“É urgente que o Brasil faça um esforço muito grande de promoção turística internacional”
Segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, a grande maioria das vendas para as rotas da companhia aérea entre o Brasil e a Europa são realizadas no Brasil, motivo pelo qual defende uma maior promoção turística internacional do país para equilibrar esse rácio.

Inês de Matos
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O diretor da TAP para as Américas, Carlos Antunes, revelou na semana passada que a grande maioria das vendas para as rotas da companhia aérea entre o Brasil e a Europa são realizadas no Brasil, defendendo, por isso, que é necessária uma maior promoção turística internacional do país para equilibrar o rácio de vendas.
“No total, hoje, temos 60% a 65% produzido aqui no Brasil, precisávamos de 50/50”, admitiu o responsável em declarações aos jornalistas à margem da 35.ª edição do Festuris, a feira de turismo de Gramado, que decorreu entre 9 e 12 de novembro.
De acordo com Carlos Antunes, as vendas de bilhetes para as rotas entre o Brasil e a Europa só poderão ser equilibradas com o aumento da promoção turística internacional por parte do Brasil, o que não tem acontecido de forma consistente ao longo dos últimos anos.
“A Embratur tem de fazer investimento, não se falou do Brasil lá fora nos últimos quatro a cinco anos, e quando não falamos sobre as coisas, sobrepõem-se as notícias negativas e o Brasil não se tem promovido lá fora. O Brasil é muito carente, recebe menos turistas internacionais do que Cuba, por exemplo, recebe cerca de cinco milhões, o que não é nada”, lamentou o responsável, explicando que foi justamente para aumentar essa promoção que a TAP estabeleceu um protocolo com a Embratur.
O diretor da TAP para as Américas considera que a companhia aérea de bandeira nacional pode ajudar o Brasil a promover-se a nível internacional, uma vez que sabe onde se deve o país promover, mas alerta que devem ser as autoridades brasileiras a tomar a iniciativa.
“Não é o nosso objetivo promover o Brasil, até porque vendemos o Brasil como um todo. Não vamos ao agente de viagens ou ao consumidor dizer quais são as características de Salvador ou Maceió, para nós é tudo Brasil, mas podemos, com a ajuda das autoridades, que sabem exatamente quais são os pontos distintivos de cada um dos nossos 11 pontos de presença, chegar a quem são os formadores de opinião e aos decisores na Europa, naqueles que são os nossos principais mercados”, defendeu.
Carlos Antunes lamentou que a promoção turística internacional do Brasil não seja consistente e não decorra ao longo de todo o ano, limitando-se à participação na BTL e outros poucos eventos, o que, considerou, “não cria posicionamento de marca”.
“Tem de haver investimento, nós voamos mas quem ganha na promoção turística é o destino”, acrescentou, defendendo que o mercado doméstico brasileiro, com quase 200 milhões de consumidores, é o principal obstáculo à existência de uma maior promoção internacional.
*A jornalista viajou a convite da TAP Air Portugal.