ISCTE vai ter escola de hotelaria e turismo
Projecto do Instituto Universitário de Lisboa vai custar entre oito a 10 milhões de euros.
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A nova escola universitária vai ser financiada pela venda de uma parcela de terreno do ISCTE, que será utilizada para a construção de dois hotéis – um de quatro ou cinco estrelas e um ‘low cost’ para estudantes, docentes e investigadores -, a funcionarem, obrigatoriamente, em articulação com a escola de turismo, referiu o reitor à agência Lusa.
“Há de ser a primeira vez que uma universidade pública compra o terreno e constrói sem financiamento público”, afirmou Luís Reto, criticando que “o Estado não financia os custos correntes quanto mais os custos de investimento”.
Segundo o reitor do ISCTE, o financiamento por parte do Estado “tem diminuído todos os anos”, pelo que as universidades têm que arranjar receita própria para se conseguirem expandir.
O objectivo da universidade é criar “uma escola dedicada ao ‘hospitality & tourism management’ e à gastronomia de alto nível”, revelou, referindo que permitirá a formação de executivos, mestrado, doutoramento e investigação na área.
“Portugal é um dos 20 destinos turísticos do mundo e a ambição é ter uma escola que esteja ao mesmo nível internacional e que atraia também estudantes internacionais nesta área”, defendeu Luís Reto, considerando que a instituição “não tem qualquer hipótese de nas instalações actuais desenvolver nova actividade”, por estarem “completamente sobrelotadas”.
Em 2011, o ISCTE comprou um terreno à Parpública – empresa gestora das participações públicas – por 9,2 milhões de euros, valor que será liquidado até ao início de 2016, informou o responsável da instituição universitária, acrescentando que este activo será utilizado para construir o novo edifício escolar, através da venda de uma parcela para a construção de dois hotéis.
“Precisamos de fazer esta alienação, porque não temos dinheiro para construir o nosso edifício. Temos é um terreno”, expressou.
O terreno onde vão ser construídas as duas unidades hoteleiras e a escola de turismo localiza-se junto ao campus do ISCTE-IUL, na Avenida das Forças Armadas, freguesia de Alvalade, no local onde hoje funciona a sede do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que, desde 2011, paga à universidade uma renda de 560 mil euros por ano e cujas infraestruturas serão demolidas aquando o início do novo projecto.
“Já vai em dois milhões e tal de rendas pagos pelo IMT”, disse Luís Reto, referindo que ao descontar o valor recebido das rendas ao preço pago pelo terreno [9,2 milhões de euros] o investimento passa a ser cerca de sete milhões.
Questionado sobre a possibilidade de criar a nova escola sem construir os hotéis, o reitor do ISCTE considerou que as unidades hoteleiras são “um complemento do projecto”, reforçando que “não há nenhuma grande escola do mundo que não tenha hotéis de aplicação” para que os estudantes possam ter aulas práticas de gestão hoteleira e de gastronomia.
“Não vamos construir hotéis, nem gerir hotéis”, frisou o responsável do ISCTE, explicando que o projecto será colocado a concurso público internacional, tendo como permuta construir o edifício escolar, orçamentado “entre os oito e 10 milhões de euros”.
Na quarta-feira, a Câmara de Lisboa aprovou o pedido de informação prévia apresentado pelo ISCTE-IUL para construir dois hotéis, com os votos contra do PCP e abstenção do CDS e de um vereador dos Cidadãos por Lisboa.
“Entre Fevereiro e Março teremos o concurso na rua”, disse Luís Reto, revelando que o projecto tem despoletado o interesse nacional e, principalmente, internacional, pelo que a construção dos edifícios poderá começar em 2016.
Fundando em 1972, o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa passou a designar-se ISCTE-IUL em 2009 quando a instituição passou para o regime de fundação pública de direito privado.
Ali estudam cerca de 9.000 estudantes.