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“A tendência de crescimento turístico nos Açores irá manter-se!”

Marta Guerreiro é a secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo nos Açores. Por liderar uma pasta que registou
um crescimento histórico em 2016, o Publituris quis perceber de que é feita a estratégia que tem dado tão bons resultados. A entrevista com a governante foi uma viagem longa: marketing, alojamento local e tradicional, abertura de novas rotas, taxas turísticas e o futuro do destino foram tópicos de conversa. Mas houve mais.

Ângelo Delgado
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“A tendência de crescimento turístico nos Açores irá manter-se!”

Marta Guerreiro é a secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo nos Açores. Por liderar uma pasta que registou
um crescimento histórico em 2016, o Publituris quis perceber de que é feita a estratégia que tem dado tão bons resultados. A entrevista com a governante foi uma viagem longa: marketing, alojamento local e tradicional, abertura de novas rotas, taxas turísticas e o futuro do destino foram tópicos de conversa. Mas houve mais.

Ângelo Delgado

Marta Guerreiro é a secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo nos Açores. Por liderar uma pasta que registou um crescimento histórico em 2016, o Publituris quis perceber de que é feita a estratégia que tem dado tão bons resultados. A entrevista com a governante foi uma viagem longa: marketing, alojamento local e tradicional, abertura de novas rotas, taxas turísticas e o futuro do destino foram tópicos de conversa. Mas houve mais.

Qual a estratégia preparada para o Turismo da região?

Há necessidade de acautelar e assegurar a manutenção dos níveis de sustentabilidade ambiental e paisagística que elevam a nossa atractividade e valorizam a nossa imagem como Destino Turístico de Natureza. É também por isso que a estratégia, a partir daqui, assentará desde logo no PEMTA – Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores, uma ferramenta de trabalho que entrou em vigor em 2016 e que será fundamental para a abordagem que será feita ao sector, nos próximos anos, ao nível do marketing e comunicação. Os seus principais objectivos são alavancar a notoriedade dos Açores junto dos consumidores finais; posicionar a região como um destino exclusivo de natureza exuberante; promover a cooperação permanente entre os intervenientes públicos e privados na sua execução; melhorar a competitividade do destino e aumentar os fluxos turísticos, tendo de forma subjacente a salvaguarda da sustentabilidade económica, ambiental e sociocultural do território. Em termos globais, o Governo Regional propõe, para os próximos quatro anos, dar prioridade: à qualificação do destino, no que diz respeito à inovação de produtos e serviços e à consolidação de uma oferta diversificada; à promoção da sustentabilidade interna da actividade turística em todas as suas vertentes e da sustentabilidade de fluxos turísticos que resultem na criação efectiva de emprego e de riqueza; ao aumento da eficácia da promoção e da eficiência nas acessibilidades. O sector tem galopado imenso nos últimos anos nos Açores – tal como no resto do País – sendo que a abertura de novas rotas aéreas e o surgimento das low-cost foram grandes alavancas para esse fenómeno.

A região está preparada, ao nível de camas e unidades hoteleiras, para acompanhar este crescimento?

O Turismo dos Açores tem vivido um dinamismo sem precedentes, reforçado em 2015 com a entrada em vigor dos novos modelos de acessibilidade à Região e das obrigações de serviço público. Ainda assim, este crescimento tem evoluído de uma forma alinhada entre a oferta e a procura. Face ao aumento da procura, a oferta regional de camas tem vindo a crescer a um ritmo mais acentuado nos últimos anos, tendo aumentado cerca de 36% desde 2012, até à data. Existem actualmente 16 030 camas, dispersas por todas as tipologias de alojamento, desde o tradicional ao local e ainda o TER – Turismo em Espaço Rural, quando em 2012, este número era de 11 806. Sendo certo que, neste momento, o tipo de alojamento nos Açores caracteriza-se pela hotelaria tradicional, TER – Turismo em Espaço Rural, Alojamento Local, parques de campismo e Pousadas de Juventude. Esta Secretaria estará empenhada em promover um equilíbrio entre os tipos de alojamento actuais e outras modalidades que possam representar novos desafios face ao tipo de Turismo que promovemos.

4) Stand Up Paddle Board

Estão previstos novos hotéis no arquipélago, nomeadamente na Terceira e São Miguel?

Daremos prioridade às unidades que melhor se enquadrarem na estratégia definida para o Turismo nos Açores, tendo também em conta o Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma dos Açores (POTRAA) e a sua revisão. Nos próximos anos a oferta de alojamento nas ilhas Terceira e São Miguel irá aumentar, com forte probabilidade de entrarem em funcionamento dentro de dois anos. Ainda neste sentido de crescimento e de desenvolvimento conjunto das várias ilhas, devo também referir que ilhas como o Faial, São Jorge e Pico também têm previsto novos estabelecimentos hoteleiros.

O Alojamento Local também tem sido visto como um “substituto” tendo em conta a ausência de camas em alguns destinos. É assim nos Açores?

O Alojamento Local não substitui o alojamento tradicional e aparece como uma outra oportunidade para complementar para determinados segmentos de mercado, que habitualmente não recorrem às tipologias tradicionais. Importa ainda referir que as próprias características do turista actual fazem com que haja uma maior procura por este tipo de alojamento. O crescimento do tipo de turista independente/particular, face ao tradicional modelo de tour operação, é a prova de que os Açores também mostraram capacidades de adaptação da oferta à procura, promovendo um equilíbrio no sector. Atendendo às especificidades das nossas ilhas, o alojamento turístico local tem um especial enquadramento na região. Assume uma importância relevante no âmbito da oferta regional de alojamento turístico, pelo seu carácter diferenciador e pela sua capacidade de promover a preservação e valorização do património existente, ao modernizar e adaptá-lo para utilização turística.

Ligações aéreas

A ilha Terceira recebeu no final do ano que agora findou uma operação da Ryanair. Estão previstas novas rotas e a entrada de novas companhias aéreas no universo Açores?

Além das intenções de novas rotas, é importante reforçar os mercados prioritários em termos de captação de novos voos e de promoção, nomeadamente, os EUA, França, Reino Unido, Canadá, Itália e Alemanha. Tendo em conta que os fluxos turísticos não se criam apenas com novos voos directos para a região, mas também através do tráfego de ligação, com preço e tempo de duração de viagens convenientes. Temos como objectivo garantir a sustentabilidade e fiabilidade das acessibilidades aéreas, mas também fomentar novas ligações para mercados emissores que se demonstrem adequados e enquadrados nos segmentos definidos no PEMTA. A SATA continuará a ter um papel preponderante nesta estratégia de captação de novos fluxos, mas trabalharemos com todas as companhias aéreas ou operadores turísticos que se nos afigurem com capacidade para a supracitada sustentabilidade e fiabilidade de novas rotas. Tem sido transmitida, pelo sector turístico regional, a ideia de que os Açores são um dos destinos mais sustentáveis do Mundo.

3) Mountain Biking in Terceira island

De que forma colocarão esta ideia em prática?

A nossa aposta tem passado e continua a passar por aumentar a notoriedade internacional dos Açores como um destino de natureza de excelência, procurando reforçar, perante os mercados externos, o nosso posicionamento em prol desta imagem e pondo em destaque as nossas características de sustentabilidade, ambientais e paisagísticas. Esta ideia não é recente e tem vindo a ser posta em práctica sucessivamente pelos últimos governos regionais, que sempre defenderam políticas ambientais e turísticas conciliatórias de boas práticas ambientais, salvaguardadas legalmente de forma a preservar a nossa identidade paisagística, enquanto elemento diferenciador e principal mais-valia de competição com os destinos concorrentes. Assim, a nossa prioridade é proteger e preservar o património natural e cultural dos Açores, criando condições para que a qualidade de vida das nossas comunidades não seja comprometida no presente e no futuro.

O Bloomberg catalogou os Açores como “a nova Islândia”, um elogio que é uma espécie de promoção externa sem custos. Como é que o Governo Regional poderá capitalizar estes louvores vindos do exterior?

Este tipo de “elogios”, com que felizmente e cada vez com maior frequência temos vindo a ser distinguidos internacionalmente, são sempre muito bem recebidos. Este tipo de menções que premeiam as políticas de sustentabilidade que têm sido aplicadas na região confirma que estamos a trabalhar para nos tornarmos num verdadeiro destino turístico sustentável. Olhamos para estas referências internacionais como formas de promoção externa eficazes e sem custos. Para além de fortalecerem a nossa imagem como Turismo de Natureza, também são aproveitadas nos nossos planos de comunicação, potenciando o nosso património natural e a especial apetência do nosso destino para um Turismo activo e de aventura. O Turismo dos Açores capitaliza esta exposição associando a sua promoção ao apoio de eventos internacionais relevantes que distingam os atributos de natureza – mergulho, surf, btt, trail run, parapente, etc. – garantindo não só as externalidades positivas do impacto directo da participação de um elevado número de pessoas, como também obtendo junto daqueles nichos de mercado grande notoriedade.

Qual o montante disponível para a promoção externa dos Açores em 2017? Relativamente a 2016, as verbas aumentaram? Em que formatos será feito o investimento?

Tendo em conta que o acto eleitoral decorreu em Outubro passado, este é o momento de preparação da nova legislatura para os próximos quatro anos ao nível das acções e dos orçamentos, não se prevendo qualquer diminuição. No que diz respeito ao sector do Turismo, é nosso objectivo continuar a trabalhar em quatro eixos fundamentais para o desenvolvimento turístico da região: a qualificação e a sustentabilidade do destino; a eficácia da promoção e nas acessibilidades. Estamos convictos de que com o empenhamento de todos os nossos parceiros públicos e privados, aproveitando de forma ainda mais organizada e assertiva os recursos destes, somos capazes de obter ainda maior notoriedade do destino para a indústria do Turismo.

A aplicação de taxas turísticas nos Açores é um assunto que tem estado em cima da mesa. Recentemente, afirmou que “a sua aplicação será pontual”, ou seja, presume-se pelas suas palavras que não se trata do modelo, por exemplo, seguido por Lisboa?

Temos zelado sempre por um crescimento harmonioso, do ponto de vista ambiental, cultural e social, que não ponha em causa a sustentabilidade do nosso destino e a valorização da nossa identidade turística como destino de Turismo de natureza. Subjacente a estas premissas, há que ter em conta que o usufruto continuado e frequente dos nossos recursos turísticos pode por em causa a sua atractividade e a sua sustentabilidade e que no conjunto dos recursos há aqueles que pela sua atractividade estão sujeitos a maior pressão turística. Este tipo de cobranças não são novidade nos Açores (Centro de Interpretação, Parques Naturais, piscinas naturais, etc.) e são praticados na generalidade dos destinos turísticos mundiais a preços bem mais elevados do que aqueles que praticamos.

Números na região

Que balanço fazem das operações turísticas nos Açores em 2016?

Apesar de ainda não termos dados finais, tudo indica que 2016 se confirmará como o melhor ano de sempre do Turismo nos Açores. Com destaque para as mudanças ao nível da melhoria das acessibilidades à região. No que diz respeito à hotelaria tradicional e Turismo em Espaço Rural, foi possível alcançar 1,4 milhões de dormidas nos primeiros dez meses deste ano, o que representa um crescimento de 22% face a igual período de 2015, que, por sua vez, já havia registado um crescimento considerável face a 2014. Relativamente ao emprego, o número de pessoas que está empregada em unidades de hotelaria tradicional e de Turismo em Espaço Rural aumentou de 1.697 em Setembro de 2014 para 2.114 em Setembro de 2016, o que traduz um crescimento de 24,6% em dois anos. Os proveitos totais nas mesmas tipologias de alojamento referenciadas acima cresceram 31,4% em termos homólogos, para 65 milhões de euros até Outubro de 2016.

5) Whale Watching

Que mercados mais cresceram? E quais os que tiveram um desempenho abaixo do esperado?

Segundo os dados do Serviço Regional de Estatística relativos às dormidas de Janeiro a Outubro, no alojamento tradicional e TER verificou-se um crescimento de todos os mercados prioritários, com excepção da Suécia. Aqueles que apresentaram melhores resultados em 2016 e face ao ano anterior foram os EUA e a Espanha, com crescimentos da ordem dos 58,1% e 50%, respectivamente, seguidos da Holanda (22,7%), Bélgica (19,5%), Canadá (18,9%), França (17,4%), Alemanha (17,1%) e Reino Unido (14,8%).

Quais as vossas expectativas para o Turismo nos Açores para 2017?

Parece-nos importante começar por referir os resultados divulgados pelo Banco de Portugal este mês de Dezembro, onde os Açores são a região do País com maior destaque no que diz respeito ao crescimento da actividade turística (30%) nos primeiros dez meses de 2016. Para nós, estes valores mostram que as medidas estratégicas desenhadas para o sector do Turismo, na prática, apresentam bons resultados e manifestam que o potencial turístico dos Açores está a encontrar a sua identidade ao posicionar-se favoravelmente dentro dos segmentos de procura. As expectativas são de optimismo, face às novas operações aéreas já anunciadas e ao aumento previsto da disponibilidade dos voos. Além disso, acreditamos que os Açores e os empresários turísticos estão cada vez mais empenhados em crescer, pelo que à partida esta tendência de crescimento, dos últimos anos, manter-se-á.

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Governo de Cabo Verde de olhos postos no desenvolvimento turístico de Santo Antão

Em declarações à Inforpress, após a sua primeira visita a Santo Antão desde que assumiu o cargo, o ministro realçou o “grande potencial” da ilha como destino turístico, reforçando que […]

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Em declarações à Inforpress, após a sua primeira visita a Santo Antão desde que assumiu o cargo, o ministro realçou o “grande potencial” da ilha como destino turístico, reforçando que “estamos a criar um ambiente propício para que o turismo contribua para o desenvolvimento económico, social e ambiental de Santo Antão. O objetivo é garantir um turismo sustentável, que beneficie tanto os empresários locais quanto os habitantes da ilha”, afirmou.

O ministro observou que Santo Antão é o destino “mais atrativo e impressionante” para o turismo de caminhadas em Cabo Verde, com potencial para impulsionar a economia local e aumentar os gastos dos turistas, tendo anunciado que, “o Governo, com o apoio financeiro do Banco Mundial, através do projeto Turismo Resiliente e Economia Azul, mas também do Fundo do Turismo, já começou a tomar medidas concretas que têm vindo a resultar na estruturação e em investimentos no segmento de mercado de caminhadas”.

O titular da área do turismo avançou que têm vindo a ser realizadas intervenções concretas em termos de turismo de caminhada e de requalificação das vilas rurais, sendo um exemplo a ser explorado a nível das outras vilas do país.

Para impulsionar ainda mais este segmento do turismo, José Luís Sá Nogueira revelou que uma equipa técnica especializada está, neste momento, a trabalhar no sentido de propor regulamentos, normas, planos de capacitação, modelos de governança das trilhas turísticas, plano de marketing e, sobretudo, identificar oportunidades de negócios com impacto positivo na geração de rendimentos para as comunidades locais, com vista a assegurar que o turismo de caminhada seja sustentável, tanto ambiental como economicamente e socialmente, válidos também para o turismo de montanha e de natureza.

Refira-se que, recentemente, a Câmara Municipal do Porto Novo anunciou a implementação de um projeto de reabilitação das trilhas turísticas e de construção de novos miradouros com o financiamento do Fundo do Turismo.

“Santo Antão tem uma característica extremamente importante, que é o facto de ter ao lado São Vicente, e as duas ilhas podem constituir um produto turístico por excelência. Portanto, vamos tirar vantagem disso e impulsionar o desenvolvimento de Santo Antão enquanto um destino turístico que queremos colocar no mapa da promoção turística”, exortou o ministro.

Mais de 300km de trilhas

Entretanto, o vice-presidente da Adventry Travel Trade Association (ATTA), Gustavo Timo, afirmou que Santo Antão tem potencial para alcançar novos patamares no turismo mundial, com a implementação do projeto de governança dos caminhos pedestres.

“Santo Antão já se destaca em Cabo Verde pelo conjunto de mais de 300 quilómetros de trilhas que já foram reconhecidas. O visual, a beleza cênica, o povo, a gastronomia, todo o conjunto que Santo Antão oferece é muito único, é muito autêntico e tem capacidade para atrair turistas de todo o mundo”, realçou o consultor internacional em declarações aos jornalistas locais.

“Vamos trabalhar na promoção da regulamentação e da portaria, na implementação de normas técnicas e no desenvolvimento de um modelo de governança, gestão e arrecadação para as trilhas e os caminhos vicinais”, destacou, para apontar que a ideia é que o sistema de trilhas, todo este património, que é um ativo de Santo Antão, se transforme num produto turístico que atraia mais turistas estrangeiros, trazendo recursos, gerando emprego e ativando negócios em torno deste segmento.

 

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Arcos de Valdevez apresenta plano de posicionamento e desenvolvimento turístico sustentável

A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez acaba de apresentar a estratégia de posicionamento e desenvolvimento turístico sustentável do concelho, cujas metas para 2030 são aumentar a estada média, os hóspedes internacionais e o valor dos proveitos por hóspede, bem como reduzir a taxa de sazonalidade.

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Através desta estratégia pretende-se estruturar os produtos turísticos e estabelecer mecanismos de atratividade, posicionando o destino com notoriedade, promovendo uma imagem de qualidade nos mercados nacionais e internacionais.

Para a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, o plano visa promover os elementos distintivos do concelho como porta de entrada do Parque Nacional Peneda-Gerês, o património histórico-cultural e a singularidade do património natural e paisagístico, em termos nacionais e internacionais, contando com o apoio e envolvimento da comunidade arcuense.

A autarquia, refira-se, tem marcado presença regular em Feiras de promoção turística, com o objetivo de posicionar o concelho como um destino turístico de excelência naquilo que se refere à oferta de património cultural, gastronomia, natureza e eventos, no panorama nacional, possui uma agenda cultural vasta e realiza periodicamente eventos de promoção da gastronomia local, da sua cultura e das suas tradições.

Entretanto, Arcos de Valdevez alcançou um novo recorde ao nível do número de dormidas, tendo ultrapassado as 100 mil no ano de 2024. Nos últimos dez anos atingiu um aumento de 425%, ou seja, multiplicou por cinco o número de dormidas no concelho, as quais eram 18 485 em 2014 e que passaram para as 106 201 em 2024.

Estes são números, de acordo com nota da Câmara Municipal, atestam o sucesso das medidas e o impacto das políticas implementadas pelo Executivo e os parceiros ao longo dos últimos anos neste setor.

A nota avança que este crescimento é um estímulo para continuar a desenvolver a atividade e reforçar o papel do turismo no desenvolvimento económico do concelho, a criação de emprego e rendimento e contribuir para a fixação e atração de pessoas e investimento em Arcos de Valdevez.

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4º Encontro da Rede das Estações Náuticas de Portugal reúne 170 participantes em Odemira

O 4ª Encontro da Rede das Estações Náuticas de Portugal, que decorre até esta sexta-feira, 4 de abril, no concelho de Odemira, e que reúne cerca de 170 participantes de todo o país, está a debater o valor das estações náuticas e o seu contributo para o desenvolvimento dos territórios.

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Para José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, trata-se de um evento “que representa a afirmação do destino neste segmento de mercado com enorme potencial de crescimento e que permite diversificar a nossa oferta turística e acrescentar valor à economia local”.

António José Correia, coordenador da Rede de Estações Náuticas de Portugal, aponta que, com esta iniciativa “pretendemos dinamizar a fileira do turismo náutico em Portugal e potenciar o seu valor”, destacando que, “este ano, estamos no Alentejo, uma região que tem vindo a afirmar-se com destino náutico e que já conta com oito estações náuticas”, a saber: Alandroal, Avis, Mértola, Monsaraz, Moura, Sines, Ponte de Sor e Odemira (esta com três polos náuticos: Vila Nova de Milfontes, Odemira e Santa Clara).

Já o presidente da Câmara Municipal de Odemira, Hélder Guerreiro, destacou este encontro como uma forma de afirmar as Estações Náuticas como aceleradores do desenvolvimento dos territórios.

Na sua intervenção, na sessão de abertura do encontro, José Santos avançou que “estamos cada vez mais empenhados em reforçar o trabalho desenvolvido no âmbito das oito estações náuticas do Alentejo”, realçando que “têm sido apresentados produtos e experiências turísticas que valorizam o turismo náutico e que contribuem para tornar a região mais competitiva e atrativa e é esse o nosso caminho”.

Entre os vários temas em debate no 4ª Encontro da Rede das Estações Náuticas de Portugal destacam-se “Rede das Estações Náuticas de Portugal – Proposta de Valor”, “Estação Náutica de Odemira – Contributo para a Concretização do Plano Estratégico e Operacional de Valorização do Rio Mira”, “Financiamento” e “Estruturação e Promoção da Oferta Turística das Estações Náuticas”. Decorrem também workshops temáticos sobre “Governança”, “Comunicação e Promoção”, “Sustentabilidade” e “Desporto Náutico para Todos”.

Organizado pela Fórum Oceano, em coordenação com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo e o Município de Odemira, o encontro conta com o apoio institucional do Turismo de Portugal e da Docapesca.

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WTTC critica ETA no Reino Unido

Com a entrada em vigor da obrigação da Autorização Eletrónica de Viagem (ETA) para todos os visitantes europeus para entrarem no Reino Unido, o WTTC critica a medida.

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A partir de 2 de abril, todos os cidadãos europeus, incluindo os portugueses, que pretendam visitar o Reino Unido devem solicitar uma Autorização Eletrónica de Viagem (ETA, sigla em inglês) antes de viajar.

A presidente e CEO do World Travel & Tourism Council, Julia Simpson, criticou esta medida, referindo que “vai completamente contra a política de crescimento do Reino Unido” e que “em vez de tornar o país um destino atrativo, cria mais um obstáculo para os turistas”.

“Os visitantes internacionais são, na prática, exportações – trazendo moeda estrangeira valiosa”, afirmou Julia Simpson, dando ainda conta que o Reino Unido “já é um dos países mais caros para visitar, com um IVA acima da média, Taxa de Passageiros Aéreos, preços inflacionados devido às contribuições para a Segurança Social das empresas e a ausência de compras isentas de impostos para clientes de alto valor. São erros que prejudicam a nossa economia”.

De acordo com os números do WTTC, o setor das viagens e turismo contribui com mais de 280 mil milhões de libras (cerca de 335 mil milhões de euros) para a economia do Reino Unido, sustentando mais de quatro milhões de empregos em todo o país. “Além disso, as nossas empresas pagam anualmente 100 mil milhões de libras ao Tesouro em receitas fiscais”, avança ainda Julia Simpson.

E a presidente e CEO do WTT aconselha o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, a “concentrar-se no crescimento da economia e na proteção dos empregos, em vez de introduzir políticas que os coloquem em risco”.

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Turismo da Tailândia associa-se a conferência sobre influência da gastronomia portuguesa na Tailândia

A conferência “Camões – Cidadão do Mundo e a Globalização dos Alimentos pela Mão dos Marinheiros Portugueses. Tailândia – A Influência Portuguesa na Cozinha Tailandesa”decorre a 8 de abril, na Biblioteca do Palácio Galveias, em Lisboa, com entrada gratuita.

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A Autoridade do Turismo da Tailândia (TAT) associou-se a uma conferência que vai debater a influência da gastronomia portuguesa na Tailândia, que vai ter lugar a 8 de abril, pelas 18h00, na Biblioteca do Palácio Galveias, no Campo Pequeno, em Lisboa.

Denominada “Camões – Cidadão do Mundo e a Globalização dos Alimentos pela Mão dos Marinheiros Portugueses. Tailândia – A Influência Portuguesa na Cozinha Tailandesa”, esta conferência está inserida na Exposição Universal da Matriz Portuguesa – Camões 500 e vai contar com entrada gratuita.

A iniciativa conta com a participação de Margarida Pereira-Müller, documentalista científica, investigadora e escritora especializada em gastronomia, que vai abordar a influência da presença portuguesa na Tailândia, com especial destaque para a culinária.

“Esta iniciativa permite não só evidenciar a passagem de Luís de Camões pelo Sudeste Asiático como também lembrar os importantes laços históricos que unem os dois países”, afirma Rosário Louro, representante da TAT em Portugal.

Segundo a responsável, “a gastronomia é um reflexo autêntico da influência portuguesa na Tailândia e um exemplo marcante dessa herança, que os tailandeses tanto valorizam”.

Durante o evento, será também oferecida uma degustação de gastronomia tailandesa, numa parceria da TAT com o restaurante Siam Square.

Recorde-se que a presença portuguesa na Tailândia, a partir do século XVI, deixou um legado que se reflete na introdução de ingredientes na cozinha tailandesa, muitos oriundos de países por onde os portugueses passaram, como a malagueta, tomate, batata, milho, alface, repolho, papaia, anona, goiaba, ananás, castanha de caju e amendoim, bem como diferentes formas de confecionar, nas quais se destacam os fios de ovos e outras sobremesas inspiradas na doçaria conventual portuguesa.

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Turismo de Portugal e regiões promovem 150 experiências de Turismo Industrial

A 4.ª edição da  agenda nacional de atividades “À Descoberta do Turismo Industrial”, que decorre entre 5 e 19 de abril, conta com 150 experiências únicas de norte a sul do país e nos Açores.

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O Turismo de Portugal e as Entidades Regionais de Turismo do Alentejo e Ribatejo, Algarve, Centro, Porto e Norte, Região de Lisboa e Direção Regional de Turismo do Açores vão promover, entre 5 a 19 de abril, a 4.ª edição da  agenda nacional de atividades “À Descoberta do Turismo Industrial”, iniciativa que vai contar com 150 experiências únicas de norte a sul do país e nos Açores.

Teatro e danças no subsolo, visitas e percurso em túneis subterrâneos, escape rooms e desafios de pintura e fotografia são, segundo um comunicado do Turismo de Portugal, algumas das experiências que estar disponíveis ao abrigo desta iniciativa, cuja agenda completa está disponível aqui.

A programação, que este ano está também disponível inglês e espanhol com vista à “promoção internacional da iniciativa”, conta também com o apoio dos parceiros do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial.

“A aposta no Turismo Industrial pretende reforçar a coesão territorial do país, a diversificação da oferta dos territórios, o reforço da sua atratividade ao longo de todo o ano, bem como a valorização das atividades económicas nacionais diferenciadoras e do seu património autêntico”, explica o Turismo de Portugal.

A Rede Portuguesa de Turismo Industrial conta com cerca de 230 recursos, distribuídos pelas dimensões do património industrial e indústria viva, e nas várias áreas temáticas: agroalimentar, moda e têxtil, cerâmica e vidro, ourivesaria, extrativa, transportes, entre outras.

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Turismo de Portugal avalia estratégia media internacional

O Turismo de Portugal irá gastar até 907 mil euros com avaliação da estratégia de media a nível internacional.

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O Turismo de Portugal vai avançar com uma avaliação da eficácia do plano de comunicação com os media internacionais, podendo para isso gastar cerca de 900 mil euros, segundo uma portaria publicada em Diário da República.

Para desenvolver esta análise, o Turismo de Portugal vai “iniciar um procedimento pré-contratual de concurso público internacional para a aquisição de serviços de avaliação mediática e digital”, lê-se na portaria, contrato que terá um período de vigência de 36 meses.

O valor global não deverá exceder o montante máximo de 738.000 euros, a que acresce IVA à taxa legal em vigor, perfazendo o montante de 907.740 euros, envolvendo despesa em anos económicos diferentes, de 2025 a 2027.

Estes encargos “são suportados por verbas do Turismo de Portugal, I. P., com financiamento através de receita própria, inscritas e a inscrever no respetivo orçamento”.

A avaliação vai incidir sobre diferentes tipos de media, designadamente televisão, rádio, jornais e revistas impressos e media digitais, incluindo redes sociais e blogs, tendo em vista analisar as referências ao Destino Portugal e/ou à marca VisitPortugal.

O objetivo desta análise da performance da relação com os media é “avaliar a eficácia das ações de comunicação e de relações públicas desenvolvidas nos mercados-alvo e, desta forma, otimizar a presença e influência mediática do destino e da marca VisitPortugal nos referidos mercados”.

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Descobrir o Algarve através de 18 experiências de Turismo Industrial

Associando-se à agenda nacional “À Descoberta do Turismo Industrial”, o Turismo do Algarve oferece 18 atividades inseridas neste programa.

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O Turismo do Algarve, enquanto membro do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial desde 2020, associa-se à 4.ª edição da agenda nacional “À Descoberta do Turismo Industrial”, que de 5 a 19 de abril de 2025 oferece 150 experiências de norte a sul do país e nos Açores.

Na região do Algarve estão programadas 18 atividades com a colaboração de 13 parceiros regionais, com atividades exclusivas em locais de indústria viva e património industrial.

Entre as experiências disponíveis no Algarve destacam-se visitas guiadas a fábricas de cortiça e de transformação de azeitonas, a espaços museológicos que contam e interpretam a história da indústria conserveira na região, tours por adegas e lagares com provas de vinhos e azeites premiados, percursos em salinas tradicionais com observação da biodiversidade local e aventuras subterrâneas na mina de sal-gema de Loulé. Incluem-se ainda workshops criativos, desafios fotográficos e momentos gastronómicos únicos que reforçam a autenticidade e diversidade do património económico e cultural algarvio.

Esta iniciativa visa reforçar a coesão territorial, promover a diversificação da oferta turística ao longo de todo o ano e destacar o Algarve como um destino que valoriza as suas tradições produtivas e industriais, contribuindo também para a sustentabilidade económica local.

“O Algarve possui uma riqueza extraordinária no seu património industrial, com forte potencial para se afirmar através de experiências turísticas diferenciadoras. Estamos empenhados em continuar a capacitar e promover os nossos parceiros, consolidando uma oferta turística diversificada e sustentável”, refere André Gomes, presidente do Turismo do Algarve.

Com um total de 230 recursos a nível nacional na Rede Portuguesa do Turismo Industrial, distribuídos por áreas como agroalimentar, cortiça, vinho, cerâmica, entre outras, o Algarve destaca-se pela qualidade e singularidade das suas propostas.

A agenda completa está disponível em português, inglês e espanhol, constituindo um convite aberto à descoberta e valorização das tradições e inovação tecnológica da região.

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ARPTA com nova liderança

José Manuel Santos lidera nova direção da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo. Tomada de posse decorre a 7 de abril.

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A Assembleia Geral Eleitoral da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA) culminou com a eleição dos novos órgãos sociais para o triénio 2025-2028. A sufrágio apresentou-se uma lista única, encabeçada por José Manuel Santos, atual presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, que assume agora também a liderança da ARPTA.

A nova direção reflete uma ampla representatividade do tecido turístico regional, reunindo associações setoriais, grupos hoteleiros, operadores turísticos e projetos de enoturismo e sustentabilidade, num esforço conjunto para reforçar a coesão e a competitividade do destino Alentejo.

A cerimónia de tomada de posse está marcada para o próximo 7 de abril, pelas 15h00, na Herdade da Malhadinha Nova, em Albernoa, Beja.

“A promoção turística do Alentejo precisa de uma resposta mais ambiciosa e agregadora, à altura dos desafios e oportunidades que temos pela frente. Queremos liderar o futuro com uma estratégia mais integrada, mais internacional e com forte ligação ao território e às empresas que o constroem diariamente”, refere José Manuel Santos, presidente eleito da Direção da ARPTA

O novo ciclo de governação da ARPTA parte de uma visão clara: reforçar a promoção externa do Alentejo, aumentar o peso do turismo internacional, garantir maior eficácia na gestão dos recursos e alinhar-se com uma estratégia de desenvolvimento sustentável para toda a região, incluindo o Ribatejo. A convergência operacional entre a Entidade Regional de Turismo e a ARPTA será um dos pilares para garantir maior coesão, inovação e capacidade de resposta.

O manifesto apresentado propõe uma Agência mais autónoma financeiramente, mais próxima dos associados, mais funcional na promoção externa e mais digital e inovadora. Estão também previstas ações concretas como a criação de clubes de produto, reforço da equipa técnica, novos instrumentos de marketing digital e campanhas de promoção em mercados estratégicos, como o Brasil, EUA e Espanha, bem como a aposta na captação de eventos internacionais e produções audiovisuais.

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Indústria do turismo dos EUA preocupada com queda nas viagens domésticas e internacionais

O anúncio de diversas medidas por parte da administração dos EUA, liderada por Donald Trump, parece estar a ter impacto nas viagens dos americanos, com as U.S. Travel Association a mostrar-se preocupada com a situação.

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A U.S. Travel Association afirmou, recentemente, que a indústria do turismo está a enfrentar tendências preocupantes tanto nas viagens domésticas como nas viagens internacionais para os EUA, atribuindo a situação a vários fatores, incluindo o dólar forte e a atual mensagem transmitida pelos EUA.

As declarações surgem depois de a empresa de dados de aviação OAG ter relatado que as reservas antecipadas entre os EUA e o Canadá – o principal mercado emissor de turismo internacional para os EUA – caíram mais de 70% para a temporada de verão.

No mês passado, a Tourism Economics (TE) reviu a sua previsão para as viagens internacionais aos EUA, prevendo agora uma queda de 5,1% em 2025, em contraste com a projeção inicial de um crescimento de 8,8%.

A Tourism Economics citou o aumento das tensões comerciais globais, alertando que “à medida que as políticas comerciais globais continuam em mudança, os intervenientes da indústria devem reconhecer a ligação crítica entre a política económica e a procura por viagens”. Assim, a análise da Tourism Economics alertam para consequências de “alto risco” para o setor de viagens dos EUA, com amplas implicações económicas para além do turismo. “A colaboração dentro da indústria será essencial para mitigar os impactos negativos”, conclui a TE.

Os dados indicam, igualmente, que os gastos com viagens internacionais para os EUA, em 2025, poderão cair 12,3%, resultando numa perda anual de 22 mil milhões de dólares.

A U.S. Travel Association não mencionou as tarifas ou políticas comerciais entre os potenciais fatores que estão a reduzir as viagens, atribuindo a queda a “uma variedade de fatores, incluindo um dólar forte, longos tempos de espera para vistos, preocupações com restrições de viagem, dúvidas sobre a hospitalidade dos EUA, o abrandamento da economia americana e recentes preocupações com segurança.”

A associação esclareceu que as questões de segurança referem-se “ao sentimento manifestado nos últimos meses por alguns viajantes que expressaram preocupações com a segurança.”

“Estes desafios são reais e exigem ações decisivas”, declarou a U.S. Travel Association, indicando estar a “a trabalhar ativamente com a Casa Branca e o Congresso para promover políticas que impulsionem a expansão económica e mantenham os EUA competitivos a nível global”.

Só em 2024, as viagens injetaram 1,3 biliões de dólares na economia americana e sustentaram 15 milhões de empregos em todo o país.

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