Perfis mais procurados no Turismo são chefes de cozinha, de receção e de sala
São os chefes de cozinha, de receção e de sala os perfis mais procurados no setor do Turismo, que se vê a braços com a falta de profissionais, revela o “Guia Laboral do Mercado Laboral 2022”, elaborado pela Hays Portugal, e que apresenta as tendências de emprego e salários, numa perspetiva de compreender o mercado de trabalho no nosso país.

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Os dados e opiniões aqui apresentados neste guia baseiam-se nos resultados dos inquéritos realizados e nos conhecimentos de mercado dos consultores da Hays, realizados de outubro de 2021.
O setor do Turismo e Lazer foi um dos mais afetados pela pandemia, com os últimos dois anos marcados pela forte instabilidade, levando a que muitos profissionais tivessem que abandonar o setor e hoje, muitos mostram-se receosos em regressar a este mercado.
Este cenário, segundo Benedita Lencastre, Consultant na Hays Portugal, “levou à grande dificuldade em recrutar perfis de operação, tendo em conta que grande parte destes profissionais mudaram de área ou abandonaram o setor”, obrigando as empresas a “se adaptar e recrutar perfis de outros setores”.
Como principal tendência do setor verifica-se uma movimentação de perfis de chefes de cozinha, chefe de receção e chefe de sala. A especialista, citada em nota de imprensa, explica ainda que, na zona de Lisboa, a abertura de novas unidades hoteleiras levou à continua aposta no investimento em perfis de marketing digital, com foco em CRM, “numa ótica de fidelizar e atrair novos clientes”, enquanto na zona do Grande Porto, a tendência é para uma movimentação de perfis seniores de F&B e comerciais “consequência também da abertura de vários hotéis na região”, acrescenta.
Seguindo a tendência de anos anteriores, o perfil de cozinheiro foi um dos mais solicitados, embora nem sempre fácil de encontrar, tendo em conta as caraterísticas que os recrutadores procuram – perfil especializado com capacidades de trabalho em equipa e gestão de stress, revela a responsável, para destacar que o mesmo se verifica com o perfil de responsável de restaurante, onde “a incerteza do mercado, levou estes profissionais a mudar de setor durante a pandemia”.
Por outro lado, a redefinição e diminuição de equipas nas estruturas destes grupos levaram a que a posição de chefe de receção fosse umas das mais afetadas, “fazendo com que este profissionais passassem a acumular novas funções”. No entanto, com a perspetiva de aumento do volume de negócios, “tem sido necessário reestabelecer esta posição” realçou.
Para este ano, e com a chegada do verão, a análise perspetiva um grande movimento em várias posições operacionais, ao mesmo tempo que a retoma do turismo em massa irá requerer que as empresas aumentem as equipas. “O foco no Marketing Digital, numa ótica de retenção e atração de clientes, será também uma tendência”, revela Benedita Lencastre.
“Em termos de oferta salarial e benefícios, a incerteza de mercado e escassez de profissionais com experiência consolidada poderá levar a uma adaptação por parte das empresas, obrigando a um aumento salarial e melhoria dos benefícios do trabalhador. A retoma das unidades hoteleiras, que estão gradualmente a crescer e a reforçar as equipas, poderá levar a uma maior atração por parte dos candidatos”, conclui.
A primeira parte desta edição conta com uma análise das motivações de profissionais e empresas através de um inquérito anónimo com base nas respostas de 2.864 profissionais qualificados e 901 empregadores, que incidiu sobre as regiões do Norte, Centro e Sul de Portugal. A segunda parte conta com uma análise das dinâmicas de recrutamento em áreas e setores de mercado específicos.