Ministros do Turismo da CPLP defendem reforço da mobilidade na comunidade
Reunidos em Luanda, os ministros do Turismo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) defenderam o reforço da mobilidade para o “alargamento da conectividade aérea” na comunidade, com vista a inverter o efeito devastador da covid-19 no setor.
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Os responsáveis dos governos da CPLP pela pasta do Turismo, avaliaram, em Luanda, a contribuição do setor para a recuperação socioeconómica sustentável da comunidade no pós-covid e os desafios e oportunidades, tendo considerado os ministros consideraram o acordo de mobilidade como elemento estruturante para potenciar o turismo, segundo a Lusa.
O ministro do Turismo e Transportes de Cabo Verde, Carlos Santos, fez a passagem de facho da presidência da reunião, que decorreu no quadro da realização da Capital da Cultura da CPLP – Luanda 2022, ao seu homólogo angolano, uma vez que o país assumiu a presidência rotativa da CPLP.
Considerada uma grande jornada de promoção e desenvolvimento das relações de cooperação do setor do turismo no seio da comunidade, esta XI reunião dos ministros do Turismo serviu também para partilha de informação e troca de experiências com foco na contribuição do turismo para a recuperação socioeconómica sustentável da CPLP, bem como a avaliação do grau de execução do Plano de Ação da Reunião de Ministros do Turismo e a identificação de prioridades para a cooperação da comunidade no setor do turismo no triénio 2022- 2024.
A secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços de Portugal, Rita Marques, considerou, na sua intervenção, que os Estados-membros da CPLP devem aproveitar a fase pós-covid para poder construir o setor, sobretudo com a formação e capacitação dos recursos humanos, tendo também defendido um turismo de proximidade e de coesão territorial.
A melhoria da conectividade aérea, a revisão do regime de vistos, a dinamização do turismo doméstico e o alargamento de parcerias privadas foram apontados, de acordo com a Lusa, pelo vice-ministro da Cultura e Turismo de Moçambique, Freson Bacar, como alguns dos desafios, lembrando que o seu país registou quedas acentuadas de turistas e receitas em 0% para o Produto Interno Bruto (PIB) contra os 4,5% e 5% anteriores à covid-19. No entanto, Moçambique estima voltar aos cerca de 2 milhões de turistas/ano.
Por sua vez, Fernando Vaz, ministro do Turismo e Artesanato e porta-voz do Governo da Guiné-Bissau, também citado pela agência de notícias, defendeu a “livre circulação de turistas neste espaço comunitário”, para realçar que “a nossa proposta é bem clara e pensamos que a questão da mobilidade faz com que o turismo entre nós e as ligações, que são de séculos, se cimente mais e que se proporcione com mais facilidade”.
Refira-se que o turismo na Guiné-Bissau, que está em processo de retoma e de criação de infraestruturas para catapultar a atividade após perdas de 100% originada pela pandemia, contribui anualmente com 2,7% para o PIB, perspetivando alargar para 25%.
Por seu lado, o ministro do Turismo e Transportes de Cabo Verde, Carlos Santos, apontou medidas essenciais para aumentar a conectividade, sobretudo a nível da comunidade para o fomento do turismo, enaltecendo o acordo de mobilidade no seio da CPLP: “É o elemento essencial estruturante para conseguirmos permitir que possamos nos movimentar e nós estamos a fazê-lo”, para sublinhar, em declarações aos jornalistas, que “devemos continuar a defender que haja a materialização deste acordo de circulação e mobilidade das pessoas, que é o elemento essencial para que essa mobilidade exista”.
O empenhamento de Angola na implementação de políticas públicas para o desenvolvimento do setor do turismo, foi evidenciado por Filipe Zau, ministro da Cultura, Turismo e Ambiente angolano, que considerou o acordo de mobilidade da CPLP como um veículo fundamental para fomentar o turismo no espaço comunitário.