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Transportes

Rede Expressos vai reforçar ligações europeias diretas ao Algarve

É já a partir do próximo mês de julho que a Rede Expressos vais disponibilizar ligações diretas de Rennes, Nantes, Bruxelas e Zurique ao Algarve. O operador decidiu também incluir carreiras gratuitas na rede regional VAMUS a todos os portadores de bilhetes Expresso com destino e origem no Algarve.

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É já a partir do próximo mês de julho que a Rede Expressos vais disponibilizar ligações diretas de Rennes, Nantes, Bruxelas e Zurique ao Algarve. O operador decidiu também incluir carreiras gratuitas na rede regional VAMUS a todos os portadores de bilhetes Expresso com destino e origem no Algarve.

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O Algarve é uma região turística que gera grandes fluxos de pessoas durante o verão pelo que a Rede Expressos decidiu avançar com novas ligações regulares entre a região e várias cidades europeias, designadamente Rennes, Nantes, Bruxelas e Zurique, com início a 2 de julho.

Tendo em atenção os muitos passageiros que se deslocam para a região algarvia, a Rede Expressos decidiu, ainda, manter uma campanha promocional de tarifas a 3,95 euros e permitir que os detentores de bilhetes Expresso possam também viajar gratuitamente na rede regional VAMUS Algarve, de forma a melhorarem a sua mobilidade local durante o período de férias.

Os novos destinos da Rede Expressos com origem e destino o Algarve serão realizados três vezes por semana, em ambos os sentidos, sendo Nantes, Zurique e Bruxelas diurnos e Rennes noturno. As paragens no Algarve cobrem as cidades de Lagos, Portimão, Albufeira, Faro e Faro Aeroporto bem como Tavira.

Refira-se que a Rede Expressos já proporcionava serviços diretos, a partir de 49 euros, de e para o Algarve com as cidades espanholas de Madrid, Barcelona e Córdoba, bem como a Lyon e Suíça.

O transporte de passageiros por autocarro para Espanha e França tem vindo a aumentar significativamente, com a Rede Expressos a anunciar aumentos superiores a 20% entre março e maio, comparativamente com o período homólogo do ano passado. As previsões para o verão apontam já para um aumento de mais de 50% dos passageiros, bem como reforço de 39% dos serviços internacionais.

 

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FITUR celebra 45.º aniversário com perspetivas de “casa cheia”

Marcada para 22 a 26 de janeiro de 2025, e com o México como país convidado, a organização da FITUR prevê um evento no qual serão “consolidados os recordes registados em todos os parâmetros em 2024”.

A FITUR, Feira Internacional de Turismo, reunirá o mercado mundial do turismo, de 22 a 26 de janeiro, na IFEMA MADRID, num contexto de recuperação do turismo, prevendo uma “45.ª edição na qual serão consolidados os recordes registados em todos os parâmetros em 2024”.

Com um forte enfoque profissional, a FITUR representará toda a cadeia de valor do turismo e os países e destinos, o setor do alojamento, agências e operadores turísticos, empresas de tecnologia, meios de transporte e instituições de todo o mundo, e será uma montra para as últimas tendências do setor.

Nesta nova edição, com o México como país parceiro, a FITUR apresenta-se como “uma ferramenta fundamental ao serviço da dinamização do negócio turístico global, tendo a “criação e o intercâmbio de conhecimento como um fator-chave para a inovação, competitividade e sustentabilidade”.

A FITUR 2025 será, assim, um evento “multifacetado” que oferecerá uma variedade de benefícios para destinos e empresas do setor do turismo, com um com um foco consolidado no trabalho em rede, visibilidade global, vendas diretas e formação dos seus profissionais, impulsionando as empresas participantes, mas também o crescimento e a inovação de todo o setor e lançando as bases para o próximo ano turístico.

Para além disso, como parte da sua estratégia de ser uma plataforma chave de aceleração de negócios e know-how, em 2025 a Feira Internacional de Turismo mantém o seu compromisso com a especialização. Neste sentido, irá oferecerá conteúdos nos segmentos turísticos e anuncia a renovação das secções monográficas: FITUR 4all, que, na sua segunda edição, dá mais um passo em frente com a publicação do “Guía de Buenas Prácticas en Accesibilidad en el turismo by Fitur4all (Guia de Boas Práticas na Acessibilidade Turística); FITUR Cruises, dedicada ao mundo dos cruzeiros; FITUR Know-How & Export, destinada a promover a internacionalização do conhecimento turístico das empresas espanholas; FITUR LGTB+ e o seu enfoque na diversidade e a inclusão nos destinos; FITUR Lingua, que se centra nos desafios e oportunidades do turismo linguístico; a FITUR Screen e a crescente popularidade do turismo cinematográfico; FITUR Desporto, com o desporto como motivação para viajar, tanto para assistir a grandes eventos desportivos, bem como para a prática de desporto; FITUR Talent, com destaque para as pessoas, a gestão de talentos e a formação profissional como factores-chave para o crescimento do setor; FITUR TechY, com destaque para a tecnologia e inovação turística; e a FITUR Woman, que aborda a igualdade e o papel da mulher no emprego turístico.

Estes 10 espaços são complementados pela FITURNEXT como canal de compromisso responsável tanto do evento e do setor em geral, cujo desafio desta vez se centra em como o turismo pode contribuir para uma gestão alimentar sustentável. Também com Travel Technology, que reúne empresas de tecnologia de viagens de todo o mundo e que, após o seu crescimento de 23% em 2024, espera-se que mantenha um aumento mais sustentado.

María Valcarce, diretora da FITUR, refere que “depois de um 2024 em que a feira bateu recordes em todos os seus parâmetros, esperamos que nesta nova edição, que é tão especial por ser o 45.º aniversário, continuemos a consolidar a nossa influência global graças ao apoio dos setores público e privado e de todos os atores da cadeia de valor”. A diretora da FITUR conclui ainda que, “abrir o calendário anual das feiras de turismo é um privilégio e um desafio, e os números das organizações internacionais relativos ao primeiro semestre do ano permitem-nos estar otimistas”.

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Aviação

Grupo Lufthansa introduz sobretaxa de custos ambientais que pode chegar aos 72 euros

A sobretaxa de custos ambientais será introduzida aos 27 países da UE, bem como Reino Unido, Noruega e Suíça e aplicada a todos os bilhetes emitidos a partir de 26 de junho de 2024 com partida a partir de 1 de janeiro de 2025.

Victor Jorge

O Grupo Lufthansa vai a introduzir uma sobretaxa de custos ambientais para cobrir parte dos custos adicionais em constante crescimento devido a requisitos ambientais regulamentares. Estes incluem a quota de mistura legal de inicialmente 2% para o Combustível de Aviação Sustentável (SAF) para partidas de países da União Europeia (UE) a partir de 1 de janeiro de 2025, ajustamentos ao Sistema de Comércio de Emissões da UE (EU ETS), bem como outros custos ambientais regulamentares, tais como o Esquema de Compensação e Redução de Carbono para a Aviação Internacional (CORSIA).

A sobretaxa de custos ambientais aplica-se a todos os voos vendidos e operados pelo Grupo Lufthansa com partida dos 27 países da UE, bem como do Reino Unido, Noruega e Suíça. O montante da sobretaxa varia consoante a rota do voo e a tarifa e situa-se entre 1 euro e 72 euros. A sobretaxa de custos ambientais será cobrada em todos os bilhetes emitidos a partir de 26 de junho de 2024 e aplica-se às partidas a partir de 1 de janeiro de 2025. O montante exato da sobretaxa de custos ambientais é indicado nas páginas de reserva das companhias aéreas do Grupo Lufthansa, nos detalhes do preço.

Em comunicado, o Grupo Lufthansa diz investir “milhares de milhões em novas tecnologias todos os anos e trabalha em conjunto com parceiros em inovações que ajudam a tornar os voos mais sustentáveis, passo a passo, e a impulsionar a expansão de tecnologias-chave para além do Grupo Lufthansa”.

Além disso, assinala o grupo germânico, “há muitos anos que o Grupo Lufthansa apoia ativamente a investigação global sobre o clima e o tempo”, afirmando que “o grupo de companhias aéreas não poderá suportar sozinho os custos adicionais sucessivamente crescentes resultantes dos requisitos regulamentares nos próximos anos”.

Assim, parte destes custos esperados para o ano de 2025 deverá agora ser coberta pela nova sobretaxa de custos ambientais.

De referir que o Grupo Lufthansa estabeleceu objetivos de proteção do clima e tem como meta um balanço neutro de CO₂ até 2050. Até 2030, o grupo de aviação pretende reduzir para metade as suas emissões líquidas de CO₂ em comparação com 2019, através de medidas de redução e compensação.

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Operadores pedem equilíbrio às restrições do turismo nas cidades

As medidas restritivas que estão a ser impostas para conter os fluxos de turistas, principalmente nas cidades europeias, colocam constrangimentos aos operadores turísticos cujo core business são os circuitos culturais e viagens de grupo. Como é que estão a lidar com estas questões, nomeadamente das taxas turísticas, da burocracia, limitação do número de pessoas por guia, aumento constante, e quase sem aviso, do preço das entradas de grupos de turistas em monumentos e atrações turísticas, e a distância em que os autocarros, cada vez mais, são obrigados a ficar dos centros históricos de algumas cidades, foi o que o Publituris pretendeu conhecer, em conversa com diversos profissionais ligados à operação turística.

Alguns destinos turísticos, principalmente europeus, mas não só, estão a explorar novos caminhos para combater o afluxo de visitantes. Os operadores turísticos e agências de viagens em Portugal que programam circuitos e viagens de grupo, entendem que as cidades precisam de respirar, compreendem a questão da sustentabilidade dos locais, mas pedem equilíbrio, até porque o custo deste tipo de férias começa a ser injustificável, sendo que não penaliza apenas a empresa como o cliente.

“Sem dúvida que esse tema constitui uma preocupação para os operadores turísticos cujo core business são os circuitos culturais em grupo, como é o caso da Pinto Lopes Viagens, mas o nosso compromisso com o desenvolvimento de uma sociedade sustentável permite-nos olhar para o problema do overtourism com uma lente de negócio diferente, não puramente financeira”, considerou Rui Pinto Lopes, CEO da Pinto Lopes Viagens.

O gestor lembra que o operador turístico e agência de viagens que dirige “tem um percurso que se iniciou há 50 anos e já vivenciámos muitos desafios colocados ao setor do turismo”, enumerando que, nos últimos anos, “tivemos a pandemia, a instabilidade geopolítica mundial e a inflação. A experiência diz-nos que todos elas vieram dotar os operadores em geral, e a nossa empresa em particular, de uma resiliência e capacidade de reinvenção que também vingará neste caso”.

“É mais fácil estabelecer regras para um todo liderado por um guia, do que para um turista individual que não gasta, mas usa. Este é um ponto que carece de estudo por parte das entidades competentes”, Rui Pinto Lopes, CEO da Pinto Lopes Viagens

Rui Pinto Lopes ressalva que “o turismo e a sustentabilidade têm um papel importantíssimo no futuro. Temos de encontrar um equilíbrio entre a margem e a sustentabilidade económica, o planeta e as pessoas”, para acentuar que “estamos a dotar a empresa de políticas, cultura interna e sensibilidade para o turismo responsável”. Neste sentido, “temos vindo, na medida do possível, a adaptar circuitos a esta nova realidade, com o intuito de causar um menor impacto nos locais e nas comunidades visitadas. Estamos a fazer a nossa parte e certamente a Pinto Lopes Viagens e os seus clientes irão no futuro sentir-se orgulhosos do caminho traçado”, disse.

Das cidades europeias para o mundo
No entanto, as medidas que mencionamos e que tanto tem preocupado os profissionais do turismo, principalmente o organizador, nos destinos onde a Quadrante – Operador Turístico atua “são inexistentes”, de acordo com o seu administrador, Jorge Andrade, mas acredita que “em alguns destinos, não demorará muito até à discussão da implementação de algumas medidas que acabam por penalizar os turistas, mas nada como o que se está a observar na Europa”.

Na opinião de Jorge Andrade, “poderia ter sido interessante, antes de aplicarmos taxas e taxinhas, percebermos o que desejamos para os nossos países e para as nossas cidades”, ou seja, “criarmos um plano para darmos resposta que satisfaça quem nos visita, salvaguardando os direitos de um povo ou de determinada população, principalmente a residencial” e se tivermos isso em conta, “tenho a certeza de que na grande maioria dos casos, poderíamos evitar as taxas turísticas e salvaguardar tudo o que concerne com o bem-estar e conforto de quem nos visita, bem como dos que voluntariamente ou involuntariamente são anfitriões”.

Em relação a Portugal, o administrador da Quadrante avançou: “penso que para isso é necessário debatermos com sinceridade e sem nenhum tipo de partidarismo e radicalismo, o que na verdade desejamos para o nosso país e que futuro vamos planear”. E conclui que “era bom que deixássemos de embirrar com uma das mais importantes fontes de riqueza, o Turismo, e encontrássemos forma de a tornar mais eficiente, mas também respeitadora”.

“Analisamos meticulosamente os conteúdos do nosso portefólio de oferta e concluímos que era possível sacrificar alguns segmentos de alguns produtos, garantindo a mesma qualidade”, Ângelo Grilo, Nortravel Tour & Product Coordinator

Rui Pinto Lopes aprova os exemplos apontados e afirma que “são extremamente pertinentes e refletem bem a imagem do que está a acontecer essencialmente a nível de alguns países europeus. O seu impacto é sobretudo visível no preço do circuito cultural, que se está a tornar, cada vez mais, um produto não acessível a todos os viajantes”.

Circuitos culturais em grupo utilizam menos recursos
O CEO da Pinto Lopes Viagens atenta que ainda há um longo caminho a percorrer nesta matéria com vista ao equilíbrio entre as partes, e sublinha que será sempre bom referir que “os circuitos culturais em grupo deixam uma pegada ecológica menor, pois utilizam menos recursos (por exemplo, as deslocações são efetuadas num único veículo) e acrescem substancialmente mais valor com a sua passagem do que o turista ‘de mochila às costas’”. Por isso, “nós, operadores que atuam nesse segmento, temo-nos adaptado às exigências, com a noção de que, na visita às cidades, os turistas têm de caminhar mais, utilizar transportes ecológicos para aceder aos seus centros históricos, etc.”.

Reforça que “tudo isto faz parte de um processo de adaptação que, colocado em prática de forma paulatina e estruturada, terá maior eficácia e aceitação por parte dos viajantes”. Não obstante, “a nosso ver, as autoridades locais, nacionais e internacionais, em alguns pontos específicos, não tinham outra opção senão aplicar tais medidas mais limitativas, face à dimensão que o problema do overtourism adquiriu nos últimos anos”, frisou.

A Lusanova foi o operador turístico que despoletou esta questão, num encontro recente que Luís Lourenço e Tiago Encarnação, administrador e diretor operacional, respetivamente, tiveram com jornalistas e que o Publituris publicou no seu site. Os dois responsáveis estão de acordo que é preciso estimar os centros das cidades, mas tem de haver um pouco de equilíbrio. Tiago Encarnação considerou que “se as limitações começam a ser tão grandes, vai passar a não ser viável o circuito, e o custo começa a ser injustificável”, apontando que “no futuro é um dos maiores riscos que a Europa vai ter pelas limitações que vai impondo pela sustentabilidade das cidades”. No entanto, o diretor operacional da Lusanova lembrou que, uma vez que as cidades europeias precisam muito do turismo, acredita que vai haver um equilíbrio, “embora continuarão a haver medidas mais radicais numas e menos radicais noutras”.

“Temos de compreender que as pessoas viajam cada vez mais, os monumentos continuam a ser os mesmos e, muitas vezes, os acessos continuam a ser os mesmos”, Miguel Jesus, diretor geral da Image Tours

Contudo, o administrador do operador turístico não está tão convencido, argumentando que “com tanto turismo que as idades têm, podem-se dar ao luxo de introduzir essas limitações e exigências. Não sei é se não irão pagar amanhã por isto, mas nós procuramos sempre arranjar alternativas, que é nossa obrigação, porque não podemos parar e temos de oferecer produto ao cliente e de forma mais cómoda possível”, referiu na ocasião, sobre este tema que tem gerado muita discussão.
Habituada a enfrentar desafios ao longo destes 65 anos de vida nada demove a Lusanova, cujos responsáveis asseguraram que a empresa “vai manter o compromisso de sempre que é entregar uma programação diversificada, segura, com destinos onde somos competitivos e onde damos a segurança que é exigida à nossa marca, na melhor relação qualidade-preço”.

Em relação às taxas de cidade, o administrador da Lusanova disse que estão incluídas na programação, apesar de ser um valor elevado, mas quando aumentam de uma hora para outra “não temos justificação para dar ao cliente, que fica sempre mal impressionado e desconfiado o facto de aumentarmos o preço do pacote à última hora, quando o nosso foco é sempre o cliente”.

Foto: Depositphotos.com

Quanto às entradas em monumentos, ao contrário do que acontecia anteriormente, para alguns locais “obrigam-nos a fazer depósitos de garantia, hoje em dia não sei para onde é que não pagamos antecipadamente e caro”, destacou Luís Lourenço, para realçar que “temos o exemplo de Paris que, por causa dos Jogos Olímpicos, exigiram pagamentos com dois anos de antecedência”.

O empresário assumiu que “está cada vez mais difícil elaborar um pacote cultural, com ingressos, cada vez estamos a ter dificuldades porque não são ágeis e não nos dão deadline e, além disso, limitam o número de entradas, mas esta situação está a verificar-se também em Portugal.

São limitações que temos de arranjar engenhos de maneira a contorná-las”. A somar a isto tudo, o turismo está mais caro, as viagens estão inflacionadas, reconheceram os dois responsáveis do operador turístico, avançando que tudo o que são circuitos europeus subiu uns 5% no total do PVP face ao ano passado, tendo em conta que em 2023 o aumento já tinha sido superior.

Circuitos culturais não estão condenados
Rui Pinto Lopes não acredita que todo o circuito esteja condenado por tais limitações. A maior questão que se coloca, a seu ver “prende-se com a análise da pegada ecológica de um grupo ou de turistas individuais sem regras”, para adiantar que “é mais fácil estabelecer regras para um todo liderado por um guia, do que para um turista individual que não gasta, mas usa. Este é um ponto que carece de estudo por parte das entidades competentes”.

Conforme confirmou, a Pinto Lopes Viagens adotou desde a pandemia um número máximo de participantes por grupo (entre 25 e 35, dependendo do segmento e do tipo de viagem)”, acentuando que “o cliente deste tipo de produto não fica penalizado, pois viaja com um operador que conhece as regras em vigor e estrutura as suas viagens em função dessas mesmas regras”.

Já Ângelo Grilo, Nortravel Tour & Product Coordinator, profissional experiente no acompanhamento de grupos, realçou que “o número de rotas e frequência de voos entre cidades europeias cresceu e o resultado foi uma enorme pressão registada em todos os destinos culturais europeus, trazendo enormes desafios às cidades e seus habitantes. Transportes públicos completamente lotados por turistas que impedem os locais de ir para a escola ou donas de casa irem às compras, estão a pôr os cabelos em pé aos habitantes dos centros históricos. Depois, a pressão do Alojamento Local sobre as partes mais turísticas e interessantes das cidades provoca uma desertificação do tecido social e respetiva malha de serviços que compõem a autenticidade cultural de um povo, de um local. Em muitas cidades os turistas praticamente se cruzam apenas com outros turistas, como se todos estivessem dentro de um parque temático, rodeados de um cenário digno de um filme de Spielberg, sem a alma e carisma subjacente a um destino turístico”.

“Poderia ter sido interessante, antes de aplicarmos taxas e taxinhas, percebermos o que desejamos para os nossos países e para as nossas cidades”, Jorge de Andrade, administrador da Quadrante

Assim, não tem dúvidas de que “as autoridades terão de criar cada vez mais medidas para diminuir os fluxos turísticos”, mas como é mais difícil controlar os fluxos de viajantes individuais, “têm sido impostas medidas restritivas ao turismo organizado: limitar o número de pessoas a circular em grupo nas ruas da cidade (por exemplo em Amsterdão); obrigar ao preenchimento de pedidos online para obter permissão de paragem de autocarros em áreas especificas nas cidades (por exemplo Estrasburgo, Roma ou Paris); criação de slots para visitas dos monumentos culturais, com um máximo de número de pessoas por grupo em praticamente todos os monumentos de maior interesse cultural”.

A Nortravel, como assegurou, tem tratado estas novas medidas burocráticas e operacionais com estratégias organizacionais internas, mas acredita que “para ter sucesso é necessária uma articulação proactiva entre quem programa e gere os produtos, e quem executa no terreno. Esse ajuste de procedimentos por parte dos nossos guias-acompanhantes e motoristas de turismo tem dado resultados encorajadores”.

Não colocar a sustentabilidade em causa
Ninguém põe em causa que a sustentabilidade das cidades é fundamental. O CEO da Pinto Lopes Viagens dá como exemplo a ilha de Capri, que se está a tornar um “dormitório para turistas”, que excedem, em muito, os habitantes locais e prejudicam gravemente a disponibilidade de alojamento e a qualidade de vida destes. Por isso diz ser indiscutível e necessárias “medidas para travar esta tendência, mas igualmente necessário um equilíbrio que não asfixie o turismo e a elevada fonte de receita que este representa”.

As taxas estão incluídas nos pacotes da Pinto Lopes Viagens, mas, de momento, não é esse o fator que mais contribui para o aumento generalizado dos preços das viagens, segundo o CEO da empresa. “São sim os efeitos pós-pandemia e decorrentes dos conflitos na Europa e Médio Oriente, como a escassez de mão-de-obra, a inflação e o consequente aumento do custo médio dos serviços”, considerou.

Uma vez que a oferta da Pinto Lopes Viagens é, quase na sua totalidade, outgoing, a sua atividade não é particularmente condicionada pela situação em Portugal. No entanto, “sabemos que Portugal está a seguir o exemplo das principais cidades europeias, estabelecendo regras que impeçam a descaracterização dos seus locais e protejam a qualidade de vida dos seus habitantes, ainda que de forma mais tímida e lenta”.

A consciência ecológica do grupo Ávoris no qual a Nortravel está integrada contribuiu também, segundo Ângelo Grilo, “para alinhar a nossa empresa com o novo mundo da sustentabilidade”, pois “este é o único caminho possível, e o esforço das autoridades que regulam o setor turístico no mundo inteiro tem de ser apoiado pelo tecido empresarial do qual fazemos parte”.

Reconhece que todos estes incrementos nas várias componentes do produto são naturalmente incorporados no PVP do circuito organizado, “criando naturais dúvidas no cliente final se valerá a pena adquirir um pacote turístico’’, mas “essas variações de preços também se registam nas viagens de individuais, por isso o mercado reage da mesma forma que sempre reagiu, escolhendo a melhor relação entre o trinómio preço/qualidade/conteúdo, seja no mercado português ou internacional”.

Na Nortravel, “olhamos para estes aumentos de uma forma criativa. Analisamos meticulosamente os conteúdos do nosso portefólio de oferta e concluímos que era possível sacrificar alguns segmentos de alguns produtos, garantindo a mesma qualidade hoteleira, serviços e guias-acompanhantes.

Sem retirar interesse global aos mesmos, passamos alguns pacotes de oito dias para sete, daí resultando um travão no preço final do pacote”, esclareceu Ângelo Grilo. Além desta estratégia, “a partir de 2022 lançámos no mercado alguns pacotes de 4 dias, respeitando os paradigmas dos produtos Nortravel, e permitindo aos clientes fazer ‘’escapadinhas’’ culturais por valores substancialmente inferiores a pacotes de 7/8 dias. Estes produtos têm tido uma extraordinária aceitação no mercado e estamos a analisar a procura para ajustar a oferta, bem como criar mais produtos em destinos diferentes”, realçou.

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O profissional da Nortravel apontou que, registamos, no entanto, alguma contradição entre o desenvolvimento social e intelectual que resulta do conceito abrangente “inclusão’’ nas sociedades modernas, e a penalização ao movimento de viajantes mais frágeis, mais idosos e com menos mobilidade. Neste sentido, o operador “tem optado, nos últimos anos, por comunicar ao mercado de forma clara, que alguns percursos a pé não são aconselháveis para viajantes com dificuldades de locomoção, e esperamos sempre que o bom senso prevaleça na hora de escolher um itinerário”.

Por outro lado, “assistimos ao incremento das taxas de cidade pagas nas estadias em hotéis, no crescimento dos preços nas entradas dos monumentos, bem como nas autorizações de entrada dos autocarros nos centros das cidades, ou aumento de zonas pedonais nas cidades”. É, como disse, a lei da oferta e da procura, se um produto é apetecível “o seu preço é naturalmente inflacionado”.

Esse aumento de receitas permite entre outros: “pagar para limpar a pegada deixada por milhões de turistas como por exemplo em Veneza, onde segundo a Reuters entraram 20 milhões de turistas em 2023, melhorar a capacidade de exposição dos monumentos, oferecer melhores condições logísticas aos visitantes, regular e pagar o controlo do trânsito em determinados bairros da cidade, como por exemplo no Porto ou Lisboa”.

Uns destinos mais, outros menos
Miguel Jesus, diretor geral da Image Tours conta-nos que no caso concreto do operador turístico que lidera e tendo em conta a sua programação, baseada em destinos do Médio e do Extremo Oriente, “ainda não temos essas dificuldades nem sentimos esse tipo de problema de uma forma tão acentuada”, mas em alguns destinos “o nosso cliente é deixado cada vez mais longe do local que vai visitar, porque cada vez mais se controla as zonas de restrição, o tráfego e tenta-se afastar os turistas um pouco mais”.

E dá o exemplo do Egito “Quando eu comecei a trabalhar com o Egito, os autocarros paravam coladas às Pirâmides, e agora já não acontece, as coisas estão mais controladas, são deixadas em parques de estacionamento com alguma distância e há controlo de segurança, e de entradas bastante rigoroso. Mas digamos que a visita e o itinerário, o programa em si sofre muito poucas alterações”.

Outros destinos da Image Tours, como a Jordânia, Turquia e Índia, “esses problemas ainda não se verificam”, mas Miguel Jesus acentua a questão da subida dos preços das entradas nos monumentos e atrações turísticas, e o grande número de turistas que se concentra muitas vezes ao mesmo tempo no mesmo local, o que tem vindo a aumentar ao longo dos anos. No entanto, refere que “temos de compreender que as pessoas viajam cada vez mais, os monumentos continuam a ser os mesmos e, muitas vezes, os acessos continuam a ser os mesmos, e a visita que durava, se calhar, uma hora, passa a durar uma hora e meia e há mais controlo”.

As concentrações de turistas nos principais monumentos obrigam, obviamente, o operador turístico a fazer uma maior gestão da viagem. O diretor-geral da Image Tours dá outra vez o Egito como exemplo, onde esta situação acontece com bastante frequência. “Nas alturas de época alta ou de grandes concentrações, como são o verão e a Semana Santa, em que se viaja bastante para o Egito, nós próprios, em conjunto com o nosso staff local (temos empresa no Egito), e pela experiência e conhecimento que temos do destino, coordenamos melhor as visitas. O que fazemos é sairmos mais cedo do hotel ou do barco para seremos os primeiros grupos a chegar, ou então a uma hora em que sabemos que o movimento é menor. Isto acontece, nomeadamente, em Luxor, no Templo de Karnak, e no Vale dos Reis, locais com excesso de turistas que, acabam por não tirar partido de toda a riqueza cultural e histórica que esses locais oferecem”.

Quanto aos preços das entradas e, consequentemente das próprias viagens, alterações que, segundo Miguel Jesus, aconteceram no pós-pandemia. Neste caso lembra a inflação que se tem verificado na Turquia, mas também no Egito, que após quase dois anos sem receber turistas, aproveitaram o pós-pandemia para fazer disparar os preços, quer ao nível das visitas, quer da hotelaria. “Nós, logicamente, temos de temos que refletir todos estes valores no preço que apresentamos ao cliente. Não há forma, não há volta a dar”, salientou, para adiantar que as taxas turísticas são os clientes que também pagam. “É uma realidade dos nossos tempos que as pessoas acabam por entender. Também tem muito a ver com os valores que, por enquanto, ainda não afetem muito e as pessoas acabam por compreender”.

Todos querem mais turismo, mas ninguém quer encontrar turistas
Paulo César, responsável pelo Departamento de Grupos da LuxTours, conclui a nossa ronda de contactos com operadores e agências de viagens que organizam circuitos culturais e viagens de grupo. Embora, nos últimos tempos, não tem levado grupos a Veneza ou algumas cidades do Japão onde as recentes restrições ao turismo têm sido muito severas, Paulo César compreende que “é difícil dar a volta a isso, porque cada vez há mais turismo, cada vez há mais turistas”. O paradoxo é que “queremos mais turistas, mas depois não queremos encontrar turistas para os sítios onde vamos, é impossível”, aponta.

O responsável da LuxTours indica que, por exemplo, a ilha grega de Santorini é um sítio que há muito tempo já deviam ter colocado algumas restrições. “É uma ilha lindíssima, a maior parte das pessoas que lá vai, vem a detestar a viagem. Os próprios turistas que lá estão a fazer estadia, ficam a detestar os outros turistas que chegam, que são os dos cruzeiros. Santorini em hora de cruzeiro é um autêntico Metro em hora de ponta, ninguém desfruta de nada, é tudo ao monte”, explicou, avançando que “se calhar as taxas são uma forma de conter esse fluxo, isto fazendo eu papel de advogado do diabo. Vemos também isso em Lisboa e em que há muita gente a não achar muita graça. Há certos sítios que vamos e não encontramos um português. Está tudo completamente desfasado, não tem nada a ver com Lisboa”.

“Não deixámos de vender, os grupos estão cheios, mas não somos nós agentes de viagens que estamos a ganhar mais, os aviões, os hotéis e os serviços é que estão mais caros, a acrescentar às taxas e mais taxas que aparecem cada vez mais. A verdade é que as pessoas têm estado dispostas a pagar, têm pago e não temos razão de queixa”, Paulo César – responsável pelo Departamento de Grupos e Incentivo da LuxTours

Autocarros estacionados longe dos centros. Paulo César exemplifica Roma. “Os autocarros de turismo quase que já não circulam em Roma, tudo o resto temos de fazer a pé. Vou com um grupo agora a Roma, tenho um guia local, mas vamos fazer as deslocações em toda a cidade entre o Metro e a pé, não há outra forma de as fazer. Cria alguns problemas, claro, mas são inultrapassáveis. Enquanto havia pouca gente em Roma, era fácil, mas hoje, se os autocarros forem todos para dentro de Roma, o trânsito não mexe”, reconhece.

Taxas mais altas nos hotéis, foi outro assunto que abordámos com Paulo César: “Em Roma começam nos hotéis de 2 e 3 estrelas com o custo de 6 euros a diária, e vão por ali acima. Isto sai do bolso do cliente, mesmo que estejamos nós a pagar, o cliente já pagou antes, o que torna, sem dúvida, a viagem está mais cara”.

No entanto, muitas vezes a agência de viagens é apanhada de surpresa. “Tenho clientes que vão à Namíbia, o visto que era concedido à entrada era grátis, e a partir de 1 de junho passa a custar 30 dólares, mas quando vendi o produto, no preço da viagem não constava esse montante, e na verdade o cliente quando chegar vai ter de pagar esse valor”, enfatizou, indicando que situações destas acontecem em variadíssimos destinos.

“Subiram todas as entradas em monumentos, e se formos pedir direito de fotografia de filmar, então é mais outra taxa”. Querendo ou não, isto tudo tem impacto no preço da viagem. “Não me lembro das viagens terem atingido valores tão elevados como este ano, mas também porque há muita procura, e as previsões é que sejam ainda mais altas em 2025. Fiz um cruzeiro o ano passado em Miami, este ano fiz outro, na mesma data, exatamente no mesmo navio, da mesma companhia, custou agora mais cerca de 450 euros. É a lei da oferta e da procura”, precisou.

“Não há lugares vazios. Um suplemento de classe executiva, e temos um grupo para o próximo ano a fazer a Austrália e Nova Zelândia em janeiro, a diferença são 7 mil euros, quando antigamente seria de 3 a 4 mil euros. Quem quer compra, quem não quer vai a económica, mas é um exagero”, ressalvou Paulo César, indicando que “não deixámos de vender, os grupos estão cheios, mas não somos nós agentes de viagens que estamos a ganhar mais, os aviões, os hotéis e os serviços é que estão mais caros, a acrescentar às taxas e mais taxas que aparecem cada vez mais. A verdade é que as pessoas têm estado dispostas a pagar, têm pago e não temos razão de queixa”.

Filas e filas, horas de espera que visitar um monumento. O responsável de grupos da LuxTours diz que “as coisas são organizadas antes da partida e há sempre formas alternativas de entrar, ou seja, compramos antecipadamente e vamos para as filas de entrada prioritária que são muito mais pequenas e com hora marcada. Paga-se é mais”, concluiu.

Fotos: Depositphotos.com
Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Alojamento

Novo hotel ‘flagship’ ibis Styles abre no Aeroporto de Lisboa

O ibis Styles, marca do grupo Accor para os amantes do design criativo, acaba de inaugurar uma nova unidade no Aeroporto de Lisboa, inspirado no conceito de “voar”.

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Este design hotel conta com 126 quartos premium e premium com terraço, oferece ginásio, pequeno-almoço buffet e wifi. O projeto foi construído sobre um edifício industrial destinado a armazém, e graças a um esmerado restauro, converteu-se num hotel com cinco andares, dos quais três estão destinados a quartos e a um terraço exclusivo para os clientes, enquanto a zona de cave foi transformada em estacionamento. O piso térreo, por sua vez, é a área de acesso às zonas comuns. O edifício foi igualmente intervencionado para criar um pátio interior, um autêntico e acolhedor refúgio que também liga as diferentes zonas do hotel. Destaca-se o trabalho das fachadas norte e sul, completamente opostas do ponto de vista estilístico, criando um contraste que enriquece ainda mais o resultado. O edifício está dotado de painéis solares para produção de água quente e de climatização produzida por VRV.

Inspirado no conceito de “voar”, na sua criação participaram artistas e arquitetos como Luís Teixeira, responsável pela ideia original do projeto, Francisca Navio e Miguel Diogo, design de interiores, Paulo Simões, paisagista, e o artista Pedro Versteeg. Entre todos, prestam uma homenagem a Lisboa como cidade que descola e se expande desde a foz do Tejo, subindo pelas suas colinas e chegando ao mundo inteiro, através de representações artísticas que tornam o ibis Styles Lisboa Aeroporto numa autêntica galeria de arte.

A paleta de cores e materiais para os diferentes ambientes provêm da indústria aeronáutica e navegam entre os tons cinza metálicos, ferrosos, negros, até aos acabamentos em robusto couro natural e tecidos orgânicos, tudo acompanhado de instalações decorativas que evocam a memória de aviões históricos e imagens dos primeiros aparelhos voadores, assim como instalações relacionadas com o céu, com as nuvens como protagonistas.

A luz natural e artificial coexistem em todo o hotel, e constituem uma parte importante do storytelling. Os espaços exteriores são animados por uma arquitetura de inspiração mediterrânica com uma mescla de solos inertes e vegetais, cobertos por plantas arbustivas de diferentes tipos e flores.

Os quartos são de duas tipologias estéticas diferente, distinguindo-se pela superfície, o mobiliário e a iconografia artística, iconografia inspirada no tema principal, “voar”. Por sua vez, os corredores vão recuperar grandes nomes da história da aviação.

Criatividade, modernidade e bom humor constituem as bases do design dos hotéis ibis Styles. Os cerca de 650 hotéis desta marca em todo o mundo oferecem ao cliente uma experiência diferenciadora através de um storytelling particular – do ciclismo ao cinema, passando pela banda desenhada ou as laranjas.

Com esta nova incorporação do ibis Styles Lisboa Aeroporto, a família ibis Styles em Portugal e Espanha conta com uma carteira de 16 hotéis abertos e dois em projeto.

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Número de hóspedes e dormidas em Cabo Verde cresceram no primeiro trimestre

O número de hóspedes e dormidas em Cabo Verde aumentaram 40% e 17% no primeiro trimestre, respetivamente, face ao mesmo período de 2023, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

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Os números confirmam as expectativas anunciadas pelo setor hoteleiro e Governo relativamente a novos recordes no setor, com os conflitos noutras zonas, como o Médio Oriente, a aumentar a procura por destinos diferentes, como o arquipélago cabo-verdiano.

No caso, o turismo está concentrado em duas ilhas: Sal e Boa Vista.

Os maiores visitantes são, por esta ordem, o Reino Unido, Alemanha e Países Baixos, que correspondem a metade dos turistas. Seguem-se França, Suécia e Portugal.

No primeiro trimestre, Cabo Verde recebeu mais de 300 mil hóspedes, mas o número de dormidas (mais de 1,5 milhões) não cresceu ao mesmo ritmo. Ou seja, a estadia média reduziu-se de 5,9 para 4,7 noites.

A taxa de ocupação do parque hoteleiro subiu de 53% para 62% das camas.

Em janeiro, o presidente da Câmara de Turismo de Cabo Verde disse, em entrevista à Lusa, que se devia planear um aumento do número de camas para fazer face às previsões de contínuo aumento do número de turistas.

Os hotéis bateram o recorde de um milhão de hóspedes em 2023 e o Governo antecipou para este ano a meta de 1,2 milhões de turistas, antes estabelecida para 2026.

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Etihad Airways oferece noites gratuitas para passageiros em conexão em Abu Dhabi

A Etihad Airways e o Departamento de Cultura e Turismo de Abu Dhabi (DCT Abu Dhabi) acabam de anunciar o lançamento do programa Abu Dhabi Stopover para incentivar os passageiros em conexão a explorar o emirado.

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O Abu Dhabi Stopover, exclusivo da Etihad Airways, convida os passageiros que passam pelo seu hub em Abu Dhabi a transformar a sua conexão numa estadia gratuita em hotel. Ao reservar voos com a companhia aérea nacional dos Emirados Árabes Unidos, os passageiros têm agora a opção de adicionar uma escala e selecionar um hotel gratuito. Os hóspedes podem escolher uma estadia gratuita de uma ou duas noites numa variedade de unidades hoteleiras de quatro ou cinco estrelas em toda a cidade. Observe que esta oferta está disponível apenas para reservas diretas no site da Etihad Airways.

“Esperamos trazer mais de 100 mil visitantes a Abu Dhabi através do programa Stopover no próximo ano e estamos confiantes de que depois de provarem o que a capital tem para oferecer, voltarão para saber mais”, garante Antonoaldo Neves, CEO da Etihad Airways, citado pelo Air Journal.

“O Abu Dhabi Stopover é parte integrante da nossa missão de compartilhar o melhor de Abu Dhabi com viajantes de todo o mundo”, aponta Saleh Mohamed Al Geziry, diretor geral do Departamento de Cultura e Turismo de Abu Dhabi (DCT Abu Dhabi)”, de acordo com o mesmo meio de comunicação social, realçando que “esta iniciativa inovadora fornece uma visão geral das diversas experiências disponíveis aqui – desde entretenimento e cultura ao lazer e muito mais – para inspirar os viajantes a regressar e mergulhar na experiência completa de Abu Dhabi”.

Na verdade, a estratégia da DCT Abu Dhabi visa aumentar o número de visitantes internacionais de 3,8 milhões em 2023 (principalmente da Índia, Rússia, Reino Unido, China e Arábia Saudita) para 7,2 milhões em 2030, com 7% de crescimento ao ano. Ao mesmo tempo, o setor hoteleiro está a crescer para responder à procura, passando de 34 mil quartos de hotel em 2023 para 52 mil em 2030.

Quanto à Etihad Airways, planeia servir até 110 destinos em 2030 a partir do seu novo hub em Abu Dhabi, o Aeroporto Internacional de Zayed. Recém-inaugurado, este último conta com infraestrutura de ponta para otimizar significativamente a viagem do viajante, com capacidade para 45 milhões de passageiros por ano, o dobro da do antigo aeroporto. Além da Etihad Airways, que responde por 60% do seu tráfego de passageiros, o Aeroporto Internacional de Zayed acolhe 29 transportadoras internacionais e pode contar com as ambiciosas perspetivas de crescimento de duas empresas de baixo custo para acomodar um público crescente: Wizz Air Abu Dhabi e Air Arabia, que atraem nomeadamente uma clientela da Europa Central e Oriental e do subcontinente indiano. Uma estratégia vencedora para o destino Abu Dhabi, uma vez que o aeroporto regista um aumento no seu tráfego ponto a ponto, que hoje é de 51% – a outra metade diz respeito ao tráfego de ligação.

 

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Porto Business School lança Observatório do Talento Migratório no Turismo

O novo Observatório do Talento Migratório no Turismo da Porto Business School (PBS) visa “destacar a importância do talento oriundo da migração para a competitividade da economia portuguesa, particularmente no setor do turismo”.

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A Porto Business School (PBS) lançou o Observatório do Talento Migratório no Turismo, iniciativa inovadora que visa “destacar a importância do talento oriundo da migração para a competitividade da economia portuguesa, particularmente no setor do turismo”.

Em comunicado, a PBS explica que “esta iniciativa pretende identificar os desafios, as oportunidades e as práticas exemplares de integração e gestão dos talentos imigrantes no setor”, que já conta com 120 mil trabalhadores entre os 785 mil imigrantes existentes em Portugal.

Da responsabilidade do Tourism Futures Center, que integra o Innovation X Hub da Porto Business School, este observatório vai permitir ainda “entender como os talentos imigrantes têm sido valorizados e qualificados em comparação com os talentos nacionais”, já que mais de 20% dos trabalhadores estrangeiros em Portugal estão empregados nas atividades de alojamento, restauração e similares.

A PBS lembra que, segundo o o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo, no ano passado, registou-se um aumento da população estrangeira residente em Portugal, numa subida de 33% face a 2022, o que levou o número de estrangeiros residentes em Portugal a aumentar de 781.247 para 1.040.000 em 2023, representando já mais de 10% da população total.

“Estes migrantes asseguram uma parte significativa da atividade económica do país, particularmente no turismo, que em 2023 bateu todos os recordes de dormidas em território nacional”, destaca ainda a PBS.

Segundo Rita Marques, coordenadora do Tourism Futures Center da Porto Business School, “é essencial capacitar todos aqueles que estão envolvidos no setor de turismo, sejam imigrantes ou não”.

“Ao focar na qualificação e inclusão dos migrantes, que representam já 20% da força de trabalho no turismo, o Observatório contribuirá para o crescimento económico sustentável do setor e para a promoção de práticas inclusivas e alinhadas aos princípios de responsabilidade social corporativa e ESG”, defende a responsável.

Já José Esteves, dean da Porto Business School, diz que “a Porto Business School está empenhada em promover a inclusão e a qualificação dos talentos migrantes no turismo”, pelo que, defende, o lançamento “deste Observatório é um passo crucial para garantir que Portugal continue a ser um destino acolhedor e competitivo, onde todos os profissionais têm a oportunidade de prosperar e contribuir para o desenvolvimento económico e social do país”.

Desenvolvido pelo Innovation X Hub da Porto Business School, este Observatório vai coligir e analisar dados sobre a participação dos migrantes no turismo em Portugal, bem como desenvolver programas de formação específicos para migrantes no setor turístico e incentivar práticas inclusivas, garantindo que os migrantes tenham acesso a oportunidades de desenvolvimento profissional.

O Observatório visa ainda estabelecer colaborações com empresas, instituições de ensino e outras entidades para promoção da inclusão e qualificação dos trabalhadores migrantes, estando também preparado para estudar o impacto da migração na autenticidade dos destinos turísticos, bem como a proposta de estratégias para a construção de um setor turístico mais responsável e integrador, gerador de valor para todos.

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Quatro milhões de italianos vão viajar este verão, revela pesquisa da Assoviaggi

A inflação, os aumentos de preços e as guerras não impediram o desejo dos italianos de viajar este verão. Uma pesquisa da Assoviaggi (Associação Italiana de Agências de Viagens e Turismo) dá conta que, entre junho e agosto, cerca de quatro milhões de pessoas viajarão graças aos serviços das agências de viagens, para um aumento global nas reservas de 3,5% em relação ao verão de 2023.

A associação revela que cerca de 70% das reservas para o verão foram feitas para serviços para destinos transfronteiriços, avançando que “segundo as nossas estimativas, os pedidos para o estrangeiro apresentam uma subida de 6,7% face ao período junho-agosto de 2023, contra uma quebra de 3,1% nos pedidos para destinos italianos, um fenómeno que é afetado pela concorrência dos destinos estrangeiros, pela redução do poder de compra das famílias e pelo aumento dos preços registados em Itália, a começar pelos preços dos transportes”. Assim, 2,8 milhões escolherão uma viagem fora da Itália, enquanto 1,2 milhão ficarão em “Bel Paese”.

No que diz respeito às viagens de ‘curta distância’ ao estrangeiro, o maior número de pedidos foi verificado para a Grécia e Espanha, mas também suscitaram interesse para Portugal, França, Marrocos, Tunísia e Albânia.

Nas viagens de “médio curso”, o Egito confirma a sua posição, tendo compensado a queda da procura devido à explosão das tensões geopolíticas na zona do Médio Oriente com uma política de preços acessíveis, seguido, com menos frequência, pela Noruega e pela Islândia.

Para quem optou por um destino ‘longo curso’, porém, destaca-se a viagem aos EUA, além do Japão, Caraíbas, Tailândia e Madagascar. No entanto, nos relatórios dos empresários foram indicados mais de 30 países diferentes, incluindo Tanzânia, Malásia, Polinésia, Vietname, Índia, Austrália, Peru e Namíbia, destinos caracterizados por experiências e serviços de alta qualidade.

A Assoviaggi indica ainda que os excelentes resultados dos primeiros quatro meses do ano (+9,5% face a 2023) foram seguidos de um período de abrandamento, abaixo das expectativas das empresas de turismo organizado.

Segundo indicações dos empresários, o volume de negócios da primeira parte do ano deverá fechar positivamente, com um crescimento estimado em 9,5%, com resultados acima da média do Nordeste e Centro, mas a tendência desenvolveu-se a velocidades alternadas: uma fase inicial apoiada por uma procura robusta de viagens de lazer, seguida por um abrandamento acentuado da procura durante maio e junho. Prevê-se que as viagens de lazer representem cerca de 60% do volume total de negócios, enquanto a percentagem da venda de transportes e outros serviços turísticos deverá ascender a 18%, e as viagens de negócios a 14%, seguidas por 8% por cento dos seguros.

Para os próximos meses estima-se também um aumento moderado dos pedidos para o período de verão, mas não aos níveis esperados pelas empresas do setor. Uma parcela significativa das reservas para o verão também foi registada com reservas antecipadas nos primeiros quatro meses do ano, sendo evidente um abrandamento da procura durante os meses de maio e junho. “Assistimos a uma queda no interesse em particular pelo produto “Mare Italia”, bem como a um aumento de pedidos para destinos curtos para conter custos de transporte, mas especialmente para destinos próximos com uma oferta competitiva”, aponta o inquérito da Assoviaggi Confesercenti, realizado pelo Centro de Estudos Turístico de Florença, numa amostra de 671 agências de viagens.

Ainda em 2024, os cruzeiros estão entre as modalidades de viagem que mantêm o interesse dos italianos. Há também um forte aumento nos pedidos de viagens à medida, em pacotes ‘sob medida’ de acordo com os tempos e interesses dos viajantes, graças à competência profissional das agências. As viagens intercontinentais e as viagens para estâncias balneares nos países mediterrânicos estão a aumentar ligeiramente. Também se registou um forte crescimento do interesse nas viagens em grupo, em particular, nas viagens organizadas que também permitem a quem sai sozinho – um pedido que vem principalmente de mulheres viajantes – juntar-se a um pequeno grupo acompanhado por um especialista no destino. Entre os outros tipos de produtos, confirmam-se as escolhas para as Capitais Europeias e Cidades de Arte Italianas, enquanto a fórmula Fly & Drive também está a aumentar – mesmo que ainda seja uma participação minoritária: soluções combinadas, que permitem chegar a um destino de avião e depois deslocar-se sobre quatro (ou duas) rodas pelas diversas etapas do itinerário planeado em conjunto com a agência de viagens.

“Estamos confiantes de que 2024 pode representar uma viragem decisiva para as empresas que operam no setor do turismo organizado”, comenta Gianni Rebecchi, presidente da Assoviaggi Confesercenti. “Após anos de desafios sem precedentes, o objetivo é ver um impulso renovado e uma recuperação robusta que possa trazer o setor de volta aos níveis anteriores à pandemia, e talvez até mais além”.

Acrescenta que “trabalhamos assiduamente para inovar a oferta e melhorar a experiência do viajante e para fortalecer a colaboração com os fornecedores”, no entanto, “estamos preocupados com o abrandamento das reservas nos últimos meses, um sinal que, em nossa opinião, deve ser monitorizado com atenção: o risco é que o aumento dos preços, a começar pelos dos transportes e dos serviços turísticos, mas não só, possa levar a uma contração da procura”.

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Kilimanjaro é o novo destino da Air France para o inverno

Os voos da Air France para Kilimanjaro arrancam a 18 de novembro e decorrem às segundas, quartas e sábados, em continuação das ligações para Zanzibar, também na Tanzânia, e vão ser operados num avião Airbus A350-900.

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A Air France anunciou que, este inverno, vai abrir uma nova rota para Kilimanjaro, na Tanzânia, cuja inauguração está prevista para 18 de novembro e que vai contar com três voos por semana, substituindo as ligações a Dar Es Salam.

Segundo um comunicado da companhia aérea, os voos para Kilimanjaro decorrem às segundas, quartas e sábados, em continuação das ligações da Air France para Zanzibar, também na Tanzânia, e vão ser operados num avião Airbus A350-900, com 34 assentos na Business, 24 em Premium Economy e 266 em Economy.

“A rota Paris – Zanzibar – Kilimanjaro vai substituir a Paris – Zanzibar – Dar Es Salam, operada pela Air France até agora. Dar Es Salam permanece acessível via Amesterdão com a parceira KLM, que opera 7 voos/semana para a capital da Tanzânia”, indica a Air France.

Os voos vão partir de Paris-CDG às 10h10 para chegar a Zanzibar às 21h10, de onde voltam a partir às 22h55, chegando a Kilimanjaro às 23h55. Em sentido contrário, os voos decorrem às terças, quintas e domingos, com partida de Kilimanjaro pelas 1h25 e chegada a Paris-CDG às 8h50.

Para os passageiros portugueses, a nova rota vai estar disponível através das rotas que a Air France disponibiliza desde Lisboa ou do Porto, via hub em Paris-CDG.

Além da oferta da Air France, também a KLM conta com várias ligações à Tanzânia, como Dar Es Salam, Kilimanjaro (5 voos/semana) e Zanzibar (2 voos/semana), numa oferta que pode ser coordenada com a da Air France.

Segundo a Air France, “o Monte Kilimanjaro é a montanha mais alta do continente” e conta com três picos vulcânicos principais, Mawenzi, Kibo e Shira, oferecendo “uma ampla variedade de itinerários para os caminhantes”.

Além do Monte Kilimanjaro, os turistas podem também visitar o Parque Nacional do Kilimanjaro, que está classificado como Património Mundial da UNESCO, e que é o ponto de partida ideal para um safari no Quénia ou na Tanzânia.

Todos os detalhes sobre a operação podem ser consultados aqui.

 

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Depois de percorrer Portugal de Norte a Sul do país, a empresa de recursos humanos inaugura uma nova delegação, agora no Funchal

A Timing, empresa líder no setor de recursos humanos anuncia a inauguração da nova delegação no Funchal

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Com esta expansão, a empresa visa fortalecer a sua presença na Região Autónoma da Madeira e oferecer serviços de alta qualidade a um número ainda maior de clientes.

Desde a sua abertura, em 2015, a empresa estabeleceu-se como uma referência no mercado de recursos humanos, especialmente no setor da hotelaria. Com uma forte presença no Algarve, desde Tavira a Lagos, e também em Setúbal, Lisboa, São João da Madeira e Porto, a empresa procura um compromisso constante com a excelência e a satisfação dos seus clientes.

“Estamos entusiasmados com a abertura da nossa nova delegação, no Funchal.”, refere Ricardo Mariano, CEO da empresa. “A expansão para a Madeira representa um passo importante na nossa estratégia de crescimento e reflete o nosso compromisso em oferecer soluções de recursos humanos em todas as regiões de Portugal.”, remata.

A abertura da Timing, no Funchal assinala o 9.º aniversário da marca. Com uma grande presença em diversos setores, desde a hotelaria à construção, retalho, indústria, logística, entre outros, entra na Madeira com a certeza de que “vamos ajudar as empresas da Madeira e do Porto Santo, com mão-de-obra qualificada, formação e soluções personalizadas, adaptadas a cada setor de atividade.”, destaca Eva Quitério, Coordenadora de Recursos Humanos do Algarve e Ilhas.

“Abrirmos a nossa primeira delegação fora do continente, no Funchal, é sinónimo da confiança na nossa equipa da Madeira. A formação na área da hotelaria é um dos nossos trunfos e o acompanhamento regular da satisfação dos nossos clientes é uma mais valia na implementação de melhorias constantes.”, remata Eva Quitério, Coordenadora de RH do Algarve e Ilhas.

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