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“O turismo terá de ser sempre indicado como um motivo de desenvolvimento”

Com o lançamento de uma nova campanha, o Turismo de Portugal pretende olhar para o futuro. Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, falou com o Publituris para explicar este arranque de 2024 e como Portugal quer, precisamente, estar na linha da frente do turismo. O interior tem um papel importante neste posicionamento, acrescentando Lídia Monteiro, em vésperas da FITUR, que “é importante promover um equilíbrio entre visitantes e residentes”.

Victor Jorge
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“O turismo terá de ser sempre indicado como um motivo de desenvolvimento”

Com o lançamento de uma nova campanha, o Turismo de Portugal pretende olhar para o futuro. Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, falou com o Publituris para explicar este arranque de 2024 e como Portugal quer, precisamente, estar na linha da frente do turismo. O interior tem um papel importante neste posicionamento, acrescentando Lídia Monteiro, em vésperas da FITUR, que “é importante promover um equilíbrio entre visitantes e residentes”.

Victor Jorge

O mote da conversa com Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, foi dado com o lançamento da nova campanha “It’s not tourism. It’s futourism”. Apresentadas que foram 12 resoluções e uma (ainda) desconhecida desmultiplicação da campanha, o objetivo é fazer crescer o turismo em Portugal, não tanto em volume, mas em valor. Com os resultados alcançados em 2023, a meta dos 27 mil milhões de euros em receitas e 27 milhões de turistas está ao alcance já no próximo ano. Agora é concretizar a estratégia e a FITUR é o primeiro placo.

O Turismo de Portugal arrancou 2024 com uma nova campanha de promoção do destino de Portugal “It’s not tourism. It’s futourism”. Que importância tem arrancar um novo ano com uma nova campanha?
Iniciarmos um novo ano com uma nova campanha tem, desde logo, uma importância simbólica, é um novo desafio. Mas também tem uma importância do ponto de vista do impacto nos mercados internacionais. Sabemos que o início do ano é marcado por um pico de procura de viagens nos nossos principais mercados externos e é esse o momento em que as pessoas estão muito disponíveis para descobrirem qual vai ser o seu próximo destino de férias.

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Portanto, de alguma forma, antecipar a procura, a decisão?
Exatamente. É estar presente no momento em que as pessoas estão a inspirar-se sobre qual será o seu próximo destino de férias. E foi isso que tentámos e tentamos fazer. Estarmos justamente no arranque do ao com uma mensagem que queremos que seja universal.

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Uma mensagem que coloque as pessoas no centro de um turismo do futuro e que possa ser uma mensagem em que todas as pessoas, de todos os continentes, de todas as latitudes se sintam motivadas, mobilizadas e se sintam parte dessa construção. Esse é o objetivo.

Na apresentação da presente campanha referiu que Portugal, de facto, ganhou e tem uma reputação e uma notoriedade a nível internacional. Mas também foi dito que teremos de ter uma ambição maior. Que ambição maior é essa e como é que esta campanha poderá ou irá traduzi-la?
É uma ambição que se traduz numa maior responsabilidade. Se por um lado somos um destino com uma grande notoriedade, um destino com boa reputação internacional, isso dá-nos uma responsabilidade acrescida para também sermos motivadores, sermos de alguma forma impulsionadores para que o turismo, no seu conjunto, seja um turismo mais consciente, que o turista possa ser mais responsável quando visita os diferentes territórios. Essa é a nossa ambição e compromisso.

Foi esse pensamento que esteve por trás da criação desta campanha. Aliás, como referi na apresentação da campanha, o que pedimos à nossa agência [DENTSU] foi uma campanha que, por um lado, marcasse o início do ano e aproveitasse este desejo que as pessoas têm no arranque de um novo ano, de formular resoluções. Queremos que sejam resoluções concretizáveis e que, simultaneamente, tivesse esta mensagem no seu centro: um turismo de futuro. Um turismo que preserve os territórios, que tem um impacto positivo nas pessoas e nos territórios.

Liderar com o interior
Ouvimos muitas vezes que Portugal quer o liderar o turismo do futuro. A questão é que, com a pandemia, mudou o turismo e o turista. Como é que esta campanha poderá lançar, de facto, essa nova visão relativamente a um turismo do futuro? O que é, na realidade, esse turismo do futuro?
Esse turismo do futuro tem de passar, necessariamente, por ser um turismo mais responsável, mais consciente, mais respeitador das comunidades locais. Um turismo que, no limite, na sua génese ou na sua atuação, tem de promover um equilíbrio entre visitantes e residentes, um equilíbrio entre a atividade turística e a cultura, o ambiente, o território, o património. Um turismo que promove e valoriza a autenticidade. No caso de Portugal, há um outro equilíbrio que para nós é muito importante. É um equilíbrio entre os territórios do litoral e os territórios do interior, que é um dos nossos desígnios e que implementámos durante 2023 e que tem de ficar também para o futuro.

O turismo nunca quererá ser um fator predador dos territórios

Mas havia ou há um desequilíbrio entre quem nos visita e quem cá está?
O que queremos é que não exista. Julgo que não existia e não existe. Queremos que o nosso turismo se viva pela autenticidade de cada território e pela sua diversidade.

Porque temos esta particularidade de termos um país pequeno, mas com uma diversidade enorme. E isso é muito inspirações diferentes de turistas com perfis totalmente diferentes.

É este “deslocamento” do turista do litoral para o interior que o Turismo de Portugal ambiciona também com esta campanha, já que 80% dos turistas ficam no litoral.
Aliás, os números indicam 90%. O interior permite-nos trabalhar dois eixos. Desde logo, um equilíbrio do ponto de vista territorial e, portanto, levar as pessoas a descobrir um novo país. As experiências no litoral são, necessariamente, diferentes das experiências do interior.

Continuamos, naturalmente, a ter a nossa matriz oceânica, em que o litoral tem uma importância muito grande. As nossas ondas, o nosso surf, as nossas praias continuarão a ser bandeiras do destino turístico Portugal.

E Portugal não deve, nem pode ignorar esta realidade, já que isso tem sido o motivo de uma boa reputação e de experiências extraordinárias relacionadas com Portugal e com a nossa história. O interior tem outras experiências turísticas e que acrescentam valor ao litoral. Até porque, tal como no litoral, onde temos vários litorais, também no interior temos vários interiores. E essa é a riqueza de Portugal que faz do nosso país um destino extraordinário. E não sou eu que o digo, não é o Turismo de Portugal que o diz, é quem nos visita e quem leva um pouco de Portugal consigo no regresso que o diz. Por isso, além do litoral, com toda a carga do nosso oceano, do nosso mar, das nossas praias, da nossa costa, das nossas ondas, temos, depois, um interior muito diverso, com uma geografia também ela muito diversa, que proporciona experiências muito interessantes com os rios, as planícies, as montanhas, o património, as tradições, as pessoas.

As pessoas, de norte a sul, do interior ao litoral, nas ilhas, são, sem dúvida, o nosso principal ativo. E em todos os estudos e em todas as referências que fazem de Portugal a primeira indicação que dão é que Portugal tem, de facto, este ativo que são as pessoas, a forma como sabemos receber e, também, a forma como cuidamos das pessoas que nos visitam.

Melhorar em 2024
Os números indicam que 2023 foi o ano de todos os recorde em termos de receitas turísticas. Portugal está mais pressionado por estes bons resultados?

Os bons resultados são sempre razão para nos motivar a trabalhar mais e melhor. E penso que isso se vai refletir no trabalho de todo o ecossistema do turismo em Portugal.

Mas lembro-me de apontar a sustentabilidade, não só ambiental, mas também económica, financeira, social. É desse ponto de vista que pergunto se não poderá existir uma maior pressão, se o querer atingir números melhores não pode pôr essa sustentabilidade social em causa?

É verdade, mas também temos estado a ver que o crescimento tem sido um bom crescimento e o ano 2023 mostra justamente isso. É certo que o crescimento se deu em número de turistas que nos visitaram, mas, acima de tudo, onde crescemos significativamente, acima de 30%, foi em valor, nas receitas. Isso é crescer bem. Significa crescer com valor acrescentado, que traz riqueza, que traz riqueza para as empresas do ponto de vista da sua sustentabilidade. Foram as empresas que durante um período sofreram um enorme impacto com a pandemia, que viram as suas contas fortemente afetadas. Nesse sentido, é bom que as empresas possam estar agora a reforçar a sua capacidade financeira. E isso é bom para as empresas, mas também para todos os territórios. O turismo terá, necessariamente, de ser sempre um motivo de desenvolvimento e isso é uma responsabilidade acrescida para o turismo, porque esse desenvolvimento deverá ser sustentado e sustentável. O turismo nunca quererá ser um fator predador dos territórios. Isso não é a matriz do nosso turismo em Portugal.

O turismo é, provavelmente, dos poucos setores em Portugal que tem tido, ao longo dos anos, consistência nas mensagens

Sente por parte das comunidades locais que o turismo é bem-vindo?
Sim. Sentimos muito que o turismo é entendido como um fator de desenvolvimento do território e a diferentes níveis, seja do ponto de vista da criação de emprego, de estimular pequenos negócios, mas também de preservar as tradições e as formas de vida dos diferentes territórios.

É isso que nos diferencia e isso sente-se muito no interior. Temos uma relação com os territórios do interior, porque trabalhamos diretamente com as Entidades Regionais de Turismo, com as Agências de Promoção Externa, com as câmaras, com as comunidades intermunicipais, com as empresas instaladas. E esse é um sentimento que recebemos também nas candidaturas que nos são apresentadas nas diferentes linhas de financiamento.

A consistência nas mensagens do Turismo de Portugal, tanto para fora como para dentro, são fundamentais para criar a imagem de um país que recebe bem, que tem património, que tem pessoas? Não é desligar uma campanha e iniciar outra sem qualquer continuidade.
O turismo é, provavelmente, dos poucos setores em Portugal que tem tido, ao longo dos anos, consistência nas mensagens que emite sobre os seus próprios valores e com um propósito também ele alinhado com a nossa estratégia até 2027. Portanto, o turismo tem sido muito consistente.

Acabámos de receber a informação que, em 2023, Portugal foi o quarto país mais pesquisado no mundo no Google no que diz respeito ao “Travel”. Isso é incrível. Já estávamos a esse nível quando se tratava das buscas pelo surf, aparecendo sempre no Top 3 dos destinos turísticos de surf no mundo.

Agora já não é só no surf, é o país, é o destino de Portugal. Acho que isso ainda nos dá mais responsabilidade.

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Indicou a Estratégia Turismo 2027, cujo objetivo é chegar aos 27 milhões de turistas e 27 mil milhões de euros em receitas, precisamente, até 2027. Se colocarmos em 2004 uma taxa de crescimento de 10%, esse objetivo, pelo menos, em termos de receitas, é atingido.
Tudo leva a crer que em 2023 chegaremos aos 25 mil milhões de euros de receitas. Por isso, sim, poderemos atingir esse objetivo já em 2024.

Isso significa que a estratégia terá de ser revista?
Não, diria que a estratégia não tem de ser revista nas suas fundações programáticas, nos pilares. O que significa é que os pilares programáticos da estratégia têm estado corretos e temos todos, no conjunto, não só o Turismo de Portugal, não só nas entidades públicas a nível nacional, como a nível regional, mas também as empresas estão todas alinhadas com a estratégia do turismo e isso tem um valor enorme, porque este é um ecossistema também ele que sabe juntar esforços entre entidades públicas e entidades privadas. E isto também é um fator de sucesso do nosso turismo.

Portanto, julgo que os resultados dos pilares programáticos da Estratégia Turismo 2027 estão à vista. Fazem sentido e ainda não é o momento de serem revistos.

Aliás, em 2021 já falávamos que o centro da estratégia era a sustentabilidade, a sustentabilidade económica, ambiental e social. Há objetivos definidos para cada um desses pilares e ao termos atingido esses resultados no que diz respeito aos indicadores mais cedo do que o que estava previsto, julgo que em nada altera o posicionamento e a nossa estratégia.

Os resultados dos pilares programáticos da Estratégia Turismo 2027 estão à vista. Fazem sentido e ainda não é o momento de serem revistos

Fluxos internos e externos
Ao longo dos últimos tempos, muito se tem falado do autêntico, do genuíno e de como transmitir esses pilares para fora. Porque é que Portugal não conseguiu fazer isso antes? Faltava o envolvimento das próprias comunidades locais?
Existem momentos próprios para analisarmos aspetos diferentes da nossa oferta e nossa campanha anterior estimulava as pessoas para não evitarem Portugal [“Can´t skip Portugal”], cujo centro eram as ambições pessoais de quem viaja. O que fizemos foi dizer que Portugal podia responder a essas ambições, a essas aspirações individuais.

Hoje o que sentimos é que cada vez mais as pessoas procuram destinos que souberam respeitar a sua história e souberam respeitar as suas formas de viver. Julgo que Portugal não perdeu essa sua forma de viver peculiar e esse é um ativo também importante para podermos dar visibilidade, mas ao mesmo tempo proteger, ter um impacto positivo nessa nossa forma de viver. A autenticidade é, sem dúvida, um dos eixos importantes para promovermos junto de quem nos visita vindo de fora, mas também junto dos portugueses.

É importante e fundamental olhar para dentro e fazer com que os portugueses olhem para o seu país como um destino a descobrir.

Mas não teme que este crescimento do turismo, e tem-se falado muito desse equilíbrio entre turista e comunidade local, não seja encarado pelos próprios portugueses como haver turismo a mais?
Julgo que, neste momento, essa questão ainda não se coloca. Pode haver pontualmente algum ponto no país em que a pressão possa existir. O que eu quero dizer é que é importante não fecharmos os olhos e estarmos abertos para quando e se for necessário, corrigirmos, atuarmos.

Não devemos ser fechados nesse sentido. De facto, se nalgum momento sentirmos que é necessário agir para corrigir alguns fluxos turísticos que, pontualmente, nalgum território ou nalguma parte do território possam estar a sobrecarregar, tentaremos agir em conformidade.

Sabemos que essa realidade é má para o turismo, é má para as populações, é má para os territórios, mas é também é má para a própria experiência turística.

Por isso mesmo, é importante o desenvolvimento do turismo no interior do país, já que ajuda a criar fluxos distintos e levar turistas para outros territórios, retirando eventual pressão e sobrecarga noutros.

A autenticidade é, sem dúvida, um dos eixos importantes para promovermos junto de quem nos visita vindo de fora, mas também junto dos portugueses

Mas quando se fala em fluxos turísticos, esses dependem muito da conectividade. Como é que olha para este estrangulamento que temos em receber turistas, nomeadamente, no aeroporto de Lisboa?
Julgo que ainda não temos um estrangulamento propriamente dito. Sabemos que o turista internacional se desloca para Portugal, e fruto da nossa condição periférica, essencialmente de avião.

Mas não temos a nossa capacidade aeroportuária esgotada. O aeroporto do Algarve continua a ter capacidade, tal com o aeroporto do Porto, da Madeira, dos Açores. Lisboa tem algumas limitações, como sabemos, mas o que é certo é que nos últimos anos temos feito um trabalho consistente de mostrar as particularidades do destino turístico e a atratividade que também possa ter para as diferentes companhias aéreas desenvolverem operações para outros pontos do nosso país.

É a vantagem de ser um país pequeno (em tamanho)?
Exatamente. Aliás, com o novo perfil de turistas que vem de outros continentes, como é, por exemplo, o caso do turista americano, trata-se de um turista que viaja de norte a sul do país sem qualquer problema. Não se sente restringido. Entra por Lisboa ou Porto e depois viaja pelo país. De resto, em breve, também o turista norte-americano vai poder entrar pelo Algarve.

Mas referiu que a campanha, e antes de irmos aos mercados externos, também é dirigida ao mercado interno. Como é que os portugueses poderão identificar-se com esta nova mensagem?
Sentimos que os portugueses são cada vez mais um viajante dentro do seu próprio país. Sentimos isso durante o período da pandemia e continuamos a senti-lo. Conheceram o seu próprio país e ficaram surpreendidos com aquilo que têm na sua própria terra.

E por isso mesmo, o turismo nacional tem aumentado. Hoje, os portugueses olham para Portugal como o seu primeiro destino turístico, aquele que gostam de conhecer em profundidade.

Claro que é um turista diferente do turista internacional, as motivações são diferentes. Desde logo, porque enquanto portugueses, têm possibilidade de experimentar o nosso país ao longo de todo o ano, com pequenas viagens, pequenos fins de semana e isso permite ter experiências turísticas muito diferentes.

Também é possível ver alguns dos nossos territórios a desenvolverem iniciativas com uma raiz tradicional muito forte, mas com uma camada de inovação e de contemporaneidade que os portugueses gostam de assistir.

Por isso, esta campanha, em primeiro lugar, é para os portugueses serem, eles próprios, o primeiro agente de divulgação, mas também de proteção do seu destino.

Relativamente aos mercados externos, a campanha tem como alvos principais os Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha. Portanto, os mercados tradicionais.
Como vê, já se refere ao mercado dos EUA como tradicional.

É importante que as empresas equacionem um equilíbrio entre aquilo que temos para dar e o preço a praticar

Mas o que é que um norte-americano, um alemão, espanhol, francês vê de diferente em Portugal através desta campanha?
Olhando para os EUA, os norte-americanos são cada vez mais um turista muito preocupado e respeitador. É um turista que quer conhecer em profundidade os locais que visita, que fica realmente surpreendido e maravilhado quando visita um país como Portugal, que tem séculos de história e que nos dá um fator competitivo muito grande.

Os americanos, quando vêm à Europa e se deparam com pedras seculares, ficam muito impressionados com as camadas de contemporaneidade que colocamos na nossa oferta.

O enoturismo é um bom exemplo de um produto, que é um produto tradicional, algo que vem da nossa própria cultura, mas onde introduzimos uma oferta turística contemporânea, com uma expressão muito requintada.

Mas nos mercados externos, por exemplo, não há referência aos mercados asiáticos. Ainda são mercados muito fechados?
Nós temos uma aposta no Oriente. A forma de trabalhar os mercados é que é diferente. Uma coisa é trabalhar com mercados onde, de alguma forma, já temos penetração. Outra coisa é trabalhar mercados que estamos justamente a abrir.

Portanto, quando trabalhamos mercados, como é o caso do asiático, trabalhamos muito a operação turística, o trade, para podermos chegar ao consumidor. São mercados que ainda precisam do operador para viajar e, portanto, temos outras estratégias de promoção para chegar a esses mercados, sem prejuízo de termos ações seletivas e pontuais e fazemo-las junto do consumidor. Aliás, foi o mesmo modelo que adotámos para os EUA onde começámos a fazer um trabalho muito consistente junto da operação turística e, em simultâneo, ações seletivas para permitir chegar ao consumidor.

O mercado reagiu muito bem, começou a crescer, o consumidor começou a olhar para o destino e então aí foi o momento de as campanhas ao consumidor terem mais presença e serem mais alargadas.

São mercados que não têm resultados imediatos, é seguir a tal linha de continuidade?
Exato. Mas os mercados asiáticos estavam a ser trabalhados de forma muito consistente antes da pandemia. Contudo, com a pandemia, foram os mercados que mais fecharam e demoraram a abrir. Por isso, há que retomar o trabalho e é isso que estamos a fazer.

Temos, por exemplo, um mercado muito particular, que é o caso da Coreia do Sul, que já tem um crescimento orgânico para Portugal de assinalar. Mas não são mercados que estão esquecidos.

E da parte do Turismo de Portugal, não tendo, naturalmente, qualquer influência, existe algum receio pela subida de preços?
Como diz, e bem, o Turismo de Portugal não tem qualquer influência nessa matéria. Diria, contudo, que é importante que as empresas equacionem um equilíbrio entre aquilo que temos para dar e o preço a praticar.

Acredito que as nossas empresas o têm feito e continuarão a fazer em 2024. Tem de haver um equilíbrio para que a expectativa, a promessa não venha a ser defraudada.

Estamos no início do ano, com uma nova campanha do Turismo em Portugal. Que outras ações tem o Turismo de Portugal preparado para este ano?
Sabendo que esta campanha tem 12 resoluções, será desmultiplicada ao longo de todo o ano de 2024. É isso? Exatamente. Lançámos um conceito, 12 resoluções que vão ter de se transformar agora em concretizações. Portanto, não são apenas desejos, têm de concretizar-se e vão concretizar-se. Não temos ainda o plano fechado.

Todas as nossas campanhas têm uma componente de orientação estratégica e de prospeção de mercado. Temos, naturalmente, algumas coisas pensadas, mas que ainda não posso revelar. São ações que estão pensadas, que têm expressões ou ativações diferentes em diferentes timings, dependendo dos mercados. Mas também são ações que não dependem só dos mercados, mas das oportunidades que nos aparecem nos mercados. Sempre trabalhámos muito a pensar, até por uma questão de eficiência e eficácia, em aproveitar aquilo que os mercados nos têm para dar, para podermos alavancar em cima disso a comunicação do destino Portugal. Como se costuma dizer, quem tem pouco dinheiro tem de geri-lo da melhor maneira. Temos uma gestão muito criteriosa dos nossos recursos financeiros e uma das formas que temos, julgo inteligente, é, justamente, sempre que aparece uma oportunidade, olhar para a forma como trazer essa oportunidade para que Portugal possa ter mais impacto.

E o que preocupa mais o Turismo de Portugal?
Essa é uma pergunta forte. Em 2024 preocupa-nos a todos, do ponto de vista global, os conflitos que existem no mundo e no impacto negativo que possam ter no turismo. Acreditamos que, sempre que há um impacto negativo no turismo, há impacto negativo em todos os destinos turísticos e, portanto, isso é, sem dúvida, um aspeto que nos preocupa. E temos de estar atentos, tentar perceber, de alguma forma, como é que as nossas empresas e nós, enquanto destino, podemos ser menos afetados.

Além disso, as questões relacionadas com as alterações climáticas serão, sem dúvida, uma preocupação global e nas quais temos de ser atuantes positivos.

E que surpresa gostaria de ter para 2024, partindo, naturalmente, da premissa que o turismo em Portugal irá crescer?
Não sei responder a isso, mas eu gosto sempre de ser surpreendida.

Espero ser surpreendida pelos mercados internacionais e pelas pessoas e espero ser surpreendida por alguns projetos em Portugal.

Gostaria muito de ver uma maior ligação entre turismo e literatura. Penso que o turismo literário poderá bem ser uma boa surpresa para Portugal, tal como o enoturismo.

Gostaria de ser surpreendida com mais mulheres no turismo, já que é de turismo que estamos a falar, mas também noutros centros de decisão. Tenho a certeza que beneficiaríamos todos com essa realidade mais feminina.

 

As 12 resoluções para o turista do futuro:

**1. Não é não estar envolvido. É estar comprometido.
2. Não é virtual. É real.
3. Não é nosso. É seu.
4. Não é padronizado. É único.
5. Não é global. É local.
6. Não é uma onda. É um oceano.
7. Não é cinzento. É verde.
8. Não é impetuoso. É humilde.
9. Não é moda. É tendência.
10. Não é desatento. É consciente.
11. Não é apressado. É imersivo.
12. Não é artificial. É humano.**

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Estado de São Paulo vai ganhar novo aeroporto internacional

O novo aeroporto internacional vai custar 500 milhões de reais, será construído na cidade de Olímpia (estado de São Paulo – Brasil), e promete impulsionar o turismo e transformar a economia da região. A previsão é que as obras tenham início no primeiro semestre de 2025.

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O estado de São Paulo está prestes a ganhar um novo aeroporto internacional, que promete revolucionar o turismo e a economia do interior paulista.

Com um investimento inicial de 500 milhões de reais, o Aeroporto Internacional do Norte Paulista será construído em Olímpia (SP), um dos principais destinos turísticos do estado, localizado a cerca de 450 km de São Paulo, uma viagem de pouco mais de 5 horas de carro.

A nova infraestrutura será instalada numa de 200 hectares, a aproximadamente 20 km do centro de Olímpia, garantindo fácil acesso através de rodovias estratégicas.

A localização foi escolhida para otimizar a conectividade aérea da região, facilitando a chegada de turistas e impulsionando o desenvolvimento económico.

A expectativa é que o aeroporto, que será gerido pela Infraero, eleve Olímpia a um novo patamar como destino turístico, facilitando a chegada de voos comerciais e possivelmente de companhias internacionais. Atualmente, recebe cerca de 4 milhões de turistas por ano, número que deve aumentar para 5 milhões até o final de 2025.

O município já se destaca no setor de turismo, contando com 54 operadoras de turismo e mais de 80 unidades de alojamento, totalizando 34 mil camas disponíveis.

A construção do Aeroporto Internacional do Norte Paulista será financiada através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), garantindo os recursos necessários para a implantação da infraestrutura. O investimento inicial é de 500 milhões reais, valor que pode ser ampliado conforme o andamento das obras e a necessidade de melhorias estruturais.

Segundo a autarquia de Olímpia, a expectativa é iniciar as obras do Aeroporto Internacional de Olímpia ainda no primeiro semestre de 2025. Se tudo der certo e não houver nenhum atraso, a inauguração será no ano seguinte, no primeiro semestre de 2026.

O terminal terá uma área de 2 milhões de metros quadrados. Com uma pista de 2.100 metros de extensão por 45 metros de largura, o aeroporto deve atender cerca de 1 milhão de passageiros por ano, podendo receber aviões de grande porte, com um pátio de aeronaves de 200 metros para estacionar, simultaneamente, até seis aviões tipo Boeing ou Airbus.

 

 

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Páscoa deverá acelerar recrutamento na hotelaria de acordo com a Eurofirms

O recrutamento no setor registou um aumento superior a 10% entre janeiro e fevereiro de 2025, de acordo com a Eurofirms, uma tendência ascendente “em linha com os dados do ano passado”. Por essa altura, cidades como Porto, Braga e Lisboa lideraram o crescimento na procura por mão-de-obra entre fevereiro e março, coincidindo com a época pascal.

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De acordo com uma análise da Eurofirms – People First aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o recrutamento para o turismo e a hotelaria já entrou em linha ascendente, num ano em que se prevê um crescimento de 4% das pernoitas turísticas em Portugal, face às 80 milhões registadas em 2024.

Entre 14 e 20 de abril, a taxa de ocupação hoteleira poderá atingir os 82% em alguns municípios, como é o caso da região Norte, no Porto e em Braga; na Grande Lisboa, nomeadamente em Lisboa e Setúbal; no Algarve, em Faro; e na Madeira, no Funchal e em Santa Cruz.

“Procurando responder ao fluxo de 32 milhões de turistas – mais dois milhões do que em 2024 – que deverão passar por Portugal este ano, os setores da hotelaria e turismo lideram o aumento do número de contratações durante este período”, refere a Eurofirms em nota de imprensa.

A publicação de vagas para os serviços de limpeza e restauração, as funções de camareiro, cozinheiro e ajudante de cozinha ocupam o pódio. Destaque ainda para os perfis de atendimento ao público, nomeadamente rececionistas.

O recrutamento no setor registou um aumento superior a 10% entre janeiro e fevereiro de 2025, de acordo com a Eurofirms, uma tendência ascendente “em linha com os dados do ano passado”. Por essa altura, cidades como o Porto (+43%), Braga (+42%) e Lisboa (+23%) lideraram o crescimento na procura por mão-de-obra entre fevereiro e março, coincidindo com a época pascal.

Aumento de contratações nos transportes e logística acompanha crescimento na hotelaria

O setor dos transportes e logística tem registado uma tendência de crescimento no período que antecede o arranque da época alta e durante a Páscoa. É esperado este ano, dependendo da região e do seu atrativo turístico, um crescimento entre 10% e 15% nas contratações durante a Páscoa, acompanhando a maior movimentação de passageiros e mercadorias.

Os perfis mais procurados incluem operadores de armazém, operadores logísticos e técnicos de compras, para garantir a eficiência dos processos e operações. Em 2024, o setor da Logística e Transportes registou um aumento expressivo de contratações nas mesmas regiões onde a hotelaria mais cresceu, com destaque para Porto (+29%), Lisboa (+23%) e Braga (+18%).

João Lourenço, Business Leader da Eurofirms em Portugal destaca “a importância da adaptação das empresas para garantir uma resposta ágil à elevada procura, assegurando a qualidade dos serviços prestados durante a época alta”. O responsável alerta, ainda, para a necessidade de valorizar os candidatos e as suas competências, “num contexto socioeconómico em que a contratação de mão de obra sazonal apresenta desafios significativos”.

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KLM celebra 85 anos em Portugal com oferta a crescer 23% este verão

A KLM acaba de assinalar os 85 anos de operação em Portugal, enquanto anuncia que a sua operação no nosso país vai crescer 23% este verão face ao período homólogo. Este incremento acontece tanto na ligação entre o Porto e Amesterdão-Schiphol, que vai passar a incluir até quatro voos diários (em ambos os sentidos), como entre Lisboa e o hub da companhia nos Países Baixos. Sublinha-se ainda a introdução do novo A321neo nas rotas portuguesas.

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“É com orgulho que celebramos os 85 anos de presença continuada em Portugal e que inclui, por exemplo, o nosso papel muito ativo na inauguração do aeroporto de Lisboa (Portela) em 1942, com a realização do voo inaugural de um dos primeiros DC-3 da KLM”, lembrou Laurent Perrier, diretor-geral da Air France-KLM para Portugal e Espanha.

O responsável destaca ainda a aproximação entre os mercados neerlandês e português que não tem parado de crescer desde então. Atualmente,disse, “a companhia propõe diversos voos diários de Lisboa e do Porto para Amesterdão e, juntamente com a sua parceira Air France, oferece uma rede de voos e conectividade para mais de 320 destinos em todo o mundo através dos respetivos hubs em Paris-CDG e Amesterdão-Schiphol”.

A oferta da KLM em Portugal vai crescer 23% este verão face a período homólogo. Este aumento acontece tanto na ligação entre o Porto e Amesterdão-Schiphol, que vai passar a incluir até 4 voos diários (em ambos os sentidos), como entre Lisboa e o hub da companhia nos Países Baixos. Sublinha-se ainda a introdução do novo A321neo nas rotas portuguesas da companhia neerlandesa, um avião de última geração que permite uma redução de 15% nas emissões de CO2 por passageiro-quilómetro e de 50% no ruído.

Esta oferta é complementada pela da sua parceira Air France, que mantém os serviços de Lisboa e do Porto para o hub em Paris-Charles de Gaulle (CDG) e, à semelhança do verão passado, retoma o serviço Faro – Paris-CDG a 7 de junho próximo.

O grupo continua também a oferecer voos diretos em codeshare com o seu parceiro da joint venture transatântica, a Delta Air Lines, a partir de Lisboa para Nova Iorque-JFK e Boston.

Tudo começou a 2 de abril de 1940

A KLM voa para Portugal desde 2 de Abril de 1940, quando foi inaugurada a rota Amesterdão–Porto–Lisboa–Amesterdão, um marco relevante nas relações comerciais e culturais entre os dois países num período particularmente difícil na Europa.

Este primeiro voo foi efetuado num DC-2, o percursor do célebre Dakota da Douglas, e durou 8 horas entre Amesterdão e Espinho, onde fez escala antes de aterrar na Granja do Marquês (Aeródromo de Sintra).

Foi igualmente um DC-3 da KLM o primeiro avião a abrir o tráfego no Aeroporto da Portela, em Lisboa, a 15 de Outubro de 1942 – quando a frota da KLM operava a rota Bristol-Lisboa-Bristol, a única ligação aérea com Inglaterra na época.

Ao longo da sua história de mais de 105 anos, a KLM destaca o seu espírito empreendedor e a procura de inovação que desempenharam um papel pioneiro na indústria da aviação. Nomeadamente, a KLM selecionou o voo KL1713 entre o Porto e Amesterdão-Schiphol, operado a 7 de maio de 2022, para representar a companhia na edição inaugural do ‘Aviation Challenge’. Este desafio foi iniciado pela SkyTeam e desafia as companhias aéreas a conduzirem as suas operações da forma mais eficiente e com o menor impacto ambiental possível.

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CEAV Protour 2025 no Porto acentua relacionamento com a APAVT

Cerca de 100 agências de viagens no norte de Portugal reuniram com 35 expositores, desde seguradoras e redes hoteleiras até companhias aéreas e empresas de cruzeiros, além de destinos espanhóis e internacionais, no âmbito do CEAV Protour 2025, que acaba de fazer a sua estreia no Porto. Esta oportunidade permitiu-lhes criar contactos e promover novas oportunidades de negócio entre os dois países.

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A Confederação Espanhola de Agências de Viagens (CEAV), com a colaboração da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, reuniu cerca de 140 profissionais do turismo num workshop realizado esta quinta-feira no Porto.

Este evento, que visita Portugal pela terceira vez, mas pela primeira vez a cidade do Porto, é a sexta etapa do CEAV Profesional Tour 2025, uma iniciativa de workshops presenciais em Espanha e Portugal com agências de viagens, destinos e empresas do setor. O CEAV Protour percorreu já Valência e Múrcia e Vigo, devendo passar ainda, este ano, por Valladolid, Gran Canaria, Tenerife, Sevilha e Málaga.

Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, que participou do evento, realçou que ambas as entidades trabalham “como irmãs” com o objetivo comum de “fortalecer o setor do turismo na Península Ibérica”.

Já Carlos Garrido, presidente do CEAV, destacou que este é o único workshop do tour que se realiza fora de Espanha, para realçar a ajuda prestada pela APAVT. “Trabalhando em conjunto, as associações podem trocar boas práticas, promover o turismo nos dois países e enfrentar desafios comuns, como a digitalização, a sustentabilidade e a conectividade”, realçou.

No workshop do Porto, foi destacado Marrocos, que continua a ser o destino do ano com o CEAV, e a incorporação da Alemanha e da Andaluzia como destinos Premium europeu e nacional. Da mesma forma, a Air Canada anunciou o lançamento, a partir de 5 de junho, de uma nova rota entre o Porto e Montreal. Os voos desta nova rota sazonal de verão funcionarão três vezes por semana, com partida do Porto todas as terças, quintas e domingos à tarde, e chegada ao Quebec em pouco mais de sete horas.  No regresso, os voos partirão de Montreal todas as segundas, quartas e sábados à noite, chegando ao Porto na manhã seguinte.

A Rota dos Vinhos das Rías Baixas também viajou até ao Porto, onde as adegas Mar de Frades, Gil Armada, Martín Códax, Pazo de Rubianes e Vionta puderam conhecer fornecedores turísticos e agências de viagens portuguesas a quem apresentaram os seus produtos e serviços de enoturismo como parceiros da rota dos vinhos.

Outra novidade do roadshow deste ano é a incorporação de inteligência artificial através de vídeos imersivos inovadores. Esta experiência permite que os participantes se sintam como se estivessem num aeroporto, preparando-se para embarcar num voo. Com esta tecnologia de ponta, o objetivo é oferecer uma simulação realista que conecte os participantes ao mundo do turismo de uma forma completamente nova.

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Aviação

Euroairlines assina acordo de interline com Azores Airlines

Para a distribuição global das suas rotas, a companhia aérea espanhola Euroairlines acaba de celebrar um acordo de emissão de bilhetes interline com a Azores Airlines.

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Ao abrigo deste acordo, a Azores Airlines, que voa para 25 destinos nacionais e internacionais, terá acesso ao ecossistema de agências de viagens, OTA, agregadores e consolidadores em mais de 60 países onde a Euroairlines está presente, através da placa IATA Q4-291 da Euroairlines.

Refira-se que, atualmente, a Azores Airlines conecta o arquipélago dos Açores a oito países da África, Europa e América do Norte. Especificamente, a companhia aérea voa para cidades como Milão, Paris, Nova Iorque, Boston e Toronto, entre outras, com uma frota que inclui aviões Airbus A320ceo, A320neo, Airbus A321neo e Airbus A321LR, equipados com assentos de classe executiva e económica.

“A Azores Airlines consolidou-se como uma companhia aérea de referência na região do Atlântico Norte, e a Euroairlines fornecerá canais adicionais de distribuição para reforçar ainda mais esse posicionamento”, afirma Antonio López-Lázaro, CEO do Grupo Euroairlines.

Já Sandro Raposo, Chief Commercial Officer do Grupo SATA, sublinha que esta aliança reforçada com a Euroairlines ampliará as capacidades de distribuição da Azores Airlines, “permitindo-nos aceder a mercados e clientes que antes eram inalcançáveis”, para avançar que “prevemos que essa maior visibilidade da oferta da nossa companhia aérea, que inclui voos diretos das principais cidades europeias para os Açores e conexões convenientes para a América do Norte, impulsionará um crescimento maior no número de passageiros”.

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Meeting Industry

28ª edição da Intur de 13 a 16 de novembro em Valladolid

A Feira Internacional de Turismo de Interior (Intur) regressa a Valladolid na sua 28ª edição, de 13 a 16 de novembro, e terá Leiria como destino convidado.

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A 28ª edição da Intur abrirá as portas no dia 13 de novembro de 2025, com a celebração de Intur Negócios, uma jornada de trabalho dirigida aos profissionais dos diferentes segmentos de atividade que compõem o turismo de interior.

Agências de viagens, alojamento, empresas de transporte, destinos, locais de eventos e serviços para a indústria turística são alguns dos perfis que participam na Intur Negócios.

O núcleo em torno do qual se estruturam os conteúdos desta primeira jornada é o mercado contratante, onde no ano passado se realizaram 12.600 encontros entre a oferta e a procura, representados por profissionais de países como a Alemanha, Bélgica, China, Canadá, Itália, Estados Unidos, Polónia, Portugal e a cidade de Hong Kong.

A Intur Negócios oferece ainda uma área de exposição comercial e um programa de palestras formativas que abordam temas relacionados com o desenvolvimento e os desafios do turismo de interior.

De sexta-feira, 14, a domingo, 16 de novembro, a Intur Viajeros reunirá centenas de destinos com propostas de natureza, cultura e gastronomia e vinhos, três referências que dão uma ideia geral do turismo de interior, para além de áreas como o turismo religioso, industrial, de aventura, musical, literário ou desportivo.

A importante participação portuguesa na Intur será reforçada este ano com a escolha de Leiria como destino convidado, onde o viajante encontrará propostas culturais, arquitetónicas, gastronómicas, desportivas, académicas e musicais, não sendo em vão que é reconhecida pela Unesco como Cidade Criativa da Música.

 

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Transportes

Majestic Princess apresenta-se com novos e renovados espaços

Após duas semanas em doca seca em Palermo, Itália, o Majestic Princess apresenta-se com novos espaços, áreas renovadas e elegantes melhorias, pronto para a sua temporada de 2025 no Mediterrâneo.

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O renovado Majestic Princess oferece aos passageiros uma experiência gastronómica excecional. Entre as novidades destacadas encontram-se o popular O’Malley’s Irish Pub, Sabatini’s Italian Trattoria, Alfredo’s Slice, Salty Dog Café, Ocean Terrace Sushi Bar, Bellini’s, novas lojas e mais entretenimento.

Com capacidade para 3.560 passageiros e um peso de 143.700 toneladas, o Majestic Princess oferece férias premium com a premiada experiência Princess MedallionClass, que garante um serviço e uma personalização excecionais. Além disso, as reservas podem usufruir de pacotes exclusivos como o Princess Plus e o Princess Premier, que incluem Wi-Fi, bebidas, gelados premium, aulas de fitness, gratificações para a tripulação e muito mais, com uma poupança de até 65% em comparação com a compra desses serviços separadamente.

Refira-se que, após a temporada de cruzeiros pelo Mediterrâneo de abril a julho, o Majestic Princess rumará para o Canadá e Nova Inglaterra em agosto e setembro, antes de viajar para as Caraíbas de outubro a dezembro para encerrar o ano.

 

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Enoturismo

Wine Workshop Experience tem 1ª edição dia 16 de abril no Palácio Chiado

O Palácio Chiado, em Lisbia, acrescenta um novo capítulo à sua longa história: no dia 16 de abril, lança a primeira edição do Wine Workshop Experience, um ciclo exclusivo de workshops temáticos sobre enologia, com sessões previstas para abril, junho e outubro, que têm como objetivo proporcionar uma experiência imersiva no universo dos vinhos portugueses.

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Com o tema “Vinhos de Influência Atlântica”, este workshop será realizado em parceria com os Vinhos Infinitude da Quinta da Azenha (Sintra) e a cooperativa Ilha do Pico Coop, a maior e mais antiga produtora de vinhos nos Açores. O objetivo é oferecer aos participantes uma viagem sensorial pelas melhores castas de vinhos e evidenciar a influência do oceano Atlântico nos seus aromas e sabores.

Os especialistas convidados para esta sessão serão Paulo Antunes, Brand Manager dos Vinhos Infinitude (Sintra), e Luis Mota Veiga, Brand Manager dos Vinhos da Pico Wines (Açores), que irão guiar os participantes na descoberta das especificidades destas duas regiões vinícolas de forte influência atlântica, ao mesmo tempo que partilham histórias e curiosidades sobre o perfil de cada um dos vinhos presentes.

Durante a sessão, a decorrer no bar Sabinas (1º piso), serão apresentados e degustados seis vinhos (três de cada região), acompanhados de uma surpresa especial para todos os participantes.

Num tom informal e com início pelas 17h00, o workshop terá a duração de cerca de duas horas e está limitado a um máximo de 20 participantes, com um mínimo obrigatório de 10 inscritos.

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Destinos

Governo de Cabo Verde de olhos postos no desenvolvimento turístico de Santo Antão

Em declarações à Inforpress, após a sua primeira visita a Santo Antão desde que assumiu o cargo, o ministro realçou o “grande potencial” da ilha como destino turístico, reforçando que […]

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Em declarações à Inforpress, após a sua primeira visita a Santo Antão desde que assumiu o cargo, o ministro realçou o “grande potencial” da ilha como destino turístico, reforçando que “estamos a criar um ambiente propício para que o turismo contribua para o desenvolvimento económico, social e ambiental de Santo Antão. O objetivo é garantir um turismo sustentável, que beneficie tanto os empresários locais quanto os habitantes da ilha”, afirmou.

O ministro observou que Santo Antão é o destino “mais atrativo e impressionante” para o turismo de caminhadas em Cabo Verde, com potencial para impulsionar a economia local e aumentar os gastos dos turistas, tendo anunciado que, “o Governo, com o apoio financeiro do Banco Mundial, através do projeto Turismo Resiliente e Economia Azul, mas também do Fundo do Turismo, já começou a tomar medidas concretas que têm vindo a resultar na estruturação e em investimentos no segmento de mercado de caminhadas”.

O titular da área do turismo avançou que têm vindo a ser realizadas intervenções concretas em termos de turismo de caminhada e de requalificação das vilas rurais, sendo um exemplo a ser explorado a nível das outras vilas do país.

Para impulsionar ainda mais este segmento do turismo, José Luís Sá Nogueira revelou que uma equipa técnica especializada está, neste momento, a trabalhar no sentido de propor regulamentos, normas, planos de capacitação, modelos de governança das trilhas turísticas, plano de marketing e, sobretudo, identificar oportunidades de negócios com impacto positivo na geração de rendimentos para as comunidades locais, com vista a assegurar que o turismo de caminhada seja sustentável, tanto ambiental como economicamente e socialmente, válidos também para o turismo de montanha e de natureza.

Refira-se que, recentemente, a Câmara Municipal do Porto Novo anunciou a implementação de um projeto de reabilitação das trilhas turísticas e de construção de novos miradouros com o financiamento do Fundo do Turismo.

“Santo Antão tem uma característica extremamente importante, que é o facto de ter ao lado São Vicente, e as duas ilhas podem constituir um produto turístico por excelência. Portanto, vamos tirar vantagem disso e impulsionar o desenvolvimento de Santo Antão enquanto um destino turístico que queremos colocar no mapa da promoção turística”, exortou o ministro.

Mais de 300km de trilhas

Entretanto, o vice-presidente da Adventry Travel Trade Association (ATTA), Gustavo Timo, afirmou que Santo Antão tem potencial para alcançar novos patamares no turismo mundial, com a implementação do projeto de governança dos caminhos pedestres.

“Santo Antão já se destaca em Cabo Verde pelo conjunto de mais de 300 quilómetros de trilhas que já foram reconhecidas. O visual, a beleza cênica, o povo, a gastronomia, todo o conjunto que Santo Antão oferece é muito único, é muito autêntico e tem capacidade para atrair turistas de todo o mundo”, realçou o consultor internacional em declarações aos jornalistas locais.

“Vamos trabalhar na promoção da regulamentação e da portaria, na implementação de normas técnicas e no desenvolvimento de um modelo de governança, gestão e arrecadação para as trilhas e os caminhos vicinais”, destacou, para apontar que a ideia é que o sistema de trilhas, todo este património, que é um ativo de Santo Antão, se transforme num produto turístico que atraia mais turistas estrangeiros, trazendo recursos, gerando emprego e ativando negócios em torno deste segmento.

 

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Agenda

Algarve dá a conhecer as linhas de financiamento e Programa Empresas Turismo 360º

O Turismo do Algarve vai levar a cabo duas sessões de esclarecimento sobre “Impulsionar o Turismo: Linhas de Financiamento e Programa Empresas Turismo 360º”, no próximo dia 9 de abril, às 10h30, no Museu de Portimão, e às 15h30, na Biblioteca Municipal de Tavira.

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Durante estas sessões serão apresentadas as principais linhas de financiamento atualmente disponíveis para o setor do turismo, bem como o Programa Empresas Turismo 360º, que visa promover a integração de boas práticas de sustentabilidade e inovação na gestão empresarial.

Estas sessões visam aproximar empresários e entidades responsáveis, promovendo um espaço de diálogo aberto para o esclarecimento de dúvidas, partilha de desafios e debate de oportunidades. Serão momentos-chave para quem pretende maximizar apoios disponíveis e reforçar a competitividade com base na sustentabilidade, refere a nota de imprensa.

Sessão em Portimão – inscreva-se AQUI

Sessão em Tavira – inscreva-se AQUI

 

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