Lisboa entre os destinos preferidos dos sul-americanos para o outono
Com o mercado russo e chinês em quebra, os destinos devem apontar as suas atenções para mercados como a América Latina que, segundo os especialistas da ForwardKeys, está em “ascensão”.
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De acordo com os dados recentes da ForwardKeys, Lisboa mantém-se entre os destinos preferidos para os sul-americanos. Efetivamente, a consultora revela que, para o 4.º trimestre de 2022, a Península Ibérica continua a atrair os viajantes da América Latina com hotéis de luxo, passeios personalizados e locais de compras de topo, destacando cidades como Madrid, Barcelona e Lisboa, apresentando estes destinos crescimentos de duplo dígito para o outono e inverno de 2022.
Juan A. Gomez, Head of Market Intelligence da ForwardKeys, salienta que “face à contínua ausência do cenário global de viagens de alguns dos principais mercados de origem, como China e Rússia, os destinos devem visar públicos alternativos para cobrir as deficiências no total de chegadas de turistas”, apontando que essa “compensação” poderá vir da América Latina.
Comparando com 2019, a quota de mercado das viagens premium da América Latina para a Europa aumentou no verão de 2022, seis pontos percentuais. Assim, comparando o verão de 2022 com o período homologo de 2019, as chegadas à Europa em viagens premium da Colômbia aumentaram 57%, enquanto a Argentina registou um crescimento de 32%, seguida do México (+21%) e Brasil (+15%), concluindo a consultora que, no total, as chegadas da América Latina aumentaram 25% em relação a 2019.
Se no verão de 2022, os dados da ForwardKeys aponta um crescimento de 31% entre as chegadas de viajantes premium provenientes da América Latina, ocupando a capital portuguesa o 5.º lugar, para o outono deste ano, as previsões apontam para um aumento de 44% para Lisboa, ficando somente atrás de Madrid (+59%), e à frente de Amsterdão (+42%), paris (+34%) e Barcelona (+20%).
Em julho e agosto, por exemplo, 58% dos visitantes que viajaram da Argentina para a Europa em classe premium ficaram mais de 14 noites, representando um aumento de 16 pontos percentuais em relação a 2019.
Por isso, Juan Gomez sugere que se “aproveite as mudanças que a COVID e os eventos recentes trouxeram”, frisando que a América Latina está em “ascensão” e concluindo que se trata de um mercado “muito diferente em termos de necessidades e interesses quando comprado com o mercado chinês”.