostos/taxas governamentais (os mais elevados da Europa) e do monopólio da Lufthansa, os cidadãos/visitantes alemães pagam atualmente as tarifas aéreas mais elevadas da Europa”.