NAV Portugal: Tráfego aéreo caiu 68,6% no primeiro trimestre do ano
Impacto da COVID-19 continua a afetar o tráfego aéreo nacional e, apesar de se esperar melhoria no segundo trimestre, os números ainda estão mais de 50% abaixo de 2019.

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No primeiro trimestre de 2021, a NAV Portugal geriu 50.728 voos, o que representa uma quebra de 68,6% face aos três primeiros meses do ano passado, quando a empresa portuguesa de controlo e navegação aérea tinha gerido 161.579 movimentos no espaço aéreo português.
“Apesar da queda acentuada de 68% no total do tráfego gerido pela NAV Portugal entre janeiro e março deste ano, é de destacar que em termos desagregados os efeitos da quebra do tráfego se continuam a fazer sentir com diferentes dimensões em cada uma das regiões de informação de voo”, destaca a empresa num comunicado enviado à imprensa esta sexta-feira, 16 de abril.
A NAV Portugal lembra, no entanto, que a “variação acentuada no total de movimentos geridos no primeiro trimestre de 2021 deve-se ao facto de este período comparar com os primeiros três meses de 2020”, um vez que “o impacto da pandemia apenas se fez sentir na reta final do trimestre” e “as disrupções provocadas pela Covid-19 começaram já no decurso de março de 2020”.
Por regiões de informação de voo (RIV), em Lisboa, a NAV Portugal geriu 33.861 voos entre janeiro e março de 2021, o que representa “menos 73% do que os 126 mil registados no mesmo período de 2020”, enquanto em Santa Maria o recuo se ficou pelos 52,5%, “com os 35 mil movimentos geridos em 2020 a situarem-se em 16,8 mil nos primeiros três meses do ano”.
“Esta é uma tendência que já se tinha verificado ao longo do ano passado, ainda que de forma menos pronunciada. Em 2020, a RIV Lisboa geriu menos 58,9% de movimentos e a RIV Santa Maria registou um recuo de 53,1%”, explica a empresa de navegação aérea.
Melhoria esperada no segundo trimestre
Apesar da acentuada quebra no tráfego aéreo entre janeiro e março, a NAV Portugal espera melhorias no segundo trimestre e considera que, apesar da evolução do tráfego nos próximos meses continuar “envolta em muita incerteza”, é “expectável que os números relativos ao segundo trimestre deste ano tragam uma melhoria quando analisados de forma homóloga”.
“Contudo, sublinhe-se, tal ocorrerá essencialmente porque o segundo trimestre de 2020 foi o pior registo de todo o ano passado – o tráfego gerido pela NAV entre abril e junho do ano passado caiu 91,4%”, refere a empresa de navegação aérea.
O certo é que, acrescenta a NAV Portugal, os primeiros dados de abril já mostram “números no «verde» em termos homólogos”, o que se deve “à reduzida base de comparação e não tanto fruto de uma melhoria expressiva do tráfego”.
“De facto, e apesar de se notar uma evolução favorável nos últimos dias, os números têm permanecido mais de 50% abaixo dos valores de referência de 2019”, explica a NAV Portugal.
“É cada vez mais evidente que a crise provocada pela pandemia não é algo passageiro, sobretudo no setor da aviação, onde as ondas de choque da interrupção abrupta dos fluxos de tráfego se continuarão a fazer sentir por vários anos. Apesar do tráfego começar a denotar alguns sinais de ténue de recuperação em abril em comparação com 2020, continuamos, e vamos continuar, ainda muito longe dos valores de 2019”, sublinha Manuel Teixeira Rolo, presidente do Conselho de Administração da NAV Portugal, citado no comunicado divulgado.
A NAV Portugal garante, por isso, que vai continuar “atenta e investida na procura de maior eficiência na sua operação para apoiar da melhor forma a recuperação célere da aviação” e “sem nunca descurar os mais altos padrões de segurança em todos os voos que controla”.