Tráfego nos aeroportos nacionais cresceu 15% acima de 2019 no 1.º trimestre, indica a Vinci Airports
O maior crescimento, indica a Vinci Airports, foi registado na Madeira, onde o tráfego evidenciou um acréscimo de 44%, ainda que o maior número absoluto de passageiros tenha sido contabilizado em Lisboa, com um recorde de sete milhões de passageiros.
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Os aeroportos nacionais registaram, no primeiro trimestre do ano, um total de 13 milhões de passageiros, num aumento de tráfego que ficou 15% acima de igual período de 2019, antes da pandemia da COVId-19, avança a Vinci Airports, concessionária da ANA Aeroportos de Portugal.
O maior crescimento, indica a empresa que detém a gestão dos aeroportos nacionais, foi registado na Madeira, onde o tráfego evidenciou um acréscimo de 44%, ainda que o maior número absoluto de passageiros tenha sido contabilizado em Lisboa, que apresentou, nos três primeiros meses de 2023, “um recorde de sete milhões de passageiros”, número que representa uma subida de 14% face a igual período de 2019.
“A Madeira continua a ser um destino popular (com um aumento de 44% do tráfego no aeroporto da Madeira, em parte devido à abertura de uma nova base da Ryanair em abril de 2022), Lisboa acolheu um recorde de 7 milhões de passageiros neste trimestre (um aumento de 14%) – impulsionado pelo excelente desempenho das ligações com França, Reino Unido e Brasil, entre outros”, lê-se no comunicado enviado à imprensa na sexta-feira, 14 de abril.
Além de Portugal, também os outros aeroportos geridos pela Vinci Airports em todo o mundo apresentaram resultados positivos, num total de mais de 56 milhões de passageiros, o que representa cerca de 20 milhões a mais que em igual período de 2022, mas ainda 12% abaixo do registado no primeiro trimestre de 2019. No entanto, excluindo a Ásia, o tráfego nos aeroportos da Vinci Airports ficou apenas 4% abaixo do total do primeiro trimestre do último ano antes da pandemia.
Importante para estes número foi a recuperação do tráfego doméstico que, segundo a Vinci Airports, “quase regressou aos níveis pré-pandémicos” e ficou apenas 3% abaixo dos níveis de 2019 em março e em toda a rede da Vinci Airports, enquanto o tráfego internacional “continua a melhorar”, apesar de ainda estar 15% mais baixo do que em igual período de 2019.
No entanto, como acrescenta a Vinci Airports, “vários aeroportos da Europa e das Américas alcançaram números de tráfego recordes”, como foi o caso de Portugal, ultrapassando mesmo os números de 2019, “impulsionados por uma forte procura e pelo boom de ofertas implementadas durante a crise”.
Além dos aeroportos portugueses, a Vinci Airports registou também um bom desempenho no aeroporto de Belgrado, na Sérvia, com um crescimento de 27% face a 2019, beneficiando do “forte impulso das rotas para a Turquia (mais 84%)”, mas também das novas ligações a destinos como França, Alemanha e China.
Em Belgrado, o crescimento do tráfego pode ser ainda explicado devido à terceira aeronave que a Wizzair baseou neste aeroporto, desde abril de 2022, assim como à quarta, já em abril deste ano.
Já no México, o tráfego nos aeroportos OMA tem vindo a registar “uma subida vigorosa neste trimestre”, impulsionada pela capacidade de crescimento rápido da Viva Aerobus (91% acima), Volaris (40%) e American Airlines (82%), o que tem contribuído para o aumento do tráfego, tanto doméstico como para os EUA (24%).
Depois, há ainda aeroportos que estão a continuar a recuperação, a exemplo de Londres Gatwick, “onde o tráfego recuperou neste trimestre, particularmente para destinos mediterrânicos”, indica a Vinci Airports.
“O aeroporto continua a melhorar a sua conectividade, como se constata pelos novos voos anunciados para o verão (incluindo a Norse Atlantic, com cinco aeronaves baseadas em Gatwick para ligações transatlânticas)”, acrescenta a empresa concessionária da gestora dos aeroportos nacionais.
No Santiago do Chile, também houve reforço de operações, nomeadamente Sky Airlines (mais 11%), o que contribuiu para o reforço da capacidade nesta infraestrutura aeroportuária e para o aumento do tráfego, que regista uma descida de apenas 3% em março, face a igual mês de 2019.
Já em França, os aeroportos alpinos apresentaram uma “clara recuperação com a primeira temporada completa de esqui desde 2019”, progresso que foi, no entanto, “ligeiramente afetado em alguns aeroportos em março, quando o tráfego foi interrompido devido a greves dos trabalhadores da aviação”.
No Japão, o programa do governo de apoio ao turismo nacional também “intensificou o tráfego interno neste trimestre, que regressou aos níveis pré-pandémicos em março”, ao contrário do tráfego na China, que “ainda não recuperou de uma forma significativa”, apesar das autoridades chinesas terem flexibilizado as “principais restrições de viagens internacionais” que tinham sido adotadas devido à COVID-19.
“Isto deve-se em parte às restrições de viagem do Japão de e para a China, em vigor até 1 de abril, bem como ao tempo necessário para reconstruir os serviços de viagem (ou seja, procedimentos de vistos, restabelecimento dos horários de voo e serviços de turismo, etc.). Ainda assim, o tráfego internacional em destinos asiáticos na rede VINCI Airports (Japão e Camboja) melhorou graças à forte recuperação nos voos regionais (Coreia do Sul, Singapura e Taiwan)”, explica ainda a Vinci Airports.