Patricia Afonso
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‘a vida é bela® ‘ anunciou na sexta-feira a suspensão de actividade em Portugal, depois de uma quebra abrupta nas vendas e a desistência de alguns parceiros.
A empresa acaba de suspender o seu normal modelo de actividade em Portugal. Após uma diminuição nas vendas de mais de 50 por cento no Natal de 2011, ‘a vida é bela®’ tomou, no início deste ano, uma série de medidas de modo a adaptar-se às duras condições de mercado”, afirma a administração da empresa em comunicado, especificando algumas medidas, nomeadamente a diminuição dos 80 para os 30 colaboradores, reduzir a gama de produtos, assim como o número de locais de venda.
“Não obstante os cortes, o grupo manteve-se activo e focado em contornar o contexto recessivo, trabalhando na criação de uma nova gama e cumprindo com os agendamentos de pagamentos a parceiros”, continua, revelando que, só este ano, já foram pagos mais de sete milhões de euros a fornecedores e utilizados mais de 200 mil vouchers.
Porém, e apesar dos esforços em manter a actividade, “as notícias publicadas na comunicação social, em meados de Outubro, tiveram um forte impacto negativo na actividade da empresa. Além da uma quebra de vendas de mais de 85 por cento, conduziram à desistência de um elevado número de parceiros, à retirada do produto dos lineares de diversos clientes da distribuição e motivaram uma corrida dos consumidores finais aos balcões para solicitar a devolução dos presentes-experiência”, explica ao grupo.
“Neste cenário, a actividade regular de ‘a vida é bela®’ em Portugal torna-se impossível, não havendo qualquer hipótese de arrancar com a campanha de Natal, o período mais lucrativo do ano no sector, que representa, em média, 50 por cento da facturação anual. A marca vê-se, assim, obrigada a suspender a operação da linha de vouchers de experiências em Portugal, ponderando a adesão um Plano Especial de Revitalização (PER)”, anuncia, indicando que neste âmbito “a empresa irá propor a todos os parceiros credores uma forma de, em conjunto, viabilizar a sua actividade.”
“A administração trabalhará afincadamente para que se afigure possível continuar a promover os pequenos operadores nacionais, que estão fora das grandes agências e operadores, como realizado ao longo da última década”, conclui a administração na nota enviada às redacções.