CLIA assinala “retorno triunfante” dos cruzeiros em 2023 mas alerta para desafios e excesso de oferta
Apesar de considerar que 2023 foi o ano do “retorno triunfante” dos cruzeiros depois da pandemia, Ben Bouldin alertou para os desafios que se esperam para 2024, a exemplo do aumento da oferta, que pode levar a uma guerra de preços.
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O presidente da CLIA – Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros, Ben Bouldin, considerou terça-feira, 19 de dezembro, que o setor dos cruzeiros registou, em 2023, um “retorno triunfante”, em que a pandemia da COVID-19 ficou para trás e as empresas cumpriram as suas “previsões ousadas”, alertando, contudo, para os desafios que vão chegar em 2024, a exemplo do excesso de oferta.
De acordo com Ben Bouldin, que interveio no Fórum de inverno da CLIA, 2023 vai ser lembrado pelo “retorno triunfante” da indústria após a pandemia, para a qual as companhias de cruzeiros olham agora pelo “espelho retrovisor”.
“A confiança na indústria de viagens está cada vez melhor e a perspectiva da nossa indústria é excepcionalmente positiva e incrivelmente forte para o próximo ano”, afirmou o presidente da CLIA, citado pela publicação britânica Travel Weekly.
No entanto, durante a sua intervenção, o responsável, que é também vice-presidente da Royal Caribbean para a Europa, Oriente Médio e África, alertou para alguns desafios com que os cruzeiros se vão ver confrontados, a exemplo do excesso de oferta, uma vez que também os operadores turísticos estão a aumentar a programação para destinos insulares e atóis, o que vai aumentar a concorrência aos cruzeiros.
“Vimos alguns grandes operadoras terrestres estenderem sua oferta para atóis para 2024, especialmente a Jet2, a TUI e a easyJet, o que significa que todos estão confiantes de que vão ganhar em 2024. Haverá mais capacidade de férias em terra do que em qualquer ano anterior e, juntamente com o aumento da capacidade de cruzeiros, há uma enorme quantidade de férias para vender numa escala macro”, alertou o responsável, pedindo à indústria que se una para transformar a percepção que os clientes têm dos cruzeiros.
De acordo com Ben Bouldin, a indústria dos cruzeiros deve “começar em janeiro a falar sobre o valor que um cruzeiro oferece aos hóspedes”, de forma a evitar um “banho de sangue nos preços”, à medida que se aproxima a época alta do próximo ano.
O presidente da CLIA falou ainda do momento alto que os cruzeiros vivem nos EUA, considerando que esta atividade registou, neste último ano, um desempenho “extraordinariamente bom” naquele mercado, o que pressionou também o mercado do Reino Unido.
“Há um número cada vez maior de passageiros nos EUA que procuram navegar e a propensão para fazer cruzeiros nos EUA nunca foi tão alta, o que nos pressiona para garantir que mantemos o ritmo, embora tenhamos um cenário económico diferente”, afirmou.
Apesar de considera que, em 2024, “haverá outros obstáculos a serem superados”, a indústria dos cruzeiros deverá alcançar todos os seus “objetivos”.