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“Portugal poderá funcionar como ligação importante não só para os portugueses, mas também para outros mercados europeus”

De visita a Portugal, Tasneem Motara, Membro do Conselho Executivo para o Desenvolvimento Económico de Gauteng (África do Sul) e responsável pelo setor do turismo, admitiu querer que o número de portugueses a visitar o país regresse ao período pré-pandémico. Para tal, a oferta de experiências várias é um dos pontos que destaca, embora reconheça que uma ligação direta feita pela TAP seria uma mais-valia.

Victor Jorge
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“Portugal poderá funcionar como ligação importante não só para os portugueses, mas também para outros mercados europeus”

De visita a Portugal, Tasneem Motara, Membro do Conselho Executivo para o Desenvolvimento Económico de Gauteng (África do Sul) e responsável pelo setor do turismo, admitiu querer que o número de portugueses a visitar o país regresse ao período pré-pandémico. Para tal, a oferta de experiências várias é um dos pontos que destaca, embora reconheça que uma ligação direta feita pela TAP seria uma mais-valia.

Victor Jorge
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Em 2019, foram 30.000 os portugueses que viajaram até à África do Sul, números que desceu nos anos da pandemia, registando-se já uma recuperação. A razão que leva os portugueses a viajar até à África do Sul são as pessoas. Contudo, Tasneem Motara reconhece que o país tem muito mais para oferecer, reconhecendo, contudo, que uma ligação aérea – com a TAP – acrescentaria mais turistas portugueses a visitar a África do Sul e sul-africanos a visitarem Portugal.

O interesse e importância da África do Sul é, de resto, confirmada pelo facto das comemorações Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas serem iniciadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, entre 4 e 8 de junho, para depois “viajarem” até Peso da Régua.

Como se comportou o turismo na África do Sul em 2022?
O ano de 2022 foi marcado pela recuperação. A COVID-19, naturalmente, tive um impacto forte no turismo do país, já que antes da pandemia tínhamos cerca de 10 milhões de visitantes, número que baixou para 5,7 milhões durante a pandemia. Atualmente, penso que conseguimos estabilizar o número acima dos seis milhões, mas a nossa intenção e objetivo é chegar, rápida e novamente, aos 10 milhões de turistas.

E o que irão fazer para atingir, novamente, esses 10 milhões?
Duas coisas. Primeiro, estamos com as baterias apontadas à organização de grandes eventos e mostrar a capacidade da África do Sul para a organização e realização dos mesmos. Por isso, a aposta está, claramente, virada para o MICE. Estamos, também, a olhar para os grandes eventos desportivos e estamos a trabalhar em duas iniciativas que, tendo sucesso, conseguiremos dar a volta nos próximos dois anos.

Nestes últimos tempos temo-nos dedicado a organizar eventos internacionais mais pequenos, de forma a ressuscitar a indústria, mas iremos apostar forte e agressivamente no MICE.

Quando diz eventos internacionais, são eventos globais ou africanos?
Globais, essa é a estratégia âncora. Para tal, apostamos num marketing agressivo e mostrar a nossa oferta local disponível.

Não nos podemos, contudo, esquecer que, tal como a maioria das economias, também a África do Sul foi impactada pela pandemia e, por isso, a capacidade dos consumidores gastarem foi restringida. Daí estarmos a promover a oferta local junto dos sul-africanos e dizer que, se não tiverem possibilidade de viajar no próximo ano ou dois, existe uma economia local para explorar e enriquecer.

O mercado português faz parte de um crescente centro de turismo europeu que impulsionou o crescimento de mais de 16% nas chegadas à África do Sul até o final de 2022

À (re)descoberta de um país
Em Portugal, durante a pandemia, muitos portugueses (re)descobriram o seu país. Isso também aconteceu na África do Sul?
Sim, o que a COVID fez foi dar uma maior perceção às pessoas do que o país, efetivamente, oferece, as possibilidades que têm em interagir com pessoas, natureza e experiências. E como diz, foi possível verificar que muitos descobriram ou redescobriram o seu próprio país.

Isto também ajudou, em muito, as Pequenas e Médias Empresas (PME) e a economia local. Fez com que as pessoas procurassem novas experiências e, fundamentalmente, experiências com sentido. É uma tendência, mas é uma boa tendência.

E essa procura é só nacional ou também continental?
Na verdade, a grande maioria dos 10 milhões de visitantes que tínhamos eram continentais. Conseguimos atrair muitos turistas durante o nosso verão que coincide com o inverno na Europa.

Os nossos principais mercados continuam a ser África, Europa, Américas, Australásia e Médio Oriente. Especificamente para os mercados europeus, registamos um aumento de mais de 16% no final de 2022, com destaque para o Reino Unido, Alemanha, França, Bélgica, entre outros.

É por isso que estamos em Portugal para, em primeiro lugar, registar a importância deste mercado e, em segundo lugar, incentivar os portugueses a visitar mais o nosso país e região, aumentar a estadia e, enquanto desfrutam da nossa hospitalidade, explorar as muitas oportunidades de investimento e de negócios, tornando a visita numa experiência “bleisure”.

É através das viagens de negócio que pretendem impulsionar o turismo na África do Sul?
Sim, mas não só. Notamos, de facto, que as pessoas nos visitam por motivos de negócio. Por isso, convidamos as pessoas a ficar mais um ou dois dias para conhecer as experiências sul-africanas.

O que registamos, também, é que as pessoas regressam e regressam com as famílias, já que a experiência foi agradável.

Também notamos que, com a pandemia, os investidores estão a olhar para novos mercados para fazer negócio, já que a pandemia forçou muita gente a reorientar os seus próprios negócios.

Sei que os portugueses adoram comida, apreciam vinhos. Por isso, oferecer uma boa experiência gastronómica é vital. Ligar essa experiência gastronómica à natureza, a cenários que só na África do Sul é possível ter, é importante

Criar, portanto, novas oportunidades?
Claro. E sendo a África do Sul um país em desenvolvimento, um dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – existem sempre novas oportunidades. Estamos sempre à procura de novas soluções para diversas crises e desafios. Temos uma grande população jovem e desempregada. Temos grandes oportunidades em diversas áreas como a agro-indústria, energia e, claro, turismo.

Por isso, dizemos, venham descobrir novas oportunidades de negócio e, depois, regressem e tragam as vossas famílias para viver experiências memoráveis e autênticas, interagir com os locais, com a natureza, com a cultura.

Mas durante a pandemia, quais foram os mercados com melhor performance?
Diria que continua a ser o africano, seguido do asiático e do europeu. Países como Portugal, Grécia, Bélgica e Itália possuem uma forte comunidade de expatriados. Lá está, é mais uma oportunidade a explorar.

O mercado português faz parte de um crescente centro de turismo europeu que impulsionou o crescimento de mais de 16% nas chegadas à África do Sul até o final de 2022. Gauteng tem uma forte comunidade portuguesa, facilitando o segmento de viagens para amigos e familiares. Este também é um incentivo para aqueles que desejam estabelecer os seus negócios e investimentos na África do Sul.

Nos últimos cinco anos, vimos um aumento nas viagens outbound da África do Sul para Portugal e destinos adjacentes, especificamente para turismo musical e atividades de intercâmbio cultural. Os nossos artistas de renome mundial estão constantemente nestes mercados, partilhando um pouco do excecionalismo sul-africano e do lifestyle de Gauteng.

Queremos fortalecer esses laços e garantir que milhões de grupos da geração Z e famílias possam visitar a África do Sul e Gauteng regularmente e interagir com o local original dessas ofertas musicais e culturais globais.

Os portugueses “africanos”
A África do Sul também beneficia do facto de existirem muitos portugueses em Angola e Moçambique. Qual a importância dessas comunidades para o turismo na África do Sul?
A África do Sul como líder de um grande bloco regional acredita no crescimento e desenvolvimento das economias regionais como forma de fortalecer a recuperação e integração económica continental.

Essas comunidades e países têm sido fundamentais no apoio e na luta contra o Apartheid e o domínio colonial. Lutámos lado a lado para conquistar a nossa independência e agora estamos juntos novamente na luta económica.

O turismo é aproximar pessoas e culturas. É sobre experiências partilhadas, momentos memoráveis e ligações e estes atributos têm sido uma constante nas nossas relações com as comunidades e povos de Moçambique e Angola.

Estas são as pessoas e os mercados que sustentam as nossas ofertas de compras, sempre presentes nos nossos eventos desportivos e musicais ao mesmo tempo que são um esteio para quem visita amigos e familiares.

Os dados mais recentes apontam para a existência de 150.000 portugueses a viver na África do Sul e na região da África Austral, de facto, existe uma das maiores comunidades de portugueses. Por isso, olhamos para estes dados com muita atenção, já que poderá representar um forte aliado na nossa estratégia.

Temos oferecido incentivos a outras companhias aéreas que também podemos apresentar à TAP. Mas o negócio terá de fazer sentido para ambos os lados

Mas a vossa intenção é levar os portugueses que moram nesses países à África do Sul ou os portugueses que moram em Portugal?
Ambos. Estamos a estudar o que, de facto, podemos oferecer, especialmente, à companhia aérea nacional, TAP. Temos reuniões marcadas que são sessões de follow-up e ver o que faz sentido para o negócio da TAP. Temos oferecido incentivos a outras companhias aéreas que também podemos apresentar à TAP. Mas o negócio terá de fazer sentido para ambos os lados. O que dizemos é, venham, testem a força da rota e do destino, analisem o comportamento da operação durante um ou dois anos com um voo direto. Portugal poderá funcionar como uma ligação importante não só para os portugueses, mas também para outros mercados europeus.

Mas a intenção é só levar portugueses a visitar a África do Sul ou também sul-africanos a visitar Portugal?
Claro que ambos. Portugal está a registar uma forte recuperação do turismo. Atualmente, e não está na época alta, Portugal está em alta. Por isso, nem quero imaginar na época alta. Mas na época baixa, a África do Sul é um destino com uma oferta muito vasta e rica a ser considerada pelos portugueses.

Se tivesse de apontar três fatores fundamentais para atrair turistas portugueses à África do Sul, quais seriam?
A África do Sul é um destino com uma boa relação custo-benefício que oferece diversos produtos e experiências de lazer e turismo de negócios à medida para diversos segmentos de mercado. Os turistas de hoje já não procuram o turismo tradicional. Já não procuram somente animais, montanhas, praia ou paisagens. Procuram momentos autênticos e memoráveis, procuram viagens com significado e propósito, esperam transformar a sua perspectiva por meio de experiências que mudam a vida.

Além disso, conectar e reconectar culturas e celebrar o triunfo da raça humana sobre adversidades e pandemias é o que todos nós precisamos fazer e a África do Sul está preparada para receber e oferecer esta jornada imersiva.

Denotam, portanto, novas tendências em quem vos visita?
Sim, claramente. Existe um muito maior interesse pela natureza, por experiências mais autênticas. Uma ligação maior com as comunidades locais que enrique quem nos visita.

Visitar somente as grandes cidades da África do Sul não é muito diferente de visitar as grandes capitais europeias como Paris, Londres ou Lisboa.

Não há experiência como ver as estrelas na natureza sul-africana ou dormir na selva. Isso é, na verdade, uma experiência única. Queremos afastar os turistas das grandes cidades e direcioná-los para outros locais, locais mais autênticos, onde poderão ter contacto com as comunidades locais, provar a gastronomia tradicional, viver a cultura, a história. E há muita coisa a acontecer nesses locais mais pequenos, distantes e diferentes.

A aposta está, claramente, virada para o MICE

Uma estratégia experiencial
Relativamente a Gauteng, a Entidade de Turismo tem um mandato duplo: posicionar Gauteng como um destino global através do marketing e promoção, bem como um destino competitivo, de valor, além de desenvolver produtos que respondem às exigências turísticas. Especificamente, o que Gauteng tem para oferecer? Quais são os principais atributos para atrair turistas?
A ‘Golden City Region’ de Gauteng é o principal centro industrial, empresarial, comercial e de entretenimento da África do Sul e de África, dotada de infraestrutura de classe mundial, turismo e ofertas de hospitalidade bem ancoradas na sua maior riqueza, os 15 milhões de residentes da província.

De safaris, a compras requintadas e de luxo, passeios em minas de diamantes, passeios inspirados na herança de Nelson Mandela, a um encontro com a sua ancestralidade humana e com o nosso Património Mundial, Gauteng continua a ser uma janela para as ofertas de turismo na África do Sul.

Mas Gauteng é um ponto turístico atraente per si ou representa mais um destino de stop-over?
Gauteng representa mais de 40% das chegadas internacionais na África do Sul e um dos três principais destinos de turismo doméstico. A qualidade de vida é excecional, património de classe mundial, condições climáticas excecionais, ofertas de valor para o turismo, com atrações, desportos e circuito de entretenimento internacionalmente aclamados que a tornam um destino preferido para visitantes internacionais e regionais.

Ao longo dos anos, vimos um forte aumento nos números de permanência na província, variando de nove a 12 dias no final de 2020. Os turistas prolongam a sua estadia em Gauteng porque podem associar a natureza autêntica do destino, à ampla variedade de ofertas turísticas, pois a região da cidade representa um caldeirão de culturas e nacionalidades em África.

Temos fortes comunidades chinesas, portuguesas, italianas, indianas, etíopes, a viver lado a lado, formando uma base sólida de mais de 15 milhões de residentes na província. Tudo isso torna-nos um destino atraente.

Quanto representa o setor do turismo de Gauteng em termos de PIB?
O turismo contribui com pouco mais de 4,8% em termos do PIB de Gauteng. O setor representa mais de 280.000 empregos diretos na província, com muitos outros empregos nos subsetores da cadeia de valor. Em termos de contribuição do turismo para a economia nacional, o setor é responsável por pouco menos de 4% do PIB total. Esta contribuição é superior à dos setores da agricultura e da construção, daí a centralidade da economia no Plano de Reconstrução e Recuperação do país.

E como é que o Turismo de Gauteng se alinha com a agenda do turismo nacional?
A agenda do turismo na África do Sul é guiada pela Estratégia Nacional do Setor de Turismo (National Tourism Sector Strategy – NTSS) com objetivos específicos de criar crescimento sustentável do PIB, criação sustentável de empregos, crescimento económico inclusivo e transformador, esforços para aumentar os gastos com chegadas (volume) de turismo, duração das estadias, dispersão geográfica, contenção da sazonalidade e promoção da transformação.

Esta agenda está interligada com a visão “Growing Gauteng Together” (GGT2030) e, especificamente, para Gauteng, a integração dos municípios como foco de recuperação económica e principais beneficiários do crescimento da economia.

Gauteng serve como principal ponto de entrada internacional para o país, abriga a segunda maior capital diplomática do mundo, a maior bolsa de valores de África, o aeroporto mais movimentado e a sede do governo nacional. Com sua enorme contribuição de 33% para o PIB do país, Gauteng é parte central no plano nacional de crescimento do turismo.

E no que difere esta nova estratégia da anterior?
A ‘Gauteng Tourism’ faz parte do plano de recuperação do turismo sul-africano, com o objetivo de garantir 30 milhões de chegadas ao país até 2030, conforme indicado pelo Presidente.

Da parte da província de Gauteng, o plano passa pela recuperação económica, criar empregos sustentáveis, pela reindustrialização e estar em pé de igualdade com a procura da economia partilhada.

Por isso, comunicar é fundamental. Compreender que uma abordagem única não funciona. Queremos que as pessoas entrem em África através da África do Sul e que permaneçam no nosso país. Por isso, desenvolvemos pacotes com outras províncias, de forma a que possam experienciar um dia na Cidade do Cabo, visitem e provem os nossos vinhos, que percebam que, num raio de 45 minutos de carro, podem, de facto, ter experiências enriquecedoras.

E existe capacidade hoteleira para tal?
Ainda possuímos muita oferta tradicional e, de facto, é algo em que o governo está a trabalhar para criar mais alternativas. Mas também é essa oferta tradicional que cria as experiências mais autênticas.

Daí darmos apoio a essa oferta tradicional para se promover, vender diversos pacotes, dar incentivos.

Como disse, uma abordagem única não funciona, temos de perceber o que é que um turista britânico, alemão, norte-americano, português procura quando nos quer visitar e tentar dar uma resposta apropriada. E queremos que essa resposta seja dada de forma que, quem nos visita, regresse.

E no caso português, por onde poderá passar essa oferta?
Sei que os portugueses adoram comida, apreciam vinhos. Por isso, oferecer uma boa experiência gastronómica é vital. Ligar essa experiência gastronómica à natureza, a cenários que só na África do Sul é possível ter, é importante.

Além disso, os portugueses gostam de se relacionar com os locais, conhecer a história, a cultura. Aliar tudo isto é o nosso desafio.

E quantos portugueses querem que visitem a África do Sul por ano?
O nosso objetivo é regressar aos 30.000 por ano de antes da pandemia. Naturalmente, que a isso acrescentamos os portugueses que vivem e trabalham em países como Angola e Moçambique e que, por razões familiares ou de negócio, viajam até à África do Sul.

 

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Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores

Marrocos está prestes a tornar-se um destino de eleição tanto para investidores como para turistas, graças ao seu rápido desenvolvimento e à sua posição estratégica, afirmou, em Casablanca, o diretor geral da Sociedade Marroquina de Engenharia Turística (SMIT), Imad Barrakad.

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A trajetória de crescimento de Marrocos é impressionante e o potencial de expansão contínua nos próximos meses e anos é considerável, sublinhou Imad Barrakad na abertura da cimeira de sobre Turismo, Hospitalidade, Investimento.

Neste contexto, e citado pela imprensa local, sublinhou a importância da cidade de Casablanca, principal centro económico de Marrocos, especificando que encarna um equilíbrio perfeito entre a vida contemporânea e um rico património, tornando-se um destino essencial para quem procura experiências culturais ou oportunidades de investimento.

Além disso, o diretor geral da SMIT indicou que Marrocos, graças às suas ambiciosas reformas económicas e à sua abertura aos investimentos estrangeiros, posiciona-se como um ator-chave na região, observando que a implementação de projetos de infraestruturas modernas contribui significativamente para melhorar a sua atratividade.

Igualmente, o diretor geral da API Events, Murray Anderson, citado também pela imprensa marroquina, destacou o progresso do país, que está a tornar-se rapidamente um líder mundial em turismo, com potencial cada vez maior.

Com a sua rica cultura, localização estratégica e mercados prósperos, o país está bem posicionado para um crescimento sustentado no setor do turismo, observou, acrescentando que os ativos fundamentais de Marrocos fazem dele um destino preferido para investimentos internacionais.

Anderson reafirmou o compromisso da API Events em apoiar esse crescimento, reunindo investidores, operadores, desenvolvedores, banqueiros e parceiros financeiros de todo o mundo, destacando a importância deste evento, que constitui uma plataforma para explorar oportunidades de investimento, fortalecer o engajamento com os mercados dinâmicos de Marrocos e contribuir para o desenvolvimento global do setor.

Co-organizada pela SMIT e API Events, em Casablanca, esta cimeira reuniu mais de 300 investidores, hoteleiros e líderes turísticos de 15 países, e ofereceu aos participantes a oportunidade de descobrir o potencial deste mercado.

Para além de conferências e painéis, este evento facilitou reuniões de negócios que visaram fortalecer os laços entre os principais intervenientes da indústria hoteleira e turística e promover o investimento no setor em Marrocos.

As discussões centraram-se em temas estratégicos como o desenvolvimento da infraestrutura hoteleira, a diversificação da oferta turística e a integração de tecnologias na gestão do setor turístico.

 

Sobre o autorPublituris

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Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia

No acumulado do ano, a tendência também é positiva e o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28 milhões de euros, superior ao registado em todo o ano de 2022, de acordo com os dados revelados pelo Banco de Portugal (BdP).

Inês de Matos

As receitas turísticas somaram, em setembro, 3.077,43 milhões de euros, valor que ficou 8,9% acima de igual mês do ano passado e que traduz um aumento superior a mil milhões de euros face a setembro de 2019, antes da pandemia, de acordo com os dados revelados esta terça-feira, 19 de novembro, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP mostram que, face a setembro de 2023, as receitas turísticas subiram 252,42 milhões de euros face aos 2.825,01 milhões de euros que tinham sido apurados no nono mês do ano passado.

Numa comparação com o mesmo mês do período pré-pandemia, a subida é ainda mais expressiva e chega aos 51,6%, já que as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, registaram um aumento de 1.047,06 milhões de euros face a setembro de 2019.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que se encontram pelos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, registaram um aumento de 6,9%, totalizando 732,99 milhões de euros, o que significa um crescimento de 47,63 milhões de euros face aos 685,36 milhões de euros contabilizados em setembro do ano passado.

Comparativamente a 2019, a subida volta a ser também mais expressiva, já que este indicador aumentou 44,3% ou 224,91 milhões de euros face ao mesmo mês do último ano antes da pandemia da COVID-19.

No comunicado que acompanha os números, o BdP explica que as Viagens e Turismo foram fundamentais para o aumento registado na balança de serviços, cujas exportações e importações aumentaram 7,8% e 7,0% em relação a setembro de 2023, o que “reflete, sobretudo, o contributo das viagens e turismo (+252 milhões de euros e +48 milhões de euros, respetivamente)”.

A tendência positiva foi ainda comum ao saldo da rubrica Viagens e Turismo, que chegou aos 2.344, 44 milhões de euros em setembro, o que traduz um crescimento de 9,6% ou 204,79 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado, e de 54% ou mais 822,15 milhões de euros em comparação com setembro de 2019.

Acumulado já ultrapassa valor total de 2022

No acumulado desde janeiro, o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28, valor que é superior ao registado em todo o ano de 2022 e que representa um aumento de 9,4% ou mais 1.915,88 milhões de euros face aos 20.280,4 milhões de euros que tinham sido apurados em setembro do ano passado.

Tal como as receitas turísticas, também o acumulado das importações do turismo apresenta uma tendência positiva, chegando aos 5.284,48 milhões de euros, o que fica 7,6% ou 372,92 milhões de euros acima dos 4.911,56 milhões de euros apurados até ao mesmo mês do ano passado.

No que diz respeito ao saldo acumulado, a situação volta a ser positiva, uma vez que este indicador chegou aos 16.911,8 milhões de euros, o que traduz um aumento de 9,4% ou mais 1.450,88 milhões de euros face aos 15.460,92 milhões de euros apurados em igual período do ano passado.

 

 

 

 

Sobre o autorInês de Matos

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Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano

A fusão destas duas estruturas responsáveis pela atratividade de França, uma para investidores estrangeiros e outra para turistas, terá início a partir de 2025, nomeadamente com vista a uma reorganização da sua rede de países estrangeiros e à congregação dos seus recursos.

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De acordo com o projeto de lei financeira de 2025, apresentado pelo Primeiro-Ministro francês, Michel Barnier, pretende-se aproximar a Atout France e a Business France, para obter poupanças orçamentais.

Nas restrições orçamentais, o novo Primeiro-Ministro fez esta declaração: “Vamos reunir e agrupar agências, operadores e fundos que têm objetivos comuns, tais como como Business France e Atout France”, acrescentando que “Vamos desenvolver uma cultura de avaliação em todos os lugares. Não poderemos gastar mais. Vamos gastar melhor.”

A imprensa francesa avança que a reforma da Atout France, uma estrutura que emprega 350 pessoas (150 em Paris, 200 no estrangeiro), está em cima da mesa há algum tempo. Em maio, durante uma comissão interministerial de turismo, o executivo anunciou a intenção de modernizar esta agência, que “perdeu o seu dinamismo original”, como reconheceu Dominique Marcel, presidente da Alliance France Tourisme, que reúne pesos pesados ​​do setor. A sua estratégia internacional foi regularmente criticada, assim como o seu distanciamento do tecido económico francês.

Refira-se, também que há pouco mais de 15 anos, a Atout France foi construída a partir da fusão de duas estruturas: Maison de la France e Odit France. Embora não seja do Estado, a agência está colocada sob a tutela do ministro responsável pelo Turismo, e como objetivo promover o turismo em França, realizando operações de engenharia turística e implementando uma política de competitividade e qualidade das empresas do setor, ou seja, define a estratégia nacional de promoção do destino França de acordo com as diretrizes definidas pelo Estado.

A Atout France define, igualmente, a classificação dos alojamentos turísticos coletivos, as famosas estrelas dos hotéis, parques de campismo, parques residenciais de lazer, residências turísticas e aldeamentos de férias. Também está presente em feiras e organiza inúmeros eventos em todo o mundo.

Já a Business France serve a internacionalização da economia francesa. É responsável pelo desenvolvimento internacional das empresas e as suas exportações, bem como pela prospeção e acolhimento de investimentos internacionais em França. Promove a atratividade e a imagem económica do país, das suas empresas e dos seus territórios. Criada a 1 de janeiro de 2015, a Business France resultou da fusão da UBIFRANCE e da AFII (Agência Francesa de Investimentos Internacionais).

 

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Todos os olhos estão na Ásia, com destaque para a Índia

Uma recente análise da Google aponta para um forte crescimento das viagens internacionais até 2040. E se no WTM Global Travel Report, apresentado durante o WTM 2024, se aponta para 2 biliões de turistas internacionais, a análise da Google amplia esse número para 2,4 biliões.

Victor Jorge

Com a indústria das viagens a enfrentar grandes desafios nos últimos anos, com a história a demonstrar tratar-se de um setor altamente resiliente, uma recente análise da Google mostra que, mesmo defrontando acontecimentos imprevistos, as pessoas não perderam o interesse em viajar e explorar novas experiências.

No “Travel Vision 2040”, a google, juntamente com a Deloitte e players do setor das viagens, apontam para um crescimento das viagens internacionais em 60% até 2040, fixando o número de turistas internacionais nessa altura nos 2,4 biliões.

A ascensão da Índia
O panorama das viagens, em 2040, assistirá, segundo a análise publicada pela Google, à ascensão ou reforço de novos mercados de origem, indicando a Índia, China e os EUA como os mercados de crescimento mais rápidos.

O destaque vai, de resto, para os viajantes indianos, que aumentam em cinco vezes até 2040, impulsionados pelo aumento da posse de passaportes e por políticas de vistos menos rígidas. “São pessoas com conhecimentos digitais e que tomam decisões rápidas, reservando voos internacionais com um prazo médio inferior a 50 dias (por comparação, com o prazo médio global de quase 70 dias)”.

O relatório salienta, no entanto, que a diversidade linguística e cultural da Índia exige uma abordagem localizada por parte das marcas. “O país tem muitas línguas diferentes, sendo que 10 delas têm mais de 30 milhões de falantes nativos cada. E a maioria dos indianos prefere utilizar a sua língua local para pesquisar e efetuar tarefas online”, referem os autores.

Por outro lado, do globo, os EUA continuam a ser um poderoso mercado de origem nas viagens. Os viajantes norte-americanos já representam 10% da procura de todas as viagens europeias e constituem 40% de todos os viajantes não europeus na região. “Estes viajantes são extremamente conscientes da marca, com 78% dos consumidores norte-americanos dispostos a pagar mais por uma marca que conhecem”, refere a Google.

As empresas de viagens devem, por isso, concentrar-se em estabelecer – ou aumentar o conhecimento – da sua marca nestes mercados de origem emergentes e em crescimento. “Em 2040, as pessoas já devem conhecer a marca quando estão a planear as próximas férias, em vez de a descobrirem pela primeira vez”, frisa a análise.

Os novos “hotspots”
O panorama das viagens em 2040 não é apenas moldado pelo local de onde os viajantes saem, mas também pelo local para onde viajam, destaca a Google. Prevê-se, assim, que Espanha ultrapasse França como o país mais visitado do mundo – embora seja uma corrida renhida entre ambos os mercados – e que o recém-chegado México entre no top 5 dos destinos mais populares.

Contudo, os países europeus continuarão a ser um dos principais atrativos para quem vai de férias, a par da Ásia e da América do Norte.

Espera-se, também, que o Médio Oriente assista a um afluxo de viajantes, registando a taxa de crescimento anual mais elevada prevista para as chegadas entre o presente ano (2024) e 2040.

E aqui, dois mercados estão a fazer “trabalho extra” neste domínio: a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU). “O aumento do interesse da Arábia Saudita é alimentado por infraestruturas atualizadas e reformas dos vistos de entrada, impulsionadas por projetos turísticos ambiciosos”, enquanto a popularidade dos Emirados Árabes Unidos basear-se-á “na oferta de experiências de alta qualidade e de ofertas de luxo”.

Raúl González, coautor do relatório e CEO do Barceló Hotel Group para a Europa, Médio Oriente e África, explica no relatório que “as marcas, em destinos em crescimento, terão de se adaptar a diferentes tipos de viajantes”. E acrescenta: “quando as pessoas reservavam um hotel há 30 anos, queriam apenas uma cama. Atualmente, querem uma experiência personalizada e local”. Por isso, admite ainda, “é importante analisar os dados para compreender as novas expectativas dos clientes”.

A analise sobre o panorama das viagens em 2040 também mostra que a diversificação de destinos em locais já populares continuará a aumentar. “Ao elaborar a sua estratégia para o futuro, analise a forma como pode satisfazer os visitantes de diferentes países”, salienta a Google.

Informado, exploratório e envelhecido: eis o viajante do futuro
Com o surgimento de novos mercados de origem, a análise da Google divide o viajante do futuro em duas categorias distintas: “emergentes e maduros”. Os viajantes emergentes gravitam mais em torno de destinos maduros, enquanto os viajantes maduros são cada vez mais atraídos por locais fora dos circuitos habituais.

“Os viajantes emergentes – como os da Índia – procuram inicialmente mercados que sejam simultaneamente destinos de viagem estabelecidos e próximos de casa”, explica Patricia Ruiz Ramos, Senior Manager Strategy Consulting Practice da Monitor Deloitte. “É por isso que os países vizinhos verão primeiro o impacto dos viajantes emergentes. Os locais mais distantes, como os da Europa, irão sentir os efeitos à medida que o poder de compra destes viajantes aumentar.”

A análise revela, também, que ambos os tipos de viajantes são altamente informados e realizam pesquisas extensas antes das suas viagens. Não se limitam a fazer reservas, procuram confiança e segurança nas suas decisões.

“À medida que a população mundial envelhece e os indivíduos entram na reforma com melhor saúde, está a surgir um novo segmento de viajantes com necessidades e preferências distintas”, afirma Ruiz Ramos. “Isto, juntamente com o interesse crescente em experiências culturais e históricas entre os viajantes de países como o Japão e a China, representa uma oportunidade significativa para as empresas de viagens explorarem este mercado em crescimento, adaptando as suas ofertas para satisfazer as exigências específicas destes viajantes.”

E a Google deixa um recado final: “lembre-se, 2,4 mil milhões de viajantes estão à espera. O futuro das viagens pertence às marcas e destinos que estão preparados”.

Foto: Depositphotos.com
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Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade da marca em nova campanha

Depois da iniciativa “Vive a Madeira por inteiro” para o mercado nacional, complementada pela versão internacional “Experience Madeira for yourself”, a Associação de Promoção da Madeira lança agora uma nova campanha de Natal.

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A Madeira acaba de lançar uma Campanha de Natal, reforçando “o espírito de pertença e autenticidade da marca com um novo apelo à vivência plena do destino”.

Em 2023, o destino apresentou a iniciativa “Vive a Madeira por inteiro” para o mercado nacional, complementada pela versão internacional “Experience Madeira for yourself”. Esta campanha, ainda ativa, tem como conceito central a ideia de que o arquipélago oferece tudo o que se pode desejar num destino: montanha, mar, cultura e autenticidade, fazendo da Região um lugar para todos e durante todo o ano.

Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, a Associação de Promoção da Madeira (AP-M) optou por uma abordagem “disruptiva”, admitindo que estar fisicamente na Região “é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer”.

Para a época de Natal, o destino segue esta mesma linha de autenticidade e proximidade. “A nova campanha do próximo mês de dezembro convida a viver as festividades na ilha com intensidade, capturando o espírito do povo madeirense e o modo como o destino se transforma para as celebrações de fim de ano. Na Região, não há um copo ‘meio cheio’ ou ‘meio vazio’: a proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, pode ler-se no comunicado de imprensa.

A campanha também reforça o compromisso da marca com o sentimento de pertença e comunhão – traduzido nas assinaturas “Madeira. Tão tua” e “Madeira. Belongs to all” – e destaca o posicionamento do destino como um lugar “vibrante e autêntico”, onde cada visitante encontra experiências que tocam profundamente o seu coração e o fazem sentir-se parte de algo único.

Esta nova fase da campanha de Natal reafirma o compromisso do destino em “atrair públicos diversos, fortalecendo a ligação entre a Madeira e os viajantes, especialmente em épocas de celebração”.

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Feira de Emprego e Carreiras Azuis regressa a 27 de fevereiro de 2025

A próxima edição da Feira de Emprego e Carreiras Azuis vai decorrer a 27 de fevereiro de 2025, em Lisboa, e as inscrições já se encontram a decorrer.

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A Feira de Emprego e Carreiras Azuis já tem data para a próxima edição, que vai acontecer a 27 de fevereiro de 2025, em Lisboa, informou a organização do certame, em comunicado.

AlgarExperience, Viking e Mystic Invest Holding (DouroAzul, Mystic Cruises, Nicko Cruises, Atlas Ocean Voyages) são algumas das empresas que já confirmaram a presença na próxima edição da Feira de Emprego e Carreiras Azuis.

“A Feira de Emprego e Carreiras Azuis é um evento fundamental para quem trabalha ou pretende trabalhar em cruzeiros, iates, turismo náutico, navios de carga, instalações portuárias e logística, construção e reparação naval, energias renováveis no oceano, pesca, aquicultura, segurança, serviços marítimos, ambiente e sustentabilidade, entre outros setores de atividade da economia azul”, refere a organização, na informação divulgada.

A entrada na feira é gratuita, mas está sujeita a inscrição prévia, que já pode ser realizada aqui.

 

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Brasil lidera crescimento do mercado de viagens latino-americano

O mercado de viagens latino-americano registou, pelo terceiro ano consecutivo, um crescimento e deverá apresentar uma “expansão continua” até 2027, com destaque para o Brasil, que lidera a subida, avança um relatório da Phocuswright.

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O mercado de viagens latino-americano registou, pelo terceiro ano consecutivo, um crescimento, com a subida das reservas brutas a chegar aos 29% e a somar 70,1 mil milhões de dólares, com destaque para o Brasil, que lidera o crescimento, avança um relatório da Phocuswright, divulgado esta segunda-feira, 18 de novembro.

“A indústria de viagens do Brasil registou um salto notável de 37%, para 21,8 mil milhões de dólares, impulsionado pela estabilidade crescente, pela diminuição dos níveis de pobreza e pela melhoria das condições económicas sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, lê-se no relatório.

Os dados da Phocuswright mostram que as companhias aéreas brasileiras, que são o maior segmento fornecedor de viagens do país, transportaram 21 milhões de passageiros internacionais, num aumento de 38% em relação ao ano anterior.

“O Brasil é um mercado de viagens dinâmico com uma presença digital crescente”, afirma Carolina Sass de Haro, diretora para América Latina e Caraíbas da Phocuswright e coautora do relatório, sublinhando que a indústria de viagens do Brasil, que é “alimentada por um aumento nas viagens internas e domésticas”, está preparada para “um crescimento contínuo”.

O relatório da Phocuswright estima também que, até 2027, o mercado de viagens da América Latina deverá experimentar uma “expansão continua”, uma vez que se projeta que as reservas brutas venham a atingir os 95,8 mil milhões de dólares dentro de dois anos, com destaque para as reservas de viagens online, cuja penetração deverá atingir os 54% até 2027.

Este relatório diz também que o “setor hoteleiro é o maior mercado fornecedor de viagens da região, respondendo por 47% de todas as reservas brutas de viagens em 2023” e que o México continua a ser o maior mercado de viagens da América Latina, representando 45% das reservas brutas de viagens em 2023.

 

 

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“Brasil é o campeão dos Stopovers” da TAP e corresponde a quase 50% dos passageiros

Segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, “o Brasil tem cerca de 49% ou 50% dos passageiros em Stopover”, o que torna este programa numa “ferramenta de vendas importantíssima” para a companhia aérea.

Inês de Matos

O mercado brasileiro é o que mais adere ao Stopover da TAP e representa cerca de 50% dos passageiros que usufruem deste programa, revelou Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, considerando que esta é uma “ferramenta de vendas importantíssima” para a companhia aérea.

“As pessoas podem ficar até 10 dias, são duas viagens numa só e entre todos esses passageiros que transportamos, o Brasil é o campeão dos Stopovers. O Brasil tem cerca de 49% ou 50% dos passageiros em Stopover, para nós é uma ferramenta de vendas importantíssima”, afirmou o responsável, em declarações aos jornalistas, à margem da 36.ª edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado, que decorreu entre 7 e 10 de novembro.

Carlos Antunes explicou que, em 2022 e no início de 2023, “Portugal foi o principal destino dos brasileiros”, algo que tem vindo a mudar com o regresso à operação  de outras companhias aéreas no pós-pandemia, pelo que a TAP tem vindo a promover ainda mais este programa que permite ficar uns dias em Portugal, em viagens cujo destino final não é o território nacional.

“Portugal ainda é o nosso principal foco, mas temos vindo a diversificar a venda para outros destinos. Hoje, há uma componente muito significativa de venda para outros destinos, diria que até superior a 50% do total dos nossos passageiros porque acompanhamos o mercado. E o Portugal Stopover é uma ferramenta espetacular para dizer: vai para Roma, então vá connosco e fique uns dias em Portugal”, explicou o responsável.

Por isso, o diretor da TAP para as Américas defende que o programa deve ser reforçado “com mais parceiros e benefícios, com mais comunicação”, motivo pelo qual a parceria entre a TAP e o Turismo de Portugal “é fundamental”.

Programa “é naturalmente um aspeto muito positivo”, reconhece Turismo de Portugal

Tal como Carlos Antunes, também Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, considerou durante o Festuris que o Portugal Stopover “é naturalmente um aspeto muito positivo”, uma vez que ajuda a trazer mais turistas para Portugal.

“É sempre bom porque a capacidade aérea que a TAP tem instalada em todo o território do Brasil é imensa, é a companhia que mais tem presença no Brasil para a Europa e para Portugal em particular. Aproveitar toda essa capacidade para que as pessoas que se dirigem a outros destinos fiquem em Portugal o máximo de tempo possível, é naturalmente um aspeto muito positivo”, defendeu a responsável.

Lídia Monteiro explicou que, por isso, o Turismo de Portugal tem vindo a apoiar este programa da TAP, ajudando também à sua promoção, uma vez que existe uma relação próxima entre as duas entidades, principalmente no que diz respeito ao mercado brasileiro.

“Sempre apoiámos muito essa iniciativa da TAP do Stopover e temos estado empenhados com eles na promoção. Aliás, a TAP é uma parceira por excelência de Portugal no Brasil. Fazemos muitas ações de promoção de Portugal juntamente com a TAP e em todas as ações de capacitação e roadshows que fazemos no Brasil, a TAP está sempre presente”, acrescentou.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

 

 

 

 

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Futuro inclusivo de género para o turismo africano defendido em congresso

O Ministério do Turismo e Assuntos Culturais da Serra Leoa, em colaboração com a ONU Turismo, sediou um Congresso Regional de Mulheres no Turismo com o tema “Além do empoderamento, para educação, inovação e acesso financeiro”.

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O congresso reuniu mais de 500 participantes dos setores público e privado, alojamento e indústrias culturais e criativas em Serra Leoa. Com foco em políticas sensíveis ao género e expansão do acesso à educação, mentoria, inovação tecnológica e finanças, delegados de 12 países africanos enriqueceram as discussões: Serra Leoa, Burkina Faso, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gâmbia, Quênia, Libéria, Namíbia, Nigéria, África do Sul, Zâmbia e Zimbábue.

Elcia Grandcourt, diretora para a África na ONU Turismo, foi acompanhada por representantes de várias organizações internacionais, incluindo ONU Mulheres e AUDA-NEPAD, bem como pelo Coordenador Residente da ONU para Serra Leoa.

Num forte compromisso com a inclusão, o congresso facilitou a participação de mulheres com limitações físicas, fornecendo interpretação em linguagem gestual e encorajando as mulheres com deficiência a envolverem-se plenamente em todas as atividades que digam respeito ao turismo.

Em sua mensagem de vídeo, Natalia Bayona, Diretora Executiva de Turismo da ONU, anunciou a alocação de 100 bolsas de estudo da organização “Tourism Online Academy” para o governo de Serra Leoa: 50 “Introdução à Gestão da Indústria do Turismo” e 50 “Introdução ao Direito Internacional de Turismo e Viagens”. Esta iniciativa aborda a necessidade urgente de educação abrangente e desenvolvimento de habilidades no setor de turismo, estendendo-se além da hospitalidade tradicional para incluir marketing digital e comércio eletrónico, com apoio governamental para a educação acessível.

Os especialistas também destacaram a importância de impor políticas de igualdade de género para garantir a representação das mulheres em funções de liderança e tomada de decisão, e para promover um ambiente de apoio à colaboração e networking. Estratégias inovadoras alavancando as redes sociais e o comércio eletrónico foram discutidas como ferramentas cruciais para a construção de marca e engajamento de mercado, enquanto abordar a exclusão digital para mulheres vulneráveis ​​e geograficamente isoladas surgiu como uma prioridade.

No âmbito do congresso, foi realizado um workshop técnico sobre acesso financeiro, equipando 80 mulheres empreendedoras de 30 organizações e associações com insights para navegar em ecossistemas financeiros.

À margem do congresso, o Women in Tourism Africa Leadership Committee (WITLAC), um comité pan-africano apoiado por vários Estados-membros africanos e facilitado pelo Secretariado de Turismo da ONU, convocou duas reuniões fechadas para avaliar o progresso e desenvolver ainda mais iniciativas que apoiam o empoderamento das mulheres no turismo, tendo focado em educação, inovação e acesso a financiamento, com resultados tangíveis.

 

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“Espanha Verde”: uma marca turística 4 em 1

Criada há 35 anos para representar as regiões da Galiza, Astúrias, Cantábria e País Basco na promoção e posicionamento do destino, “Espanha Verde” veio a Portugal para dar a conhecer o património, arquitetura, paisagem natural, gastronomia e vinhos. Pode ler a entrevista a Xosé Manuel Merelles, diretor da Agência de Turismo da Galiza, na próxima edição do Publituris.

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Galiza, Astúrias, Cantábria e País Basco uniram-se numa única marca turística para promover o destino e explorar o seu património, arquitetura, paisagem natural, gastronomia e vinhos. Criada há 35 anos, Espanha Verde veio dar-se a conhecer na cidade do Porto “pela relação transfronteiriça que temos com toda a região Norte de Portugal”, explica Xosé Manuel Merelles, diretor da Agência de Turismo da Galiza, região que assume a coordenação das ações promocionais da Espanha Verde em 2024.

“O mercado português é muito importante para nós, não apenas pela proximidade geográfica, mas também pela afinidade cultural que temos em comum”, realça Xosé Manuel Merelles, salientando que “temos números muito diferentes em cada região”, com o mercado português a ser “o principal mercado na Galiza, representando mais de 44% do turismo internacional”. Já nas Astúrias, Portugal “ocupa o terceiro lugar” e na Cantábria e no País Basco, os portugueses “representam cerca de 3,5% dos turistas estrangeiros”, acrescenta o responsável.

A par de Portugal, as quatro regiões que compõem a Espanha Verde têm como mercados prioritários França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Estados Unidos da América.

Ao Publituris, entrevista que poderá ler na íntegra na próxima edição do jornal, Xosé Manuel Merelles afirmou que “apresentar pela primeira vez esta marca em Portugal permite-nos aumentar a notoriedade da ‘Espanha Verde’ no mercado português, tornando-a cada vez mais acessível e democrática, despertando a curiosidade e o interesse para a sua vivência”.

Numa abordagem coletiva que estimula o espírito de aventura e o respeito pela natureza, a marca desenvolve projetos conjuntos para divulgar produtos turísticos transversais às quatro regiões, graças a propostas imersivas e sensoriais. “A Grande Rota da Espanha Verde”, um dos projetos centrais da marca, que consiste num roteiro que permite conhecer as quatro regiões em 16 etapas, desfrutando da riqueza da paisagem natural protegida, da imponência do património e da arquitetura, da sofisticação da oferta vínica e gastronómica ou da diversidade da cultura e das tradições, aspetos que unem as quatro comunidades e definem a sua identidade.

O “Corredor Ecoturístico Espanha Verde” é outro dos grandes projetos desenvolvidos pela marca, em parceria com o Turismo de Espanha. Financiado por fundos europeus, este será em breve o maior corredor ecoturístico da Europa, integrando 30 espaços protegidos e cerca de 350 empresas turísticas das quatro comunidades, numa aposta clara por novos serviços no turismo sustentável, social e ambiental.

Com 56 restaurantes galardoados com Estrelas Michelin, grutas com arte pré-histórica declarada Património da Humanidade pela UNESCO, 42 espaços naturais protegidos, entre parques e reservas, 2.500 quilómetros de costa marítima e mais de 30 vias verdes exclusivas a peões e a ciclistas, o território “Espanha Verde” incentiva a atividades como uma degustação enogastronómica de excelência, a prática de desporto, especialmente o surf, a realização do Caminho de Santiago Norte, marcado por vias medievais, ou o slow sleep, segmento que valoriza os alojamentos de charme situados no meio da natureza.

“Acreditamos que as quatro regiões têm aspetos em comum, mas também muitas coisas que as diferenciam, contribuindo para experiências únicas e completas”, disse ainda Xosé Manuel Merelles ao Publituris.

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