Transhotel: “Objectivo principal é assegurar viabilidade do negócio”
Anselmo de la Cruz, presidente do Grupo Transhotel, emitiu um comunicado onde confirma a apresentação de uma protecção contra credores da central de reservas.
Raquel Relvas Neto
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Anselmo de la Cruz, presidente do Grupo Transhotel, emitiu um comunicado onde confirma a apresentação de uma protecção contra credores da central de reservas.
No comunicado, enviado às redacções, o responsável explica que a empresa tem um prazo de três meses, que podem ser estendidos a quatro, para negociar com os credores o pagamento das dívidas contraídas até esta data.
“Neste momento, o nosso objectivo principal e absoluto é assegurar a viabilidade do negócio, minimizar o máximo impacto deste acontecimento no sector e garantir os direitos dos trabalhadores, clientes, viajantes e fornecedores que são relevantes para o nós e para o nosso negócio”, destaca o responsável.
O presidente da Transhotel realça ainda que “os cerca de 600 funcionários da empresa em Espanha e as suas 22 delegações internacionais estão completamente a par do sucedido e desenvolvem, neste momento, a sua actividade de acordo com as novas linhas de acção estabelecidas”.
O Publituris tentou contactar a delegação da Transhotel em Portugal para obter mais esclarecimentos sobre esta situação, mas tal não foi possível.
Reacção do mercado
Em Portugal, esta situação apanhou o sector de surpresa, tendo na sua maioria tido conhecimento desta situação através da imprensa espanhola.
Ao Publituris, Miguel Cymbron, director comercial dos Hotéis VIP, disse que “o Grupo VIP, tal como os restantes hotéis, tem estado em contacto com a Transhotel. Naturalmente o Grupo VIP tem créditos sobre a Transhotel, no entanto neste momento esta empresa está a honrar as reservas que estão a entrar nos hotéis”.
O Publituris sabe ainda que vários operadores turísticos estão a retirar as reservas que tinham efectuadas através desta central de reservas para outras alternativas, de forma a garantir que os seus clientes não tenham problemas com esta situação da Transhotel.
Maria José Silva, CEO da RAVT, indicou que as agências de viagens da rede estão também a desviar as reservas que ainda são possíveis trocar, nomeadamente as que estão fora das 72 horas de possível cancelamento. “Quanto às entradas de clientes que estão a decorrer nestes dias, não temos tido problemas e estão a ser resolvidas”.
“Tudo o que podermos trocar, trocamos, e já não fazemos novas reservas. É uma prevenção, mas não podemos correr mais risco”, refere, explicando que em vários casos, para não alarmar o próprio cliente, as agências estão a ter algum risco próprio para garantir as reservas com outras centrais, no entanto, “não são valores consideráveis”. A responsável explicou, ainda, que o facto desta situação ter ocorrido no início da época baixa, onde os volumes de reservas são mais baixos, a expressão ao nível da distribuição não é significativa, podendo haver algum problema ao nível de grupos em regiões mais concorridas. Maria José Silva refere ainda que as agências que atingiram o ‘rappel’, que seria atribuído por direccionaram as suas reservas para a Transhotel como forma de premiar este “esforço de direccionamento”, já não será atribuído.
O pedido de protecção contra credores da Transhotel terá agora de ser avaliado por um juiz designado para este processo pelo tribunal, que determinará a viabilidade da empresa de forma a esta poder ou não negociar a respectiva dívida com os credores.