Duas décadas depois Ombria Resort inicia construção
Iniciado em 1994, o projecto do empreendimento turístico do grupo finlandês Pontos resulta de um investimento de 262 milhões de euros e prevê empregar 700 funcionários durante o seu desenvolvimento e 300 de forma permanente aquando da sua abertura.
Raquel Relvas Neto
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Foi lançada, na passada sexta-feira, a primeira pedra simbólica do início da construção do Ombria Resort, em Querença, no concelho de Loulé.
O resort, desenvolvido pelo Grupo Pontos, um grupo finlandês de private equity, teve o seu projecto iniciado em 1994, mas deparou-se com várias condicionantes ao longo de mais de 20 anos que impediram, até este ano, o princípio da sua construção, como pôde explicar Ilpo Kokkila, ‘chairman’ do Grupo Pontos, na cerimónia que contou com as presenças da secretária de Estado do Turismo, secretário de Estado do Ambiente, presidente da Câmara de Loulé e outras personalidades do Algarve.
O responsável salientou que “foram 20 anos de trabalho árduo que concentraram muitos recursos e energias. Ficámos muito decepcionados com a lentidão da burocracia que enfrentamos durante o desenvolvimento do projecto”, sem deixar de referir a cooperação da Câmara Municipal de Loulé e das entidades competentes.
O autarca de Loulé, Carlos Aleixo, referiu que “sei bem quanta paciência e o quanto foi preciso acreditar, ao longo de tantos anos, neste projecto”. “Não é um projecto feito de ânimo leve (…) Estamos a falar de um projecto único, que é pioneiro, e que pela primeira vez vamos ter uma intervenção com esta dimensão num espaço natural que está no seu estado puro”, relembra.
“Os investidores olham naturalmente para o interior do Algarve como um recurso, como uma aposta que pode trazer grande interesse económico para os seus investimentos e nós recebemo-los de braços abertos, fazemos tudo, com algum cuidado burocrático”, indica. Para Carlos Aleixo estes cuidados burocráticos têm dois pontos de vista: “por um lado, tem o seu quê de anti-económico para quem tem pressa em rentabilizar os seus investimentos, mas depois há outro reverso que é a garantia de qualidade, é a garantia de que os investimentos podem ser bem absorvidos e encaixados na natureza sem comprometer os seus ciclos naturais que importa sempre preservar sob pena da própria actividade turística e a própria procura do território perder valor no futuro”.
Também a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, recorda que este projecto do Ombria Resort foi “um processo difícil, complicado mas teve a capacidade de pôr todas as pessoas a falarem em conjunto, a assumirem problemas, a identificarem problemas e a encontrar soluções através do diálogo”. A governante salientou que as dificuldades sentidas neste projecto ao longo destes anos, “como com outros, levaram-nos a aprovar um novo regime de licenciamentos de empreendimentos turísticos que entrou em vigor a 1 de Julho deste ano e com o qual acreditamos que será mais fácil acelerar os projectos não sem cumprir as regras”.
A primeira fase do Ombria Resort, que inclui as infraestruturas e o campo de golfe de 18 buracos, já em construção desde Outubro de 2016, contempla ainda o Viceroy at Ombria Resort, com 76 quartos e as Viceroy Residences at Ombria Resort, que incluem 65 residências turísticas. O complexo hoteleiro inclui também um clubhouse, um centro de conferências, 5 restaurantes, spa, kids club, um observatório astronómico, piscinas aquecidas e várias outras instalações de lazer e fitness. A sua abertura está prevista para final de 2019.
A Fase 1 do projecto representa um investimento de mais de 100 milhões de euros. O investimento total, nas três fases do projecto, irá ultrapassar os 262 milhões de euros. O projecto prevê 1000 postos de trabalho, dos quais 700 durante a sua construção e 300 permanentes.