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“Portugal sabe perfeitamente o que tem para oferecer. E é bom, muito bom”

Depois de mais de ano e meio de pandemia, Portugal está pronto para receber. E tal como afirma Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, “receber bem”. Porque afinal, “a expetativa de quem visita Portugal é largamente ultrapassada”. A presença no WTM é para provar isso mesmo.

Victor Jorge
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“Portugal sabe perfeitamente o que tem para oferecer. E é bom, muito bom”

Depois de mais de ano e meio de pandemia, Portugal está pronto para receber. E tal como afirma Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, “receber bem”. Porque afinal, “a expetativa de quem visita Portugal é largamente ultrapassada”. A presença no WTM é para provar isso mesmo.

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Os motoes sempre estiveram ligados para que, quando a retoma se desse, Portugal estivesse na linha da frente. Esta foi sempre uma das afirmações do presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo. Uma coisa parece certa: Portugal está mais do que preparado para voltar a receber, até porque sabe perfeitamente o que tem para oferecer. E o que tem para oferecer, é bom, muito bom! Sempre com as pessoas no centro.

Depois de 19 meses de pandemia, o que Portugal tem para apresentar ao mercado externo é muito diferente daquilo que Portugal tinha em 2019 e perspetivava ter em 2020?
É diferente e é diferente em várias áreas. É diferente numa ótica de relação com os stakeholders, é diferente na relação com o cliente e na atenção às necessidades do cliente. É diferente porque a oferta adaptou-se e preparou-se para captar públicos diferentes.

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Indo um pouco mais ao detalhe, é diferente, porque a relação com os stakeholders é muito mais próxima, já que, o que fizemos ao longo destes 19 meses foi, uma vez que não podia haver uma relação pessoal, ter uma relação virtual, mas que fosse ainda mais estreita. Daí o termos apostado nos webinars com a participação de mais de 500.000 pessoas em todo o mundo, daí as delegações terem tido um papel junto das companhias aéreas, operadores, associações, fundamental, passando uma mensagem do que estava a acontecer e como estava a acontecer, de como nos estávamos a preparar.

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Ou seja, apesar do distanciamento, manter uma proximidade?
Exato, manter uma proximidade com os stakeholders. Em relação às necessidades do consumidor, sabemos que existe uma preocupação maior com a comunicação, com a transparência da comunicação, com as regras do que pode ou não fazer, além de haver uma preocupação com a descoberta da oferta nacional para segmentos diferentes, para mercados diferentes, bem como produtos diferentes como o turismo literário, militar, industrial que foi muito trabalhado ao longo deste ano e meio.

Conseguimos, finalmente, implementar algo que sempre dissemos era essencial: as redes colaborativas.

E isto não está só a ser descoberto pelo turista nacional como, também, pelo turista internacional.

Sem pandemia tudo isso seria feito? Ou era feito, mas demorava mais tempo?
Acho que demorava mais tempo. A pandemia permitiu-nos, apesar do trabalho que foi gerir a comunicação e a ligação com o cliente e os stakeholders, focar e estabilizar alguns planos para alguns produtos novos e para uma nova oferta e isso foi muito positivo e vai permitir colher muitos frutos no futuro.

De certa forma foi um acelerador?
Não diria acelerador, antes um catalisador.

Ir ao WTM para agradecer
Que Portugal é apresentado no World Travel Market 2021?
Vamos ter um Portugal que mantém o seu propósito e os seus valores, que passa por receber bem e respeitar as diferenças. Isso continua a ser a nossa máxima e essência. Vamos ter um Portugal que manteve a sua estratégia, desenhada em 2017, para continuar a crescer, mas crescer em todo o território, ao longo de todo o ano, diversificando mercados e segmentos. E vamos ter um Portugal que reforçou o seu compromisso com a sustentabilidade.

Tínhamos a sustentabilidade no plano de 2017, agora reforçamos em 2020 com o plano 2020-2023 e com um compromisso ainda maior de acelerarmos todas estas componentes.

Uma presença no WTM não tem como objetivo somente o mercado britânico?
Não, o WTM é, de certa maneira, o encontrar de muitos parceiros e amigos. Também é isso que queremos levar ao WTM, juntamente com as mais de 60 empresas que nos acompanham, com um novo stand e uma presença, igualmente no WTM virtual.

Há um conjunto de eventos paralelos importantes em que vamos participar, mas é uma importante plataforma para networking, ligação e reforçar parcerias, algumas novas criadas ao longo da pandemia.

É um reforço ou um início?
Diria que é mais um reforço, porque já iniciamos. É um marcar presença e uma forma de agradecer. Nós sofremos, mas os nossos parceiros no Reino Unido também sofreram ou porque não podiam vender, ou porque não podiam deslocar-se. E, por isso, esta também é a altura de agradecer a solidariedade do mercado do Reino Unido, dos operadores, das associações, foram incansáveis, tal como a nossa delegação no país.

E, eventualmente, essa será uma das palavras ou conceitos a retirar desta pandemia: proximidade, interajuda.

Preparar o pós-pandemia
Sustentabilidade, digitalização e inclusão foram outras que ouvi ao longo dos últimos tempos. São essas as palavras ou conceitos-chave que também diferenciam Portugal?
Acho que a palavra-chave é “pessoas”. Nós sempre dissemos que trabalhávamos para três tipos de pessoas: turistas, queremos que tenham a melhor experiência; colaboradores, queremos que vejam esta carreira como de futuro; e residentes, que percebam o valor do turismo a nível nacional e que o turismo seja uma fonte de bem-estar e de progresso também para elas.

Dito isto e colocando as pessoas no centro, como sempre fizemos, a sustentabilidade, o digital e a formação são três áreas que para nós são essenciais. Isto não só para o Turismo de Portugal, mas também para Portugal enquanto destino turístico.

Naturalmente, que o Turismo de Portugal nunca parou a sua atividade. Mas que trabalho foi, efetivamente, realizado na preparação da promoção e divulgação do turismo não de, mas em Portugal.
Efetivamente, nunca parámos. Obviamente, tivemos de mudar a comunicação durante a pandemia, já que não valia a pena estar a estimular pessoas para vir a Portugal, sem existirem as condições para tal. A nossa preocupação básica passou por manter Portugal no ‘top of mind’, partindo de um pressuposto que tínhamos que era, a “Marca Portugal”. E isso é importante afirmar: a “Marca Portugal” está e continua muito forte.

O estudo que temos de 2019 sobre a “Marca Portugal”, não enquanto destino turístico, mas marca Portugal/País, é impressionante. (O Turismo de Portugal realiza um estudo todos os cinco anos (BrandAsset Valuator – BAV), feito pela Young & Rubicam, MIT e Universidade de Dortmund, tendo em conta os nove mercados para onde o país exporta mais e relativamente à perceção do consumidor final face ao país)

Mas um estudo de 2019, feito pré-pandemia, ainda se mantém atual?
Sim. O ponto de partida era como estávamos. A “Marca Portugal” era vista como charmosa, única, autêntica, simpática. O que é que os resultados do estudo nos mostram? Que o valor que a marca possui hoje é maior e o peso que o turismo tem nessa avaliação que é feita de Portugal é superior. É tudo muito relacionado com a componente soft skills.

Aquilo que tentámos fazer ao longo deste ano e meio, foi preservar estas caraterísticas, com base naquilo que foi a atuação de Portugal. A autenticidade, a transparência, nós nunca escondemos nenhum número, sempre transmitimos exatamente como as coisas estavam. A componente do “Clean&Safe”, a formação que demos a mais de 160.000 pessoas em 15 meses, sempre com uma tónica no digital e na sustentabilidade. E foi impressionante ver como estas duas componentes tiveram tanta procura.

Ou seja, houve uma preocupação de nos prepararmos, mas também de transmitir que a altura não era de visitar, mas de preparar o futuro.

Mas no que toca a esta “Marca Portugal”, o que também houve foi uma redistribuição ou reformulação dos mercados-alvo e uma hierarquização diferente? Esta reformulação teve em conta os próximos tempos, com as viagens de longo curso a sofrerem um abrandamento e uma maior aposta na proximidade?
Também, mas não só. Mas, fundamentalmente, com a incerteza que existe na evolução de cada um desses países, com as regras que são colocados às entradas de cada um desses países e com a confiança que cada um desses países tem ou não em viajar.

Aquilo que fizemos foi redistribuir em mercados de proximidade, potencial de crescimento, dependente de capacidade aérea e atuação seletiva.

Na proximidade incluímos o mercado interno e Espanha, proximidade geográfica e de (re)conhecimento estão incluídos Reino Unido, Alemanha e França. Ou seja, são mercados que nos conhecem, que sabem que é seguro vir a Portugal, que acompanharam muito o que foi feito ao nível da proteção das pessoas.

Os mercados dependentes da conetividade são mercados essencialmente europeus, mas que dependem desta retoma da conetividade aérea, e onde, de resto, estamos bem.

Mas o que destacamos é, de facto, a flexibilidade na aposta ou captação nestes próximos meses. De destinar campanhas, de reforçar a conetividade, de parcerias, há muito ainda a fazer.

Mas sempre o ouvi dizer que, quando as viagens retomassem, Portugal teria de estar na linha da frente. Mas na linha da frente querem estar todos, principalmente, os nossos concorrentes mais diretos. O que faz o Turismo de Portugal estar tão otimista relativamente à posição no bloco de partida, porque todos se prepararam para esta “corrida”.
Sempre afirmámos que era importante estar “com os motores ligados” na linha de partida. E tivemos uma situação difícil: é que o tiro de partida saiu mais cedo para uns do que para outros. Houve regras limitativas que não nos permitiram arrancar ao mesmo tempo que outros. O tempo dirá se as restrições que foram implementadas tiveram efeito na propagação da pandemia ou não.

O que para nós era importante era manter esta proximidade que conseguimos e tentarmos captar o máximo de oportunidades que nos permitissem reforçar e repor a conetividade o mais depressa possível, além de captar a atenção dos nossos consumidores.

E conseguiram?
Acho que conseguimos. Os números que temos, revelam-nos que em agosto restaurámos 60% da capacidade aérea de 2019, temos ótimas perspetivas para o inverno, mas sempre na perspetiva de não serem colocadas barreiras nesta corrida de 100 metros.

A questão da mobilidade é muito importante, já que jogámos em vários tabuleiros: repor a capacidade que existia em 2019, procurar novas oportunidades dentro dessa mesma capacidade, com rotas aéreas diferentes com as mesmas companhias aéreas, contribuir para o load factor dessas companhias e, finalmente, procurar outras oportunidades que antes nem sequer olhavam para Portugal.

Aí temos vários exemplos como, por exemplo, a Ibéria ter os cinco aeroportos nacionais cobertos, tendo, inclusivamente, englobado Portugal no programa de stop-over Iberia, dando-nos possibilidade do mercado da América do Sul através do hub de Madrid para Lisboa e Porto. Além disso, o facto da Lufthansa e British Airways terem passado a olhar para os Açores, a Ryanir ter colocado mais ligações, a easyJet ter reforçado a base aérea de Faro. Ou seja, estas foram as iniciativas que fomos acumulando e construindo ao longo deste ano e meio e acreditamos que outras existem que estão a caminho.

Houve um reajustamento, mas continuamos a ver muito interesse. Num país que depende 70% do turismo internacional, apesar de haver uma oportunidade por parte do nacional, sabemos que não é suficiente, apesar de muito importante.

Mas teme que à medida que Portugal recupera a capacidade internacional que os stakeholders voltem a menosprezar o mercado nacional?
Espero bem que não. É uma preocupação para todos, mas, acho, que todos percebemos que esse não é o caminho. E até numa ótica de sustentabilidade, é importante este equilíbrio. Obviamente que queremos continuar a crescer numa ótica internacional, mas o crescimento do turismo nacional é importantíssimo.

A concorrência, por norma, faz-se pelo volume e pelo valor. Teme que esta retoma ou corrida, que muitos apelidam de desenfreada, pelo turista internacional, possa vir a acontecer pelo fator valor. Ou seja, pela diminuição desmesurada dos preços?
Não, não acredito. Pode haver alguns reajustes, mas colocando-me na ótica do consumidor, há uma exigência maior.

Mas se outros enveredarem por esse caminho, não teme que Portugal possa perder turistas que vão atrás do preço?
Acho que já existe uma perceção de valor que Portugal acrescenta que tem vindo a ser construída, tendo saído reforçada neste último ano e meio.

Acreditamos que esta ótica de crescimento, mais em valor do que em número de turistas, ou melhor, de dormidas, é algo para manter. Prova disso, é quando comparamos os números de 2020 relativamente à regressão ao passado. Regredimos 26 anos em termos de dormidas e 10 anos ao nível de receitas. Significa que estávamos a fazer muito mais com menos.

Esta tendência é para manter e reforçar. Quando falamos de 27 mil milhões de euros de receitas em 2027, obviamente, contamos com isto. Esse é que é o cálculo essencial.

Um Portugal, várias experiências
A comunicação relativamente a estas temáticas novas como a sustentabilidade e/ou a digitalização também terá de ser efetuada com uma preocupação geracional. Ou seja, comunica-se para as gerações mais novas?

Não, tem de ser feita para todos. E aliás é feita para todos. Claro que sabemos que as gerações mais novas são mais ativistas relativamente a certas questões.

Este ano e meio permitiu-nos chamar à atenção para um Portugal também diferente, que aposta na cultura contemporânea, na arquitetura contemporânea, no design, na moda.

Quer dizer que Portugal não pode ser só história?
Nunca. A melhor coisa que podemos ter é projetar a nossa história para o futuro. Isso vai-nos permitir abranger todo o público.

Falamos muito de quem oferece, mas também há que olhar para quem procura. Que novas exigências e necessidades surgiram ou estão agora sob o olhar do setor do turismo e a que têm de ser dadas respostas?
Apesar de já existirem, acho que aceleraram as questões relativamente à segurança sanitária que veio para ficar, obviamente com algumas matizes.

A experiência fluída, pagamentos facilitados, mobilidade facilitada, entradas facilitadas, celeridades nas respostas, comunicação, informação, é tudo isto veio para ficar.

Mas ainda veio outra coisa e que aí somos exímios: receber bem. Acho que as pessoas se aperceberam que não viajam somente para lugares só para ver A, B ou C ou para aproveitar o sol e a praia, mas passam a ir a locais onde sabem que serão bem recebidos, onde não vão fazer julgamentos sobre eles, que vão ter a melhor experiência possível.

Há tempos ouviu-o também dizer que “precisamos de ser um país só” e que este “é o momento para não falharmos”. Onde é que Portugal não pode, efetivamente, falhar quando falamos de promoção externa?
Não podemos vender algo que não conseguimos entregar. Mas acho que não corremos esse risco.

Portugal sabe o que tem para oferecer?
Portugal sabe perfeitamente o que tem para oferecer. E é muito bom! Nós sabemos quais os nossos pontos forte e frascos, sabemos o que os outros esperam de nós e, mais uma vez, estamos bem posicionados e muito fortes.

Mas isso é de cá para fora. De fora existe, de facto, a perceção de que quando Portugal diz que tem, efetivamente, tem?
Tem e até acho mais, acho que a expetativa de quem visita Portugal é largamente ultrapassada.

Quem nos visita pela primeira vez, sai agradavelmente surpreendido. Quem nos revisita e vai a outros locais, repete a experiência. Isto é positivo.

Porque o que estava está cá?
Está cá e está melhor. E nós sabemos disso. Agora é, de facto, mostrar o que estava cá, continua cá, mas melhor e com a mesma experiência de sempre.

Portugal conectado
Em maio de 2020, quando foi apresentado o plano para o turismo em Portugal houve uma ideia que foi muito focada e apontada como fator a alterar: a sazonalidade. Deixar de depender tanto do verão e estender essa sazonalidade ao longo do resto do ano.

A componente da sazonalidade toca todas as regiões de Portugal, seja por uma sazonalidade por falta de ocupação, seja por uma sazonalidade por tarifa.

A diversificação de produtos é essencial, o facto de mostrarmos e apostarmos em produtos que têm 365 dias ou que se focam nas épocas mais baixas, é essencial. A questão do enoturismo, o turismo literário, o cycling & walking, que o nosso clima permite ao longo de todo o ano, o golfe, o MICE, entre outros.

Mas atenção, estes produtos só por si não vingam. É preciso haver interesse da oferta em adotar esses produtos, não só promovê-los, como integrá-los na sua programação e business plan. Não aparecerem como algo isolado.

No enoturismo, por exemplo, existe uma correlação entre as exportações de vinhos e o número de turista que Portugal recebe desses mesmos mercados. Se virmos EUA e Brasil, a evolução do número de turistas que visitam Portugal anualmente, é igual ao volume de exportações de vinhos para esses mercados.

Portanto, a área de produto é importante, tal como a dos eventos. A captação de eventos para as épocas mais baixas, é essencial.

O fator digital e os eventos híbridos também vieram alterar um pouco o que era habitual?
Por isso é que temos de ter uma capacidade de criar eventos que sejam disruptivos e originais. Eventos que atraiam pessoas, mas que promovam este novo posicionamento de Portugal como destino sustentável.

O MICE não terá de ser forçosamente encarado de forma diferente por causa da componente digital?
Sim, acho que não vamos perder essa componente do digital, mas acho que o presencial vai ser ainda mais exclusiva e essa exclusividade tem e vai ter um preço.

A confiança vai crescer, vai haver uma componente de experiências muito maior e que passava muito pela reunião e ponto. Acho que as pessoas vão, a partir de agora, exigir mais.

Vão ser experiências com mais valor acrescentado e com mais oportunidades para as nossas empresas portuguesas. Cabe-nos a nós criar esses pacotes. É a mesma coisa com o produto. Não é só dizer que o evento é virtual e presencial e que o presencial é exatamente igual ao anterior. Tem de acrescentar valor e temos de ser nós a dá-lo. Mas quando digo valor acrescentado, não digo que seja mais custo para nós e mais valor para quem recebe.

Já falou em conetividade. Ainda recentemente foi publicado um estudo que dava conta no adiamento da retoma das viagens de longo curso. Por isso, essa conetividade vai passar, em primeira instância, por mercados emissores mais próximos? Em que ponto está Portugal neste fator essencial da conetividade?
Em termos de competitividade estamos bem posicionados e as companhias aéreas olham para nós como um atrativo e não nos podemos esquecer que as companhias aéreas voam se houve procura. E as companhias aéreas sentem que há procura pelo destino Portugal. E nós também sentimos isso em termos de procura, pesquisas, reação quando há abertura fronteiras e novas rotas, o que é muito positivo.

Agora não vou esconder que estaríamos muito melhor se tivéssemos outros tipos de conetividade.

Como por exemplo?
Como por exemplo, a ferrovia. É uma aposta que acredito que se vai fazer e que nos vai trazer muitos dividendos, mas é a médio/longo prazo, mas que tem de ser feita.

Estamos bem posicionados, mas tudo depende de como é que o consumidor final se vai mobilizar com as questões da sustentabilidade ou de optar por meios de transporte mais sustentáveis. Ainda assim, o que dizemos é que, é possível viajar e fazer viagens sustentáveis.

Mas isso já sai um pouco do vosso campo de atuação?
Também depende de nós e da oferta que damos, de captar pessoas para ficar mais tempo, de conseguirmos ter uma atividade a nível nacional que demonstre que é mais sustentável.

É importante este compromisso de modernização da oferta, que seja mais sustentável do ponto de vista ambiental e social, porque isso também poderá compensar, numa medida mínima, e poderá sensibilizar e balancear a sustentabilidade de uma deslocação.

Mas ao abordarmos o tema da conetividade e tendo por base o objetivo de chegar a 2027 com 27 mil milhões de euros de receitas e 80 milhões de dormidas, para lá chegar as diversas infraestruturas são essenciais. Que importância têm e terão temas como o novo aeroporto e a TAP para esse tabuleiro que se quer construir para o futuro do turismo em Portugal?
Olho exatamente como refere. Um conjunto de peças que fazem parte de um tabuleiro ou puzzle e que sem uma das peças, será difícil completarmos o todo.

O puzzle eventualmente tem é de ser construído com diferentes variáveis, com planos A e B em cada uma das opções, com avanços e recuos numas e noutras, mas é por isso que jogamos em vários tabuleiros.

Mas totalmente de acordo com se diz que são necessárias novas infraestruturas. São precisos novos meios de conetividade, sim, são. Mas também há trabalho para fazer naquilo que existe e temos aeroportos com capacidade de crescimento. O próprio aeroporto de Lisboa tem capacidade de crescimento em épocas baixas, temos capacidade de crescer em diária média, em receitas provenientes de outras atividades, segmentos e outros mercados.

Concluindo, é jogar em várias frentes e apostar em todas as peças, sem nunca esquecermos os objetivos: 27 mil milhões de euros em receitas e 80 milhões de dormidas.

O que é mais importante: 27 mil milhões de receitas ou 80 milhões de dormidas?
Os 27 mil milhões, claramente.

Como é que se planeia algo a partir de agora. Deixou de existir longo prazo? Ou o longo prazo passou a médio?
Isso era algo que adoraria dizer. Mas não deixou de haver longo prazo. As nossas metas são para 2027.

Mas essas foram traçadas em 2017. Por isso, há 10 anos. É esse o longo prazo?
Mais do que pensar, apesar de ter metas a longo prazo, é caminhar. Ou seja, o caminho faz-se caminhando e a curto prazo. Além disso, faz-se com a necessidade de flexibilidade e adaptabilidade.

O que aprendeu com esta pandemia e que ensinamentos retira dela, até este momento?
Em primeiro lugar, acho que ainda vamos retirar muitos ensinamentos. Mas há uns que já são claros. Primeiro, a importância do turismo não é só do país A, B ou C, mas sim de todo o mundo. Todo o mundo sofreu, porque este foi o setor mais impactado e claríssimo. Em segundo lugar, o efeito de arrasto que o turismo tem nas outras atividades económicas. Quando se fala em aposta noutros setores, é preciso não esquecer que este arrasta muitos atrás. E isto não é só para Portugal.

Depois, algo que é essencial que é o voltar à base e de precisar tanto uns dos outros.

De pessoas, para pessoas, com pessoas?
De regiões, para regiões, com regiões. De países, para países, com países. A cooperação está mais do que nunca na ordem do dia. E sempre com as pessoas no centro, claro. P

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Governo de Cabo Verde de olhos postos no desenvolvimento turístico de Santo Antão

Em declarações à Inforpress, após a sua primeira visita a Santo Antão desde que assumiu o cargo, o ministro realçou o “grande potencial” da ilha como destino turístico, reforçando que […]

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Em declarações à Inforpress, após a sua primeira visita a Santo Antão desde que assumiu o cargo, o ministro realçou o “grande potencial” da ilha como destino turístico, reforçando que “estamos a criar um ambiente propício para que o turismo contribua para o desenvolvimento económico, social e ambiental de Santo Antão. O objetivo é garantir um turismo sustentável, que beneficie tanto os empresários locais quanto os habitantes da ilha”, afirmou.

O ministro observou que Santo Antão é o destino “mais atrativo e impressionante” para o turismo de caminhadas em Cabo Verde, com potencial para impulsionar a economia local e aumentar os gastos dos turistas, tendo anunciado que, “o Governo, com o apoio financeiro do Banco Mundial, através do projeto Turismo Resiliente e Economia Azul, mas também do Fundo do Turismo, já começou a tomar medidas concretas que têm vindo a resultar na estruturação e em investimentos no segmento de mercado de caminhadas”.

O titular da área do turismo avançou que têm vindo a ser realizadas intervenções concretas em termos de turismo de caminhada e de requalificação das vilas rurais, sendo um exemplo a ser explorado a nível das outras vilas do país.

Para impulsionar ainda mais este segmento do turismo, José Luís Sá Nogueira revelou que uma equipa técnica especializada está, neste momento, a trabalhar no sentido de propor regulamentos, normas, planos de capacitação, modelos de governança das trilhas turísticas, plano de marketing e, sobretudo, identificar oportunidades de negócios com impacto positivo na geração de rendimentos para as comunidades locais, com vista a assegurar que o turismo de caminhada seja sustentável, tanto ambiental como economicamente e socialmente, válidos também para o turismo de montanha e de natureza.

Refira-se que, recentemente, a Câmara Municipal do Porto Novo anunciou a implementação de um projeto de reabilitação das trilhas turísticas e de construção de novos miradouros com o financiamento do Fundo do Turismo.

“Santo Antão tem uma característica extremamente importante, que é o facto de ter ao lado São Vicente, e as duas ilhas podem constituir um produto turístico por excelência. Portanto, vamos tirar vantagem disso e impulsionar o desenvolvimento de Santo Antão enquanto um destino turístico que queremos colocar no mapa da promoção turística”, exortou o ministro.

Mais de 300km de trilhas

Entretanto, o vice-presidente da Adventry Travel Trade Association (ATTA), Gustavo Timo, afirmou que Santo Antão tem potencial para alcançar novos patamares no turismo mundial, com a implementação do projeto de governança dos caminhos pedestres.

“Santo Antão já se destaca em Cabo Verde pelo conjunto de mais de 300 quilómetros de trilhas que já foram reconhecidas. O visual, a beleza cênica, o povo, a gastronomia, todo o conjunto que Santo Antão oferece é muito único, é muito autêntico e tem capacidade para atrair turistas de todo o mundo”, realçou o consultor internacional em declarações aos jornalistas locais.

“Vamos trabalhar na promoção da regulamentação e da portaria, na implementação de normas técnicas e no desenvolvimento de um modelo de governança, gestão e arrecadação para as trilhas e os caminhos vicinais”, destacou, para apontar que a ideia é que o sistema de trilhas, todo este património, que é um ativo de Santo Antão, se transforme num produto turístico que atraia mais turistas estrangeiros, trazendo recursos, gerando emprego e ativando negócios em torno deste segmento.

 

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Arcos de Valdevez apresenta plano de posicionamento e desenvolvimento turístico sustentável

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez acaba de apresentar a estratégia de posicionamento e desenvolvimento turístico sustentável do concelho, cujas metas para 2030 são aumentar a estada média, os hóspedes internacionais e o valor dos proveitos por hóspede, bem como reduzir a taxa de sazonalidade.

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Através desta estratégia pretende-se estruturar os produtos turísticos e estabelecer mecanismos de atratividade, posicionando o destino com notoriedade, promovendo uma imagem de qualidade nos mercados nacionais e internacionais.

Para a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, o plano visa promover os elementos distintivos do concelho como porta de entrada do Parque Nacional Peneda-Gerês, o património histórico-cultural e a singularidade do património natural e paisagístico, em termos nacionais e internacionais, contando com o apoio e envolvimento da comunidade arcuense.

A autarquia, refira-se, tem marcado presença regular em Feiras de promoção turística, com o objetivo de posicionar o concelho como um destino turístico de excelência naquilo que se refere à oferta de património cultural, gastronomia, natureza e eventos, no panorama nacional, possui uma agenda cultural vasta e realiza periodicamente eventos de promoção da gastronomia local, da sua cultura e das suas tradições.

Entretanto, Arcos de Valdevez alcançou um novo recorde ao nível do número de dormidas, tendo ultrapassado as 100 mil no ano de 2024. Nos últimos dez anos atingiu um aumento de 425%, ou seja, multiplicou por cinco o número de dormidas no concelho, as quais eram 18 485 em 2014 e que passaram para as 106 201 em 2024.

Estes são números, de acordo com nota da Câmara Municipal, atestam o sucesso das medidas e o impacto das políticas implementadas pelo Executivo e os parceiros ao longo dos últimos anos neste setor.

A nota avança que este crescimento é um estímulo para continuar a desenvolver a atividade e reforçar o papel do turismo no desenvolvimento económico do concelho, a criação de emprego e rendimento e contribuir para a fixação e atração de pessoas e investimento em Arcos de Valdevez.

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4º Encontro da Rede das Estações Náuticas de Portugal reúne 170 participantes em Odemira

O 4ª Encontro da Rede das Estações Náuticas de Portugal, que decorre até esta sexta-feira, 4 de abril, no concelho de Odemira, e que reúne cerca de 170 participantes de todo o país, está a debater o valor das estações náuticas e o seu contributo para o desenvolvimento dos territórios.

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Para José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, trata-se de um evento “que representa a afirmação do destino neste segmento de mercado com enorme potencial de crescimento e que permite diversificar a nossa oferta turística e acrescentar valor à economia local”.

António José Correia, coordenador da Rede de Estações Náuticas de Portugal, aponta que, com esta iniciativa “pretendemos dinamizar a fileira do turismo náutico em Portugal e potenciar o seu valor”, destacando que, “este ano, estamos no Alentejo, uma região que tem vindo a afirmar-se com destino náutico e que já conta com oito estações náuticas”, a saber: Alandroal, Avis, Mértola, Monsaraz, Moura, Sines, Ponte de Sor e Odemira (esta com três polos náuticos: Vila Nova de Milfontes, Odemira e Santa Clara).

Já o presidente da Câmara Municipal de Odemira, Hélder Guerreiro, destacou este encontro como uma forma de afirmar as Estações Náuticas como aceleradores do desenvolvimento dos territórios.

Na sua intervenção, na sessão de abertura do encontro, José Santos avançou que “estamos cada vez mais empenhados em reforçar o trabalho desenvolvido no âmbito das oito estações náuticas do Alentejo”, realçando que “têm sido apresentados produtos e experiências turísticas que valorizam o turismo náutico e que contribuem para tornar a região mais competitiva e atrativa e é esse o nosso caminho”.

Entre os vários temas em debate no 4ª Encontro da Rede das Estações Náuticas de Portugal destacam-se “Rede das Estações Náuticas de Portugal – Proposta de Valor”, “Estação Náutica de Odemira – Contributo para a Concretização do Plano Estratégico e Operacional de Valorização do Rio Mira”, “Financiamento” e “Estruturação e Promoção da Oferta Turística das Estações Náuticas”. Decorrem também workshops temáticos sobre “Governança”, “Comunicação e Promoção”, “Sustentabilidade” e “Desporto Náutico para Todos”.

Organizado pela Fórum Oceano, em coordenação com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e o Município de Odemira, o encontro conta com o apoio institucional do Turismo de Portugal e da Docapesca.

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WTTC critica ETA no Reino Unido

Com a entrada em vigor da obrigação da Autorização Eletrónica de Viagem (ETA) para todos os visitantes europeus para entrarem no Reino Unido, o WTTC critica a medida.

Victor Jorge

A partir de 2 de abril, todos os cidadãos europeus, incluindo os portugueses, que pretendam visitar o Reino Unido devem solicitar uma Autorização Eletrónica de Viagem (ETA, sigla em inglês) antes de viajar.

A presidente e CEO do World Travel & Tourism Council, Julia Simpson, criticou esta medida, referindo que “vai completamente contra a política de crescimento do Reino Unido” e que “em vez de tornar o país um destino atrativo, cria mais um obstáculo para os turistas”.

“Os visitantes internacionais são, na prática, exportações – trazendo moeda estrangeira valiosa”, afirmou Julia Simpson, dando ainda conta que o Reino Unido “já é um dos países mais caros para visitar, com um IVA acima da média, Taxa de Passageiros Aéreos, preços inflacionados devido às contribuições para a Segurança Social das empresas e a ausência de compras isentas de impostos para clientes de alto valor. São erros que prejudicam a nossa economia”.

De acordo com os números do WTTC, o setor das viagens e turismo contribui com mais de 280 mil milhões de libras (cerca de 335 mil milhões de euros) para a economia do Reino Unido, sustentando mais de quatro milhões de empregos em todo o país. “Além disso, as nossas empresas pagam anualmente 100 mil milhões de libras ao Tesouro em receitas fiscais”, avança ainda Julia Simpson.

E a presidente e CEO do WTT aconselha o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, a “concentrar-se no crescimento da economia e na proteção dos empregos, em vez de introduzir políticas que os coloquem em risco”.

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Turismo da Tailândia associa-se a conferência sobre influência da gastronomia portuguesa na Tailândia

A conferência “Camões – Cidadão do Mundo e a Globalização dos Alimentos pela Mão dos Marinheiros Portugueses. Tailândia – A Influência Portuguesa na Cozinha Tailandesa”decorre a 8 de abril, na Biblioteca do Palácio Galveias, em Lisboa, com entrada gratuita.

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A Autoridade do Turismo da Tailândia (TAT) associou-se a uma conferência que vai debater a influência da gastronomia portuguesa na Tailândia, que vai ter lugar a 8 de abril, pelas 18h00, na Biblioteca do Palácio Galveias, no Campo Pequeno, em Lisboa.

Denominada “Camões – Cidadão do Mundo e a Globalização dos Alimentos pela Mão dos Marinheiros Portugueses. Tailândia – A Influência Portuguesa na Cozinha Tailandesa”, esta conferência está inserida na Exposição Universal da Matriz Portuguesa – Camões 500 e vai contar com entrada gratuita.

A iniciativa conta com a participação de Margarida Pereira-Müller, documentalista científica, investigadora e escritora especializada em gastronomia, que vai abordar a influência da presença portuguesa na Tailândia, com especial destaque para a culinária.

“Esta iniciativa permite não só evidenciar a passagem de Luís de Camões pelo Sudeste Asiático como também lembrar os importantes laços históricos que unem os dois países”, afirma Rosário Louro, representante da TAT em Portugal.

Segundo a responsável, “a gastronomia é um reflexo autêntico da influência portuguesa na Tailândia e um exemplo marcante dessa herança, que os tailandeses tanto valorizam”.

Durante o evento, será também oferecida uma degustação de gastronomia tailandesa, numa parceria da TAT com o restaurante Siam Square.

Recorde-se que a presença portuguesa na Tailândia, a partir do século XVI, deixou um legado que se reflete na introdução de ingredientes na cozinha tailandesa, muitos oriundos de países por onde os portugueses passaram, como a malagueta, tomate, batata, milho, alface, repolho, papaia, anona, goiaba, ananás, castanha de caju e amendoim, bem como diferentes formas de confecionar, nas quais se destacam os fios de ovos e outras sobremesas inspiradas na doçaria conventual portuguesa.

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Turismo de Portugal e regiões promovem 150 experiências de Turismo Industrial

A 4.ª edição da  agenda nacional de atividades “À Descoberta do Turismo Industrial”, que decorre entre 5 e 19 de abril, conta com 150 experiências únicas de norte a sul do país e nos Açores.

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O Turismo de Portugal e as Entidades Regionais de Turismo do Alentejo e Ribatejo, Algarve, Centro, Porto e Norte, Região de Lisboa e Direção Regional de Turismo do Açores vão promover, entre 5 a 19 de abril, a 4.ª edição da  agenda nacional de atividades “À Descoberta do Turismo Industrial”, iniciativa que vai contar com 150 experiências únicas de norte a sul do país e nos Açores.

Teatro e danças no subsolo, visitas e percurso em túneis subterrâneos, escape rooms e desafios de pintura e fotografia são, segundo um comunicado do Turismo de Portugal, algumas das experiências que estar disponíveis ao abrigo desta iniciativa, cuja agenda completa está disponível aqui.

A programação, que este ano está também disponível inglês e espanhol com vista à “promoção internacional da iniciativa”, conta também com o apoio dos parceiros do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial.

“A aposta no Turismo Industrial pretende reforçar a coesão territorial do país, a diversificação da oferta dos territórios, o reforço da sua atratividade ao longo de todo o ano, bem como a valorização das atividades económicas nacionais diferenciadoras e do seu património autêntico”, explica o Turismo de Portugal.

A Rede Portuguesa de Turismo Industrial conta com cerca de 230 recursos, distribuídos pelas dimensões do património industrial e indústria viva, e nas várias áreas temáticas: agroalimentar, moda e têxtil, cerâmica e vidro, ourivesaria, extrativa, transportes, entre outras.

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Turismo de Portugal avalia estratégia media internacional

O Turismo de Portugal irá gastar até 907 mil euros com avaliação da estratégia de media a nível internacional.

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O Turismo de Portugal vai avançar com uma avaliação da eficácia do plano de comunicação com os media internacionais, podendo para isso gastar cerca de 900 mil euros, segundo uma portaria publicada em Diário da República.

Para desenvolver esta análise, o Turismo de Portugal vai “iniciar um procedimento pré-contratual de concurso público internacional para a aquisição de serviços de avaliação mediática e digital”, lê-se na portaria, contrato que terá um período de vigência de 36 meses.

O valor global não deverá exceder o montante máximo de 738.000 euros, a que acresce IVA à taxa legal em vigor, perfazendo o montante de 907.740 euros, envolvendo despesa em anos económicos diferentes, de 2025 a 2027.

Estes encargos “são suportados por verbas do Turismo de Portugal, I. P., com financiamento através de receita própria, inscritas e a inscrever no respetivo orçamento”.

A avaliação vai incidir sobre diferentes tipos de media, designadamente televisão, rádio, jornais e revistas impressos e media digitais, incluindo redes sociais e blogs, tendo em vista analisar as referências ao Destino Portugal e/ou à marca VisitPortugal.

O objetivo desta análise da performance da relação com os media é “avaliar a eficácia das ações de comunicação e de relações públicas desenvolvidas nos mercados-alvo e, desta forma, otimizar a presença e influência mediática do destino e da marca VisitPortugal nos referidos mercados”.

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Descobrir o Algarve através de 18 experiências de Turismo Industrial

Associando-se à agenda nacional “À Descoberta do Turismo Industrial”, o Turismo do Algarve oferece 18 atividades inseridas neste programa.

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O Turismo do Algarve, enquanto membro do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial desde 2020, associa-se à 4.ª edição da agenda nacional “À Descoberta do Turismo Industrial”, que de 5 a 19 de abril de 2025 oferece 150 experiências de norte a sul do país e nos Açores.

Na região do Algarve estão programadas 18 atividades com a colaboração de 13 parceiros regionais, com atividades exclusivas em locais de indústria viva e património industrial.

Entre as experiências disponíveis no Algarve destacam-se visitas guiadas a fábricas de cortiça e de transformação de azeitonas, a espaços museológicos que contam e interpretam a história da indústria conserveira na região, tours por adegas e lagares com provas de vinhos e azeites premiados, percursos em salinas tradicionais com observação da biodiversidade local e aventuras subterrâneas na mina de sal-gema de Loulé. Incluem-se ainda workshops criativos, desafios fotográficos e momentos gastronómicos únicos que reforçam a autenticidade e diversidade do património económico e cultural algarvio.

Esta iniciativa visa reforçar a coesão territorial, promover a diversificação da oferta turística ao longo de todo o ano e destacar o Algarve como um destino que valoriza as suas tradições produtivas e industriais, contribuindo também para a sustentabilidade económica local.

“O Algarve possui uma riqueza extraordinária no seu património industrial, com forte potencial para se afirmar através de experiências turísticas diferenciadoras. Estamos empenhados em continuar a capacitar e promover os nossos parceiros, consolidando uma oferta turística diversificada e sustentável”, refere André Gomes, presidente do Turismo do Algarve.

Com um total de 230 recursos a nível nacional na Rede Portuguesa do Turismo Industrial, distribuídos por áreas como agroalimentar, cortiça, vinho, cerâmica, entre outras, o Algarve destaca-se pela qualidade e singularidade das suas propostas.

A agenda completa está disponível em português, inglês e espanhol, constituindo um convite aberto à descoberta e valorização das tradições e inovação tecnológica da região.

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ARPTA com nova liderança

José Manuel Santos lidera nova direção da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo. Tomada de posse decorre a 7 de abril.

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A Assembleia Geral Eleitoral da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA) culminou com a eleição dos novos órgãos sociais para o triénio 2025-2028. A sufrágio apresentou-se uma lista única, encabeçada por José Manuel Santos, atual presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, que assume agora também a liderança da ARPTA.

A nova direção reflete uma ampla representatividade do tecido turístico regional, reunindo associações setoriais, grupos hoteleiros, operadores turísticos e projetos de enoturismo e sustentabilidade, num esforço conjunto para reforçar a coesão e a competitividade do destino Alentejo.

A cerimónia de tomada de posse está marcada para o próximo 7 de abril, pelas 15h00, na Herdade da Malhadinha Nova, em Albernoa, Beja.

“A promoção turística do Alentejo precisa de uma resposta mais ambiciosa e agregadora, à altura dos desafios e oportunidades que temos pela frente. Queremos liderar o futuro com uma estratégia mais integrada, mais internacional e com forte ligação ao território e às empresas que o constroem diariamente”, refere José Manuel Santos, presidente eleito da Direção da ARPTA

O novo ciclo de governação da ARPTA parte de uma visão clara: reforçar a promoção externa do Alentejo, aumentar o peso do turismo internacional, garantir maior eficácia na gestão dos recursos e alinhar-se com uma estratégia de desenvolvimento sustentável para toda a região, incluindo o Ribatejo. A convergência operacional entre a Entidade Regional de Turismo e a ARPTA será um dos pilares para garantir maior coesão, inovação e capacidade de resposta.

O manifesto apresentado propõe uma Agência mais autónoma financeiramente, mais próxima dos associados, mais funcional na promoção externa e mais digital e inovadora. Estão também previstas ações concretas como a criação de clubes de produto, reforço da equipa técnica, novos instrumentos de marketing digital e campanhas de promoção em mercados estratégicos, como o Brasil, EUA e Espanha, bem como a aposta na captação de eventos internacionais e produções audiovisuais.

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Indústria do turismo dos EUA preocupada com queda nas viagens domésticas e internacionais

O anúncio de diversas medidas por parte da administração dos EUA, liderada por Donald Trump, parece estar a ter impacto nas viagens dos americanos, com as U.S. Travel Association a mostrar-se preocupada com a situação.

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A U.S. Travel Association afirmou, recentemente, que a indústria do turismo está a enfrentar tendências preocupantes tanto nas viagens domésticas como nas viagens internacionais para os EUA, atribuindo a situação a vários fatores, incluindo o dólar forte e a atual mensagem transmitida pelos EUA.

As declarações surgem depois de a empresa de dados de aviação OAG ter relatado que as reservas antecipadas entre os EUA e o Canadá – o principal mercado emissor de turismo internacional para os EUA – caíram mais de 70% para a temporada de verão.

No mês passado, a Tourism Economics (TE) reviu a sua previsão para as viagens internacionais aos EUA, prevendo agora uma queda de 5,1% em 2025, em contraste com a projeção inicial de um crescimento de 8,8%.

A Tourism Economics citou o aumento das tensões comerciais globais, alertando que “à medida que as políticas comerciais globais continuam em mudança, os intervenientes da indústria devem reconhecer a ligação crítica entre a política económica e a procura por viagens”. Assim, a análise da Tourism Economics alertam para consequências de “alto risco” para o setor de viagens dos EUA, com amplas implicações económicas para além do turismo. “A colaboração dentro da indústria será essencial para mitigar os impactos negativos”, conclui a TE.

Os dados indicam, igualmente, que os gastos com viagens internacionais para os EUA, em 2025, poderão cair 12,3%, resultando numa perda anual de 22 mil milhões de dólares.

A U.S. Travel Association não mencionou as tarifas ou políticas comerciais entre os potenciais fatores que estão a reduzir as viagens, atribuindo a queda a “uma variedade de fatores, incluindo um dólar forte, longos tempos de espera para vistos, preocupações com restrições de viagem, dúvidas sobre a hospitalidade dos EUA, o abrandamento da economia americana e recentes preocupações com segurança.”

A associação esclareceu que as questões de segurança referem-se “ao sentimento manifestado nos últimos meses por alguns viajantes que expressaram preocupações com a segurança.”

“Estes desafios são reais e exigem ações decisivas”, declarou a U.S. Travel Association, indicando estar a “a trabalhar ativamente com a Casa Branca e o Congresso para promover políticas que impulsionem a expansão económica e mantenham os EUA competitivos a nível global”.

Só em 2024, as viagens injetaram 1,3 biliões de dólares na economia americana e sustentaram 15 milhões de empregos em todo o país.

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