IATA e ACI Europe pedem levantamento de “restrições ineficazes” contra a variante Ómicron
Associações citam dados de estudos recentes que mostram que a adoção de medidas restritivas não impediu a disseminação da nova variante Ómicron e pedem, por isso, que as restrições sejam levantadas.
Inês de Matos
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A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) e o ACI Europe vieram esta terça-feira, 1 de fevereiro, pedir o levantamento das restrições às viagens que foram adotadas na sequência da nova variante Ómicron e apontam vários estudos que mostram que essas “restrições são ineficazes” para limitar a disseminação da doença.
“Novas análises produzidas pela Oxera e Edge Health revelam que os requisitos de teste antes da partida são provavelmente ineficazes para interromper ou mesmo limitar a disseminação da variante Ómicron. A análise das restrições impostas por Itália e Finlândia, a 16 de dezembro e 28 de dezembro de 2021, respetivamente, a todos os viajantes à chegada não fez diferença na transmissão de casos Ómicron nesses países”, lê-se num comunicado conjunto da IATA e ACI Europe.
Na mesma nota, as duas associações instam os Governos de todo o mundo a levantar as restrições e pedem que, na Europa, os países sigam a recomendação do Conselho da União Europeia de solicitar apenas o certificado de vacinação para viagens entre Estados-membros, deixando de ser necessária a apresentação de testes negativos ou de realização de quarentenas sempre que o viajantes tenha a vacinação completa ou tenha recuperado da doença.
“Este novo regime, estabelecido por uma Recomendação do Conselho da União Europeia, adotada a 25 de janeiro, baseia-se no estado de saúde dos viajantes e não na situação epidemiológica do seu país ou zona de origem”, destacam as duas associação, revelando que um estudo recentemente realizado na Finlândia também veio comprovar a eficácia desta política e a ineficiência das medidas restritivas.
Os estudos permitem perceber que a exigência de testes antes da partida para viajantes vacinados ou recuperados da doença não tem “nenhum impacto na disseminação” da nova variante e apontam mesmo no sentido de que a rapidez na adoção de medidas restritivas não interrompeu ou limitou a disseminação da Ómicron, até porque uma variante começa a circular muito antes de ser identificada.
A IATA e o ACI Europe mostram-se ainda satisfeitas com o levantamento de medidas restritivas já anunciado por Itália e Finlândia, mas consideram que esta decisão já surge tarde e que as restrições nunca deveriam ter sido implementadas, e esperam que os países aprendam a lição de forma a, no futuro, “evitar danos económicos sem nenhum benefício para a saúde pública”.
Apesar de notar que a Finlândia já está a levantar as restrições para todos os viajantes, as duas associações referem que, no caso de Itália, o alivio dos requisitos aplica-se apenas a viajantes provenientes de países da União Europeia, numa política que é criticada pela IATA e ACI Europe, que sublinham que o país não tem qualquer vantagem em fazer esta discriminação, já que “não há mais benefícios para a segurança e saúde em adiar essa etapa”.
Apesar de se referirem concretamente aos casos da Finlândia e Itália, as duas associações instam também a Áustria, Chipre, República Checa, Lituânia e Malta a seguirem o caminho do levantamento das restrições “com urgência e abandonem restrições desnecessárias e prejudiciais”.
“Manter os testes para passageiros vacinados, portanto, parece algo completamente ineficaz do ponto de vista da saúde, mas prejudica a confiança dos passageiros e as economias nacionais. Este estudo mais recente deve dar confiança aos governos para que implementem integralmente a recomendação da União Europeia, permitindo que a Europa volte a ter mobilidade”, disse Conrad Clifford, vice-diretor geral da IATA.