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Viagens de verão fora do pico ganham terreno entre os europeus

Os europeus optam por viagens no início do verão para evitar multidões e aumento dos custos de viagem revela a European Travel Commission (ETC).

Carolina Morgado
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Viagens de verão fora do pico ganham terreno entre os europeus

Os europeus optam por viagens no início do verão para evitar multidões e aumento dos custos de viagem revela a European Travel Commission (ETC).

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Uma pesquisa levada a cabo pela European Travel Commission (ETC) conclui que a maioria dos europeus que planeia viajar este verão o fará antes do mês de pico de agosto e, como os preços das viagens continuam a subir, prefere fazer a sua reserva com bastante antecedência. Por outro lado, os padrões climáticos imprevisíveis são agora uma preocupação adicional para 7% dos viajantes na Europa.

O presidente da ETC, Luís Araújo, comenta os resultados da pesquisa destacando que “estamos entusiasmados em ver que, apesar das preocupações financeiras e dos custos de viagem mais altos, os europeus continuam ansiosos para viajar”, para acrescentar que também “é encorajador testemunhar que mais viajantes escolhem viagens de verão fora dos meses de pico para evitar multidões e os preços altos”.

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Esta tendência, que Luís Araújo considera positiva “apoia a gestão sustentável do destino, espalhando os fluxos turísticos de forma mais uniforme”. Por isso, aconselha destinos e empresas a seguirem de perto essas tendências para atender às crescentes necessidades dos viajantes.”

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O documento da ETC indica que cerca de 72% dos europeus pretendem viajar entre abril e setembro deste ano. O lazer continua a ser o principal motivo das viagens (69%), embora a queda de 7% em relação a 2022 sugira uma possível desaceleração nas viagens de ‘vingança’ pós-pandemia. As viagens de negócios, por outro lado, registaram um aumento anual de 3%, representando agora 8% de todas as viagens planeadas.

O aumento dos custos de viagem devido à inflação, a guerra em curso na Ucrânia e as preocupações com as condições climáticas extremas desempenham um papel importante nas escolhas de viagens dos europeus para a primavera e o verão de 2023.

Quase 30% dos inquiridos disseram que pretendem fazer uma viagem entre abril e maio, representando um aumento de 6% em relação a 2022. Além disso, 40% dos entrevistados estão a considerar viajar no início do verão (junho a julho). Em contraste, apenas 23% esperam fazer viagens durante agosto e setembro, uma queda significativa de 9% em relação ao ano passado.

Os dados mostram que 59% dos entrevistados farão mais de uma viagem nos próximos meses, com 35% a planear viajar duas vezes e outros 24% apontam para três ou mais escapadas.

A ETC realça no seu relatório publicado esta quinta-feira que os europeus com mais de 25 anos apresentam um elevado entusiasmo para viajar (74%). Esta tendência “pode ser atribuída ao seu rendimento disponível relativamente mais elevado, o que os torna menos suscetíveis à atual situação económica”, sublinha-se o documento, que adianta que “o público mais jovem da Geração Z (18-24) continua mais relutante em planear férias (61%).

Embora os viajantes pareçam dispostos a mudar as datas para compensar as preocupações financeiras, os resultados sugerem que eles não estão dispostos a sacrificar a duração das suas férias. Os números do ano passado se mantiveram estáveis, com uma viagem de quatro a seis noites ainda a ser a escolha mais popular entre os europeus (35%). Outros 22% planeiam viajar por mais de dez noites.

Além disso, 19% dos viajantes esperam gastar mais nas suas próximas viagens do que normalmente fazem.

 

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Alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganham medalhas internacionais

Seis alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganharam medalhas em duas competições internacionais dinamizadas pela Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo (AEHT) e European Association of Hotel and Tourism Schools (EURHODIP).

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Três medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze foi o resultado da participação dos alunos da rede de escolas do Turismo de Portugal em duas competições internacionais.

O ouro foi para Inês Claro, Augusto Pimentel Lobo e Rita Nunes Camacho, respetivamente das Escolas de Hotelaria e Turismo (EHT) de Lamego, Setúbal e Oeste.

A prata foi para Baltazar Santana, da Escola de Hotelaria e Turismo de Portimão e os dois bronzes foram para Lara Gomes e Dinis da Silva, respetivamente das EHT do Algarve e do Porto.

As seis medalhas foram conquistadas em duas competições, nomeadamente o concurso de Hotelaria e Turismo, dinamizados pela AEHT – Associação Europeia de Escolas de Hotelaria e Turismo realizado em Riga, Letónia, e a competição organizada pela EURHODIP – European Association of Hotel and Tourism Schools, em Túnis, Tunísia.

Os dois campeonatos juntaram cerca de 500 alunos de 24 países da Europa, competindo em 17 modalidades que representam todas as áreas técnicas do Turismo, Hotelaria e Restauração.

As duas competições anuais que visam promover a excelência e a inovação nas áreas da hotelaria e do turismo, reúnem estudantes, professores e profissionais do setor para estimular o intercâmbio de conhecimentos e fomentar a colaboração entre instituições educativas e empresas do setor.

Para Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, “a conquista destes prémios por seis alunos das Escolas do Turismo de Portugal em dois prestigiados concursos internacionais representa não apenas um motivo de orgulho, mas também um exemplo inspirador do talento e da dedicação que caracterizam a formação em turismo no nosso país. Estes reconhecimentos internacionais reforçam a importância de continuar a investir na qualificação de excelência, elevando o nome de Portugal no setor e motivando futuros profissionais a abraçarem esta área com ambição e paixão.”

Refira-se que a rede de Escolas do Turismo de Portugal tem desempenhado um papel crucial na formação de profissionais para o setor, aliando técnicas modernas a uma abordagem prática e inovadora. A participação em competições internacionais como o Concurso Interescolas ou campeonatos europeus, permite aos alunos experimentar o que de melhor se faz na área a nível nacional e internacional, promovendo o desenvolvimento de competências essenciais e o networking com outros futuros profissionais.

Fica a lista completa dos medalhados portugueses, das respetivas competições e categorias:

Medalhas de Ouro
Inês Claro / EHT Douro-Lamego | concurso de Restaurante, da AEHT
Augusto Pimentel Lobo / EHT Setúbal | no concurso de F&B Management, da EURHODIP
Rita Nunes Camacho / EHT do Oeste | concurso de Tourism Management, da EURHODIP

Medalha de Prata
Baltazar Santana / EHT de Portimão | concurso de Culinary Arts, da EURHODIP

Medalhas de Bronze
Lara Gomes / EHT do Algarve | concurso de Barista, da AEHT;
Dinis da Silva / Escola de Hotelaria e Turismo do Porto | concurso Decathlon, da AEHT

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Foto: @Web Summit

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Ministro das Finanças admite que turismo é “muito importante” para Portugal, mas diz que é necessário “reduzir” a importância no PIB

O ministro das Finanças defendeu, durante uma intervenção no Web Summit, que é necessário “reduzir a importância” do turismo no PIB e nas exportações, aumentando por outro lado o peso da tecnologia e serviços de “alto valor acrescentado”.

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Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças, falava no Web Summit, numa entrevista sobre “o que se segue para a economia portuguesa”, onde ressalvou que “temos de aumentar o valor acrescentado nas exportações, não só nos bens, mas também serviços”.

O governante admitiu que o turismo é uma “atividade muito importante em Portugal, representando 20% do PIB”, mas defendeu que é necessário “reduzir essa importância e a única forma do país crescer com melhores salários, melhores serviços públicos é com inovação, serviços a vender alta tecnologia e com alto valor acrescentado”.

Assim, reiterou a necessidade de apostar mais na tecnologia, salientando que Portugal “tem um problema de localização geográfica, mas a tecnologia e serviços tecnológicos são um setor económico onde a localização é menos importante”.

“A transformação está a acontecer em Portugal, estamos a exportar mais do que há 15 anos, dantes era 30% do PIB, agora é 50%”, sublinhou o ministro.

Dentro dos serviços, “a tecnologia está a tornar-se impulsionador das nossas tecnologias e é isso que temos de seguir”, reiterou.

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COP29 inclui dia temático sobre alterações climáticas e turismo

O lugar do turismo na ação climática global será o centro das atenções a 20 de novembro na COP29 em Baku, Azerbaijão.

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Pela primeira vez, a Conferência sobre Alterações Climáticas das Nações Unidas acolherá ministros do Turismo, colocando o setor no âmbito da Agenda de Ação da COP29 e proporcionando uma plataforma de diálogo de alto nível – por iniciativa e liderança conjunta da Agência Estatal de Turismo da República do Azerbaijão e do Turismo das Nações Unidas (ONU Turismo).

Este facto reflete o papel de liderança desempenhado pela ONU Turismo na mudança para uma abordagem baseada na ciência para orientar o setor na ação climática do turismo e baseia-se nos esforços da Declaração de Glasgow, que é implementada no âmbito do Programa de Turismo Sustentável “One Planet”. A colaboração dos Estados-Membros empenhados e das partes interessadas do setor do turismo, bem como o apoio prestado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP, sigla em inglês), foram fundamentais para alcançar este marco histórico para o setor do turismo na COP29.

Agendada para 20 de novembro, a Primeira Reunião Ministerial sobre a Ação Climática no Turismo será seguida de três mesas redondas temáticas sobre medição e descarbonização, regeneração (adaptação) e financiamento e soluções inovadoras, com vista a uma agenda climática ousada para o turismo.

Turismo aumenta as suas ambições
A Presidência da COP29 irá liderar o lançamento da Declaração de Baku sobre o reforço da ação climática no turismo. A Declaração é um apelo à ação em resposta à necessidade de desenvolver mais “Contributos Determinados a Nível Nacional” para o Acordo de Paris, tal como solicitado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, pelo secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell, e pelo secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili. Em Baku, os representantes dos governos serão incentivados a subscrever a Declaração e a definir os seus planos para associar as políticas e os esforços no domínio do turismo aos objetivos nacionais em matéria de clima e à Agenda das Nações Unidas para as Alterações Climáticas. A Turismo da ONU e a Agência Estatal de Turismo do Azerbaijão lançarão para consulta pública um documento de posição sobre a exploração de oportunidades para integrar o turismo nos objetivos nacionais de desenvolvimento sustentável, de uma forma determinada a nível nacional.

Impulsionar o envolvimento e a responsabilização
Duas das iniciativas de sustentabilidade emblemáticas da Turismo da ONU também estarão presentes neste dia temático, com as partes interessadas a serem instadas a agir.

A Iniciativa da Declaração de Glasgow sobre a Ação Climática no Turismo é um compromisso voluntário lançado na COP26, implementado no âmbito do Programa de Turismo Sustentável “One Planet” e reconhecido como uma iniciativa de Ação Climática Global pela UNFCCC. Na COP29, a Iniciativa da Declaração de Glasgow deverá receber um novo impulso para incluir mais signatários, concentrando-se especialmente no seu posicionamento como uma ferramenta para apoiar a implementação de políticas climáticas nacionais através da ação climática no turismo, estruturada em torno de cinco vias estratégicas: medição, descarbonização, regeneração/adaptação, colaboração e financiamento.

Também em Baku, o Quadro Estatístico para Medir a Sustentabilidade do Turismo (MST. Sigla em inglês), adotado pela Comissão de Estatística das Nações Unidas em fevereiro de 2024, será formalmente reconhecido como a ferramenta para medir os impactos da ação climática do setor. “O Quadro MST é um exemplo vivo de como ir além do PIB e incluir também dados ambientais, como as emissões de gases com efeito de estufa e a utilização de energia”, refere a organização da COP29.

Em reconhecimento deste facto, o MST será posicionado na sua capacidade de impulsionar a produção de dados mais fiáveis, de propriedade nacional e internacionalmente comparáveis sobre o impacto do turismo nas alterações climáticas, lançando as bases necessárias para o progresso na mitigação das emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE) relacionadas com o turismo e na eficiência energética.

 

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Portugal ultrapassará, em 2024, 27MM€ em receitas e SET aponta para crescimento de 9% em 2025

Na penúltima conferência do ciclo “Construir o Turismo do Futuro”, uma iniciativa nacional promovida pelo Turismo de Portugal, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo (SET), apontou para que Portugal atinja os 27 mil milhões de euros de receitas ainda este ano, meta anteriormente prevista para 2027.

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O Centro de Congressos de Aveiro acolheu a sexta conferência do ciclo “Construir o Turismo do Futuro”, uma iniciativa nacional promovida pelo Turismo de Portugal que percorrerá as sete regiões turísticas de Portugal para definir a “Estratégia Turismo 2035”, que sucede à anterior “Estratégia Turismo 2027”, e que tem por objetivo ser um referencial estratégico atualizado para enfrentar os desafios emergentes no setor do turismo, tanto a nível nacional como global.

Na sessão de abertura da Conferência, o secretário de Estado do Turismo (SET), Pedro Machado, que esteve acompanhado por Raul Almeida, presidente da Turismo Centro de Portugal, Isabel Damasceno, presidente da CCDR Centro, e José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, destacou o crescimento expressivo do turismo em Portugal, referindo que “à data de hoje sabemos que o país estima atingir, até ao final deste ano de 2024, qualquer coisa como 27 mil milhões de receitas [no turismo] – meta anteriormente prevista para 2027 – e a perspetiva para 2025 é de crescer na ordem dos 9%”.

“O Turismo é uma atividade que cresce em todo o mundo. Há cerca de 30 anos, o número de pessoas que viajavam era de 500 milhões de pessoas, atualmente são 3 mil milhões. Isto é uma oportunidade para o nosso país, embora seja também um desafio”, afirmou Pedro Machado. “Estamos aqui a receber contributos para estabelecermos uma estratégia que aproveite as oportunidades e diminua os riscos do crescimento turístico”, acrescentou.

O SET sublinhou ainda que a estratégia que está agora a ser construída não se esgota no ciclo de conferências e recordou os 10 principais ativos estratégicos do país: Clima e Luz; Natureza; História, Cultura e Identidade; Mar; Água; Gastronomia e Vinhos, Eventos Artístico-Culturais, Desportivos e de Negócios; Bem-Estar; Living; e um ativo transversal a todos os anteriores, que são as Pessoas.

Raul Almeida salientou a evolução do perfil turístico do país e da região, com um foco crescente nos destinos de interior e turismo de natureza. “Durante muito tempo, privilegiava-se o produto ‘Sol e Mar’. Hoje, promovem-se mais os destinos de interior, a natureza e o turismo cultural. Estamos a transformar a diversidade em oportunidade”.

Mas para levar os turistas a descobrirem o território, são necessárias melhores acessibilidades, lembrou: “É necessário um Plano de Mobilidade, que permita direcionar os fluxos turísticos que chegam aos aeroportos de Lisboa e Porto para todo o país. Para isso, precisamos de investimento na ferrovia, mas também na rodovia”.

Já Isabel Damasceno enfatizou a importância do turismo para a região Centro, destacando o papel estruturante do setor na coesão territorial. “O sucesso da região é fruto da organização e colaboração entre as várias entidades do turismo, como as Comunidades Intermunicipais, as empresas e a Turismo Centro de Portugal, que assume um papel central de agregador e fazedor na estratégia regional”, afirmou.

José Ribau Esteves, salientou que “o turismo é uma atividade que atravessa uma onda positiva e, no papel de cada um, temos conseguido somar. Esta conferência demonstra que o turismo é uma atividade aberta, que estimula o debate entre todos e em que o contributo de um pequeno parceiro é tão importante como o de uma grande cadeia empresarial”.

Por fim, Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, apresentou as linhas-mestras da “Estratégia Turismo 2035”, destacando o peso crescente do setor na economia nacional, representando já 16,5% do PIB e 20% das exportações. Carlos Abade apresentou, também, 10 desafios prioritários para o futuro do setor que incluem, entre outros, o fortalecimento da relação entre turismo e as comunidades locais, o reforço das competências de gestão, o aproveitamento da tecnologia, e a promoção de um turismo responsável e inovador.

Recorde-se que o ciclo de conferências “Construir o Turismo do Futuro” teve início em Lisboa, a 3 de outubro, e termina em Faro, a 25 de novembro.

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Faleceu Elidérico Viegas

Fundador e antigo presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), deixa-nos aos 74 anos.

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Morreu esta quinta-feira, 7 de novembro, aos 74 anos, Elidérico Viegas, fundador e antigo presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), bem como presidente da Assembleia Geral da Região de Turismo do Algarve.

Empresário, dirigente e fundador de várias associações empresariais, nacionais e regionais, Elidérico Viegas foi uma personalidade que esteve ligada ao Turismo desde 1966.

Ao longo da sua vida, dedicou-se ao desenvolvimento e à promoção da Turismo, contribuindo de forma decisiva para o crescimento e projeção do Algarve enquanto um dos destinos turísticos mais importantes de Portugal.

A toda a família e amigos, o jornal Publituris deixa sentidas condolências.

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Abertas candidaturas à “Linha Apoio Turismo + Sustentável” com dotação de 50M€

Estão abertas as candidaturas à linha de apoio para promover a sustentabilidade do setor do turismo, no valor de 50 milhões de euros. A Linha de Apoio Turismo + Sustentável é financiada pelo Turismo de Portugal e gerida pelo Banco Português de Fomento.

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O Banco Português de Fomento (BPF) e o Turismo de Portugal anunciaram, esta quinta-feira, a abertura das candidaturas à nova Linha de Apoio Turismo + Sustentável. Com uma dotação de até 50 milhões de euros, cobertura de garantia mútua até 80% do valor do financiamento e com possibilidade de conversão em subvenção não reembolsável de até 30%, esta linha destina-se a apoiar empresas do setor do turismo na realização de investimentos que contribuam para a transição energética e para o alinhamento com as metas de neutralidade carbónica.

A Linha de Apoio Turismo + Sustentável, financiada pelo Turismo de Portugal e gerida pelo BPF, está disponível para Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME), Small Mid Cap, Mid Cap e Grandes Empresas que, entre outros requisitos, estejam localizadas em território nacional, desenvolvam atividade principal enquadrada nos CAE elegíveis e sejam empresas aderentes ao Programa Empresas Turismo 360º, que incentiva as empresas do setor a implementar uma agenda ESG (Environmental, Social, Governance).

De entre os investimentos elegíveis estão: Gestão da água; Gestão da energia; Gestão de resíduos, Mobilidade sustentável; Economia circular; e Biodiversidade.

Por outro lado, a linha prevê financiar até 750 mil .000 euros por empresa, com um prazo máximo de 15 anos, e até 48 meses de período de carência de capital, com garantia das Sociedades de Garantia Mútua de até 80%, e ainda possibilidade de conversão parcial do empréstimo em subvenção não reembolsável, até 20% do valor do financiamento contratado, na generalidade das localizações. No entanto, para operações enquadradas exclusivamente no plano de prevenção, monitorização e contingência para situações de seca na região do Algarve, a conversão em subvenção não reembolsável poderá alcançar os 30%.

O acesso à conversão (que representa a passagem a subvenção não reembolsável de parte do financiamento contratado), de acordo com nota de imprensa das duas entidades, estará condicionado à demonstração, por parte das empresas, diretamente junto do Turismo de Portugal, da realização do investimento previsto no pedido de financiamento e do cumprimento dos indicadores de desempenho estabelecidos, enquanto a verificação será realizada no ano seguinte ao ano de avaliação do projeto (esta avaliação será efetuada no primeiro exercício económico completo após a conclusão do projeto).

Refira-se que, após verificar o cumprimento das condições e avaliar a admissibilidade da conversão, o Turismo de Portugal envia ao BPF a informação necessária para efeitos de registo de apoios públicos, ficando a conversão sujeita à existência de plafond da própria empresa. Caso a empresa não disponha de plafond ao abrigo do regime comunitário de auxílios de mínimis, o BPF comunicará ao Turismo de Portugal a ausência de plafond ou o ajustamento do valor da conversão ao plafond disponível.

Compete depois ao Turismo de Portugal comunicar ao Banco Português de Fomento a decisão sobre a atribuição ou não da conversão. Quando atribuída, o Turismo de Portugal transfere, através do BPF, o montante correspondente. Os bancos comerciais utilizam esse valor para amortizar os empréstimos, desde que não haja incumprimento contratual.

As empresas interessadas devem consultar as Instituições de Crédito aderentes ou as Sociedades de Garantia Mútua e verificar todos os requisitos para candidatura no site do Banco Português de Fomento.

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“Portugal is Art” é a nova campanha internacional do Turismo de Portugal

Visualizada pela primeira vez durante o 49.º Congresso da APAVT, realizado em Huelva (Espanha), o Turismo de Portugal apresenta a nova campanha internacional “Portugal is Art”.

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“Portugal is Art” é a nova campanha internacional do Turismo de Portugal (TdP) tendo como marcados alvo o Reino Unido, Irlanda, Espanha, França, Alemanha, EUA, Brasil, Países Baixos e Bélgica.

A campanha, que arrancou esta segunda-feira, 28 de outubro, convida a descobrir “um território onde o quotidiano se eleva à condição artística e onde cada experiência revela uma dimensão cultural única”.

O investimento de um milhão de euros terá nas redes sociais, connected TV e digital out of home os principais canais de promoção.

Além do filme conceito, vão ser divulgadas seis versões mais curtas sobre diversos produtos turísticos: enoturismo, turismo literário, gastronomia, bem-estar, surf e festivais de música.

Em comunicado, o Turismo de Portugal refere que a campanha “Portugal is Art” “desafia a explorar um destino onde a cultura, a tradição e a contemporaneidade se fundem de forma singular. Em Portugal, a arte é vivida em toda a sua plenitude, com experiências que despertam os sentidos e a imaginação. Do vinho ao surf, da contemplação à celebração, cada momento no país é uma expressão de criatividade”.

Para Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, “convidar a visitar Portugal pela lente da arte é enriquecer a nossa proposta de valor enquanto destino turístico: para o viajante – oferecendo-lhe novas perspectivas e uma experiência turística diferenciada; para as empresas e profissionais – gerando negócio e empregos; para os residentes – através do desenvolvimento económico, social e sustentável do território.”

Na eterna discussão sobre “O que é arte”, o turismo responde que “Portugal é arte”. Assim, aparecem o enoturismo representando um diálogo entre o tempo e a criatividade, as técnicas artesanais, passadas de geração em geração, que continuam a dar vida a peças únicas, ao passo que as vinhas, cultivadas com uma espécie de respeito ritualístico, produzem vinhos que contam e perpetuam histórias através das castas e dos aromas. “Ambos ilustram como a tradição e a inovação coexistem em harmonia, permitindo que o passado inspire o presente com frescura e originalidade”, diz o Turismo de Portugal.

O mesmo se passa com a arquitetura e as celebrações culturais que demonstram como “a história se reinterpreta continuamente”. “Estruturas antigas e contemporâneas acolhem eventos e festivais que celebram a comunidade e a memória coletiva. Neste cruzamento de estilos e de épocas, a cultura floresce, criando espaços de encontro e de partilha”.

Já a arte moderna e a gastronomia são “manifestações de uma criatividade que encontra na tradição um ponto de partida para a inovação”, lê-se no comunicado do TdP. “Nas mãos de artistas e chefs, técnicas de outros tempos são reinventadas para criar obras e sabores que procuram surpreender. Este diálogo constante entre o passado e o presente celebra a autenticidade e abraça a vanguarda”.

No turismo, a cultura é “particularmente relevante por ser um ativo diferenciador, por representar a identidade do país e ser uma âncora de crescimento robusto que gera procura turística com valor”, conclui o Turismo de Portugal.

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Turismo indígena injecta 67 mil milhões de dólares na economia mundial, diz WTTC

Durante o último dia do Global Summit, o World Travel & Tourism Council (WTTC) lançou um relatório sobre turismo indígena, revelando que este contribuirá com 67 mil milhões de dólares para a economia global até 2034.

Victor Jorge

O turismo indígena está a emergir rapidamente como um motor económico fundamental, apontando o mais recente relatório do World Travel & Tourism Council (WTTC), apresentado durante o Global Summit, em Perth (Austrália), que este turismo cria emprego e valor económico em áreas remotas, além de promover e proteger as culturas, as línguas e as terras dos povos indígenas, assim como possibilita aos visitantes uma oportunidade única de conhecer e aprender sobre a história e a tradição indígenas.

Com o mercado global do turismo indígena a crescer a uma taxa de crescimento anual de 4,1% durante a próxima década, atingindo 67 mil milhões de dólares (cerca de 62 mil milhões de euros), “este setor está a capacitar as comunidades para assumirem o controlo do seu futuro económico”, diz o relatório.

Só no Canadá, o setor do turismo indígena apoia quase 2.000 empresas e mais de 39.000 empregos, contribuindo com 1,7 mil milhões de dólares (cerca de 1,5 mil milhões de euros) para a economia em 2017.

Da mesma forma, na região de Guna Yala, no Panamá, o turismo é o principal motor económico, sustentando o povo Guna e a sua cultura, ao mesmo tempo que cria uma economia autossuficiente.

Este boom económico é alimentado pela crescente procura de experiências culturais autênticas em países como o Canadá, a Austrália e os Estados Unidos da América (EUA), entre outros.

Na Austrália, mais de 1,4 milhão de visitantes internacionais participaram em experiências de turismo indígena em 2019, marcando um crescimento anual de 6% desde 2010.

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, reconhece que o turismo indígena “não é apenas mostrar ricas tradições culturais, trata-se de capacitar as comunidades, criar empregos sustentáveis e garantir que os povos indígenas tenham o controle de suas próprias histórias e futuros económicos”.

O relatório demonstra o imenso potencial do turismo indígena para impulsionar o crescimento económico, especialmente em regiões remotas, preservando simultaneamente um património cultural de valor inestimável. “Como a procura global de experiências autênticas continua a aumentar, é crucial que apoiemos as empresas indígenas e asseguremos que têm acesso aos recursos e ao financiamento necessários para prosperar”, conclui a responsável do WTTC.

Preservar a cultura através do turismo
O relatório “Supporting Global Indigenous Tourism” mostra como o turismo indígena também desempenha um papel crucial na preservação do património cultural, das línguas e das práticas tradicionais.

O povo Sámi do norte da Europa (Lapónia), por exemplo, desenvolveu marcas de certificação como “Sámi Duodji” para proteger as suas ricas tradições, enquanto o inovador robot Kipi do Peru ajuda a preservar línguas em vias de extinção como a Kukama, falada por apenas 2.000 pessoas.

Ao incorporar elementos como estes no turismo, as comunidades indígenas podem salvaguardar as suas identidades culturais.

O turismo indígena permite, também, uma carreira sustentável, exemplificada pela Indigenous Tourism Association of Canada (ITAC) do Canadá, possibilitando às comunidades controlar o seu futuro através do turismo.

Entretanto, países como a Austrália e os EUA estão a incorporar cada vez mais experiências indígenas no marketing turístico nacional, assegurando uma representação autêntica.

*O Publituris viajou até Perth (Austrália) para o Global Summit 2024 a convite do World Travel & Tourism Council (WTTC)
Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

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Viagens de negócios atingem valor recorde de 1,5 biliões de dólares em 2024

Contas feitas e apresentadas no Global Summit do World Travel & Toursim Council (WTTC) indicam que as viagens de negócios deverão ultrapassar os níveis pré-pandémicos e atingir um recorde de 1,5 biliões de dólares (cerca de 1,3 biliões de euros, em 2024.

Victor Jorge

De acordo com o relatório apresentado pelo World Travel & Toursim Council (WTTC) no Global Summit, realizado em Perth (Austrália), revela que as viagens de negócios deverão ultrapassar os níveis pré-pandémicos este ano, mais rapidamente do que o previsto anteriormente, atingindo um recorde de 1,5 biliões de dólares (cerca de 1,3 biliões de euros).

“O aumento do trabalho remoto durante a pandemia teve um efeito desproporcionado nas viagens de negócios, em comparação com as viagens de lazer, com as plataformas virtuais a substituírem as reuniões presenciais”, realça o relatório do WTTC.

No ano passado, as viagens de lazer ficaram apenas 2,9% atrás do pico de 2019, enquanto as viagens de negócios permaneceram 5,4% aquém do período pré-pandémico.

Na apresentação do relatório, diversos líderes empresariais voltaram a sublinhar a importância da interação das reuniões presenciais, prevendo-se que a atividade deverá exceder os níveis de 2019 em 6,2%

EUA e China regressam em força
De acordo com o “2024 Economic Impact Trends Report” do WTTC, os gastos com viagens de negócios nos EUA, que representaram 30% do total global em 2019, devem atingir 472 mil milhões de dólares (cerca de 430 mil milhões de euros) este ano, ficando, assim, 13,4% acima do recorde de 2019 do país.

Na China, o segundo maior mercado mundial de viagens de negócios, prevê-se que as a atividade das viagens de negócios cresça 13,1% acima de 2019, atingindo quase 211 mil milhões de dólares (cerca de 190 mil milhões de euros).

Os gastos com viagens de negócios na Alemanha, o terceiro maior, devem, por sua vez, atingir 87,5 mil milhões de dólares (perto dos 80 mil milhões de euros), pouco menos de 1% acima do pico de 2019, enquanto as viagens de negócios no Reino Unido e na França devem injetar um recorde de 84,1 mil milhões de dólares e 42,1 mil milhões de dólares nas respetivas economias (cerca de 77 mil milhões de euros e 38 mil milhões de euros, pela mesma ordem).

Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC, salientou que, “após alguns anos difíceis, as viagens de negócios não só estão de volta ao bom caminho, como estão a recuperar muito mais rapidamente do que o previsto, o que realça a importância das viagens internacionais para as empresas em todo o mundo”.

“Muitas potências empresariais, como os EUA, a China e a Alemanha, deverão atingir números recorde este ano. Embora as reuniões virtuais tenham desempenhado um papel crucial durante a pandemia, mantendo as pessoas e as empresas ligadas, os nossos dados mostram que os negócios são melhores realizados de forma presencial e cara-a-cara.”

Paul Abbott, CEO da American Express Global Business, admitiu, por sua vez, que “as empresas de todo o mundo valorizam mais do que nunca as viagens e as relações presenciais, uma vez que a circulação de pessoas foi restringida durante a pandemia”.

“Sempre dissemos que as viagens eram uma força para o bem, impulsionando o progresso económico e social. Mas quando as viagens pararam, o PIB caiu a pique, o desemprego disparou, os problemas de saúde mental aumentaram e o mundo tornou-se um lugar menos tolerante. Atualmente, já não existem dúvidas quanto aos benefícios das viagens. Empresas de todo o mundo – muitas pela primeira vez – estão a investir em viagens de negócios para fazer crescer os seus negócios e criar culturas vencedoras”.

De acordo com o relatório, outros fatores também contribuíram para o ressurgimento das viagens de negócios. Como as economias de todo o mundo recuperaram desde a pandemia, com a contribuição do PIB global das viagens e do turismo a atingir níveis recorde, foi possível às empresas reafetar mais fundos às viagens de negócios.

O crescimento das viagens combinadas, em que os viajantes combinam viagens de negócios com férias pessoais também contribuiu para tornas as viagens de negócios mais atrativas.

Além disso, o setor MICE (reuniões, incentivos, conferências e eventos) também regressou em força, retomando os eventos presenciais após um longo período de cancelamentos e adiamentos.

*O Publituris viajou até Perth (Austrália) para o Global Summit 2024 a convite do World Travel & Tourism Council (WTTC)
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O papel (cada vez mais relevante) da gastronomia nas viagens

A gastronomia assume cada vez mais um papel essencial na escolha de um destino. E as gerações mais novas são prova disso, escolhendo o destino em função do que vão comer.

Victor Jorge

81% dos viajantes afirmam que experimentar as comidas e cozinhas locais é o ponto alto da sua viagem e 47% da Geração Z e da Geração Y viajam cada vez mais para novos locais enquanto aprendem sobre a história e a cultura de um lugar.

No painel “What is the Vintage” no segundo dia do Global Summit do World Travel & Tourism Council 2024, a realizar em Perth (Austrália), a pergunta que se impôs foi: “Qual é o futuro da gastronomia e do enoturismo e de que forma estão a ajudar os viajantes a ligarem-se à cultura e ao local?”.

Dale Tilbrook, fundador da Dale Tilbrook Experiences, considera que, atualmente, “muitos dos turistas são conquistados pelo paladar. Ou seja, se oferecermos boa comida e vinho, metade do caminho para conquistar esses viajantes está feito”.

Na realidade, os quatro oradores participantes neste painel destacaram a importância cada vez maior da gastronomia e do enoturismo e da relação que os viajantes procuram com o que o destino oferece neste capítulo.

“Quando viajamos, gostamos de ver monumentos, museus, ir à praia, ver um bonito pôr do sol. Mas o viajante recordará de igual forma ou até valorizará mais o que come e bebe nesse destino”, admitiu Alexandra Burt, co-fundadora e proprietária da Voyager Estate, Margaret River. “Na realidade, é somente seguir a máxima: ‘somos aquilo que comemos’”. Para Burt, “não se trata somente de oferecer a boa gastronomia e vinhos no local, mas abrir uma porta para que as pessoas levem essas recordações e as repitam em sua casa, as mostrem aos seus amigos”.

Num país onde o vinho é um produto de primeira linha para o turismo, Tilbrook destacou este facto ao afirmar que, “não temos a mesma história da Europa, mas a novidade que os vinhos australianos trazem é algo que o viajante reconhece e valoriza”.

Destaque mereceu, também, o facto de este tipo de turista ser um viajantes “com um poder de compra mais elevado, o que faz com que deixa mais dinheiro no destino e interaja mais com as comunidades locais, uma vez que procura produtos diferenciados e que só conseguirá encontrar no destino”, frisou Alexandra Burt.

*O Publituris viajou até Perth (Austrália) para o Global Summit 2024 a convite do World Travel & Tourism Council (WTTC)
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