Foto: Frame It
“A presença de Portugal vai ser mais sentida [na FITUR], não vai estar pulverizada”
Durante cinco dias, Portugal terá a maior presença de sempre na FITUR, em Madrid. Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, explica a “nova” presença do nosso país na feira dividida nos três dias B2B e nos restantes dois B2C.
Victor Jorge
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De 24 a 28 de janeiro, Portugal marca presença na 44.ª edição da FITUR, em Madrid, com a maior participação de sempre. A participação nacional ocupa uma área de 880 m2 e inclui as sete Agências Regionais de Promoção Turística (ARPTS) e 116 empresas. Adjacente ao espaço ocupado pelo stand do Turismo de Portugal, existe pela primeira vez uma área de 400 m2 onde diversas entidades nacionais, que não tendo como objetivo a venda direta, beneficiam da exposição agregadora gerada pela marca “Destino Portugal”.
Apresentações, workshops, provas gastronómicas e de vinhos, bem como demonstrações de tradições portuguesas são algumas das atividades programadas para este certame, com o intuito de reforçar a componente empresarial e dinamizar a participação nacional, sobretudo durante o fim de semana.
A nova campanha do Turismo de Portugal “Visit Portugal. It’s not tourism. It’s futourism” vai ser um dos destaques da presença nacional e vai ser apresentada juntamente com os 12 compromissos para o turista do futuro. Mais do que uma campanha é uma iniciativa que ambiciona mobilizar as pessoas e transformar as suas viagens em experiências autênticas e sustentáveis, por isso, capazes de gerar um impacte positivo nos territórios, no ambiente e nas comunidades.
Encontrámo-nos no WTM London 2023 e referiu, na altura, que o stand do Turismo de Portugal teve a maior participação de sempre. Vamos ter agora a FITUR, em Madrid. Que perspectivas tem o Turismo de Portugal para esta feira?
As melhores. Como disse o nosso secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, de facto, em 2023, a nossa presença nas feiras foi reforçada em número de empresas, mas também em espaço. A FITUR vai ser um exemplo onde vamos estar com o maior stand de sempre do Turismo de Portugal.
Vamos ter um espaço totalmente distinto do que tínhamos tradicionalmente e vai ser impactante. Vamos ter uma presença muito forte logo à entrada do espaço europeu.
O pavilhão de Portugal vai ter a sua área habitual, mas vai ter outro espaço contíguo, sob o chapéu “Visit Portugal”, onde todas aquelas instituições que estavam dispersas na feira – câmaras municipais, Comunidades Intermunicipais, associações – terão espaço. Trabalhámos em conjunto com a IFEMA e agregámos toda essa área.
A presença de Portugal vai ser mais sentida, não vai estar pulverizada. Isto acontece, justamente, porque o nosso secretário de Estado nos estimulou a fazê-lo, tendo lançado o desafio ao Turismo de Portugal, mas também às entidades que estavam presentes na feira de uma forma pulverizada, para que, em 2024, estivéssemos todos juntos. E todos respondemos positivamente e tentamos, de facto, ter uma mancha maior de Portugal.
Essa maior mancha é para mostrar Portugal ao mercado espanhol ou aos mercados globais?
A FITUR não é uma feira meramente espanhola. É, como sabemos, uma das três feiras internacionais mais importantes para além da WTM e da ITB. Portanto, é uma feira mundial, em espaço espanhol. Por isso, o espaço é para mostrar Portugal ao mercado espanhol, mas também ao mercado latino-americano e outros mercados, porque é, de facto, uma feira internacional.
Continua a existir a individualidade dos stands, das entidades que querem estar institucionalmente presentes, porém, sob o chapéu “Visit Portugal”.
Além disso, acrescentámos uma coisa que já foi ensaiada no ano passado e este ano vai ter também presença na FITUR. Durante o fim de semana, aberto ao público, onde tínhamos pouca presença, este ano vai ser totalmente diferente e vamos ter uma programação própria para esses dois dias.
Vamos aproveitar os cinco dias da feira, com uma programação própria, dirigida ao consumidor e com iniciativas com outros expositores. O stand vai ser transformado de sexta para sábado, retirando os módulos de negócio.
[Na FITUR] Durante o fim de semana, aberto ao público, onde tínhamos pouca presença, este ano vai ser totalmente diferente e vamos ter uma programação própria para esses dois dias
Isto é um modelo que pode ser transposto para outras feiras, sabendo-se que a ITB e WTM se mantém B2B e com três dias?
A FITUR é um caso muito especial pela proximidade com Espanha. Naturalmente, as entidades portuguesas têm uma maior propensão a estar presentes e, portanto, temos de tratar a FITUR de uma forma diferente das outras feiras. Há adaptações que estamos a fazer do ponto de vista da presença de Portugal, alargando a outro tipo de associações para além das empresas.
Mas, como digo, a FITUR é muito particular e temos de tratar as coisas particulares de forma particular. Na componente negócio, vamos ter lá as nossas empresas. Quisemos que estivessem nas melhores condições para receber o trade espanhol e o trade internacional. Mas durante o fim-de-semana também queremos receber o público espanhol e mostrar a nossa oferta de uma forma diferente, envolvendo outros protagonistas no nosso stand.
Por falar em secretário de Estado, este referiu que, por exemplo, os sinais com que saiu do WTM foram extremamente encorajadores, quer por parte das empresas e entidades expositoras, com feedback muito positivo, como dos operadores que mostraram uma predisposição para o destino Portugal. Também tem essa esperança para a FITUR?
Na verdade, o secretário de Estado tem relatado muito bem o que se passou no WTM London. E essa é também a nossa expectativa para a FITUR. Todos os sinais vindos dos contactos que temos e mantemos quase diariamente com os operadores internacionais, são muito positivos.
As nossas equipas no estrangeiro relatam-nos, naturalmente, os contactos que têm de prospeção de mercado nas reuniões que fazem com os operadores e a expectativa é muito positiva. As próprias empresas fazem-nos chegar ecos de que 2024 será um bom ano.
Mercado espanhol regista crescimento em 2023
**De acordo com os principais indicadores de performance do mercado, entre janeiro e outubro de 2023, as dormidas dos turistas provenientes da Espanha em alojamentos turísticos em Portugal atingiram os 4,8 milhões de euros, tendo registado um crescimento de 7,9% face ao mesmo período de 2022, representando uma quota de mercado de 10%, sendo o 3.º mercado neste indicador, a seguir ao Reino Unido e Alemanha.
Por sua vez, os hóspedes superaram os 2 milhões, com um aumento de 9,8% e uma quota de mercado de 12,8%, sendo o 2.º mercado neste indicador, a seguir ao Reino Unido.
Em termos de receitas turísticas verificou-se um crescimento de 17%, com um total superior a 2,4 mil milhões de euros.
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