Ministro da Economia anuncia novos apoios para o turismo e diz que não há “impossíveis” para o setor
António Costa e Silva, ministro da Economia e do Mar, aproveitou a conferência organizada pela CTP, no âmbito do Dia Mundial do Turismo, para anunciar novos pacotes de financiamento (num total de 100 milhões de euros) para o setor do turismo nacional. No seu discurso, o ministro frisou que “não há impossíveis e o setor do turismo provou-o com a performance que tem conseguido”.
Victor Jorge
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António Costa e Silva, ministro da Economia e do Mar, anunciou esta quarta-feira, dia 27 de setembro, durante a Conferência “Turismo – Fator de Coesão Nacional”, organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), no âmbito do Dia Mundial do Turismo, um novo pacote de financiamento ao setor do turismo.
São 100 milhões de euros que estarão disponíveis para o setor do turismo, divididos entre 50 milhões de euros na Linha “Turismo +Sustentável” para empresas que apostem em boas práticas ao nível da sustentabilidade e em políticas de poupança de água, financiamento que atinge um máximo de 750 mil euros e que poderá ser a 20% a fundo perdido; 30 milhões de euros para a “Linha +Algarve”, desenhada para empresas que pretendam requalificar os seus ativos turísticos; e mais 20 milhões para empresas que queiram desenvolver a sua atividade e que possuam dificuldades na capitalização.
De resto, na sua intervenção, o ministro da Economia e do Mar destacou o papel das empresas como “motor central da economia portuguesa e na diversificação da mesma”, destacando neste aspeto, o contributo do setor do turismo e das suas empresas e empresários, bem como a resiliência dos mesmos.
António Costa e Silva aproveitou a presença nesta conferência para salientar o que se dizia sobre a “impossibilidade” de voltar aos números conseguidos pelo setor do turismo nacional em 2019, concluindo que, “afinal, o impossível aconteceu”.
“O setor atingiu receitas superiores a 21 mil milhões de euros no ano 2022, um crescimento de mais de 15% face a 2019, o que prova que, de facto não há impossíveis”.
Relativamente ao aeroporto para a região de Lisboa, António Costa e Silva aproveitou o discurso inaugural do presidente da CTP, Francisco Calheiros, para frisar que “não podemos viver numa sociedade da indecisão”, reforçando que “as conexões aéreas são e serão fundamentais para o setor do turismo”.
Por isso, assinalou que “o pior de tudo é não decidir”, deixando a esperança de uma “decisão para breve”.
Descrevendo os números atingidos pelo setor do turismo ao longo de 2022 e nos primeiros sete meses de 2023, o ministro da Economia e do Mar fez referência ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com o Turismo de Portugal, no sentido de saber “o que iremos fazer com o turismo do futuro e como atrair novos e mais turistas e como reconfigurar a oferta”.
Para tal, António Costa e Silva referiu que os “desígnios são claros: 70% das pessoas querem viajar para destinos cada vez mais sustentáveis e 43% estão dispostas a pagar mais para ter essas experiências”.
O objetivo, por isso, é “afirmar Portugal e o seu turismo com um selo de sustentabilidade que terá de estar no topo das preocupações”, admitindo que “a coesão territorial é um fator essencial para atingir os objetivos”.
Referindo ainda que “80% da população vive no litoral” e que “mais de 70% do PIB é produzido no litoral”, o ministro, que esteve em representação do primeiro-ministro, António Costa, destacou que o turismo “pode ser a grande ferramenta de desenvolvimento nacional”, já que “multiplica a economia e é transversal à mesma”.
Além da questão da coesão territorial e das políticas para o Interior, António Costa e Silva destacou ainda o papel que a digitalização deverá e terá no futuro do turismo e nesse sentido, concluiu que “a digitalização promove o desenvolvimento e cria um melhor conhecimento sobre e para o setor do turismo”.