APAVT diz-se “surpreendida” com a “inusitada e incompreensível decisão” da SATA
Depois de conhecida a decisão da SATA em alterar o modelo de atendimento, concentrando os serviços de venda de bilhetes, reservas e informações nos balcões do aeroporto e atendimento telefónico, em vez das lojas, a APAVT diz-se “surpreendida pela inusitada e incompreensível decisão” e coloca em questão “a legalidade da RIAC na venda de bilhetes e reservas de lugares em meios de transporte”.

Publituris
Autarca de Gouveia perfila-se também como candidato à presidência do Turismo do Centro
As qualidades que indicam que seria um dealer ideal para casinos online
Nações Unidas destacam “preparação para enfrentar crises” no Dia Mundial da Resiliência do Turismo
TUI Portugal com três pacotes para descobrir a Tailândia
Ilha do Sal vai melhorar toda a infraestrutura turística de suporte, garante novo ministro do Turismo e Transportes
Berta Cabral: “A ruralidade dos Açores é um dos maiores ativos identitários da Região”
Prime da eDreams ODIGEO ultrapassa 7 milhões de membros
Comissão Executiva do TPNP debate estratégias de desenvolvimento e promoção do turismo na região
Aer Lingus com voo exclusivo para Faro em agosto através do programa “Avios-Only”
PROVERE vai beneficiar projetos das Aldeias Históricas de Portugal e das Aldeias do Xisto
No dia 19 de julho, a SATA anunciou a reorganização do modelo de atendimento, concentrando os serviços de venda de bilhetes, reservas e informações nos balcões do aeroporto e atendimento telefónico, em vez das lojas.
“A partir do próximo dia 1 de agosto, as companhias aéreas do grupo SATA, SATA Air Açores e Azores Airlines, concentrarão os seus serviços de atendimento aos clientes nos Açores (venda de bilhetes, alterações de reservas e informações gerais) nos balcões de aeroporto e através do Contact Center (serviço de atendimento telefónico)”, informou.
A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) diz-se “absolutamente surpreendida pela inusitada e incompreensível decisão de fecho das lojas de atendimento ao público, por parte da SATA, sobretudo no que concerne às ‘soluções» aventadas’”.
Em comunicado, a APAVT assinala “não saber o que havemos de estranhar mais: Se o raid” efetuado de um dia para o outro; se a total ausência de explicação relativamente às ‘soluções’ alternativas apresentadas (mais parece uma fuga, não uma mudança); se a falta de consideração pelos clientes, que não foram informados de nada; se a inexplicável ausência de informação, quanto mais de diálogo, com os mais importantes parceiros da SATA e dos Açorianos que viajam, as agências de viagem; se a inexistência de mera evidência de que a ação agora desenvolvida é sequer benéfica financeiramente para a SATA”.
“Para além da infelicidade da rapidez da ação, subsistem mais dúvidas”, a APAVT coloca a questão: “Defendendo o primado da iniciativa privada, porque razão a emissão de bilhetes é, pelo que se percebe, entregue a um organismo público?”.
“Legalmente”, avança a associação, “a Rede Integrada de Apoio ao Cidadão (RIAC) tem como atribuições a racionalização, modernização e qualidade do atendimento da administração pública regional, com vista à melhoria da interação desta com os cidadãos”, retirando daqui que “das atribuições legais da RIAC não consta a atividade de venda de bilhetes e reservas de lugares em meios de transporte”. Esta atividade é, de resto e segundo a APAVT e nos termos da lei, “exclusiva das pessoas singulares ou coletivas inscritas no Registo Nacional das Agências de Viagens e Turismo (RNAVT)”.
Por isso, não detendo RNAVT e ao desenvolver esta atividade, “esta entidade pública estará a incorrer em violação da lei: não só do diploma legal que lhe confere as suas atribuições, mas também da Lei das Agências de Viagens”, considera a APAVT.
A associação liderada por Pedro Costa Ferreira coloca, igualmente, a questão de quem e com que formação será dado o apoio na resolução dos problemas?
A APAVT avança que irá “averiguar da legalidade da solução encontrada (a RIAC não está, ao dia de hoje, habilitada, legalmente, a emitir bilhetes de avião), reservando-se o direito de desenvolver todas as ações que se revelarem adequadas à legitima proteção e defesa dos direitos dos nossos associados e dos nossos clientes”.
De resto, a APAVT recorda as palavras do presidente da SATA, na Comissão de Economia da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, que exortava os açorianos a comprarem mais na SATA, em lugar das agências de viagens. “Para além da deselegância da observação, que nunca faríamos em sentido inverso, percebemos agora também o desconhecimento total do mercado. Não é com meios de ‘self-booking’, ou ainda menos, com vendas ilegais, que se serve o cliente e que se ganha quota de mercado”; diz a APAVT.
“Não encontramos, na história do nosso relacionamento de décadas com a SATA, um momento tão infeliz, com total ausência de parceria, que julgávamos existir; de diálogo, que sempre desenvolvemos; ou de mera informação, que não apenas merecemos, como exigimos”, conclui a associação, recordando que “existe no arquipélago dos Açores uma rede de lojas especializada na emissão de bilhetes, com anos de ligação e proximidade aos clientes açorianos, que não vai nunca fechar de um dia para o outro, sem aviso prévio – a rede das agências de viagens da APAVT, em que o consumidor está protegido pelo Provedor do Cliente”.