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Voos na Europa deverão atingir 11 milhões em 2025, prevê Eurocontrol

Os voos em espaço europeu deverão atingir níveis pré-pandémicos em 2025, chegando aos 11 milhões prevê a Eurocontrol.

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Os voos em espaço europeu deverão atingir níveis pré-pandémicos em 2025, chegando aos 11 milhões prevê a Eurocontrol.

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De acordo com a última previsão da Eurocontrol, os voos em espaço europeu deverão atingir os 11 milhões até 2025, o que significa que recuperarão os números de 2019. A agência europeia considera, no entanto, que estes números deverão ser vistos com cautela, devido à atual conjuntura, principalmente, por causa da guerra na Ucrânia e, também, porque a evolução é muito ligeira.

“Depois de 2025, espera-se que o crescimento dos voos seja em média de 1,5% ao ano na previsão base, devido às maiores incertezas no horizonte de sete anos (inflação mais alta, pressão sobre os preços do petróleo, preocupações ambientais, entre outros). À medida que os riscos negativos prevalecem, o número de voos na previsão baixa estagna a partir de 2025”, observa a Eurocontrol.

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No ano passado (2022), a Eurocontrol informou que o tráfego aéreo europeu atingiu um total de 83% dos níveis pré-pandêmicos. Paralelamente, a agência atribui a notável melhoria ao aumento da procura detetada no último ano, que se reflete também no aumento das reservas de voos, sobretudo a partir do sul da Europa.

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Os números recentes do Airport Council International (ACI) Europe relativos ao número de passageiros nos aeroportos europeus mostram que houve um aumento total de 48% em fevereiro deste ano, em comparação com os números do mesmo mês do ano anterior, revelando assim uma recuperação significativa observada na indústria da aviação.

Além disso, o relatório publicado pela ACI revelou que 10 mercados atingiram ou até superaram uma recuperação total no ano passado, indicando os aeroportos com melhor comportamento, entre eles os portugueses.

Assim, segundo os dados da ACI Europe, a recuperação nos aeroportos nacionais foi de 18,9%, seguindo-se o Luxemburgo (10,9%), Chipre (9,7%), Malta (5,3%) e Bulgária (4,9%). enquanto o aeroporto seguinte apresentou os melhores desempenhos:

Ainda de acordo com a Eurocontrol, a decisão da União Europeia (UE) em permitir que as companhias aéreas instalem 5G nas aeronaves também contribuiu para o aumento da procura por reservas de voos.

“O 5G permitirá serviços inovadores para as pessoas e oportunidades de crescimento para as empresas europeias. O céu não é mais um limite quando se trata de possibilidades oferecidas pela conectividade super rápida e de alta capacidade”, salientou Thierry Breton, Comissário Europeu para o Mercado Interno, no passado.

Com base na alteração da decisão de implementação, os países da UE devem tornar as faixas de frequência de 5 GHz elegíveis para uso no exterior em veículos rodoviários até 30 de junho de 2023.

Recentemente, a Eurocontrol observou que o tráfego aéreo na Europa neste verão aumentará 15% em relação aos níveis de tráfego do ano passado, correspondendo a um total de 37.000 voos por dia.

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“Com a Nova Marina, Vilamoura reafirma-se como um polo de excelência no panorama europeu”

Com o ano de 1974 a marcar o início da atividade, a Marina de Vilamoura foi pioneira em Portugal, ocupando um lugar de referência no panorama da náutica de recreio nacional, continuando a ser a maior do país com 825 postos de amarração. Comemorados que estão os primeiros 50 anos, Isolete Correia, CEO da Marina de Vilamoura, afirma que o lançamento da Nova Marina representa “um salto qualitativo” e terá “capacidade de atrair novos clientes, com um poder de compra elevado”.

A comemoração do 50.º aniversário é sempre algo de assinalar e no caso da Marina de Vilamoura não poderia ser diferente. Isolete Correia, CEO da Marina de Vilamoura, destaca o contributo que a infraestrutura teve para o desenvolvimento do Algarve, salientando que “posicionou a região como um destino turístico de excelência”.

Com a Nova Marina em construção, Isolete Correia admite que “equilibrar o crescimento turístico com a preservação ambiental é um desafio que a Marina de Vilamoura assume com seriedade”. Certo é que a Nova Marina terá a capacidade de “atrair novos clientes, com um poder de compra elevado, que naturalmente irá ter um impacto económico positivo não só para a Marina, mas também para a região como um todo”.

 

A Marina de Vilamoura celebra, em 2024, o seu 50.º aniversário. Quais foram os principais marcos para esta infraestrutura ao longo destas cinco décadas?
A celebração dos 50 anos da Marina de Vilamoura marca meio século de inovação e excelência. Entre os principais marcos, destacamos a abertura em 1974, como a primeira marina em Portugal, um acontecimento que impulsionou significativamente o turismo náutico no panorama nacional e internacional.

Ao longo dos anos, a Marina recebeu múltiplos prémios internacionais, reconhecendo-a como uma das melhores marinas da Europa. Já recebeu vários anos consecutivos a distinção de Melhor Marina de Portugal, prémio promovido pelo Publituris nos Portugal Trade Awards, na categoria de “Melhor Marina”, e mais recentemente, obteve a certificação “5 Âncoras Douradas na Classe Platinum” que é atribuída pela Yacht Harbour Association (TYHA), tendo em conta o nível de infraestruturas disponibilizadas, bem como os serviços prestados. De notar, que a nível mundial apenas 11 marinas receberam esta certificação.

Um polo de desenvolvimento
De que forma é que a Marina de Vilamoura contribuiu para o desenvolvimento do Algarve e, mais concretamente, para a evolução do turismo na região e no país?
A Marina de Vilamoura tem contribuído para o desenvolvimento do Algarve, posicionando a região como um destino turístico de excelência. Ao atrair visitantes internacionais, especialmente no segmento do turismo náutico, a Marina contribuiu, e continua a contribuir, significativamente, para a dinamização económica e criação de empregos locais.

Adicionalmente, incentivou investimentos em infraestruturas associadas, como hotéis, restaurantes e lojas, reforçando a oferta turística do Algarve e de Portugal.

A Marina de Vilamoura é vista como uma referência no turismo náutico e no turismo de luxo em Portugal. Que papel desempenha esta infraestrutura no contexto do turismo algarvio e nacional?
No contexto do turismo algarvio e nacional, a Marina de Vilamoura desempenha um papel preponderante como um ícone de excelência e qualidade. Esta infraestrutura não só atrai proprietários de embarcações de alto padrão, como também serve de palco para eventos náuticos de renome, contribuindo para a projeção internacional do Algarve e de Portugal como destinos de excelência no turismo náutico.

A Marina atua também como ponto de convergência para o turismo de luxo, criando um ecossistema que beneficia diversos setores relacionados. Além disso, a Marina de Vilamoura tem um impacto económico significativo na economia local, promovendo o desenvolvimento de Vilamoura e da região circundante. A atração de turistas e proprietários de embarcações de grande dimensão eleva a procura por serviços de qualidade, alojamento, restauração e ofertas exclusivas, gerando uma receita substancial e emprego para a comunidade.

A Marina fomenta, igualmente a criação de empresas relacionadas com o setor náutico, impulsionando a inovação, empreendedorismo na região, ao mesmo tempo que contribui para a criação constante de postos de trabalho.

Nos últimos anos, o turismo náutico tem crescido significativamente na Europa. Como é que a Marina de Vilamoura se diferencia da concorrência no Mediterrâneo e no Atlântico?
As Marinas de Portugal acabam por ser complementares e não concorrentes, porque promovem o destino disponibilizando serviços diversificados e proporcionando uma experiência única aos seus visitantes.

Relativamente à concorrência no Mediterrâneo e no Atlântico, com a criação de lugares de grande porte na Nova Marina, atrairemos proprietários de grandes embarcações que normalmente navegam pela costa, oferecendo-lhes uma infraestrutura moderna e competitiva para posto de amarração e serviços de apoio, o que fortalecerá a nossa posição no mercado náutico internacional.

Que serviços ou experiências exclusivas oferecem aos proprietários de embarcações e visitantes?
A Marina de Vilamoura oferece uma diversificada gama de serviços exclusivos que incluem desde o concierge personalizado, manutenção e assistência técnica a embarcações, até comodidades de luxo como spa, restaurantes e outros. Os proprietários de embarcações têm ainda acesso a eventos náuticos exclusivos, regatas e workshops, promovendo uma experiência rica e diversificada. Para os visitantes, a Marina oferece experiências como passeios de barco, mergulho e outros desportos aquáticos, garantindo atividades diversificadas e memoráveis.

As dimensões de embarcações que procuram a Marina têm mudado? Há uma tendência crescente para embarcações de grande dimensão ou embarcações sustentáveis?
Nos últimos anos, verificou-se uma tendência crescente para embarcações de maior dimensão. Uma das principais prioridades da Marina de Vilamoura é a sustentabilidade, tendo sido uma das primeiras a nível mundial a obter a certificação da ISO 14001 alusiva ao ambiente, obtida em 2002. Existe uma crescente consciência ambiental entre os proprietários de embarcações, levando a uma maior procura por embarcações sustentáveis e de baixo impacto ambiental.

A Marina tem adaptado as suas instalações para responder a estas tendências, ajustando os postos de amarração e promovendo práticas cada vez mais ecológicas.

Falando em sustentabilidade, este é um tema cada vez mais central no setor náutico. Que práticas sustentáveis já estão implementadas na Marina de Vilamoura e que modelos de sustentabilidade é que a Nova Marina pretende adotar, especialmente no contexto da operação?
A Marina de Vilamoura tem implementado diversas práticas sustentáveis, como a gestão eficiente de resíduos, a utilização de energia renovável e a promoção de técnicas de limpeza ambientalmente responsáveis. Além disso, a Marina participa ativamente em programas de certificação ambiental e investe na sensibilização dos utilizadores para práticas sustentáveis. A Marina de Vilamoura orgulha-se de ter obtido várias certificações ISO, incluindo ISO 14001 (de 2002) que reconhece a eficácia dos sistemas de gestão ambiental adotados, e ISO 9001 (de 2004), que atesta a qualidade dos seus serviços.

Na Nova Marina, o compromisso é de adotar modelos de sustentabilidade, como a instalação de tecnologias para monitorização ambiental, utilização de materiais amigos do ambiente nas infraestruturas e promoção de iniciativas de conservação da biodiversidade marinha.

Como vê o equilíbrio entre crescimento turístico e a preservação ambiental na zona costeira do Algarve?Equilibrar o crescimento turístico com a preservação ambiental é um desafio que a Marina de Vilamoura assume com seriedade. A infraestrutura adota uma abordagem de desenvolvimento sustentável, garantindo que o aumento da atividade turística não compromete a qualidade ambiental da região. Estratégias como a gestão consciente dos recursos naturais, a implementação de práticas sustentáveis e a participação em projetos de conservação são cruciais para assegurar que o crescimento turístico contribua positivamente para a preservação do ecossistema costeiro do Algarve.

Uma Marina nova
O lançamento da Nova Marina é um marco importante. Quais são as principais novidades e melhorias face à infraestrutura atual?
O lançamento da Nova Marina representa um salto qualitativo, com infraestruturas de topo para receber embarcações de maior porte. Serão 68 postos de amarração para embarcações de grande dimensão, entre os 20 e os 40 metros, a introdução de tecnologias especializadas para a gestão e segurança, e a oferta de serviços exclusivos.

Que investimentos serão realizados e qual o impacto esperado na atratividade da Marina?
Os investimentos na Nova Marina serão direcionados para a ampliação e modernização das infraestruturas, incluindo a instalação de novos pontões, melhorias nos serviços de apoio náutico e a construção de áreas dedicadas ao lazer e cultura.

Adicionalmente, a Nova Marina passará a oferecer serviços inovadores como a gestão remota dos consumos de água e eletricidade, serviço de pump-out individualizado em cada posto de amarração, carregamento elétrico disponível para cada embarcação, fornecimento de água potável em todos os postos e uma dessalinizadora para lavagens de pontões e embarcações.

Para garantir uma experiência de excelência, serão também incluídos serviços de concierge disponível 24horas e WiFi gratuito em toda a Marina. Estes investimentos visam não só aumentar a capacidade de acolhimento de embarcações de luxo, mas também enriquecer a experiência dos visitantes, tornando a Marina ainda mais atrativa no panorama internacional.

Com esta nova fase, a posição de Vilamoura no panorama europeu é reforçada?
Com o lançamento da Nova Marina, Vilamoura reafirma-se como um polo de excelência no panorama europeu. As melhorias a nível de infraestruturas, aliadas ao compromisso com a sustentabilidade e a inovação, posicionam a Marina num patamar superior de competitividade. Através dos postos de amarração para embarcações de maiores dimensões, a Nova Marina tem a capacidade de atrair novos clientes, com um poder de compra elevado, que naturalmente irá ter um impacto económico positivo não só para a Marina, mas também para a região como um todo.

Em termos de preços, como se posiciona a Marina de Vilamoura face a outras marinas europeias de renome? Existe uma estratégia de diferenciação de valor?
A Marina de Vilamoura oferece uma relação custo-benefício excelente, quando comparada com outras marinas europeias de renome. A estratégia de diferenciação assenta na oferta de serviços de alta qualidade e exclusividade, combinados com um compromisso com a sustentabilidade e a inovação. A Marina de Vilamoura contou sempre ao longo da sua existência com uma equipa muito motivada e empenhada, fator importantíssimo para o sucesso dos 50 anos de história. Importa, ainda, realçar que a lealdade e a fidelidade de quem nos visita e escolhe é o que faz também o sucesso desta Marina.

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Hotéis “amigos” das crianças podem valer 175 mil milhões de dólares globalmente

Um recente estudo da Wanderland estima que uma aposta por parte da hotelaria no segmento das crianças poderá trazer uma oportunidade no valor de 175 mil milhões de dólares a nível global.

A hospitalidade dedicada às crianças poderá representar uma oportunidade de 175 mil milhões de dólares (cerca de 168 mil milhões de euros) para os hotéis a nível mundial, de acordo com o primeiro relatório anual sobre hospitalidade infantil da Wanderland.

O “Wanderland Kids Hospitality Report” aponta que, a nível mundial, o mercado hoteleiro vale 1 bilião de dólares (cerca de 960 mil milhões de euros) e as “indústrias infantis”, como os jogos e o retalho para crianças, valem já 850 mil milhões de dólares (mais de 815 mil milhões de euros), estimando, neste primeiro relatório, que a área em que estes dois setores se sobrepõem – hospitalidade infantil – possa superar os 175 mil milhões de dólares.

De acordo com as conclusões da análise, “até 25% das preferências de marca formadas na infância persistem na idade adulta”, o que significa que atrair crianças pode ser um “investimento lucrativo a longo prazo para as empresas”, incluindo os hotéis.

Até porque, segundo aponta, as famílias “não passam férias apenas em resorts”, que refere que 65% tencionam fazer férias na cidade, segundo a Family Travel Association. E, no entanto, estes viajantes (crianças) “não são suficientemente bem servidos pelos hotéis urbanos e outras propriedades que não são resorts ou destinos familiares”, afirma o relatório, salientando que até as ‘amenities’ para crianças são muitas vezes negligenciadas, “apesar de cerca de 77% dos pais afirmarem que são influenciados pelos filhos na seleção das atividades de férias”.

Segundo o relatório, a inovação neste segmento “estagnou”. “Parece que um livro de colorir marca a vanguarda das comodidades para crianças”, e tem sido assim há mais de 20 anos, segundo os autores do relatório. “Também descobrimos que a qualidade das comodidades oferecidas pelos hotéis de luxo de topo é muitas vezes a mesma qualidade das comodidades que se podem encontrar em locais económicos de nível básico”.

A Wanderland constatou, também, que as ofertas de hospitalidade para crianças mais comuns nos hotéis urbanos de luxo são livros para colorir ou de atividades, produtos de banho, roupões e chinelos para crianças, presentes selecionados individualmente, “pacotes de boas-vindas”, um ursinho de peluche ou uma mascote e guloseimas.

Menos frequentes, mas por vezes oferecidas, são comodidades como uma tenda, uma caça ao tesouro à volta do hotel, um passaporte para crianças, um livro de histórias específico do hotel ou uma consola de jogos de vídeo.

O relatório afirma que os hotéis de luxo podem oferecer mais comodidades exclusivas para as crianças do que atualmente – mesmo que não sejam resorts para famílias. “Os hotéis não precisam de ser Disneyworlds para beneficiarem de momentos memoráveis”, lê-se no relatório, salientando que as comodidades bem pensadas podem criar impressões duradouras.

Nesse sentido, a Wanderland também estabeleceu uma parceria com a agência de marketing infantil Kids Know Best para realizar inquéritos a crianças e pais sobre as suas opiniões e preferências em matéria de viagens e hotéis. Os resultados mostraram que a grande maioria das crianças considera os hotéis “divertidos e emocionantes” e a maioria delas afirmou ser “muito importante” que um hotel tenha ofertas específicas para crianças. No entanto, em geral, as crianças acreditam que “os hotéis não fazem o suficiente por elas”, conclui o inquérito.

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Proteção do turismo costeiro e marinho exige 65 mil milhões de dólares

Segundo contas feitas pelo WTTC, são necessários 65 mil milhões de dólares por ano para proteger o turismo costeiro e marinho da crise climática.

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Ao apelar a um investimento climático urgente no turismo costeiro e marinho para o proteger da escalada dos riscos climáticos, o World Travel & Tourism Council (WTTC) afirma que é necessário um investimento anual de 30 mil milhões de dólares (cerca de 28,5 mil milhões de euros) para a redução direta das emissões, com necessidades totais que atingem os 65 mil milhões de dólares (cerca de 62 mil milhões de euros) quando se incluem os esforços de adaptação climática.

As contas são apresentadas no relatório “Quantifying Coastal and Marine Tourism and Protecting Destinations”, desenvolvido pelo WTTC em colaboração com o Grupo Iberostar e a Oxford Economics, sublinhando a dupla necessidade de ação climática e de construção de resiliência.

Em 2023, o turismo costeiro e marinho gerou diretamente 1,5 biliões de dólares (mais de 1,4 biliões de euros) e apoiou 52 milhões de empregos a nível mundial, representando cerca de 50% das despesas de todos os turistas a nível mundial, gerando 820 mil milhões de dólares (cerca de 780 mil milhões de euros) em receitas fiscais diretas.

Reconhecendo a importância económica, a pegada ambiental do turismo costeiro e marinho “exige medidas rápidas de atenuação e adaptação”, afirma o WTTC, destacando o relatório que turismo costeiro e marinho contribuiu diretamente com 0,8% das emissões globais de GEE em 2023, o que equivale a 390 milhões de toneladas de CO₂.

“Os destinos costeiros em todo o mundo, especialmente aqueles em regiões vulneráveis, enfrentam ameaças crescentes das alterações climáticas, incluindo a subida do nível do mar, condições meteorológicas extremas e erosão costeira”, salienta o WTTC.

“Os pequenos estados insulares em desenvolvimento e as zonas costeiras do Pacífico, em particular, estão sob forte pressão, com o aumento das deslocações relacionadas com o clima e as perdas económicas a colocarem desafios urgentes”, reconhece a entidade, afirmando que “isto torna claro que os investimentos na ação climática não são apenas essenciais, mas urgentes”.

Para Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, “o turismo costeiro e marinho é uma tábua de salvação para milhões de pessoas em todo o mundo. A proteção da nossa costa e da vida marinha não é apenas uma necessidade ambiental, é um imperativo social. O nosso relatório quantifica a dimensão do desafio. A redução do impacto ambiental do turismo costeiro e marinho pode custar 65 mil milhões de dólares por ano”.

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FITUR alinha-se com o desafio global do turismo

De 22 a 26 de janeiro, a FITUR alinha-se com o desafio global do turismo e coloca a sustentabilidade no centro da sua programação, de forma a contribuir para um crescimento económico coeso.

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Faltam dois meses para o arranque da 45.ª edição da FITUR, que se realiza de 22 a 26 de janeiro de 2025, salientando a organização que a feira se “alinha com o desafio global do turismo e coloca a sustentabilidade no centro da sua programação, de forma a contribuir para um crescimento económico coeso”.

Tendo encerrado a última edição com mais de 250.000 visitantes e a participação de 9.000 empresas, em representação de 152 países, alinha-se com o desafio global do setor e reforça o seu compromisso com a promoção do turismo responsável, convidando os seus profissionais a reforçar o seu orgulho de pertença.

Assim, a IFEMA Madrid, entidade organizadora da FITUR, convoca o mercado turístico mundial, colocando a sustentabilidade no centro do seu programa, com o objetivo de contribuir para um crescimento económico coeso e de dar a conhecer práticas respeitadoras com impacto positivo e replicável, de forma a continuar a melhorar a qualidade da atividade turística.

Para tal, a organização estabelece dois objetivos para dois dos seus projetos. Por um lado, o Observatório FITURNEXT, plataforma da FITUR para a promoção de melhores boas-práticas, que há seis edições trabalha ao longo de todo o ano para identificar e analisar iniciativas implementadas a nível global por destinos, empresas e organizações sobre um determinado desafio do setor. Nesta ocasião, o Desafio 2025 centrou-se na forma como o turismo pode contribuir para uma gestão sustentável dos alimentos e, após a análise de quase 300 propostas, os vencedores foram a Rutas Gastronómicas Sostenibles de Extremadura (Espanha), Hurtigruten Cruises (Noruega) e Too Good To Go (Dinamarca).

Por outro lado, o FITUR 4all, o espaço que, pelo segundo ano consecutivo, aproxima todas as pessoas com necessidades de acessibilidade a destinos e serviços turísticos com o objetivo de promover o turismo inclusivo. Este projeto, para além de premiar as melhores iniciativas, vai criar o primeiro Guia de Boas-Práticas sobre Acessibilidade em 2025 para incentivar o empenho no desenvolvimento e promoção do turismo inclusivo em todo o mundo.

Para além do objetivo de inspirar os profissionais a adotar práticas sustentáveis que contribuam para a proteção da natureza e das comunidades locais, bem como de promover uma participação responsável na feira, a FITUR 2025 pretende também fomentar o orgulho dos seus profissionais em pertencer a um setor crucial que gera um impacto positivo no desenvolvimento económico e social.

Neste contexto, a organização destaca que “toda a cadeia de valor do turismo contribui para a criação de emprego, a preservação da diversidade cultural e do património histórico, o estímulo ao investimento em infraestruturas e serviços e a promoção de um modelo de desenvolvimento sustentável”. Fazer parte desta indústria significa “estar no centro de uma atividade que, para além da sua contribuição para as economias, cria espaços de intercâmbio e de respeito mútuo, contribuindo para a compreensão entre culturas, a cooperação global e o progresso”.

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Portugal soma 19 prémios nos World Travel Awards

Depois de ter recebido os “World Golf Awards”, tendo Portugal sido eleito como “Melhor Destino de Golfe do Mundo”, o Funchal voltou a ser palco para a 31.ª edição dos “World Travel Awards”, de onde Portugal saiu com 19 prémios.

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Portugal arrecadou 19 prémios na edição deste ano dos World Travel Worlds, evento realizado no Funchal, ou seja, mais sete que na edição passada de 2023.

Braga recebeu, pelo segundo ano consecutivo, a premio de destino emergente, enquanto o Algarve foi eleito, novamente, melhor destino de praia do mundo, prémio que recebera em 2020 e 2021, Lisboa tornou-se no melhor destino para escapadas urbanas e a melhor cidade de património, e, mais acima, o Porto recebeu o prémio de melhor destino metropolitano à beira-mar, a Madeira foi declarada pela 10.ª vez consecutiva o melhor destino insular e os Açores o melhor destino para turismo de aventura.

Além dos prémios entregues às regiões de Portugal, os Passadiços do Paiva foram distinguidos como melhor atração para turismo de aventura, o Dark Sky Alqueva o melhor projeto de turismo responsável e a Parques de Sintra – Monte da Lua a melhor empresa do mundo em conservação.

Já a TAP repetiu os prémios de companhia líder nas ligações aéreas a África e América do Sul.

Na hotelaria, a Amazing Evolution também repetiu o prémio de líder na gestão de hotéis boutique, o Olissipo Lapa Palace foi eleito melhor hotel clássico, o Dunas Douradas Beach Club melhor resort de golf e villas e o Bairro Alto Hotel melhor hotel histórico de referência.

Ainda na hotelaria, o Savoy Palace, local que recebeu a gala, foi eleito melhor hotel de luxo, e o The Reserve, do mesmo grupo, alcançou o prémio de melhor boutique hotel de luxo, enquanto o Saccharum (também pertencente ao Savoy, mas na Calheta) passou a ser considerado o melhor retiro.

Os vencedores dos World Travel Awards 22024 são:

World’s Leading Adventure Tourism Destination 2024: Açores
World’s Leading Adventure Tourist Attraction 2024: Passadiços do Paiva (Arouca UNESCO Global Geopark)
World’s Leading Airline to Africa 2024: TAP Air Portugal
World’s Leading Airline to South America 2024: TAP Air Portugal
World’s Leading Beach Destination 2024: Algarve
World’s Leading Boutique Hotel Operator 2024: Amazing Evolution
World’s Leading City Break Destination 2024: Lisboa
World’s Leading Classic Hotel 2024: Olissippo Lapa Palace Hotel
World’s Leading Emerging Tourism Destination 2024: Braga
World’s Leading Golf & Villa Resort 2024: Dunas Douradas Beach Club
World’s Leading Island Destination 2024: Madeira
World’s Leading Landmark Hotel 2024: Bairro Alto Hotel
World’s Leading Luxury Boutique Hotel 2024: The Reserve
World’s Leading Luxury Hotel 2024: Savoy Palace
World’s Leading Retreat 2024: Saccharum
World’s Leading Seaside Metropolitan Destination 2024: Porto
World’s Responsible Tourism Award 2024: Dark Sky Alqueva
World’s Leading Conservation Company 2024: Parques de Sintra – Monte da Lua

 

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Aviação

IATA acusa Espanha de medida “ilegal que deve ser travada”

A IATA condena a decisão do Governo espanhol de ignorar a legislação europeia e multar as companhias aéreas em 179 milhões de euros, referindo que esta medida “põe em causa a liberdade de fixação de preços”.

Victor Jorge

A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) condenou a decisão do Governo espanhol de ignorar a legislação europeia, suprimir as taxas de bagagem de cabina para os passageiros em Espanha e multar as companhias aéreas em 179 milhões de euros. Esta medida, diz, “põe em causa a liberdade de fixação de preços, que é fundamental para a escolha do consumidor e para a concorrência, um princípio há muito defendido pelo Tribunal de Justiça Europeu”.

“Trata-se de uma decisão terrível. Longe de proteger os interesses dos consumidores, é uma bofetada na cara dos viajantes que querem ter escolha”, afirma Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

Segundo o mesmo, “proibir todas as companhias aéreas de cobrar pelas malas de cabine significa que o custo será automaticamente incluído em todos os bilhetes”. Em tom irónico Walsh questiona ainda “O que é que se segue? Obrigar todos os hóspedes de um hotel a pagar pelo pequeno-almoço? Ou obrigar toda a gente a pagar o bengaleiro quando compra um bilhete para um concerto? A legislação da UE protege a liberdade de fixação de preços por boas razões. E as companhias aéreas oferecem uma série de modelos de serviços, desde o transporte com tudo incluído ao transporte básico. Esta medida do Governo espanhol é ilegal e deve ser travada””.

Recorde-se que o Governo de Espanha confirmou na passada semana uma multa de cerca de 179 milhões de euros a cinco companhias aéreas ‘low cost’ por fazerem os clientes pagar a bagagem de mão ou serviços como a escolha de lugares contíguos.

Ryanair (107,7 milhões de euros), Vueling (39,2 milhões de euros), easyJet (29 milhões de euros), Norwegian (1,6 milhões de euros) e Volotea (1,1 milhões de euros) são as companhias aéreas multadas, segundo o Ministério de Direitos Sociais e Consumo de Espanha.

Recorde-se que não é a primeira vez que a Espanha tenta tomar medidas regulamentares e aplicar multas semelhantes. Em 2010, o Governo espanhol tentou impor coimas e restrições semelhantes às companhias aéreas com base no artigo 97.º da Lei espanhola 48/1960 – uma lei promulgada quando Espanha era uma ditadura fascista. Esta tentativa foi anulada pelo Tribunal de Justiça da UE com base num regulamento da UE que protege a liberdade de fixação de preços (artigo 22.º do Regulamento n.º 1008/2008).

“Falharam uma vez e vão voltar a falhar. Os consumidores merecem mais do que esta medida retrógrada que ignora a realidade dos viajantes de hoje. A indústria do turismo em Espanha cresceu e representa quase 13% do PIB do país, com 80% dos viajantes a chegarem por via aérea e muitos deles preocupados com o seu orçamento. As tarifas aéreas baratas desempenharam um papel importante no crescimento deste sector da economia. O Governo não tem competência – jurídica ou prática – para eliminar a disponibilidade de tarifas aéreas de base. O TJCE concluiu este facto há uma década”, frisa Walsh,

Segundo a IATA, o transporte de malas de cabina “tem um custo associado”. Este custo traduz-se, segundo a mesma, “no aumento dos tempos de embarque, devido ao tempo que os passageiros demoram a acomodar a sua bagagem. A utilização das aeronaves é um parâmetro fundamental para a rentabilidade das companhias aéreas, especialmente nas operações de pequeno curso. O acréscimo de mais 10 a 15 minutos em terra para embarcar em cada voo reduz rapidamente o número de voos e de aviões que podem ser efetuados por dia”.

“O pior resultado possível de um regulamento é o facto de todos pagarem mais por menos opções”, conclui o diretor-geral da IATA.

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Victor Jorge

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TP vai alargar número de delegados nos mercados emergentes, segundo o SET

O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, que presidiu à sessão de abertura da 20ª Convenção da Airmet, sexta-feira, na ilha Terceira (Açores), revelou que o Turismo de Portugal vai alargar o número de delegados (até oito ou nove) nos mercados emergentes.

Pedro Machado disse aos jornalistas que “o Turismo de Portugal, há dois anos a esta parte, conseguiu sair daquilo que era a ligação e tutela do AICEP e passar a ter autonomia”, assim, avançou “fez com que tivéssemos reconduzido e garantido aos delegados do Turismo de Portugal um conjunto de direitos que até aí estavam condicionados”. Neste âmbito, referiu, “hoje temos previstos alargar até oito ou nove o número de delegados do Turismo de Portugal no estrangeiro”.

Neste caso, segundo o governante, “estamos a falar nos Estados Unidos, México, possivelmente na Austrália, ou seja, em mercados que consideramos que podem ser emergentes, e que justificam a presença dos delegados do Turismo de Portugal, alargando, desta forma a rede e aumentando a pressão da marca Portugal nesses mercados internacionais” avançando que está na proposta do Orçamento de Estado.

“Não excluo a Ásia, e vamos reforçar, até porque temos uma ligação direta com a Coreia do Sul, e estamos a querer reforçar a nossa presença noutros países desse continente. O Japão já tem um delegado que faz um trabalho nessa zona do mundo, mas podemos vir a reforçar, até porque 2025 é o ano da Exposição Universal de Osaka, e Portugal quer estar muito forte nesse evento com o tema sobre o mar”, disse.

E África? Segundo o secretário de Estado, “neste momento estamos a olhar o continente africano, sobretudo para os PALOP. No entanto, sabemos que dos 10 países que mais vão crescer nas próximas duas décadas, oito são em África. Portanto, neste momento estamos a reforçar a nossa presença através dos protocolos com Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, países onde as Escolas do Turismo de Portugal e o programa Revive têm sido solicitados”. No entanto, avançou que “não escamoteamos a hipótese de olhar para um fenómeno global que vai ser o crescimento exponencial dos países com mais população do mundo e que vão ser de África. Por isso, vamos olhar para esses com atenção”.

Voltando ao México, Pedro Machado precisou que até agora os voos da TAP para Cancun eram praticamente charters para levar portugueses e outros europeus que vinham a Portugal e os aproveitavam, a nossa ambição é diferente. “Estive na Cidade do México, que tem 12,2 milhões de habitantes, só por si um ativo estratégico do que pode ser um potencial mercado, os mexicanos olham para Portugal numa ótica religiosa, na cultura, na gastronomia e nos vinhos, onde nós apostamos forte, e olhamos para essa praça, não no sentido de estarmos a competir com os destinos estivais que o México tem, mas trazê-los para Portugal”.

Realçou que “o mesmo acontece em relação à Argentina, que tem 50 milhões de consumidores, muito motivados pela atratividade do turismo religioso, com Fátima à cabeça, mas não só”, indicando que “tenho feito esses contactos com aquele mercado e sinto que há uma vontade expressa da Argentina também poder ter ligação direta com Portugal”.

Formar mil migrantes em tempo recorde

Um dos temas da intervenção do secretário de Estado do Turismo na abertura da 20ª Convenção da Airmet, na Terceira, foi a questão de escassez dos recursos humanos para o setor do Turismo e do programa de formação acelerada de migrantes que vai ser levada a cabo. Em declarações aos jornalistas, Pedro Machado especificou que “é uma das 60 medidas que apresentámos no programa Acelerar Economia, tem na base uma dotação orçamental de 2,5 milhões de euros e o objetivo é formarmos num tempo recorde cerca de mil pessoas, e estamos a falar de migrantes, numa parceria entre o Turismo de Portugal e a AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo) a quem vamos pedir a seleção desses migrantes, com critérios claros, para poderem vir fazer formação intensiva, entre 60 e 90 dias, nas Escolas do Turismo de Portugal e, depois, num terceiro lado, através da  CTP termos as empresas que vão receber esses migrantes formados”. Este programa, segundo o governante, deverá ser lançado até ao final deste ano para que o início da formação possa arrancar no início de 2025, e que estejam aptos antes do verão.

Estratégia 2035

Pedro Machado fez ainda aos jornalistas um balanço do ciclo de conferências “Estratégia Turismo 2035 – Construir o Turismo do Futuro”, que termina a sua sétima e última ronda, esta segunda-feira, em Faro, que considera “positivo”.

“Olhando para os números, tivemos a última sessão 608 pessoas presentes em Aveiro, a sessão do Porto contou com mais de 400 pessoas, o que significa a vontade expressa das empresas, da academia e dos operadores de participarem na definição da estratégia, ou seja, houve uma capacidade de mobilização e de atração em relação àquilo que é a nova definição da estratégia do que queremos que Portugal seja em 2035”.

Por outro lado, observou Pedro Machado, “é preciso fazer uma avaliação crítica do que fizemos até aqui”, destacando que “a Estratégia 2027 que terminaria nesse ano foi, em 2024, ultrapassada por si própria, isto é, este ano, superámos todos os objetivos que Portugal tinha traçado para 2027, em receitas, dormidas e em turistas, o que faz com que antecipemos a discussão, tendo por base o facto de sermos vítimas do nosso sucesso”.

Em terceiro lugar, o responsável pela tutela do Turismo realçou que “trazermos para a agenda os novos desafios: A pressão sobre os recursos, nomeadamente os hídricos, a questão do envelhecimento e da demografia, bem como o aparecimento da Inteligência Artificial”, evidenciando que alguns já estavam na Estratégia 27, como a sustentabilidade ou a definição dos produtos turísticos.

Neste caso, o governante assumiu, em declarações aos jornalistas que “não vamos deturpar o que estava bem feito, mas sim o ajustamento entre a perspectiva do alargamento de Portugal para novos mercados com o aparecimento de mercados emergentes, a definição e avaliação do que são hoje os riscos da atividade do turismo, nomeadamente, a perceção pública sobre o que representa a pegada do turismo que é preciso balizarmos e acabarmos com esses mitos urbanos, aquilo que representa a falta de mão de obra e onde é que Portugal pode e deve alavancar. É isso que está a ser tratado, a acrescentar à questão da inovação e da tecnologia”.

O que importa agora analisar, na perspectiva do secretário de Estado, “é como é que pegamos nos bons exemplos e na experiência que tivemos até 2024 e transportamos para uma estratégia vencedora até 2035, documento final que será apresentado em fevereiro do próximo ano”.

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SET quer sentar à mesa APAVT e ANAV para discutir se vale a pena duas figuras de Provedor do Cliente das agências de viagens

“Não faz sentido termos dois provedores do cliente das agências de viagens e turismo”, disse o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, respondendo a uma solicitação feita à tutela pelo presidente da Associação Nacional das Agências de Viagens, Miguel Quintas, com vista à criação desta figura que já existe no seio da APAVT, defendendo que “provavelmente, vou ter de convidar quer a APAVT, quer a ANAV, a sentar à mesa e podermos avaliar esta questão”.

Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo (SET), que falava aos jornalistas, esta sexta-feira, à margem da 20.º Convenção da Airmet, em Angra do Heroísmo (Terceira – Açores), em cuja sessão de abertura presidiu, começou por afirmar que “recebi a informação ontem do presidente da ANAV. Essa manifestação tem, naturalmente, a ver com o facto também de existir uma outra associação nacional de agentes de viagens que tem o seu provedor”, para esclarecer que “provavelmente, vou ter de convidar, quer a APAVT, quer a ANAV, a sentarmos à mesa e podermos avaliar, pois não faz sentido termos dois provedores do cliente das agências de viagens e turismo, tal qual tem sido a boa prática dos agentes de viagens e o do bom entendimento no sentido de responsabilidade que têm perante terceiros”.

O secretário de Estado do Turismo lembrou que é o Turismo de Portugal que gere o Fundo de Garantia de Viagens e Turismo (FGVT), “no que diz respeito ao processo sempre que há distorção, perdas ou prejuízos”, assim, “estou certo de que, juntamente, com o Turismo de Portugal, encontraremos uma boa solução”, referiu.

O Fundo de Garantia de Viagens e Turismo responde solidariamente pelo pagamento dos créditos dos viajantes decorrentes do incumprimento de serviços contratados às agências de viagens e turismo.

Segundo o Turismo de Portugal, os viajantes interessados em obter a satisfação de créditos resultantes do incumprimento de contratos celebrados com agências de viagens e turismo podem acionar o Fundo de Garantia de Viagens e Turismo por requerimento dirigido ao Turismo de Portugal I.P., devendo apresentar, em alternativa: Sentença judicial ou decisão arbitral transitada em julgado, da qual conste o montante da dívida exigível, certa e líquida; Decisão do provedor do cliente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), da qual conste o montante da dívida exigível, certa e líquida, desde que aquele esteja inscrito na lista de entidades de Resolução Alternativa de Litígios (RAL); ou Deliberação da Comissão Arbitral.

Por outro lado, Miguel Quintas já tinha avançado que “estamos a trabalhar, em conjunto com a tutela, para a criação do provedor do cliente da ANAV, figura que permitirá defender os interesses das agências de viagens perante algum problema que possa surgir nas vendas e dá a possibilidade de gerir conflitos de uma forma mais ágil, garantindo o acesso imediato ao fundo de garantia”.

O estatuto do agente de viagens foi outra questão que Pedro Machado abordou em declarações aos jornalistas. “Recebi os contributos quer da APAVT quer da ANAV, e os pedidos dos agentes de viagens, foi feito um texto já validado em sede da Secretaria de Estado, que está neste momento na Assembleia da República e espero que o Grupo Parlamentar do PSD possa, ainda este ano, validar e aprovar esse objetivo”, que também está por trás a validação do Dia Nacional dos Agentes de Viagens em Portugal.

“Assumi esse compromisso quando assumi funções num encontro com agentes de viagens em Lisboa, em meados deste ano e seguramente que até ao final do ano espero ter esse objetivo alcançado”, reforçou o governante.

Recorde-se que, em maio último, o secretário de Estado do Turismo, presente, em Lisboa, no evento promovido pela APAVT para assinalar o Dia do Agente de Viagens, garantiu para breve a criação do Estatuto do Agente de Viagens, e dizia na ocasião que, apesar de estar no cargo há menos de dois meses, “tenho a certeza absoluta de que o Estatuto dos Agentes de Viagens, somado com o Dia do Agente de Viagens, vai acontecer, mais breve do que muitos de vocês estariam à espera”.

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Turismo do Centro quer saber o impacto do turismo na região

O Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal lançou um inquérito a residentes sobre impacto do turismo na região, disponível até 30 de novembro.

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O Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal (OTSCP) lançou um inquérito online, em que pretende conhecer a opinião dos residentes na região Centro sobre os impactos do turismo na região e que pode ser respondido na ligação até 30 de novembro em https://bit.ly/4i0TBkb

O inquérito, com o nome “O Turismo na Perspetiva dos Residentes – Centro de Portugal 2024”, avalia a perceção dos residentes de qualquer um dos 100 municípios da região sobre os impactos, positivos ou negativos, do turismo em diversos domínios.

Através deste estudo, que demora apenas cinco minutos a responder, o Observatório procura recolher opiniões sobre os efeitos do turismo em áreas como a criação de emprego, a dinamização da economia local, a melhoria de infraestruturas básicas, o aumento de opções culturais e de lazer, a requalificação urbana e a conservação do património natural. Simultaneamente, analisa possíveis impactos negativos, como o aumento do custo de vida, a superlotação urbana, o vandalismo, a poluição visual e sonora e a gestão de resíduos.

Para Francisco Dias, coordenador do OTSCP, a participação dos residentes é crucial, indicando que “o juiz supremo a quem incumbe confirmar o veredito sobre o nível de sustentabilidade do turismo no Centro de Portugal são os cidadãos que residem na região”. Até porque, em última, “o turismo só traz benefícios à região se os residentes forem dos principais beneficiários desta atividade”, afirma Francisco Dias.

De referir que o Observatório do Turismo Sustentável do Centro de Portugal foi criado pela Turismo Centro de Portugal, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria, através do CiTUR – Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo do Politécnico de Leiria. A sua missão consiste em monitorizar todos os aspetos relacionados com o turismo na região, fornecendo informações de valor às empresas e organizações. Desta forma, constitui um apoio fundamental à tomada de decisão dos protagonistas da atividade turística no território.

“Presume-se que uma avaliação globalmente positiva destes itens será o testemunho de que as comunidades locais estão diretamente envolvidas no planeamento do turismo, a nível local e regional, e que os residentes consideram o turismo benéfico para si e para as suas comunidades”, conclui Francisco Dias.

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“O cliente português é mais exigente que o espanhol”, admite José Luis Lucas (Hyatt Inclusive Collection)

Em Portugal para acompanhar a apresentação da oferta e das novidades da Hyatt Inclusive Collection, José Maria Lucas, responsável pela representação da marca para o mercado ibérico, admitiu que, “mais slots existissem em Lisboa, mais clientes portugueses teríamos a voar para o Caribe e para os nossos hotéis”.

Victor Jorge

A Hyatt Inclusive Collection partilhou o RoadShow da Ávoris, realizado em Lisboa, para dar a conhecer as suas novidades para o próximo ano de 2025, apresentando duas novas unidades para República Dominicana, mais concretamente para Miches, com abertura agendada para abril de 2025: Secrets Playa Esmeralda Resort&Spa 5* e Dreams Playa Esmeralda Resort&Spa 5*.

Ao Publituris, José Maria Lucas, responsável pela representação da marca para o mercado ibérico, admitiu que, com a oferta aérea para La Romana, na República Dominicana, “o mercado português está mais recetivo a disfrutar da oferta desse país do que do México”, explicando que, “com a passagem a dois voos, já que a oferta de voos passou para a República Dominicana (La Romana e Punta Cana) e só existindo um para o México (Cancun), é natural que esta conectividade determine o volume de passageiros para um destino e outro”.

Além disso, admite que o portfólio de marcas, “que é enorme”, é “sempre condicionado “pelo preço”, apesar de frisar que “a relação preço-qualidade é difícil de bater”, reconhecendo, contudo, que “o cliente português é mais exigente que o espanhol. O cliente português sabe muito bem o que quer e reconhece o que tem qualidade”, diz, revelando que, por exemplo, “o cliente português, a primeira pergunta que faz, é se a praia para onde pretende viajar tem sargaço, o que condiciona, automaticamente, a escolha”.

Além das duas novas unidades a inaugurar em abril de 2025, localizadas numa zona (praticamente) virgem – Secrets Playa Esmeralda e Dreams Playa Esmeralda – em Miches, estes dois novos hotéis serão, na realidade os primeiros a instalar-se na zona, havendo ainda uma terceira novidade, com o novo Dremas Cap Cana de 5 estrelas, perto de Punta Cana.

“Estas duas novas unidades acrescentam, de facto, valor à nossa oferta e serão, espero, um sucesso junto dos nossos clientes portugueses. São unidades a estrear, de luxo, numa praia paradisíaca e não explorada. Na realidade, é este tipo de oferta que os clientes portugueses procuram cada vez mais”, reconhecendo, no entanto, que “cerca de 65% do que é vendido incide nas marcas Dreams e Sunscape”.

Quanto à recetividade dos agentes relativamente aos novos hotéis e respetivas marcas, José Maria Lucas admite que “custou um pouco, já que houve uma integração no universo Hyatt, com o surgimento de novas marcas que concorrem com outras já estabelecidas e bem conhecidas”. O responsável pelo mercado ibérico reconhece, no entanto, que estar inserido num universo como a Hyatt é uma “vantagem, tratando-se de uma marca internacional, muito prestigiada”. Daí focar o “esforço que foi feito em dar a conhecer todo este novo universo através de um excelente trabalho comercial e com presença em eventos como a BTL, Mundo Abreu ou através de webinars, ações de formação e, claro, muita informação”.

Importante é, também, o passa-palavra que José Maria Lucas entende como a “melhor ferramenta de marketing” e que “fideliza” muito o cliente. “Um cliente que fique satisfeito com a estadia nas nossas unidades, fideliza-se e traz outros clientes que, por sua vez, também se fidelizam”.

Dreams Playa Esmeralda Resort&Spa 5*

Sem ter objetivos traçados em termos de volume de clientes para o mercado português, o responsável da Hyatt afirma que “quanto mais, melhor”. E aqui entra a limitação na oferta a área que “condiciona bastante”, admitindo que, “mais slots existissem em Lisboa, mais clientes portugueses teríamos a voar para o Caribe e para os nossos hotéis. Para La Romana a nossa oferta vai de meados de junho a finais de setembro e para Cancun da Semana Santa a outubro e com lugares condicionados comparativamente com Espanha. Se Lisboa tem dois voos para a República Dominicana, Espanha possui 11 charters, mais toda a oferta das linhas regulares”.

Assim, coloca-se a pergunta se há muitos portugueses a deslocarem-se a Madrid para apanhar voos para os destinos no Caribe? E a resposta de José Maria Lucas é: “cada vez mais. Basta reconhecer que, a partir de Lisboa, o voo é semanal, enquanto de Madrid é diário. E acresce que, quem sai de Madrid ainda tem uma poupança, já que o preço, por norma, é mais barato”.

“O cliente que pretende passar 10 dias na República Dominicana tem a vida dificultada. Ou passa 7 ou 14. Se quiser passar outro período, já terá de ir apanhar o voo a Madrid”, admitindo que “estamos a fomentar junto dos agentes de viagens que não condicionem o cliente. Se o cliente pretender outro período que não sejam os 7 dias, pois é fácil ir a Madrid e permanecer mais tempo”.

Solução apontada por José Maria Lucas para este fluxo é, também, a existência da Alta Velocidade, “o que faria com que ainda mais portugueses optassem, eventualmente, por sair de Madrid”.

Outra das ofertas que passa a estar disponível são as estadias combinadas, ou seja, o cliente possui a possibilidade de voar para La Romana e no regresso sair de Punta Cana, o que para o responsável da Hyatt, “é mais um serviço facilitador para quem pretenda ir à República Dominicana”.

O que oferecem o Dreams e Secrets da Playa Esmeralda?

Dreams Playa Esmeralda Resort&Spa 5*
O Dreams Playa Esmeralda, concebido para famílias, casais e amigo, está na costa nordeste da República Dominicana, a 90 minutos do Aeroporto de Punta Cana.
O Dreams Playa Esmeralda oferece 500 quartos e suites de luxo, muitos com acesso à piscina, todos com minibar, serviço de quarto 24 horas e terraços ou varandas privadas.
O resort conta com 8 restaurantes que oferecem especialidades dominicanas e internacionais, além de buffet, grelhados e geladaria. O programa ‘Sip, Savor & See’ permite explorar a gastronomia dos resorts próximos.
Quatro piscinas, incluindo uma infinita e outra exclusiva para o Preferred Club, além de um parque aquático. As crianças contam com o Explorer’s Club e os adolescentes com o Core Zone Teens Club. O Dreams Spa by Pevonia oferece tratamentos revitalizantes para uma experiência de relaxamento total.
O resort oferece desportos aquáticos, ioga, aeróbica, ténis e voleibol na praia.
• 500 quartos e suites de luxo
• 4 piscinas, uma infinita
• 8 restaurantes e uma cafetaria gourmet
• 7 bares
• Parque aquático
• Spa de classe mundial

Secrets Playa Esmeralda Resort&Spa 5*
Situado na costa de Playa Esmeralda, em Miches, a apenas 90 minutos do Aeroporto Internacional de Punta Cana, o Secrets Playa Esmeralda Resort&Spa 5*, exclusivo para adultos, está envolvido por natureza intocada, praias paradisíacas e águas cristalinas, este é o destino perfeito para quem procura luxo e tranquilidade, com um toque de ecoturismo. 500 suites de luxo com acesso direto à praia ou à piscina, e vistas para o oceano ou jardins tropicais. Todas as suites dispõem de serviço de quarto 24 horas e minibar reabastecido diariamente.
Com 9 restaurantes gourmet, incluindo 7 opções à la carte, buffet e grelhados na praia. Os hóspedes têm ainda acesso a mais 8 restaurantes no resort vizinho, Dreams Playa Esmeralda.
Dispõe de 3 piscinas, incluindo uma piscina infinita e outra exclusiva para os hóspedes do Preferred Club. Secrets Spa by Pevonia, centro de conferências, teatro ao ar livre e Wi-Fi gratuito.
Campos de ténis, voleibol e basquetebol. Aulas de ioga, snorkeling, mergulho e descontos em golfe.
• 500 Suites
• 3 Piscinas, incluindo uma piscina infinita
• 9 Restaurantes gourmet
• 5 Bares premium
• Spa de classe mundial

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