SETCS diz que não terá dividir-se: “tenho que me multiplicar”
Nomeada, recentemente, secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques acredita que Portugal possa atingir 80% a 85% da receita turística de 2019.
Carla Nunes
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Foi à margem do XVIII Congresso Nacional da Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal (ADHP) que a recente empossada secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, abordou os novos desafios desta nova pasta que congrega agora o turismo com o comércio de serviços.
Numa ótica de conciliação entre os três setores, Rita Marques declarou que “não nos podemos esquecer que o setor do turismo é um motor fundamental” na economia portuguesa e que, nesse sentido, “não conseguirei dividir-me: tenho que me multiplicar”.
“Tenho que dar toda a atenção que o setor [do turismo] merece e abraçar o setor do comércio e dos serviços, trabalhando com as respetivas confederações, associações representativas e sindicatos desta importante atividade económica, no sentido de garantir que também são um motor importante da nossa economia”, declarou.
Quando questionada se a junção das três pastas poderia representar a desvalorização do papel do turismo e do contributo que dá à economia, Rita Marques afirmou não lhe “cumprir comentar as opções políticas do primeiro-ministro”, preferindo não adiantar se o acumular de pastas a surpreendeu.
Acrescentou que a sua função passa por “executar, entregar e garantir que dentro em breve teremos muitos mais motores para além do turismo”. Afirmou que, apesar de o comércio e os serviços serem um motor importante, cabe-lhe agora “garantir que continuamos a trabalhar no sentido de um maior dinamismo destas atividades empresariais”.
Sobre os possíveis pontos de encontro entre as pastas de turismo, comércio e serviços, a secretária de Estado afirmou que existem “naturalmente sinergias”, uma vez que, “o setor do turismo representava 50% das prestações de serviços em Portugal, em 2019”, ou seja, “já tinha um contributo muito relevante para as exportações dos serviços”.
“Naturalmente há sinergias, temos que as explorar. Estou confiante que a boa dinâmica que encontrávamos quer no setor do turismo, quer no comércio e serviços serão úteis para os setores. Há aqui um cruzamento de saberes que só pode ser multiplicador. É justamente esse o objetivo que tenho, multiplicar e não dividir”.
Numa nota final, Rita Marques concluiu acreditar que, “até esta data”, o objetivo de atingir os 85% da receita turística de 2019 é “materialmente possível”, pelo que aponta até ao final de 2022 chegar entre 80% a 85% destas receitas.