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Publituris Hoje: “Real Maxime abre em 2018”

A edição Publituris de hoje faz capa com a entrevista a António Gonçalves, administrador do Grupo Hotéis Real, sobre as novidades para o Verão, que incluem a abertura de um novo espaço em Lisboa para eventos.

Carina Monteiro
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A edição Publituris de hoje faz capa com a entrevista a António Gonçalves, administrador do Grupo Hotéis Real, sobre as novidades para o Verão, que incluem a abertura de um novo espaço em Lisboa para eventos.

Carina Monteiro
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A edição Publituris de hoje faz capa com a entrevista a António Gonçalves, administrador do Grupo Hotéis Real, sobre as novidades para o Verão, que incluem a abertura de um novo espaço em Lisboa para eventos. A entrevista também aborda o novo projecto do grupo, o Real Maxime Hotel, cuja construção se inicia este mês.

Mas há mais motivos de leitura deste jornal. A começar pela entrevista ao embaixador do México em Portugal, Alfredo Pérez Bravo, sobre as oportunidades de investimento naquele país.

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Esta edição traz um especial sobre Formação. Fique a conhecer as novidades das instituições de ensino para o próximo ano lectivo.

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Na secção de TO’s, o destaque vai para a plataforma da Blueticket que apresenta uma solução para simplificar o processo de venda aos operadores.

Visitámos o recém Anantara Vilamoura, unidade do grupo Minor, que reabriu no passado dia 1 de Abril depois de uma transformação, que o passou da marca Tivoli para a Anantara. Nesta reportagem, contamos-lhe tudo sobre este novo hotel do Algarve.

Ainda para ler nesta edição, um especial sobre Turismo Náutico, em que os protagonistas deste produto falam do que ainda falta fazer para afirmar definitivamente o Turismo Náutico em Portugal.
No Conversas à Mesa desta edição a convidada é Maria José Catarino, membro do conselho de administração da Hoti Hotéis.

As opiniões são assinadas por Pedro Machado, Gil Belford (Hole 19), Humberto Ferreira, Luís Araújo e Nuno Carvalho.

Boas leituras!

Para ler a versão completa desta edição do Publituris – em papel ou digital – subscreva ou encomende aqui. Contacto: Carmo David | [email protected] | 210 994 551

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Foto: Depositphotos.com

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A magia dos Mercados de Natal chega à Europa

Dentro de poucos dias as ruas das cidades europeias estarão engalanadas com luzes festivas, decorações alusivas à data, e árvores de Natal cintilantes. É quando chegam os Mercados de Natal com os seus cheiros a especiarias, biscoitos de mel e vinho quente, mas onde também se junta a tradição mostrada nos souvenirs, e muito entretenimento. Uma excelente ocasião para férias em família. Ficam aqui alguns exemplos de cidades da Europa onde a magia volta a acontecer.

Todas as cidades europeias que organizam os Mercados de Natal reivindicam o título dos “mais famosos”. A European Best Destinations (EBD) acaba de apresentar o ranking dos Melhores Mercados de Natal na Europa para 2024, uma classificação baseada em mais de 590 mil votos de viajantes do mundo todo). O Mercado de Natal da Basílica do Advento, em Budapeste é, pela quarta vez eleito o Melhor da Europa, título que já ganhou em 2019, 2021 e 2023, mas os da Alemanha, Reino Unido, França, Polónia, Suíça, Itália, Bélgica, Chéquia, Holanda, Roménia ou Áustria, têm sempre muitas surpresas para os visitantes.

O site não se fica por aqui, e tem uma lista dos melhores para quase tudo: Os mais lindos, os mais ensolarados, as árvores de Natal mais lindas, as melhores luzes de Natal, para famílias, os mais românticos, as melhores pistas de patinagem no gelo, ou os melhores desfiles de Natal.

As cidades da Europa transformam-se num conto de fadas com as seus Mercados de Natal. As praças e os locais mais emblemáticos ficam repletos de barracas decoradas, onde podemos encontrar desde artesanato típico até delícias como chocolate quente, vinho quente ou gastronomia local.  Além disso, o clima festivo é contagiante, com música ao vivo, luzes brilhantes e o clima natalício que encanta a todos.

Difícil escolher o melhor
É difícil escolher os melhores, porque cada Mercado de Natal mercado tem sua própria magia. No entanto, alguns destacam-se pela sua história, tamanho e atrações. Os mais populares atraem entre dois e três milhões de pessoas por ano durante a época festiva anterior ao Natal. Estes Mercados começam normalmente entre meados e finais de novembro, estendendo-se, em alguns casos, até às vésperas de Natal, ou muitas vezes até aos primeiros dias de janeiro.

Quem visitar um dos Mercados durante a época festiva de 2024, não poderá deixar de experimentar algumas das melhores especialidades locais. Em Nuremberga, pode-se experimentar as Rostbratwürste; e que pensar de uma waffle belga, com chocolate, em Bruxelas? Como os mercados são ao ar livre, e porque o tempo pode estar frio em dezembro, os adultos podem aquecer-se com um copo de Glühwein, ou vinho quente com especiarias, e as crianças com um chocolate quente com natas.

Para além dos Mercados de Natal de Berlim, que tiveram direito a caixa à parte, destacamos o Dresdner Striezelmarkt, um dos mais antigos do mundo, e data de 1434. Funciona todos os dias até às 21h, entre 23 de novembro a 24 de dezembro de 2024, e situa-se no Altmarkt. Mais de 250 expositores apresentam artesanato, brinquedos e decorações populares. Entre outras coisas deliciosas como o vinho quente, a não perder o famoso Dresdner Stollen, o Pulsnitzer Pfefferkuchen ou os frutos secos torrados.

Em Munique existem também muitos Mercados de Natal. Digno de nota é o Mercado da Marienplatz, mesmo no centro da cidade de Munique, que data do século XIV, e que acolhe anualmente cerca de três milhões de visitantes. Um pouco mais pequeno é o Christkindlmarkt, na Sendlinger Tor, onde uns meros 40 expositores proporcionam uma experiência algo mais tradicional. Na Wittelsbacher Platz, recomenda-se o Mercado de Natal medieval, que nos transporta àquela época.

O Christkindlmarket de Viena decorre entre 19 de novembro e 26 de dezembro de 2024 na Rathausplatz, e funciona todos os dias até às 21:30h (sextas e sábados até às 22:00h). Combina a tradição com atrações e entretenimento impressionantes, como patinagem no gelo, canto, música e outros programas complementares. Mais de 150 expositores vendem doces, guloseimas e aromáticos vinhos quentes, além de ideias criativas para prendas.

Praga é especialmente encantadora durante a temporada de Natal, e o seu charme ganha vida nos Mercados de Natal (vánoční trhy) em locais como a Praça da Cidade Velha, Praça da República e Praça Venceslau. Os visitantes podem passear por vielas iluminadas e desfrutar de bolos de Natal checos tradicionais, cristais boémios, brinquedos de madeira e outras iguarias festivas. Os mercados estão abertos diariamente das 10h às 22h, funcionando de dezembro até 6 de janeiro, incluindo a véspera de Natal, o dia de Natal e o dia de Ano Novo.

O mercado de Natal na Praça da Cidade Velha (Staroměstské náměstí) em Praga é o maior do país, situado entre edifícios góticos, renascentistas e barrocos. Apresentações ao vivo e concertos diários aumentam a atmosfera festiva. O mercado está aberto das 10h às 22h, com entrada gratuita.

Os viajantes consideram o Mercado de Natal da Basílica do Advento, em Budapeste, um dos mais encantadores da Europa e percebe-se porquê.

Verdadeiros contos de fadas
Com o lema “Onde o amor te guia”, a bonita festa frente à Basílica de Santo Estevão, situada numa das praças mais impressionantes da capital húngara, regressa para a sua 14.ª edição. Mantendo a tradição, promete uma atmosfera inigualável, com cerca de 100 expositores de artesanato local, delícias gastronómicas com muitos pratos típicos, uma pista de patinagem no gelo, programas musicais e muitas outras surpresas.

Embora os Mercados de Natal de Cracóvia e Wroclaw sejam reconhecidos como os maiores, o da cidade romântica de Gdańsk é considerado o mais da Polónia. Existem mais de 120 bancas a vender joias originais, cerâmica, roupa de moda, como chapéus, malhas e guloseimas, incluindo pratos regionais como “pierogi”. Os gourmets serão tentados por panquecas alsatianas, bugatsa grega e churros espanhóis. Para aquecer: uma caneca de chocolate quente ou vinho aromático.

O inverno é uma das melhores alturas para visitar Copenhaga e principalmente a sua principal atração, os Jardins do Tivoli. No Natal, o histórico parque de diversões no centro da capital dinamarquesa transforma-se num país das maravilhas dos contos de fadas. Da patinagem no gelo ao trenó do Pai Natal, aos mercados de vinho quente e canela, conhecidos como gløgg e æbleskiver em dinamarquês, e aos doces, há tudo o que é preciso para um dia de férias perfeito. Os turistas que aqui ficam por alguns dias podem facilmente atravessar a ponte para Malmö para experienciar também o Natal sueco.

Situado entre as impressionantes montanhas dos Alpes, o Mercado de Natal de Trento (de 22 de novembro a 6 de janeiro), no coração do Trentino, é um dos mais encantadores da Itália. As suas principais praças, Piazza Fiera e Piazza Cesare Battisti, onde dezenas de casinhas de madeira oferecem produtos artesanais, decorações natalícias e delícias gastronómicas típicas da região. O mercado de Trento é conhecido pela sua atmosfera mágica, com luzes cintilantes, músicas festivas e o aroma de vin brulé (vinho quente) e doces tradicionais. Para as crianças, há atividades especiais e um presépio vivo que encanta visitantes de todas as idades.

Uma Alsácia vestida de luz
“Last but not the least”. Nenhum amante dos Mercados de Natal pode deixar de visitar Estrasburgo, capital da Alsácia e do Natal. O “Christkindelsmärik” (Mercado do Menino Jesus), que se realiza desde 1570, está novamente de volta em 2024 com uma programação que promete superar todas as expectativas. Cerca de 300 bancas estarão presentes nas praças centrais da cidade, com muitas belas decorações de Natal em madeira pintadas à mão. Vale a pena provar os enchidos e outras iguarias locais. Destacam-se as bonitas decorações e iluminações, a árvore de Natal gigante na Place Kléber, os coros natalícios e uma grande variedade de vinhos quentes.

Quem vai a Estrasburgo não pode perder o Mercado de Natal de Colmar. É uma pitoresca cidade também na região da Alsácia que parece ter saído diretamente de um conto de fadas. As suas ruas estreitas, fachadas coloridas e arquitetura medieval criam um cenário idílico para o Mercado de Natal que se apresenta todos os anos. Tudo o que se escreve sobre o afamado Marché de Noël de Colmar é real. E é mesmo! Principalmente porque não estamos a falar apenas de um Mercado de Natal, mas de uma cidade que se veste de Natal e Luz.

Fotos: Depositphotos.com

Berlim é rainha dos Mercados de Natal

“Berlim é a cidade com maior oferta de Mercados de Natal na Alemanha e penso que também na Europa, uma época em que muitos turistas visitam a cidade devido à atmosfera especial que se vive”, declarou ao Publituris, Christian Tänzler, porta-voz do visitBerlin, que nos deu conta ainda que existem da capital alemã mais de 60 Mercados de Natal (em alguns anos são mais de 80), “e o que é fantástico é que são todos diferentes, para todos os gostos e até necessidades”.
O responsável esclareceu que as temáticas são tão diversas que, por exemplo, “temos Mercados de Natal para animais de estimação, onde é possível comprar presentes de Natal para os nossos adorados animais de estimação. Temos também Mercados de Natal dedicados à Escandinávia, que têm, por exemplo, opções gastronómicas e bebidas típicas dos países escandinavos, como o vinho quente”.
Essa diversidade não se fica por aqui, segundo Christian Tänzler. “Temos Mercados de Natal para o segmento LGBTI, que costumam ser muito animados, e temos também Mercados de Natal só para artigos em segunda mão ou artesanato”.
A maior parte dos Mercados de Natal de Berlim começa no final de novembro e decorre até ao início de janeiro, mas alguns têm lugar apenas durante um fim-de-semana. Observou ainda que
os maiores oferecem espetáculos musicais e programação especial para as crianças, enquanto os mais pequenos são dedicados a algumas subculturas, em que as pessoas vendem aquilo que produzem, seja roupa, pastelaria, artesanato, doces ou compotas. “Temos, por exemplo, um Mercado de Natal dedicado ao vestuário sustentável”, indicou o porta-voz do visitBerlin.
É, na opinião do responsável, a variedade de Mercados de Natal na Alemanha e o facto de ser considerado algo único na Europa, que ajuda a atrair tantos turistas a Berlim, nesta época do ano.
Christian Tänzler revelou que entre 2002 e 2005, “tivemos mesmo uma campanha de publicidade, no outono, para dar a conhecer os Mercados de Natal, e que pretendia atrair os turistas para Berlim durante o período do Natal e Fim do Ano, porque as festas de passagem do ano também são muito fortes na cidade”, acrescentando que “o que fizemos foi compilar toda a oferta que existia e que não estava organizada, sobre as festas, sobre os restaurantes e os seus menus porque percebemos que esta era uma oferta fantástica. Essa campanha foi um grande sucesso e mostrou que Berlim é realmente a cidade com maior oferta de Mercados de Natal na Alemanha e penso que também na Europa”.
Realçou que a cidade fica toda iluminada, está frio, mas é um frio seco, pelo que basta vestir um casaco para aproveitar esses Mercados, que dão à cidade um ar mais acolhedor, onde se pode beber vinho quente e conviver, ao mesmo tempo que se compram os presentes de Natal e assiste-se a um espetáculo musical”.
Para o porta-voz do visitBerlin, “é uma forma muito germânica de celebrar a época natalícia, é uma tradição que, em Berlim, mistura o tradicional com o moderno e com as novas tecnologias que temos atualmente”.
Não há dúvida que há Mercados de Natal muito tradicionais na Alemanha, como os de Dresden ou Munique, mas em Berlim “são mais contemporâneos, podem, por exemplo, acontecer em antigas fábricas ou armazéns industriais. Temos, por exemplo, um mercado muito conhecido que decorre numa antiga fábrica de comboios, rodeada de um agradável parque verde. É algo muito especial, que só se pode viver em Berlim”, concluiu.

Mercado Medieval de Natal de Provins: Artesanato e animação num cenário intemporal

O Mercado Medieval de Natal de Provins (pequena cidade medieval situada a apenas 90Km de Paris) regressa para a sua 13ᵉ edição nos dias 14 e 15 de dezembro de 2024. Situado na cidade medieval de Provins, Património Mundial da UNESCO, este evento gratuito e de acesso livre mergulha-nos numa atmosfera de conto de fadas, com demonstrações de artesanato tradicional e entretenimento imersivo, convidando o visitante a viajar no tempo para uma época em que os artesãos recuperavam técnicas quase esquecidas. Podem-se admirar demonstrações de olaria, de ferraria e de tecelagem, realizadas por entusiastas que mantiveram vivas estas tradições. Estas demonstrações dão aos visitantes uma melhor compreensão do trabalho meticuloso por detrás dos objetos de outrora, e talvez até a oportunidade de levar para casa uma peça artesanal única.
Este mercado distingue-se dos outros pelo seu ambiente autêntico e divertido. O inverno em Provins ganha um rosto diferente graças à animação medieval, que nos transporta para o passado. O programa inclui espetáculos de malabarismo, combates de cavaleiros e músicos ambulantes que tocam músicas medievais. À noite, o mercado ilumina-se, criando uma atmosfera mágica e calorosa que encanta miúdos e graúdos.
Para a ocasião, as tabernas instaladas no local servem pratos típicos da época, combinando especiarias e produtos locais, perfeitos para nos transportar para outra era. Vale a pena apreciar os trajes de época usados pelos artesãos e animadores, que dão um toque extra de magia a este evento.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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Aviação

IATA estima aumento de 4,4% nas receitas da aviação e lucro liquido de 36,6MM$ em 2025

As previsões da IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo para 2025 apontam para o crescimento das receitas e dos passageiros, o que, aliado à descida do preço do combustível, deverá ditar o aumento do lucro da indústria da aviação no próximo ano.

As receitas totais da aviação devem crescer 4,4% em 2025, estima a IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo, que prevê que, pela primeira vez, as receitas da indústria ultrapassem um bilião de dólares.

Segundo um comunicado da associação divulgado esta terça-feira, 10 de dezembro, as “receitas totais da indústria deverão ser de 1,007 biliões de dólares”, o que representa um aumento de 4,4% face às receitas de 2024.

As receitas por passageiro devem ascender aos 705 mil milhões de dólares (70% da receita total), às quais se juntam 145 mil milhões de dólares (14,4% das receitas totais) provenientes de serviços auxiliares em 2025.

A IATA estima ainda que a tarifa aérea média em 2025, ronde os 380 dólares, menos 1,8% que em 2024, o que, em termos reais (ajustados pela inflação), “representa uma queda de 44% em relação a 2014, indicando que um valor significativo está sendo repassado aos consumidores no esforço contínuo da indústria para melhorar a eficiência”.

A crescer deverão estar também as despesas do setor, com a IATA a estimar que estas venham a crescer 4,0%, chegando aos 940 mil milhões de dólares, num aumento que não estará, contudo, relacionado com o preço do combustível.

“Custos mais elevados foram observados em todos os níveis em 2024, além do combustível, pressionando as margens. As principais questões de custos incluíram a intensa pressão salarial e as despesas pontuais relacionadas com as várias greves de funcionários de companhias aéreas em 2024”, explica a IATA, que fala também em custos mais elevados na manutenção.

Relativamente ao combustível, a previsão da IATA é que, no próximo ano, o preço atinja “uma média de 87 dólares/barril (abaixo dos 99 dólares/barril em 2024)”, pelo que o seu impacto nas contas das companhias aéreas deverá descer.

“Como resultado, espera-se que o gasto cumulativo de combustível das companhias aéreas seja de 248 mil milhões de dólares, um declínio de 4,8%, apesar de um aumento de 6% na quantidade de combustível que se espera consumir (107 mil milhões de galões). Espera-se que o combustível represente 26,4% dos custos operacionais em 2025, abaixo dos 28,9% em 2024”, indica a IATA, que prevê também aumentos dos custos relativos às taxas de carbono e para a aquisição de SAF – Combustível Sustentável para a Aviação.

As previsões da IATA estimam ainda que o lucro liquido da indústria da aviação suba para 36,6 mil milhões de dólares em 2025, com uma margem de lucro líquido de 3,6%, o que, segundo a associação, representa “uma ligeira melhoria em relação ao lucro líquido esperado de 31,5 mil milhões de dólares em 2024 (margem de lucro líquido de 3,3%)”.

“Espera-se que o lucro líquido médio por passageiro seja de 7,0 dólares (abaixo do máximo de 7,9 dólares em 2023, mas uma melhoria em relação aos 6,4 dólares em 2024)”, lê-se na informação divulgada pela associação.

Já o lucro operacional em 2025 “deverá ser de 67,5 mil milhões de dólares para uma margem operacional líquida de 6,7% (melhoria em relação aos 6,4% esperados em 2024)”.

“Esperamos que as companhias aéreas obtenham um lucro global de 36,6 mil milhões de dólares em 2025. Este lucro será conquistado com dificuldade, pois as companhias aéreas tiram partido dos preços mais baixos do petróleo, ao mesmo tempo que mantêm os fatores de ocupação acima de 83%, controlam rigorosamente os custos, investem na descarbonização e gerem o regressar a níveis de crescimento mais normais após a recuperação extraordinária da pandemia. Todos estes esforços ajudarão a mitigar vários entraves à rentabilidade que estão fora do controlo das companhias aéreas”, afirma Willie Walsh, diretor-geral da IATA.

A IATA prevê ainda que também o emprego no setor da aviação venha a aumentar no próximo ano, chegando aos 3,3 milhões de postos de trabalho nas companhias aéreas em 2025, com  a associação a explicar que “as companhias aéreas são o núcleo de uma cadeia de valor da aviação global que emprega 86,5 milhões de pessoas e gera 4,1 biliões de dólares de impacto económico, representando 3,9% do PIB global (2023)”.

“Espera-se que o desempenho financeiro geral melhore em 2025, devido aos preços mais baixos do combustível de aviação e aos ganhos de eficiência”, justifica a IATA, que alerta, no entanto, para as dificuldades que os problemas na cadeia de abastecimento podem causar.

Mais de 5MM de passageiros e 40 milhões de voos

Tal como os indicadores económicos, também o número de passageiros deverá subir ao longo do próximo ano, esperando-se que chegue aos 5,2 mil milhões em 2025, um aumento de 6,7% em comparação com 2024, naquela que será a “primeira vez que o número de passageiros ultrapassa a marca dos cinco mil milhões”.

“Olhando para 2025, pela primeira vez, o número de viajantes ultrapassará os cinco mil milhões e o número de voos atingirá os 40 milhões. Este crescimento significa que a conectividade da aviação criará e apoiará empregos em toda a economia global”, refere Willie Walsh.

As previsões da IATA estimam que a procura por viagens aéreas aumente 8,0% em 2025, acima do aumento esperado de 7,1%, enquanto o número de voos deverá chegar aos 40 milhões, crescimento de 4,6% em relação a 2024, com o load factor a aumentar para 83,4%, depois de uma subida de 0,4 pontos percentuais em relação a 2024.

Perspectivas otimistas apesar das ameaças

A IATA divulgou também os resultados de uma sondagem de opinião pública realizada recentemente e que mostra uma “perspectiva optimista para a procura de passageiros” ao longo dos próximos 12 meses, uma vez que 41% dos viajantes inquiridos afirmaram que esperam viajar mais no próximo, enquanto 53% esperam viajar com a mesma frequência e apenas 5% esperam viajar menos.

Os resultados deste estudo mostram também que “47% dos viajantes inquiridos” esperam gastar mais em viagens no próximo ano, sendo que 46% esperam que as despesas com viagens permaneçam idênticas às de 2024 e 8% esperam gastar menos.

Apesar das perspectivas positivas, a IATA identifica vários riscos derivados essencialmente das “fortes incertezas geopolíticas e económicas” que se verificam em várias regiões do mundo.

As perspectivas de agravamento dos conflitos na Europa e Médio Oriente ameaçam as previsões positivas, ainda que a IATA realce que, caso se venha a alcançar a paz, principalmente no caso da guerra que a Rússia desencadeou contra a Ucrânia, se sentirá “provavelmente um impacto positivo”.

Tal como os conflitos armados, também a nova Administração Trump nos EUA vai trazer “incertezas significativas”, com a IATA a temer um impacto negativo, incluindo nas viagens de negócios, caso se registem guerras de tarifas ou comerciais, sendo também de esperar que isso possa levar a novos aumentos da inflação.

 

 

Sobre o autorInês de Matos

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Aviação

Aeroporto de Lisboa foi o 8.º com mais passageiros na Europa em 2023

Em 2023, Portugal registou um crescimento de 19,4% no número de passageiros transportados, em linha com a média europeia, que foi de 19,3%. Já o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, foi o 8.º com maior movimento na União Europeia, segundo dados do Eurostat.

Inês de Matos

No ano passado, o número total de passageiros que realizaram viagens aéreas na União Europeia (UE) chegou aos 973 milhões, o que representa um aumento de 19,3% face ao ano anterior, avança o Eurostat, que divulgou esta sexta-feira, 6 de dezembro, os resultados do tráfego aéreo no espaço comunitário europeu ao longo do ano passado.

“Os dados mostram que em 2023, todos os países da UE registraram um aumento no número de passageiros transportados por transporte aéreo em comparação com 2022”, refere o comunicado do Eurostat que acompanha os números.

Em 2023, os países que registaram maior crescimento no número de passageiros transportados foram Malta (33,3%), Eslovénia (30,9%) e República Checa (29,4%), com o crescimento de Portugal a chegar aos 19,4%, em linha com a média europeia, que foi de 19,3%.

Já os crescimentos mais modestos em termos de passageiros transportados ao longo do ano passado foram para a Estónia (+7,9%), Grécia (+9,6%) e Lituânia (+12,3%), refere também o Eurostat.

Lisboa foi o 8.º aeroporto com mais passageiros da UE

A análise do Eurostat debruçou-se também sobre os aeroportos da UE e apurou que, no ano passado, todos as infraestruturas aeroportuárias do espaço comunitário “registraram aumentos significativos”, o que ditou que não houvesse grandes mudanças no ranking dos principais aeroportos europeus.

Desta forma, o aeroporto de Paris/Charles de Gaulle voltou a ser a infraestrutura da UE com maior número de passageiros, com um total de 67,4 milhões de passageiros e um aumento de 17,3%, seguindo-se o Aeroporto de Amesterdão/Schiphol, com 61,9 milhões de passageiros e um crescimento de 17,9%, e Madrid Barajas, que totalizou 60,1 milhões de passageiros e apresentou uma subida de 20,4%.

Já os aeroportos de Frankfurt/Main, com 59,3 milhões de passageiros e um aumento de 21,5%, bem como de Barcelona/El Prat, que registrou 49,8 milhões de passageiros e um aumento de 20,6%, figuram nas quarta e quinta posições.

O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, ficou na oitava posição deste ranking, contabilizando um total de 33.636 milhões de passageiros e um aumento de 12,3% face ao ano anterior.

No caso do Porto, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro surge na 25.ª posição deste ranking do Eurostat, contabilizando um total de 15.183 milhões de passageiros, mais 13,8% do que em 2022.

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Transportes

Tráfego internacional de passageiros representa 81,5% nos aeroportos portugueses no 3.º trimestre

Os aeroportos portugueses movimentaram mais de 21,5 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida 3,1% face a igual período de 2023. O tráfego internacional superou os 17,5 milhões de passageiros.

Publituris

De acordo com os dados mais recente do Instituto Nacional de Estatística (INE), os aeroportos portugueses movimentaram, no 3.º trimestre de 2024, mais de 21,5 milhões de passageiros, representando uma subida de 3,1% face aos primeiros nove meses de 2024. Nos meses julho, agosto e setembro, o oitavo mês de 2024 foi o que mais passageiros movimentou, com 7,4 milhões (+3,1%), seguindo-se julho com 7,2 milhões (+2,6%) e setembro com quase 7 milhões (+3,6%).

No 3.º trimestre, o tráfego internacional registou mais de 17,5 milhões de passageiros (81,5% do tráfego total), representando uma subida de 3,4% face a período homólogo de 2023, com o mês de agosto a liderar com mais de 6 milhões (+3 4%), seguindo-se julho com quase 5,9 milhões (+3,1%) e setembro com perto de 5,7 milhões (+3,9).

Já a nível doméstico, o tráfego de passageiros ficou muito perto dos 4 milhões, significando uma evolução de 1,5% relativamente aos três meses em análise de 2023. Também aqui, agosto lidera com perto de 1,4 milhões de passageiros (+1,7%), seguido de julho com 1,3 milhões (+0,6%) e setembro com 1,3 milhões (+2,3%).

No 3.º trimestre de 2024, o aeroporto de Lisboa concentrou 46,4% do movimento total de passageiros (cerca de 10 milhões), registando um aumento de 2,9% (+5,1% no 2.º trimestre de 2024). O aeroporto do Porto registou o segundo maior volume de passageiros movimentados do país (22,1% do total; +3,4%), atingindo 4,8 milhões. No aeroporto de Faro, registou-se o movimento de 3,7 milhões de passageiros (17% do total; +0,7%). O volume de passageiros movimentados no aeroporto do Funchal correspondeu a 1,3 milhões de passageiros (+3,9%). O movimento de passageiros no aeroporto de Ponta Delgada aumentou 12,7% face ao 3.º trimestre de 2023, tendo atingido cerca de 1 milhão de passageiros.

O peso do movimento internacional ascendeu a 94,9% em Faro (3,5 milhões de passageiros; +0,6%)), 88,4% em Lisboa (8,8 milhões de passageiros; +3,3%) e 87% no Porto (4,2 milhões de passageiros; +4%).

A nível interno, Lisboa foi o aeroporto que mais passageiros movimentou, com quase 1,2 milhões de passageiros (+0,1%), seguindo-se Ponta Delgada com pouco mais de 700 mil passageiros (+5,7%), Porto com quase 620 mil passageiros (-1%) e Funchal com 589 mil passageiros (-0,1%).

Outro dos dados avançados pelo INE refere-se às aeronaves, indicando que no 3.º trimestre aterraram nos aeroportos nacionais 73,8 mil aeronaves em voos comerciais (+0,3% face ao trimestre homólogo de 2023; +2% no 2.º trimestre de 2024).

Nos aeroportos do Continente aterraram pouco mais de 58 mil aviões, representando uma descida de 0,9% face aos mesmos três meses de 2023, contrariando os Açores e a Madeira esta variável com subidas de 7,2% e 0,9%, respetivamente, totalizando 10,5 mil aviões e 4,8 mil aviões, pela mesma ordem.

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Destinos

Nova Edição: Olivoturismo, APDM na Ilha do Maio, Viagem à Ilha do Sal e programação para 2025

Na última edição de 2024 do jornal Publituris falamos de Olivoturismo, do trabalho da APDM – Associação de Defesa do Património de Mértola na preparação da ilha do Maio, em Cabo Verde, para o turismo, viajámos até à Ilha do Sal, e damos a conhecer a programação dos operadores turísticos para 2025.

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Na edição que marca o fecho de mais um ano, a última edição de 2024 do jornal Publituris traz para capa um produto turístico que ainda não é, mas quer ser. Tal como o vinho, o setor do azeite pretende afirmar-se como um novo produto turístico em Portugal. Para Gonçalo Morais Tristão, presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), o sucesso do Olivoturismo passa pelo trabalho conjunto de produtores, entidades, hotelaria, restauração e municípios. Em 2025 iniciar-se-á um projeto, com duração de 24 meses, para o desenvolvimento deste “novo” produto turístico que “tem um futuro muito promissor”.

Ainda nos “Destinos”, com mais de 45 anos de existência, a APDM – Associação de Defesa do Património de Mértola tem vindo a ajudar ao desenvolvimento de muitos territórios, incluindo além-fronteiras. Cabo Verde é um desses exemplos e, depois de levar o Turismo de Natureza para Santo Antão, a associação está agora a trabalhar na ilha do Maio, para preparar o destino para um turismo sustentável, num projeto da União Europeia, segundo Jorge Revez, presidente da APDM.

O dia 29 de outubro de 2024 marcou a chegada da easyJet a Cabo Verde e ficou também para a história como a data do primeiro voo low cost a aterrar no país. O Publituris, a convite da easyJet, acompanhou esse primeiro vou e conta o lado aventureiro da Ilha do Sal. Apesar de ser conhecida pelo sol e praia, a Ilha do Sal é capaz de proporcionar diversas experiências, incluindo no campo da aventura, oferta que tem vindo a crescer e que o Publituris foi experimentar a convite da easyJet Portugal, que abriu, em outubro, o seu primeiro voo para o destino. Ziplines ou passeios de buggy e moto4 são algumas das emoções que também já se podem viver nesta ilha cabo-verdiana.

Com o final de um ano, há que programar o próximo. E foi exatamente isso que o Publituris quis saber junto de alguns operadores turísticos, concluindo que entram alguns novos destinos na operação de verão 2025 dos operadores turísticos em Portugal, mas acima de tudo, a programação cresce, e já está quase toda disponível no mercado, graças aos reforços dos já existentes. Porto volta a ganhar protagonismo nas saídas dos charter, enquanto Lisboa fica-se no que tem a ver com lugares garantidos em voos regulares.

Para este dossier, entrevistámos Constantino Pinto, diretor de Vendas do grupo Ávoris em Portugal, que destaca a programação abrangente para o verão de 2025, colocada com bastante antecedência no mercado. Novidades são as Maurícias, no longo curso, e a Gâmbia no médio curso. Há muitos reforços tanto mais perto como para destinos mais longínquos. As Caraíbas começam mais cedo, em abril, com os olhos postos na Páscoa.

O Publituris conversou, também, com Cláudia Caratão e João Cruz, diretora de Produto e Contratação, e diretor de Produto e Qualidade da Solférias, sobre a programação do operador turístico para o próximo ano. Novidades face ao último verão, apenas a Costa Norte do Egito (El Alamein), numa operação que decorrerá à saída do Porto, às segundas-feiras, de 9 de junho a 8 de setembro, com a Fly Egypt, e Enfidha, na Tunísia, tanto de Lisboa, às terças, de 3 de junho a 9 de setembro, com a TAP, como do Porto, com a Air Horizont, às quartas-feiras, de 9 de julho a 3 de setembro.

De maior peso na programação da Solférias continua Cabo Verde para onde o operador terá quatro voos para a Ilha do Sal à partida de Lisboa, e três voos à partida do Porto, complementado com o voo charter também para a Boa Vista, existindo também lugares de garantia na TAP a partir de Lisboa.

Além, do Pulse Report, parceria entre o jornal Publituris e a GuestCentric, que traça um cenário positivo para 2025, os artigos de opinião pertencem a Francisco Jaime Quesado (economista e gestor), Ana Jacinto (AHRESP), Mariana Calaça Baptista (Centro de Portugal Film Commission), Joaquim Robalo de Almeida (ARAC), e Nuno Abranja (ISCE).

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Alentejo tem presença agressiva no mercado nacional com nova campanha promocional outono/inverno

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo anuncia o lançamento de uma nova campanha promocional outono/inverno sob o mote ‘Para Todos os Tipos de Descanso’. A ação, conforme avançou José Santos, presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, numa intervenção durante a 20ª Convenção da GEA, em Tróia, “além de digital, vai passar em localizações estratégicas da zona da Grande Lisboa, uma vez que cerca de 60% do nosso fluxo de visitantes nacionais provêm da Área Metropolitana de Lisboa”.

A campanha, que estará em vigor até ao final de dezembro, convida os portugueses a redescobrir a região como o destino ideal para umas férias relaxantes, combinando descanso, experiências autênticas e qualidade incomparável.

“Temos uma campanha que estamos a dirigir para este período do outono-inverno, no âmbito da nossa preocupação de ter o Alentejo sempre presente no mercado nacional e no mercado interno alargado, e preocupamo-nos muito nesta altura do ano, ter uma presença mais agressiva porque, é precisamente nesta altura que precisamos de consolidar mais a nossa hotelaria e procurar esbater a sazonalidade que apesar de tudo, tem reduzido no Alentejo”, apontou José Santos, perante uma plateia composta por mais de 500 pessoas, entre agências de viagens GEA e seus fornecedores, referindo, que ela insere-se numa lógica de “estarmos sempre presentes no mindset dos portugueses, procurando que escolham sempre bem e escolham o Alentejo”, disse.

O presidente da ERT Alentejo e Ribatejo referiu que “nos últimos 16 meses temos trabalhado muito com esta ideia do “descanso” que é muito variado para cada um de nós. Podemos ter um “descanso” mais espiritual, um “descanso” mais físico, mais calórico, mais dinâmico e este é o conceito que procuramos trazer para o mercado nacional”.

O responsável sublinhou que “o “descanso” não é, necessariamente ficarmos de papo para o ar ou de papo cheio, é uma campanha para todos os tipos de “descanso”, e visa puxar pelo imaginário dos portugueses e com ela, percorrer os que são os nossos dotes e multiplicidade de destinos que o Alentejo tem para oferecer aos portugueses”.

José Santos explicou ainda que “para quem gosta de “descansar até às tantas”, tem o nosso céu estrelado com a nossa reserva de Dark Sky, que ainda recentemente foi premiada no World Travel Awards como destino responsável, ou com a história do património que é, sem dúvida, uma grande dimensão que o Alentejo continua a oferecer a todos os que nos visitam, a componente gastronómica, mas há também o “descanso” dinâmico e ativo, que também muitos de nós procuramos como forma de relaxamento e de rejuvenescimento, ou ainda, para quem gosta de “descansar” 48 kms ao final do dia, temos um conjunto de cinco mil quilómetros de percurso cycling que podem ser fluídos em todo o Alentejo, desde a Serra de Ossa, à Serra de São Mamede, ao Baixo Alentejo, ao Litoral, bem como para quem pretende descansar com o nosso Vinho da Talha”.

Acrescentou que “também temos oferta para quem pretende “descansar” em alto e bom som, até porque estamos a comemorar os 10 anos da inscrição do Cante Alentejano na lista do Património Cultural e Imaterial, com a possibilidade dos turistas poderem assistir a ensaios e espetáculos de grupos corais em várias localidades alentejanas e participar em oficinas de viola campaniça”, sem esquecer que “estamos numa época convidativa muito associada ao turismo rural (21% da nossa procura turística localiza-se nas unidades do turismo rural de muito boa qualidade)”.

“É esta a nossa campanha, essencialmente digital, mas que também vai passar em localizações estratégicas da zona da Grande Lisboa, uma vez que cerca de 60% do nosso fluxo de visitantes nacionais provêm da Área Metropolitana de Lisboa. É aqui que estamos a dirigir os nossos esforços de promoção e de comunicação”, evidenciou o presidente da ERT.

Assim, a comunicação parte de uma premissa simples: descanso é diferente para cada pessoa. Para uns significa ‘desligar’ de tudo e mergulhar na tranquilidade das paisagens alentejanas. Para outros, é explorar a rica gastronomia, os vinhos premiados, ou até aventurar-se em trilhos e atividades culturais. E no Alentejo, há espaço para todas essas definições de “descanso”.

“O Alentejo tem uma capacidade única de oferecer experiências de descanso adaptadas a todos os gostos e preferências. Queremos convidar os portugueses a visitarem-nos nesta época do ano, quando a serenidade das nossas paisagens, a autenticidade das nossas tradições e a hospitalidade das nossas gentes estão ainda mais evidentes. Esta campanha traduz de forma autêntica o que somos enquanto destino: um lugar onde cada pessoa encontra o seu refúgio e o seu escape.”, afirmou José Santos.

O conceito criativo foi desenvolvido pela McCann, que aposta numa abordagem emocional e flexível, adaptável aos diferentes perfis de viajantes.

A campanha ‘Para Todos os Tipos de Descanso’ vai estar presente nos meios de comunicação nacionais, canais digitai e mupis e estará ativa até 19 de dezembro. Com esta campanha, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo espera inspirar os portugueses a fazerem uma pausa e a deixarem-se envolver pelo charme único desta região, reconhecidas pela autenticidade, tranquilidade e diversidade de experiências que proporcionam.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

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Enoturismo

Publituris organiza conferência dedicada ao Enoturismo

Depois do lançamento da 1.ª edição do Book de Enoturismo, durante a BTL 2024, o jornal Publituris organiza, com o apoio do Turismo de Portugal, uma conferência dedicada ao Enoturismo em Portugal, no dia 12 de dezembro, a partir das 10h00, na Casa da América Latina, em Lisboa.

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No dia 12 de dezembro, a partir das 10h00, na Casa da América Latina, em Lisboa, o Enoturismo volta a estar em destaque com a conferência organizada pelo jornal Publituris, com o apoio do Turismo de Portugal.

Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal abre a conferência com um enquadramento das linhas que nortearão o Enoturismo e como Portugal irá promover este produto turístico junto dos mercados internacionais.

Seguir-se-ão dois painéis de debate. O primeiro abordará “Destinos Improváveis” no Enoturismo, com a participação de Sara Silva presidente da Direção da Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA); Rodolfo Queirós, presidente da Comissão Vitivinícola da Beira Interior (CVRBI); e Diana Soeiro, diretora de Marketing da Ode Winery, Farm & Living.

O segundo painel é dedicado a “Destinos Prováveis” no Enoturismo, com a participação de Maria Manuel Ramos, diretora de Turismo da Sogevinus; Luísa Rebelo, General Manager do Torre de Palma Wine Hotel; e Pedro Ribeiro, diretor de Vendas e Marketing da Vila Galé Hotels.

Em Portugal, o Enoturismo é uma atividade estratégica para o setor turístico e para a economia local das regiões vinhateiras.

Prova do sucesso do Enoturismo no nosso país foi a recente distinção de Portugal como “Melhor Destino de Enoturismo do Mundo”, um reconhecimento promovido pela FIBEGA, a Feira Internacional de Turismo Gastronómico, sediada em Madrid. O prémio destaca o compromisso do nosso país com a excelência no setor vitivinícola e turístico.

Antes, na edição de 2024 dos “World’s Best Vineyards”, Portugal reforçou a sua posição, aumentando de 9 para 11 o número de unidades presentes, qualidade evidenciada com o facto de três dos 11 projetos terem ficado classificados no Top-50.

Programa

09h30 – Receção

10h00 – Enoturismo em Portugal
Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal

10h30 – I Painel – “Enoturismo – Destinos Improváveis”
Sara Silva, Presidente da Direção da Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA)
Rodolfo Queirós, Presidente da Comissão Vitivinícola da Beira Interior (CVRBI)
Diana Soeiro, Diretora de Marketing da Ode Winery, Farm & Living

11h15 – Coffee-break

11h45 II Painel – “Enoturismo – Destinos Prováveis”
Maria Manuel Ramos, Diretora de Turismo da Sogevinus
Luísa Rebelo, General Manager do Torre de Palma Wine Hotel
Pedro Ribeiro, Diretor de Vendas e Marketing da Vila Galé Hotels

A participação é gratuita, requerendo, contudo, inscrição.

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Destinos

ONU Turismo aponta recuperação total do turismo até final do ano e destaca subida das receitas em Portugal

As previsões da ONU Turismo têm por base o mais recente Barómetro Mundial do Turismo, que identifica uma “recuperação notável do setor” após a crise provocada pela pandemia da COVID-19 e destaca o crescimento das receitas turísticas, incluindo em Portugal.

Inês de Matos

Até setembro, o setor do turismo recuperou 98% dos níveis pré-pandemia e contabilizou 1,1 mil milhões de turistas que realizaram viagens internacionais, indica a ONU Turismo, que prevê que a recuperação total do setor aconteça até ao final do ano, o que também se deve à subida das receitas turísticas, que já chega aos 51% em Portugal.

“A recuperação total da maior crise da história do setor é esperada até o final do ano, apesar dos desafios económicos, geopolíticos e climáticos”, indica a ONU Turismo, num comunicado divulgado esta quarta-feira, 4 de dezembro.

As previsões da ONU Turismo têm por base o mais recente Barómetro Mundial do Turismo, que identifica uma “recuperação notável do setor” após a crise provocada pela pandemia da COVID-19, uma vez que “a maioria das regiões já ultrapassou os números de chegadas de 2019 no período de janeiro a setembro de 2024”.

“O relatório também mostra resultados excelentes em termos de receitas de turismo internacional, com a maioria dos destinos com dados disponíveis a registar crescimento de dois dígitos em comparação a 2019”, acrescenta a informação divulgada pela ONU Turismo, que destaca Portugal como um dos países onde este indicador mais subiu até setembro.

Segundo Zurab Pololikashvili, secretário-geral da ONU Turismo, o crescimento das receitas turísticas representa “uma excelente notícia para as economias ao redor do mundo”, uma vez que os gastos estão a crescer acima das chegadas, o que tem “um impacto direto em milhões de empregos e pequenas empresas, e contribui decisivamente para o balanço de pagamentos e receitas fiscais de muitas economias”.

Forte procura na Europa e recuperação da Ásia-Pacífico ditam recuperação

Os dados divulgados pela ONU Turismo mostram que as chegadas internacionais de turistas “cresceram fortemente” nos primeiros nove meses de 2024, o que foi impulsionado pela “forte demanda pós-pandemia na Europa e pelo desempenho robusto de grandes mercados globais de origem, bem como pela recuperação contínua de destinos na Ásia e no Pacífico”.

“O aumento da conectividade aérea e a facilitação de vistos também apoiaram as viagens internacionais”, acrescenta a ONU Turismo, que destaca um “crescimento recorde” de 29% face a 2019, no Médio Oriente.

Já a Europa (+1%) e África (+6%) também excederam os níveis de 2019, enquanto as Américas recuperaram 97% das chegadas pré-pandemia, apesar de continuarem 3% abaixo do resultado de 2019.

A Ásia e o Pacífico atingiram 85% dos níveis de 2019 face à recuperação de 66% verificada em 2023, com a ONU Turismo a realçar que estas áreas “experimentaram uma recuperação gradual, embora desigual, nas chegadas desde que a região reabriu para viagens internacionais em 2023”.

A ONU Turismo diz ainda que “a temporada de verão no Hemisfério Norte foi geralmente forte, com chegadas as em todo o mundo a atingirem 99% dos valores pré-pandémicos no terceiro trimestre de 2024”.

“Um total de 60 dos 111 destinos ultrapassaram os números de chegadas de 2019 nos primeiros oito a nove meses de 2024. Alguns dos melhores desempenhos em chegadas durante este período foram o Catar (+141% em relação a 2019), onde as chegadas mais que dobraram, Albânia (+77%), Arábia Saudita (+61%), Curaçao (+48%), Tanzânia (+43%), Colômbia e Andorra (ambos +36%)”, lê-se na informação divulgada.

“Crescimento extraordinário” nas receitas, incluindo em Portugal

A ONU Turismo destaca ainda o “crescimento extraordinário” registado nas receitas turísticas até setembro, e revela que, neste período, houve um total de 35 dos 43 países com dados disponíveis sobre receitas que “excederam os valores pré-pandémicos nos primeiros oito a nove meses de 2024”, muitos até com crescimentos a dois dígitos e acima da inflação, como é o caso de Portugal.

Em Portugal, as receitas turísticas subiram, até setembro, 51% face ao mesmo período pré-pandemia, o que coloca o país no grupo das maiores subidas, a par da Sérvia (+99%), onde as receitas mais que dobraram, bem como Paquistão (+64%), Roménia (+61%), Japão (+59%), Nicarágua e Tanzânia (ambos 50%).

Os gastos com o turismo internacional também subiram, especialmente entre grandes mercados de origem, como a Alemanha (+35% em comparação a 2019), os Estados Unidos (+33%) e a França (+11%), ainda que também tenha sido relatado um “forte crescimento de gastos” tno Reino Unido (+46%), Austrália (+34%), Canadá (+28%) e Itália (+26%), neste caso, até junho de 2024.

A ONU Turismo destaca ainda a Índia, sublinhando que os dados disponíveis “mostram um aumento nos gastos de saída deste mercado cada vez mais importante, com crescimento de 81% até junho de 2024 (em comparação a 2019)”.

Os dados apurados levam a ONU Turismo a mostrar-se confiante de que “as chegadas de turistas internacionais atinjam os níveis de 2019 em 2024”, uma vez que as “receitas do turismo internacional já haviam praticamente atingido os níveis pré-pandêmicos em 2023”.

“Embora um grande número de destinos já tenha excedido os números de chegadas pré-pandêmicos em 2023, ou o tenham feito em 2024, ainda há espaço para recuperação em várias sub-regiões e destinos. Uma recuperação mais lenta em partes do Nordeste da Ásia e da Europa Central e Oriental contrasta com os fortes resultados em todas as outras sub-regiões europeias, Oriente Médio, América Central e Caribe, onde as chegadas ultrapassaram os valores pré-pandêmicos”, alerta a ONU Turismo.

Ainda que os dados sejam animadores, existem diversos desafios no mundo que, segundo a ONU Turismo, podem interferir nas previsões, a exemplo dos fatores económicos, geopolíticos e climáticos.

“O setor de turismo ainda enfrenta inflação em viagens e turismo, principalmente altos preços de transporte e acomodação, bem como preços voláteis do petróleo. Grandes conflitos e tensões ao redor do mundo continuam a impactar a confiança do consumidor, enquanto eventos climáticos extremos e escassez de pessoal também são desafios críticos para o desempenho do turismo”, resume a ONU Turismo.

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LiterÁREA que ser ativo importante no turismo do Alentejo e Ribatejo

Apresentado oficialmente o LiterÁREA, a primeira edição do Festival de Turismo Literário do Alentejo e Ribatejo, que se realiza de 13 a 15 de dezembro, percorrerá 19 municípios das duas regiões. Para José Santos, presidente da Entidade Regional do Turismo do Alentejo e Ribatejo, “a cultura deve ser cada vez mais um ativo importante para o turismo”.

Victor Jorge

A riqueza literária do Alentejo e Ribatejo estarão em destaque na primeira edição do LiterÁREA, a realizar entre 13 e 15 de dezembro, em 19 municípios das duas regiões turísticas, salientando José Santos, presidente da Entidade Regional do Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, que “com esta iniciativa, pretendemos promover e valorizar o território através da literatura, numa união entre obras e autores, habitantes e visitantes”.

De resto, o presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo reconheceu que “há que ser coerentes e consequente com o que dizemos”, defendendo que o turismo literário tem um “enorme potencial para atrair visitantes e contribuir para o desenvolvimento das economias locais”. José Santos admite que o festival “é o primeiro passo para convidar os turistas a visitarem-nos através da literatura”, socorrendo-se, para o efeito, a vários roteiros literários que ficam disponíveis durante todo o ano, “integrando a criação de uma rede agregadora de diferentes opções”.

“Precisamos de integrar mais a cultura naquilo que é o nosso produto turístico, naquilo que são as vivências, as experiências, os serviços que colocamos à disposição de quem nos visita”, frisou José Santos, admitindo que, “falamos muito em transformar os destinos, falamos muito em ter destinos mais autênticos, em ter um turismo mais próximo das comunidades, em ter um turismo em que a cultura local está mais presente no que oferecemos, mas temos que ser coerentes com aquilo que dizemos, porque acreditamos que esse turismo é um turismo que pode dar uma dimensão mais competitiva aos destinos e ao próprio turismo”.

Pensado em 2019, em parceria com o Turismo de Portugal, “numa altura em que o Turismo Literário não estava tão presente no nosso mindset e no topo das políticas públicas, quer nacionais, quer municipais”, José Santos destacou que o trabalho “avançou”, ajudando o Alentejo e Ribatejo a ter uma oferta “mais interessante, mais competitiva, que se renova diariamente”.

Presente na apresentação do LiterÁREA, Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, frisou que “este festival é acima de tudo um bom caminho para termos um turismo mais próximo, em que os próprios agentes culturais possuam maior capacidade de expressar a sua criatividade de poder produzir cultura”.

Lídia Monteiro destacou ainda que são iniciativas destas que “permitem mitigar a sazonalidade dos territórios e destinos, possibilitando, ao mesmo tempo, uma maior sustentabilidade do ponto de vista das próprias empresas turísticas”.

Quanto ao target do LiterÁREA, José Santos admite que a primeira edição seja para “consumo interno”, revelando que, através da divulgação do festival, “temos sempre a perspectiva de termos visitantes de todos os territórios”.

Contudo, a vertente internacional não está descartada, já que o presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo reconhece que existem dois mercados a ter em conta. “O mercado brasileiro, mas também o mercado norte-americano, gostam deste tipo de produto turístico”, adiantando que “sentimos que para a internacionalização da região e para uma proposta de valor mais diferenciada, gostaríamos, num médio prazo de três anos, de afirmar o Turismo Literário como um produto”.

Já quanto ao timing do LiterÁREA, José Santos, admite que este possa ser realizado mais cedo em edições futuras, “mas sempre no outono-inverno”, destacando a “dinâmica e interesse que o festival está a gerar nas unidades hoteleiras”, admitindo que “elas próprias vão ser nossos embaixadores e vão ser aliados fundamentais na promoção do festival”.

Quanto a uma possível integração com outros produtos turísticos – gastronomia, vinhos, património, entre outros – José Santos reconhecer que “as motivações turísticas estão interligadas. Nós sentimos muito que o cliente que faz turismo no Alentejo como um cliente que identifica a região como um território de cultura, e cultura é vinho, é paisagem, é sustentabilidade, é literatura”, concluindo que “o património já lá está, mas não está visível. O património literário enriquece muito a oferta turística e hoje temos um turista, um viajante que absorve todas essas dimensões da paisagem, da cultura, da literatura, do vinho, da gastronomia, um cliente muito envolvido por todas estas dimensões todas”.

A programação do festival revela a identidade literária do Alentejo e Ribatejo, destacando muitos dos recursos e ofertas existentes, promovendo várias e variadas iniciativas culturais, incluindo mais de 15 roteiros literários por locais onde vivem, viveram ou se inspiraram grandes escritores como José Saramago, Urbano Tavares Rodrigues, Florbela Espanca, José Luís Peixoto, Ruy Belo, Fialho de Almeida, Afonso Cruz, Mário Beirão, Eça de Queirós, Al Berto, Mariana Alcoforado, Al-Mu’tamid, Manuel Ribeiro, Mário Saa, Manuel da Fonseca, Raul de Carvalho, Fernando Namora, José Régio, Vergílio Ferreira, entre tantos outros.

Conversas com autores, workshops, masterclasses, apresentações de livros, exposições, sessões de contos, cinema, oficina de literatura e imaginação, visitas comentadas e roteiros literários são algumas das várias ações, gratuitas, integradas no LiterÁREA de 13 a 15 de dezembro.

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Aviação

Maioria das companhias aéreas falha na transição energética com TAP entre as piores

A maior parte das companhias aéreas está a falhar na transição para combustíveis sustentáveis, segundo uma análise feita a 77 companhias aéreas em que a portuguesa TAP integra o grupo das piores.

Publituris

O ‘ranking’ das companhias aéreas foi feito pela Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E, na sigla original), que junta organizações não-governamentais da área do ambiente e do transporte, tendo como objetivo promover um transporte mais sustentável.

Segundo a investigação, das 77 companhias aéreas de todo o mundo, a maior parte, 87%, está a falhar na transição, já que apenas 10 estão a adotar alternativas credíveis ao ‘jetfuel’ convencional.

As outras 67 ou estão a comprar combustíveis sustentáveis para a aviação, mas em quantidade insuficiente, ou a comprar o tipo errado de combustíveis, ou nem sequer estão a considerar usar combustíveis sustentáveis.

A TAP aparece na lista das mais mal classificadas, uma lista que entre a 41.ª posição e a última tem zero pontos em todas as opções analisadas para cada companhia.

A associação ambientalista Zero, que faz parte da T&E e que divulga a análise, afirma que da redução de emissões da TAP se conhece apenas um voo de teste com combustíveis sustentáveis em 2022, “não se conhecendo objetivos para a utilização de combustíveis sustentáveis para a aviação ou e-SAF (combustível sintético) até 2030 ou investimentos ou acordos relacionados com combustíveis sustentáveis para a aviação”.

A Zero acrescenta: “As companhias aéreas, incluindo a TAP, não estão apenas a fazer muito pouco no que respeita à adoção de combustíveis sustentáveis para a aviação; muitas delas não estão a fazer nada, levantando sérias dúvidas sobre os passos que é preciso dar para mitigar o seu impacto climático”.

Segundo o ‘ranking’, as três companhias aéreas mais bem classificadas são a Air France-KLM, a United Airlines e a Norwegian, pelo recurso (uso ou investimento) a combustíveis sustentáveis (SAF- Sustainable Aviation Fuel).

Na lista, as companhias aéreas receberam pontos por definirem metas para incorporação de e-SAF e de combustíveis sustentáveis para a aviação (seja compra efetiva seja compromissos assumidos).

No documento da T&E divulgado pela Zero em comunicado, alerta-se que nem todos os SAF são sustentáveis e que o e-SAF é o melhor. O bioSAF (a partir de resíduos florestais, óleos e gorduras) varia em sustentabilidade e é limitado na quantidade. Os combustíveis feitos a partir de culturas alimentares ou forrageiras não são sustentáveis.

A Zero alerta que a maioria das companhias aéreas do ‘ranking’ usa o tipo errado de SAF, com os biocombustíveis feitos a partir de culturas como milho e soja a representarem 30% dos acordos com fornecedores (o e-SAF 10%).

No documento denuncia-se ainda a falta de investimento dos produtores de ‘jetfuel’ fóssil em SAF (menos de 03% da produção anual de combustíveis para a aviação até 2030), e, “pior ainda” os planos que existem é para bioSAF (e não para e-SAF, que é um combustível sintético produzido a partir de eletricidade renovável, hidrogénio verde e dióxido de carbono captado diretamente do ar).

Diz a Zero que em Portugal a Galp, principal fornecedor, prevê iniciar a produção de SAF em 2026, essencialmente biocombustíveis, e acrescenta que as petrolíferas têm relutância em investir em SAF.

No mundo inteiro a adoção de combustíveis sustentáveis é muito baixa. Segundo o estudo, para as 77 companhias aéreas avaliadas os volumes projetados de combustíveis sustentáveis para a aviação levarão a uma redução de apenas 0,9% nas emissões em 2030.

A Zero defende no comunicado que as companhias aéreas têm de definir metas de uso de combustíveis sustentáveis, que as petrolíferas devem acelerar a transição e que os reguladores devem ser mais proativos, e devem assegurar que a União Europeia toma o investimento em e-SAF como uma prioridade.

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