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Rent-a-car com expectativas em alta com regresso da procura

Depois da pandemia, a procura voltou em força, o que dá boas expectativas às empresas de rent-a-car que atuam em Portugal. As expetativas apontam para um ano melhor que 2022 e que pode até ultrapassar o período pré-pandemia.

Inês de Matos
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Rent-a-car com expectativas em alta com regresso da procura

Depois da pandemia, a procura voltou em força, o que dá boas expectativas às empresas de rent-a-car que atuam em Portugal. As expetativas apontam para um ano melhor que 2022 e que pode até ultrapassar o período pré-pandemia.

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Os números do turismo afirmaram o ano passado como o melhor de sempre a nível nacional. Em 2022, Portugal registou um recorde de mais de 21 mil milhões de euros em receitas turísticas e contabilizou 26,5 milhões de hóspedes e 69,5 milhões de dormidas.

O sucesso da atividade turística nacional teve reflexos também no rent-a-car que, segundo a ARAC – Associação Nacional dos Locadores de Veículos, que representa 96% das empresas de rent-a-car em Portugal, terá registado, em 2022, “valores recorde de rentabilidade” e uma faturação a rondar os 800 milhões de euros.

Os números de 2022 dão, por isso, confiança às empresas do setor que atuam em Portugal de que também este ano será positivo, uma vez que a procura turística continua a aumentar e com reflexos no rent-a-car.

“Verificamos que tanto a nível nacional como internacional, a retoma do turismo é uma realidade e com tendência de crescimento acentuado – refletindo-se na procura elevada por serviços de rent-a-car”, diz ao Publituris Paulo Pinto, Head of Portugal do Europcar Mobility Group (EMG) revelando que, nesse sentido, o grupo tem “expectativas elevadas para o sector das viagens neste verão” e está, por isso, confiante “que 2023 continuará a ser um bom ano”.

Semelhante feedback revela Duarte Guedes, CEO da Hertz Portugal, que indica que também nesta rent-a-car as “perspetivas são positivas, de um verão forte, alavancadas em estudos que estimam que Portugal é dos países que registará um crescimento do turismo face a 2019”. “Relativamente a 2022 aumentaremos significativamente a nossa capacidade, mas com um aumento de custos substancial”, acrescenta.

Esperamos crescimento dos alugueres para valores superiores a 2022 e provavelmente muito próximos dos valores que tivemos em 2019”, Carlos Caiado, SIXT Portugal

Já a Klass Wagen, que chegou a Portugal em 2020, espera “um forte crescimento no mercado de aluguer de carros neste verão”, com Alexandru Vatră, Group COO de Klass Wagen, a explicar que esse crescimento deverá levar “a um verão ainda melhor do que 2022”.

No Algarve, também Honório Teixeira, CEO da Visacar, está confiante e afirma que “a expectativa é semelhante a 2022”, uma vez que “estão reunidas condições para ser uma época muito positiva”.

Positivas são ainda as perspectivas da SIXT Portugal, cujo General Manager, Carlos Caiado, diz ao Publituris que, “tendo em conta a expectativa de que o verão venha a ter muito turismo, sobretudo via aeroportos, as expectativas são muito positivas”. “Esperamos crescimento dos alugueres para valores superiores a 2022 e provavelmente muito próximos dos valores que tivemos em 2019”, acrescenta, sublinhando que os “valores cobrados por dia de aluguer esperados serão mais baixos que 2022 pois existe disponibilidade de mais frota no mercado”.

Já na Guerin, as expectativas são “de alguma incerteza”, com Delfina Acácio, General Manager da rent-a-car, a mostrar-se mais reticente em relação à procura de 2023, uma vez que, “a nível económico, existem muitas questões sobre a evolução da inflação”. “Esta incerteza pode levar as famílias a terem alguma contenção no budget para férias. Prevemos, no entanto, que 2023 venha a ter a mesma performance de 2022, provavelmente com preços mais baixos, mas mais dias vendidos”, defende.

Posição idêntica manifesta Luís Rego, diretor do grupo de rent-a-car açoriano Ilha Verde, que refere que as “expectativas são animadoras, mas realistas”. “Espera-se um verão, idêntico a 2019 e 2022, atendendo a que não há muito mais oferta”, quer em camas, quer em voos para os Açores, apesar do “aumento significativo” registado no primeiro trimestre face a esses dois anos.

A Europa tem também assistido a um aumento significativo de turistas oriundos da China, que voltaram agora a viajar e Portugal faz parte dos destinos favoritos”, Paulo Pinto, Europcar Mobility Group

Europa e América do Norte em destaque
A ajudar às expectativas positivas das empresas de rent-a-car que atuam em Portugal está o regresso dos turistas internacionais ao país, uma vez que, como diz Paulo Pinto, Portugal deve continuar a “figurar entre os destinos favoritos de férias” para os estrangeiros, pelo que a Europcar espera “uma forte procura por parte dos turistas internacionais”.

Nesta rent-a-car, os turistas “europeus, que escolhem regularmente Portugal como destino de férias”, são os que mais se têm destacado na procura, ainda que o responsável se mostre confiante de que 2023 possa ainda marcar o regresso dos turistas chineses. “A Europa tem também assistido a um aumento significativo de turistas oriundos da China, que voltaram agora a viajar e Portugal faz parte dos destinos favoritos”, diz.

Nos Açores, o destaque também vai para os europeus, com Luís Rego a revelar que a Ilha Verde espera “um acréscimo do mercado americano, francês, alemão e espanhol devido à existência de voos diretos, provenientes destes destinos para os Açores”, sendo que, além destes, também os turistas nacionais são fundamentais para esta rent-a-car e para o arquipélago açoriano, representando 50% do negócio, pelo que Luís Rego espera que também este mercado “continue em crescendo”.

O crescimento do mercado nacional é ainda esperado pela Klass Wagen, com Alexandru Vatră a indicar que os “mercados com maior demanda turística, como Portugal, devem apresentar o maior crescimento, já que os turistas estão a tornar-se mais seletivos com os seus destinos, mas ainda consideram Portugal muito atraente”.

A procura por parte dos mercados europeus está também a aumentar na Visacar, com Honório Teixeira a explicar que a maioria das reservas diz respeito aos “principais mercados emissores, como o britânico, francês, alemão e neerlandeses”, ainda que também os mercados da América do Norte estejam em recuperação, com destaque para EUA e Canadá.

Os clientes querem poder optar por ter o serviço o menos intrusivo possível e que os colaboradores das nossas companhias sejam cada vez mais conselheiros/consultores do que executantes do processo”, Delfina Acácio, Guerin

Tal como a Visacar, também a Guerin tem sentido “um crescimento do mercado norte-americano e brasileiro”, que, segundo Delfina Acácio, se deve manter ao longo de 2023, numa opinião partilhada ainda pela Hertz Portugal. “Acreditamos que o mercado norte-americano continuará a afirmar-se como uma das principais ‘sources’ seguindo o crescimento já verificado em 2022, e esperamos que o Brasil possa recuperar o dinamismo de 2019”, explica Duarte Guedes, indicando que, a nível europeu, o destaque vai para o mercado britânico, que é “muito importante para Portugal e tem recuperado bem”.

A América do Norte está ainda em destaque na SIXT Portugal, sendo um dos mercados onde Carlos Caiado espera que venha a existir maior crescimento este ano, além do europeu. “Os mercados principais europeus deverão continuar a mostrar resiliência e crescimento, mas esperamos um forte crescimento sobretudo dos mercados da américa do Norte que tem estado nestes últimos anos bastante deprimidos”, indica o responsável.

Digital e clientes mais exigentes
Apesar das expectativas em alta, nem tudo é cor-de-rosa, até porque a pandemia trouxe mudanças a este setor, muitas das quais são para ficar.

“Sem dúvida que a pandemia trouxe várias mudanças para as nossas vidas e no rent-a-car não foi exceção”, admite o Head of Portugal do EMG, revelando que, no caso da Europcar e além das medidas sanitárias que a empresa ainda mantém, a COVID-19 veio acelerar a transição digital, devido ao “crescimento da procura por soluções de mobilidade mais flexíveis e personalizadas. Impulsionada pela tecnologia e pelas novas tendências de mobilidade, mais sustentáveis e práticas”. “A Europcar investiu então em novas tecnologias, como apps e serviços de autoatendimento, e trabalha diariamente para tornar a experiência dos clientes mais fácil e conveniente. Criámos o Europcar Premium Pick-up que é um serviço deskless, em que o cliente consegue concretizar o aluguer em menos de um minuto e que está a ser um verdadeiro sucesso”, indica.

Os clientes procuram maior flexibilidade no cancelamento ou alteração das reservas”, Duarte Guedes, Hertz Portugal

Na Guerin, Delfina Acácio concorda e diz que há agora maior “exigência por parte dos clientes em tecnologias contactless, e isso veio para ficar”. “Os clientes querem poder optar por ter o serviço o menos intrusivo possível e que os colaboradores das nossas companhias sejam cada vez mais conselheiros/consultores do que executantes do processo”, refere.

A maior exigência é também uma das mudanças a que a Klass Wagen tem assistido, com Alexandru Vatră a afirmar que a “duração do aluguer diminuiu, as passagens aéreas ficaram mais caras e os clientes estão mais seletivos”. “No entanto, o nosso foco num serviço de baixo custo e qualidade permitiu-nos adaptar e prosperar nessas condições”, refere.

Na Visacar, Honório Teixeira admite que “a principal mudança tem a ver com a forma de comunicar e a forma de comprar”, sendo que também nesta rent-a-car algarvia, “cada vez mais, os clientes recorrem ao digital para efetuar as suas reservas”. “Procuram empresas com boa reputação e com elevados níveis de confiança, de modo a concretizarem a compra direta e online”, acrescenta o CEO da Visacar.

A maior procura pelo digital é ainda uma das mudanças que a pandemia trouxe à SIXT Portugal, com Carlos Caiado a revelar que os “clientes estão mais exigentes e procuram soluções mais digitais no aluguer de viaturas”, notando-se ainda que a “antecedência com que efetuam as reservas ainda não recuperou para níveis de 2019”. “Os clientes continuam a decidir alugar muito em cima da data de pick-up. O que torna a gestão de preços e da logística dos veículos difícil”, acrescenta o responsável da SIXT Portugal.

As mudanças no comportamento dos clientes constituem também um dos aspetos enfatizados por Luís Rego, que refere que “a pandemia obrigou as empresas a reinventarem-se e muito rapidamente, mas também mudou a mentalidade dos clientes”. Na Ilha Verde, que também tem vindo a realizar um “investimento continuo no digital em resposta mais celebre às solicitações”, as mudanças dizem respeito ao facto das viagens serem agora realizadas em grupos mais pequenos e da procura acontecer com menor antecedência. “Dificulta a logística em termos de aquisição e preparação da frota e recursos humanos necessário”, explica.

Cada vez mais, os clientes recorrem ao digital para efetuar as suas reservas. Procuram empresas com boa reputação e com elevados níveis de confiança, de modo a concretizarem a compra direta e online”, Honório Teixeira, Visacar

Além destas mudanças, Duarte Guedes diz que os estudos mostram ainda que os “clientes procuram maior flexibilidade no cancelamento ou alteração das reservas”, notando-se também “mais movimento last minute do que previamente”. “Outras alterações podem não ser tão duradouras, como é a preocupação acima do normal com limpeza e higienização, ou ainda a diminuição do segmento de business”, acrescenta o CEO da Hertz Portugal.

Custos, inflação e recursos humanos são desafio
Às mudanças que a pandemia provocou é preciso juntam outros desafios que, segundo as empresas ouvidas pelo Publituris, podem comprometer o futuro deste setor, a exemplo da sustentabilidade, da inflação, do aumento dos custos e da falta de recursos humanos.

No caso da Europcar, que espera consolidar-se, em 2023, como “a rent-a-car com a maior frota ecológica do país”, Paulo Pinto aponta, desde logo, a sustentabilidade como um dos desafios que será preciso enfrentar, mas que, segundo o responsável, também representa uma oportunidade. “A preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade são temas cada vez mais importantes, tanto para nós, como para os consumidores”, aponta, garantindo que a rent-a-car vai ainda dar continuidade à “introdução de tecnologia de ponta, que beneficie a experiência do consumidor”.

Por outro lado, acrescenta o responsável, a inflação é vista como um “fator preocupante, pelo impacto direto nos orçamentos das empresas e das famílias”. “A incerteza do cenário macroeconómico e o consequente acesso a viaturas novas no mercado, de uma forma transversal, e considerando o volume que operamos, será outro dos principais desafios, embora não comprometa o nosso habitual nível de resposta”, refere ainda Paulo Pinto.

Pela mesma bitola alinha Delfina Acácio, que considera que o maior desafio de 2023 passa por “manter a rentabilidade de 2022, dado que 2023 vai ser um ano em que a frota disponível no mercado será maior” e ainda não existem dados que garantam que a empresa possa “atingir o número de reservas de 2019”. Como oportunidade, a responsável elege a aposta no serviço contactless, de forma a tornar o “processo 100% digital”.

Já a Ilha Verde defende que os maiores desafios, este ano, dizem respeito à “instabilidade devido à guerra, a inflação, a sazonalidade do setor, a carência de produto no mercado e o aumento do preço médio da frota”. “Ainda a falta de recursos humanos e técnicos, principalmente nas ilhas mais pequenas”, acrescenta Luís Rego, que espera, no entanto, que “a consolidação dos Açores como Destino Turístico Sustentável” e a segurança que o arquipélago oferece, representem oportunidades para a Ilha Verde.

A escassez de recursos humanos é ainda apontada por Carlos Caiado como um dos desafios que o rent-a-car deve enfrentar. “O crescimento do volume de turistas em Portugal esperado para os próximos anos coloca desafios de contratação de pessoal fortes. Atualmente já lutamos com grandes dificuldades para contratar pessoas para as mais variadas áreas da empresa”, indica o General Manager da SIXT Portugal, que também receia que a inflação traga “desafios de sustentabilidade nos custos de operação”. “O brutal aumento das rendas dos veículos, bem como todos os custos de gestão e operação dos mesmos, aumentou significativamente colocando pressão nas margens”, explica.

Mercados com maior demanda turística, como Portugal, devem apresentar o maior crescimento, já que os turistas estão a tornar-se mais seletivos com os seus destinos, mas ainda consideram Portugal muito atraente”, Alexandru Vatră, Group COO de Klass Wagen

Os custos e os recursos humanos preocupam ainda a Klass Wagen, que espera que, em 2023, “a inflação contínua e o aumento do custo dos veículos” se mantenham como desafios neste setor, apesar de não alterarem os planos da rent-a-car de expandir a sua operação para a Madeira e abrir uma nova filial em Madrid, no final do ano.

Também Duarte Guedes se mostra apreensivo com os custos e, apesar de esperar que “a continuação do crescimento do turismo, muito particularmente em Portugal”, traga novas oportunidades, não deixa de sublinhar “o aumento generalizado dos custos, o funcionamento ainda algo irregular das cadeias de distribuição e a dificuldade na contratação de recursos humanos” como desafio a enfrentar.

Já na Visacar, Honório Teixeira considera que o principal desafio deverá passar, à semelhança de 2022, pela “falta de viaturas novas no mercado”, algo que a empresa espera, no entanto, contornar. “Dado as boas e solidas parcerias que mantemos com os nossos fornecedores ao longo dos 32 anos de existência da Visacar, temos conseguido ultrapassar este desafio de uma forma francamente positiva”, refere.

2023 promete trazer várias novidades ao rent-a-car

Tal como em anos anteriores, também 2023 promete trazer novidades diversas ao setor do aluguer de automóveis. Na Europcar, Paulo Pinto revela que a rent-a-car vai continuar o “processo de renovação de estações que arrancou no ano passado e que vai acelerar este ano”, garantindo que empresa vai ainda continuar a aumentar o número de viaturas elétricas, assim como os “produtos de subscrição”, nomeadamente nas motas. “Neste momento temos uma oferta de serviços muito competitiva e que tem tido uma grande aceitação por parte do mercado”, refere Paulo Pinto.
Na Guerin, as novidades para 2023 prendem-se com o digital, com Delfina Acácio a afirmar que, em breve, as novidades vão estar disponíveis “no local digital mais próximo”.
Já na Ilha Verde, as novidades prendem-se com o “aumento da frota, comparativamente a 2022 e maior implementação no arquipélago”, com Luís Rego a indicar também a “criação de estruturas mais eficientes quer no apoio à preparação da frota quer no apoio ao cliente”, “maior implementação na digitalização” e “formação/sensibilização dos recursos humanos na vertente da sustentabilidade ambiental”.
A SIXT Portugal, por sua vez, adianta que vai “lançar campanhas de promoção e comunicação no verão” para reforçar a imagem da marca e que vão oferecer “propostas de valor interessantes, diferenciadoras e competitivas” aos clientes.
No Algarve, a Visacar tem agora uma frota renovada “quase na sua totalidade” e, segundo Honório Teixeira, o objetivo é continuar a apostar na diversificação “para que o cliente possa ter uma viatura à sua medida”.
Em crescimento está ainda a frota da Hertz Portugal, com Duarte Guedes a revelar que, além do aumento de veículos, a rent-a-car está focada “no desenvolvimento de novas ferramentas digitais”, mantendo a aposta “nos outros produtos de mobilidade como a Hertz Ride e a Campers”.
Já a Klass Wagen conta expandir a operação para a Madeira e abrir uma nova filial em Madrid no quarto trimestre do ano, com o COO do grupo a indicar vai manter-se focado na satisfação e experiência do cliente.

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Aeroporto de Beja ganha novo hangar de manutenção

A Mesa, empresa de engenharia e manutenção de aeronaves e parte do grupo Hi Fly, vai investir 60 milhões de euros num novo hangar de manutenção no Aeroporto de Beja, que vai ter capacidade para receber todas as aeronaves da família Airbus.

Publituris

O Aeroporto de Beja vai ganhar um novo hangar de manutenção da Mesa, empresa de engenharia e manutenção de aeronaves e parte do grupo Hi Fly, que vai realizar um investimento de 60 milhões de euros para “triplicar a capacidade de manutenção” da infraestrutura.

A informação foi avançada pela ANA Aeroportos de Portugal, que assinou recentemente com a Mesa a licença para construir um segundo hangar no Aeroporto de Beja, num investimento que vai reforçar “o papel do aeroporto como polo de desenvolvimento aeroespacial e industrial na Europa”.

O novo hangar vai contar com uma área de 11.000 metros quadrados e vai ser construído junto às atuais instalações, permitindo “a manutenção de todas as aeronaves da família Airbus”, prevendo-se que a Mesa venha também a reforçar a prestação de serviços com “manutenção pesada e em linha, modernização de interiores, substituição de motores e trens de aterragem, testes hidráulicos, correção de avarias e inspeções baroscópicas de motores”.

“Estamos muito satisfeitos por dar este passo, que marca uma nova fase para a MESA. Desde a abertura do primeiro hangar em 2021, temos registado um crescimento sólido. Com este segundo hangar, iremos triplicar a nossa capacidade e continuar a oferecer serviços de excelência aos nossos clientes. Agradecemos a colaboração da ANA e estamos empenhados no desenvolvimento do Aeroporto de Beja”, congratula-se Thierry Ligonnière, CEO da ANA- Aeroportos de Portugal.

A ANA Aeroportos de Portugal explica que, no caso do Aeroporto de Beja, a aposta tem passado pelo “desenvolvimento de atividades aeroindustriais, como a manutenção de aeronaves, reciclagem e operações de carga aérea especializada, beneficiando da ligação ao Porto de Sines e do reforço da infraestrutura logística e do terminal de carga”.

Segmentos estratégicos são ainda a aviação de negócios e privada e os voos turísticos charter, especialmente no que diz respeito ao “apoio a nichos de mercado, como os projetos turísticos e imobiliários na costa alentejana”.

 

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Azul retoma voos com aviões a jato para Fernando de Noronha a 7 de maio

A Azul revela que os voos para Fernando de Noronha vão ser realizados em aeronaves Embraer E2, totalizando 4.900 assentos semanais desde Recife, num regresso que se torna possível depois da pista da infraestrutura ter recebido obras de requalificação.

Publituris

A Azul – Linhas Aéreas Brasileiras vai retomar os voos entre Recife e Fernando de Noronha a 7 de maio, anunciou a companhia aérea, que vai disponibilizar 18 frequências por semana em cada sentido.

Num comunicado enviado à imprensa, a Azul revela que os voos para Fernando de Noronha vão ser realizados em aeronaves Embraer E2, totalizando 4.900 assentos semanais.

“Para a Azul, o retorno das operações com aeronaves a jato significa um avanço importante e contribuirá, sobretudo, com o desenvolvimento turístico e económico da ilha devido à maior capacidade de passageiros e carga”, afirma Vitor Silva, gerente geral de Planeamento Estratégico, Malha e Alianças da Azul.

Recorde-se que o aeródromo de Fernando de Noronha esteve encerrado para voos a jato nos últimos dois anos, desde outubro de 2022, uma vez que a pista apresentava problemas de segurança e existia o risco dos motores dos aviões a jato aspirarem os detritos soltos na pista.

A infraestrutura foi, desde então, sujeita a obras de requalificação, que já foram concluídas, pelo que o aeródromo de Fernando de Noronha voltou esta terça-feira, 18 de março, a receber voos com aparelhos a jato.

A Azul volta a operar em Fernando de Noronha com aviões a jato a 7 de maio, numa primeira fase com voos desde Recife, mas o objetivo da companhia aérea é voltar a ter “voos para outros destinos além de Recife”.

 

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Aeroportos nacionais voltaram a registar “máximo histórico” de passageiros em janeiro

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a maioria dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais em janeiro era de origem internacional, representando 1,6 milhões dos 4,2 milhões de passageiros movimentados.

Inês de Matos

Em janeiro, os aeroportos nacionais receberam um total de 4,2 milhões de passageiros, num aumento de 5,9% face ao primeiro mês do ano passado, que corresponde a um novo “máximo histórico no valor mensal de passageiros”, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados do INE mostram que, em janeiro, desembarcaram, em média, 65,6 mil passageiros por dia nos aeroportos nacionais, valor que foi “superior ao registado em janeiro de 2024” em cerca de 6,8%, quando tinha sido contabilizado o desembarque de 61,4 mil passageiros nos aeroportos nacionais.

Em janeiro, os aeroportos portugueses receberam ainda 16 mil aeronaves em voos comerciais, o que, segundo o INE, traduz um crescimento de 1,6% face a mês homólogo do ano passado.

81,1% dos passageiros desembarcados eram internacionais

Os dados do INE, divulgados na sexta-feira, 14 de março, mostram também que a maioria dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais em janeiro era de origem internacional, num total de 1,6 milhões de passageiros, o que corresponde a um aumento de 7,6% face a janeiro de 2024.

Entre os passageiros internacionais desembarcados nos aeroportos portugueses, 63,2% eram provenientes de aeroportos europeus, o que indica um aumento de 6,1% face a janeiro de 2024, enquanto o continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 11,1% do total de passageiros desembarcados, numa subida de 7,1% face a mês homólogo de 2024.

Já no que diz respeito aos passageiros embarcados, o INE apurou que 82,4% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 1,8 milhões de passageiros, num aumento de 5,3%, sendo que, destes, 66,4% tinham como principal destino aeroportos no continente europeu, registando um crescimento de 4,1% face a janeiro de 2024.  Já os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados, que representaram 10,3% do total, depois de um aumento de 4,8%.

Movimento de passageiros no Funchal supera Faro

Os dados do INE fazem ainda uma comparação entre os aeroportos nacionais que mais passageiros receberam em janeiro e permitem perceber que, no primeiro mês do ano, o aeroporto de Lisboa movimentou 56,9% do total de passageiros, num total de 2,4 milhões, o que totaliza um crescimento de 6,9%.

Já o aeroporto de Faro registou um crescimento de 6,1% no movimento de
passageiros, num total de 309,9 mil, e o aeroporto do Porto concentrou 22,4% do total de passageiros movimentados, totalizando 949,6 mil passageiros, num aumento 2,1%.

No entanto, o INE salienta “que o aeroporto do Funchal foi o 3º aeroporto com maior movimento de passageiros em janeiro de 2025 (330,0 mil; +9,3%), superando o aeroporto de Faro”.

Quanto a mercados, os dados do INE mostram também que França foi, no primeiro mês do ano, “o principal país de origem e de destino dos voos”, registando crescimentos no número de passageiros desembarcados e embarcados face a janeiro de 2024 de 6,5% e 1,9%, respetivamente.

Já Espanha e o Reino Unido ocuparam a segunda e terceira posições, como principais países de origem, e posições inversas como principais países de destino, enquanto o Brasil e a Alemanha alternaram na quarta e quinta posição, “consoante país de origem ou de destino dos voos”.

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IATA atualiza calculadora CO2 Connect e inclui reduções de emissões com uso de SAF

A IATA indica que a calculadora CO2 Connect “usa dados operacionais reais, como consumo de combustível específico do tipo de aeronave, fornecidos diretamente pelas companhias aéreas”, contando já com a participação de cerca de 60 companhias aéreas.

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A IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo atualizou a calculadora de emissões IATA CO2 Connect, que passa a contabilizar as reduções de emissões de carbono relacionadas ao uso de Combustível de Aviação Sustentável (SAF).

De acordo com um comunicado da associação, esta atualização tem em conta a Metodologia de Contabilidade e Relatórios SAF da IATA, que inclui regras e práticas específicas para a inclusão do SAF nos dados de CO2 por passageiro.

“Inicialmente, o CO2 Connect aplicará reduções iguais de emissões por passageiro em toda a rede de uma companhia aérea, o que significa que todos os voos vão beneficiar de uma redução igual (percentagem) com base nas compras totais de SAF. Em melhorias futuras, será adicionada a capacidade de alocar reduções de emissões de SAF por passageiro para rotas específicas”, explica a informação divulgada pela IATA.

Segundo Frederic Leger, vice-presidente Sénior de Produtos e Serviços Comerciais da IATA, com esta atualização, passa a existir maior “transparência”, algo que é fundamental para as “corporações e viajantes individuais que querem entender claramente o quão sustentáveis ​​são seus voos”.

A IATA indica que a calculadora CO2 Connect “usa dados operacionais reais, como consumo de combustível específico do tipo de aeronave, fornecidos diretamente pelas companhias aéreas”, contando já com a participação de cerca de 60 companhias aéreas.

Air India, Air Astana, Air Europa, Amelia, Clic Air, Corsair, Hi Fly, Oman Air, Plus Ultra Líneas Aéreas e Royal Air Maroc são as companhias aéreas que se juntaram recentemente a esta ferramenta da IATA.

“Com o forte apoio de todas as nossas companhias aéreas participantes e a nova capacidade de contabilizar com precisão o SAF no cálculo, o IATA CO2 Connect está a fortalecer-se cada vez mais. É uma ferramenta poderosa para dar suporte à descarbonização da aviação, alimentada por metodologias de padrões globais e dados de alta qualidade”, acrescenta Frederic Leger.

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Azores Airlines reforça operação para a Páscoa e feriado do 25 de abril

Entre 11 e 27 de abril, a Azores Airlines vai reforçar a operação para os Açores em várias rotas para “corresponder ao previsto aumento da procura” para a Páscoa e para o feriado do 25 de abril.

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A Azores Airlines vai reforçar a sua operação para os Açores para “corresponder ao previsto aumento da procura” para a Páscoa e para o feriado do 25 de abril, programando vários voos adicionais entre 11 e 27 de abril, informou o Grupo SATA, em comunicado.

A Azores Airlines vai reforçar a rota entre o Porto e Ponta Delgada com voos adicionais nos dias 17, 21 e 27 de abril, enquanto a rota entre Lisboa e o Pico conta com um voo extra no dia 25 de abril.

Além destas, há oferta de lugares adicionais entre o Funchal e Ponta Delgada nos dias 11, 18 e 25 de abril, “por via da utilização de um equipamento com maior capacidade”, explica a companhia aérea que realiza os voos internacionais do Grupo SATA.

“Estes voos suplementares já se encontram disponíveis para reserva no site da companhia aérea, contact center, balcões de vendas da companhia e nas agências de viagens”, acrescenta a informação divulgada.

Além do reforço anunciado, a companhia aérea vai manter ainda “as ligações habituais entre os Açores e os três aeroportos do continente (Porto, Lisboa e Faro), bem como as ligações regulares à América do Norte e ao continente Europeu”.

 

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Costa Cruzeiros lança “Hit Parade” com partida a 2 de maio

A Costa Cruzeiros vai promover, com partida de Barcelona a 2 de maio, o cruzeiro “Hit Parade”, uma viagem de duas semanas pela Grécia e Turquia, que conta com animação musical a cargo da MTV e que vai ter uma atuação da banda britânica Skunk Anansie.

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A Costa Cruzeiros vai promover, com partida de Barcelona a 2 de maio, o cruzeiro “Hit Parade”, que conta com condições exclusivas para os membros do C|Club, o programa de passageiro frequente da companhia de cruzeiros, mas que está também disponível para os demais passageiros.

Realizado a bordo do Costa Fascinosa, este cruzeiro visita vários destinos na Grécia e Turquia, incluindo uma noite em Istambul, ao longo de duas semanas e vai ser animado com um programa musical que está a cargo da MTV.

“A renovada edição de 2025 será uma experiência ainda mais entusiasmante, enriquecida com uma proposta de entretenimento que evoca a atmosfera única dos anos 80 e 90 com festas e noites temáticas, para proporcionar momentos inesquecíveis: dos grandes clássicos à dança, do rock à celebração final dedicada à pop, com destaque para a Cerimónia de Abertura com a Noite de Gala; a “Festa do Bósforo” e “Mamma Mia! em Zakynthos”, uma referência grega ao famoso filme”, explica a Costa Cruzeiros, em comunicado.

O cruzeiro “Hit Parade” vai contar também com a participação da banda musical Skunk Anansie, que vai atuar ao vivo no Costa Fascinosa no dia 9 de maio, dando a conhecer o seu novo álbum “The Painful Truth”, numa atuação que vai contar também com alguns dos “sucessos mais famosos de sempre” desta banda britânica.

Já a noite de 14 de maio vai ficar marcada pela Party DJ Set powered by MTV, que vai contar com a participação de Stefano Fontana aka Stylophonic, protagonista da cena musical dos anos 90.

Além da música, este cruzeiro vai contar também com propostas gastronómicas únicas, já que está previsto que os chefs Hélène Darroze, Bruno Barbieri e Ángel León subam a bordo do Costa Fascinosa para surpreender os passageiros numa “prova de tempo, preparando pratos inspirados em músicas famosas”.

Os chefs vão também promover uma edição limitada “Destination Plates”, com “pratos especiais inspirados nos destinos visitados, concebidos para valorizar as tradições da gastronomia local e dedicadas exclusivamente a este cruzeiro”.

Para os membros C|Club, que também vão ter atividades exclusivas a bordo, existe uma promoção especial para as reservas realizadas antes de 15 de março, estando garantido um nível de C|Club superior ao do momento da partida durante um ano inteiro, de março de 2025 a março de 2026, além de vantagens e benefícios adicionais. Mais informações aqui.

 

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Aeromexico estuda abertura de rota para Lisboa

Lisboa é, juntamente com outros destinos na Alemanha, Turquia ou Israel, uma das cidades para onde a Aeromexico está a estudar a abertura de uma nova rota, já que a transportadora mexicana vai receber novos aviões até ao fim do ano, segundo Sérgio Salvador, gerente de Mercados Offline EMEA da companhia aérea mexicana.

Inês de Matos

A capital portuguesa é um dos destinos que a Aeromexico está a analisar com o objetivo de abrir uma nova rota, avançou ao Publituris Sérgio Salvador, gerente de Mercados Offline EMEA da companhia aérea mexicana.

“Lisboa, se tivermos slots, é uma das possibilidades, juntamente com outros destinos na Alemanha, Turquia ou Israel. Está entre os destinos que temos analisado mas ainda é cedo para confirmar qualquer coisa”, revelou o responsável, à margem da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025.

De acordo com o Sérgio Salvador, a Aeromexico, que em Portugal é representada pela ATR – Atividades Turísticas e Representações, conta receber novos aviões até ao final do ano, pelo que a possibilidade de abertura de uma rota para Lisboa está a ser estudada pelo departamento de Network Planning da companhia aérea.

O mercado português, acrescentou o responsável, é interessante para a Aeromexico, não só porque procura o México para viagens de lazer, mas também devido ao tráfego corporativo.

“Há um grande tráfego corporativo de empresas portuguesas que estão a desenvolver projetos ou que já trabalham no México, e é nesses passageiros que nos estamos a focar prioritariamente”, explicou o gerente de Mercados Offline EMEA da Aeromexico.

Por enquanto, os passageiros portugueses que voam com a Aeromexico fazem-no através das várias capitais europeias para onde a transportadora mexicana já voa, concretamente Madrid, Paris, Amesterdão, Roma e Londres, sendo que, no caso da capital espanhola, além dos voos para a Cidade do México, há também ligações diretas para Guadalajara e Monterrei.

“No verão, vamos ter até 65 frequências semanais desde a Europa”, indicou ainda o responsável, que faz um balanço positivo da procura proveniente do mercado português nos últimos dois anos.

Para viajar até às capitais europeias que já contam com voos da Aeromexico, os viajantes portugueses podem usufruir dos acordos de code-share que a transportadora detém com a Air Europa, Air France e KLM, no âmbito da aliança Sky Team, para voos desde Lisboa e Porto.

Desde a Europa, a Aeromexico voa com um avião Boeing 787 Dreamliner, um aparelho moderno, com apenas quatro ou cinco anos de idade, que oferece um “grande conforto aos passageiros”.

“É um bom avião e penso que o serviço que oferecemos a bordo e pós-venda, também é muito bom e não sou eu que o digo, são os passageiros”, acrescentou Sérgio Salvador, lembrando que a Aeromexico é também um exemplo em termos de pontualidade, tendo sido distinguida pela Cirium como a companhia aérea mais pontual do mundo no ano passado, com um índice de 91% de pontualidade.

 

 

 

 

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ATR passa a ser representante comercial da Loja de Cruzeiros para o B2B

Segundo Artur Sousa, nesta representação da Loja de Cruzeiros, a ATR conta com uma equipa “completamente dedicada, especializada”, que vai funcionar como um “facilitador para os parceiros de vendas”.

Inês de Matos

A ATR – Atividades Turísticas e Representações passou a representar comercialmente a Loja de Cruzeiros no mercado B2B, disse ao Publituris Artur Sousa, Managing Director da empresa de representações turísticas, que se estreia assim no produto de cruzeiros.

“A representação já está em vigor, é algo que nos traz mais know-how porque a ATR nunca tinha trabalhado em cruzeiros”, explicou o responsável ao Publituris, durante a BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025.

De acordo com Artur Sousa, há já algum tempo que a “diversificação” das empresas representadas estava nos objetivos da ATR, pelo que a entrada da Loja de Cruzeiros faz sentido, especialmente porque ainda há, entre os agentes de viagens, algumas dificuldades em realizar vendas do produto cruzeiros.

“É um trabalho um pouco à semelhança do trabalho que a ATR fez com o broker de rent-a-car, porque inicialmente era complicado fazer uma venda de rent-a-car. Ainda continua a ser complicado com os cruzeiros. Portanto, será nesse aspecto que vamos trabalhar”, explicou o responsável.

Por isso, a ATR vai promover webinars e formações dedicadas aos agentes de viagens, assim como enviar newsletters e outro tipo de informação, ainda que a Artur Sousa destaque que a principal vantagem é mesmo o apoio da “equipa especializada e que só trata de cruzeiros”.

“A Loja de Cruzeiros tem inúmeras vantagens, uma delas é que temos acordo com todas as companhias mundiais de cruzeiros e temos uma equipa especializada, que já existia, e que só trata de cruzeiros. É uma vantagem para podermos ajudar os nossos parceiros agentes de viagens, nomeadamente em termos de formação para quem não está muito à vontade a vender cruzeiros”, destacou o responsável, realçando que esta equipa é “completamente dedicada, especializada e sabe o que está a fazer”, sendo, por isso, “um facilitador para os parceiros de vendas”.

Além disso, os agentes de viagens podem contar com “partidas garantidas” numa “vasta panóplia de itinerários e cruzeiros no mundo inteiro”, oferta que se encontra já compilada numa brochura de 96 páginas que, segundo o responsável da ATR, “também acaba por ser um manual”.

O Managing Diretor da ATR diz estar “muito entusiasmado com este projeto” e revela que, nas primeiras reuniões que já decorreram, nomeadamente no âmbito da BTL, o feedback foi “extremamente positivo”.

 

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Aeroporto sobrelotado leva TAP a explorar “caminhos alternativos” para crescer

Mário Chaves, Chief Operations Officer (COO) da TAP, revelou sexta-feira, 14 de março, à margem das comemorações dos 80 anos da companhia aérea, que a TAP quer continuar a crescer para se manter como uma “referência em Portugal”.

Inês de Matos

A TAP “está a explorar caminhos alternativos para poder continuar o seu crescimento”, afirmou sexta-feira, 14 de março, Mário Chaves, Chief Operations Officer (COO) da companhia aérea, que admite que as “possibilidades de expansão são limitadas”, devido ao aeroporto “sobrelotado” de Lisboa.

De acordo com o responsável, que falou aos jornalistas à margem das comemorações dos 80 anos da TAP, numa cerimónia na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, a companhia aérea “está, neste momento, a cumprir o seu plano de reestruturação” e” vive num contexto de um aeroporto que está sobrelotado”, pelo que é necessário procurar alternativas para crescer.

Questionado sobre que “caminhos alternativos” pode a TAP percorrer, o COO da transportadora aérea de bandeira nacional, deu o Porto como exemplo, além de outras possibilidades para “pôr mais voos e aumentar a sua oferta”.

“A TAP tem expandido, vai abrir, este ano, uma rota Porto-Boston, tem outros sítios onde vai procurar mercado e onde possa, de facto, por mais voos e aumentar a sua oferta”, explicou Mário Chaves.

O responsável da TAP afirmou também que o “foco no Brasil, obviamente, é para manter”, assim como nos EUA, onde “houve um crescimento há uns anos que está a dar frutos”.

“De resto, temos de esperar pelos eventos para perceber como é que a TAP se adapta. Mas, se se adaptou em 80 anos, vai-se adaptar nos próximos”, acrescentou, defendendo que face ao “contexto mundial que existe, a TAP tem de estar sempre com atenção ao que acontece em todos os mercados para se poder adaptar”.

Mário Chaves explicou também que a TAP se quer manter também como “a companhia aérea mais segura da Europa e uma das mais seguras do mundo”, e vai continuar o “investimento em serviço e novas aeronaves”.

“É um ciclo que se repete e que é necessário para continuarmos outros 80 anos com a mesma performance”, indicou, defendendo que, ao longo destas oito décadas, a TAP se manteve sempre como uma “referência em Portugal”.

 

 

 

 

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Maioria são brasileiros mas rota da LATAM Airlines entre Fortaleza e Lisboa também atrai franceses e italianos

Presente na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, Thibaud Morand, diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa e Oceânia, revelou ao Publituris que a nova rota Fortaleza-Lisboa, que arranca a 7 de abril, com um voo por semana, tem registado “uma resposta muito boa”, com “vendas de Portugal e também do resto da Europa”.

Inês de Matos

A LATAM Airlines está satisfeita com a procura que a nova rota entre Fortaleza, no Brasil, e Lisboa está a registar, com Thibaud Morand, diretor-geral da companhia aérea para a Europa e Oceânia, a explicar ao Publituris que “a procura é maior entre os brasileiros que vêm a Lisboa”, mas que o Nordeste brasileiro também é atrativo para portugueses, franceses e italianos.

“O Nordeste do Brasil é muito atrativo para os portugueses, mas também é muito atrativo em França e Itália, por exemplo, que são mercados que vemos a usar esta rota”, revelou o responsável, que esteve em Lisboa para participar na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025.

O diretor-geral da LATAM Airlines para a Europa e Oceânia explicou que a companhia aérea tem registado “uma resposta muito boa” para a nova rota, com “vendas de Portugal e também do resto da Europa”, o que deixa o responsável “muito satisfeito”.

Os voos entre Fortaleza e Lisboa abrem a 7 de abril, com uma ligação aérea por semana, o que, segundo o responsável, torna “fácil montar pacotes de uma semana com esta frequência”, pelo que a companhia aérea contratou já uma nova responsável comercial para promover a rota junto das agências e operadores turísticos portugueses.

Caso o bom comportamento se mantenha, Thibaud Morand admite que a rota possa ganhar frequências adicionais, ainda que isso também esteja dependente da disponibilidade de aparelhos, o que se torna mais difícil com os atuais atrasos nas entregas de aviões por parte dos fabricantes aeronáuticos.

“Vamos ver como se comporta a rota, vamos fazer o melhor possível e esperamos mantê-la e crescer”, acrescentou.

“Não temos nenhuma dúvida de que vamos encher voos adicionais” de São Paulo

Um reforço de voos ganhou a rota que a companhia aérea opera há vários anos entre São Paulo e Lisboa, que vai passar a contar com nove ligações aéreas por semana, em vez das sete do verão passado.

“Estamos muito contentes porque já sabemos que a temporada de verão é sempre a mais complicada no aeroporto de Lisboa, devido à elevada procura que tem o destino mas, este ano, por fim conseguimos crescer. Aumentámos duas frequências na rota de São Paulo, passámos das sete que tínhamos no ano passado para nove este ano”, explicou Thibaud Morand.

Apesar de considerar que a procura na Europa estabilizou e de revelar que a companhia aérea não está a assistir aos “crescimentos do ano passado ao nível da procura”, o responsável da LATAM Airlines diz que os fatores de ocupação continuam “robustos”, esperando-se, por isso, que a procura acompanhe o aumento da oferta.

“A procura está um pouco mais contida, mas os fatores de ocupação continuam a ser muito robustos e, atualmente, são realmente incríveis. E não temos nenhuma dúvida de que vamos encher estes dois voos adicionais”, concluiu.

 

 

 

 

 

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