Edição digital
Assine já
PUB
Meeting Industry

“Teremos uma FITUR que se equipara às nossas feiras pré-pandêmicas”

Depois de uma FITUR que, em 2021, ficou aquém das expectativas pelas razões óbvias da pandemia, a incerteza voltou a assolar uma das maiores feiras do setor do turismo do mundo. Em entrevista ao Publituris, a diretora da FITUR, Maria Valcarce, acredita que esta edição “gerará números que ficarão apenas 15% abaixo do seu melhor histórico”.

Victor Jorge
Meeting Industry

“Teremos uma FITUR que se equipara às nossas feiras pré-pandêmicas”

Depois de uma FITUR que, em 2021, ficou aquém das expectativas pelas razões óbvias da pandemia, a incerteza voltou a assolar uma das maiores feiras do setor do turismo do mundo. Em entrevista ao Publituris, a diretora da FITUR, Maria Valcarce, acredita que esta edição “gerará números que ficarão apenas 15% abaixo do seu melhor histórico”.

Victor Jorge
Sobre o autor
Victor Jorge
Artigos relacionados
São Tomé e Príncipe aumenta taxas aeroportuárias a partir de 1 de dezembro
Aviação
Aviação brasileira vive melhor outubro da história
Aviação
AHP debate restrições à circulação de autocarros no centro histórico do Porto com a Câmara Municipal
Transportes
Nova Edição: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Destinos
Edição Digital: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Edição Digital
Madeira recebe 11.ª edição dos World Golf Awards
Destinos
Alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganham medalhas internacionais
Turismo
Universidade do Algarve recebe última sessão das conferências “Estratégia Turismo 2035 – Construir o Turismo do Futuro”
Destinos
Turismo do Alentejo e Ribatejo aprova plano de atividade com acréscimo de 50%
Destinos
Soltrópico anuncia novos charters para Enfidha no verão de 2025
Distribuição

Se o setor do turismo e viagens levou “pancada” ao longo destes (quase) dois anos, as feiras deste universo levaram por tabela. De eventos, primordialmente, presenciais, passou-se para um modelo virtual e depois para o híbrido. A FITUR, a realizar de 19 a 23 de janeiro de 2022, em Madrid, será a primeira das feiras a nível mundial do setor e, por isso, servirá de “cobaia” nestes tempos que, de certos, nada possuem. A não ser o desejo por viajar, de um lado e do outro.

Que FITUR iremos ter no próximo ano de 2022? Voltaremos a ter um evento mais parecido com 2019?
É verdade que a edição de 2021 da FITUR, realizada em maio, foi excecional e diferente, mas acho que superou todas as expectativas, já que o simples facto de ter sido realizada foi uma conquista extraordinária.

PUB

Dadas as circunstâncias, o nível de participação nacional e internacional foi um sucesso notável, e foi uma grande conquista para todos os destinos, empresas e profissionais da indústria que conseguimos reunir em Madrid nessa altura.

PUB

Em 2022, teremos uma FITUR que se equipará às nossas feiras pré-pandêmicas – altamente representativas da indústria do turismo internacional e com um nível de participação muito próximo dos nossos eventos recordes. A FITUR 2022 ocupará novamente os oito pavilhões da Avenida Central no Centro de Exposições IFEMA Madrid e estimamos que gerará números que ficarão apenas 15% abaixo do seu melhor histórico.

Um misto de pessoas e digital
Relativamente à FITUR 2021, destacava, em entrevista ao Publituris, em maio de 2021, que o evento seria “uma feira presencial”. A edição de 2022 mantém essa vertente ou terá um aposta mais digital/virtual?
Sim, a feira de 2021 foi um evento presencial, mas também tínhamos uma plataforma digital, o que nos permitiu oferecer um formato híbrido, enriquecendo a proposta de valor da feira com o componente online.

O formato será o mesmo na FITUR 2022. A feira decorrerá em Madrid de 19 a 23 de janeiro e, paralelamente – mas também alargando o âmbito geográfico e temporal da FITUR – a nossa plataforma FITUR LIVE CONNECT decorrerá de 20 de dezembro a 4 de fevereiro, oferecendo ferramentas de networking e matchmaking para expositores e visitantes para que eles possam preparar e acompanhar o evento físico e ampliar os horizontes de negócios.

No World Travel Market London 2021, realizado de 1 a 3 de novembro, muitos dos expositores presentes queixaram-se de que a componente digital prejudicou o evento presencial, levando a que muitos visitantes profissionais não se deslocassem ao evento. Não teme esta situação na FITUR?
Já testámos o formato combinado do evento presencial mais uma plataforma online e os resultados têm sido positivos. A proposta de valor deste formato híbrido é mais forte, porque o evento presencial e a plataforma online reforçam-se e complementam-se.

Mas que complementaridade é possível ter entre um evento físico/presencial e a parte digital/virtual? Que aspetos é preciso ter em conta, de modo a não defraudar o público de um e outro?
Acho que são propostas de valor diferentes e, ao oferecer aos clientes um mecanismo duplo com reuniões presenciais e online, isso pode gerar sinergias.

Na minha opinião, a participação online não é um substituto da participação presencial, mas uma ferramenta para fortalecê-la, quando usada para preparar reuniões, identificar procuras e requisitos, ver propostas de concorrentes, etc.. Também é útil para rastrear todas as atividades realizadas em reuniões e eventos presenciais.

As pessoas foram confrontadas com uma realidade que as levou a um universo cada vez mais digital e virtual. Isto torna a tarefa de eventos como a FITUR mais difícil? Como atrair públicos, ou melhor, novos públicos para este tipo de eventos que são maioritariamente B2B?
Vejo mais oportunidades do que ameaças na transformação digital. Obviamente, a digitalização oferece ferramentas que devem ser usadas por qualquer pessoa que pretenda manter-se competitiva. No caso das feiras, utilizamos uma gama de ferramentas digitais há anos para todo o processo de marketing, promoção e atendimento ao cliente, mas isso não significa que a nossa proposta de valor como um evento presencial não seja mais válido. Acho que esta pandemia mostrou-nos o quanto os seres humanos precisam de socializar e encontrar-se cara a cara, e que esse tipo de encontro é insubstituível.

Que diferenças existem entre as principais feiras do setor do turismo e viagens ao longo do ano? Temos a FITUR, uma BTL (Portugal), uma ITB (Alemanha), um WTM (Reino Unido e América Latina), uma ABAV (Brasil), além de eventos de dimensão mais reduzida, mas importantes para algumas empresas e Turismos dos países?
Do ponto de vista da abrangência, não há muitos eventos que sejam feiras globais como a FITUR. É realmente uma lista muito curta – eu diria apenas três eventos: FITUR, ITB e WTM London. Mas também existem muitas outras feiras comerciais que são altamente valiosas para os mercados locais ou regionais e que desempenham o seu papel em mercados localizados numa ampla gama de áreas geográficas.

Paralelamente, a FITUR é uma feira que engloba o B2B nos dias úteis e o B2C ao fim-de-semana e abrange todo o espetro da indústria do turismo nos seus diversos segmentos.

Existem outras feiras que atendem apenas parte do mercado – apenas B2B ou apenas B2C – ou que focam um único segmento de mercado – turismo MICE, por exemplo. São modelos diferentes, todos válidos e escolhidos pelo destino ou empresa de acordo com os seus interesses comerciais.

Do ponto de vista da abrangência, não há muitos eventos que sejam feiras globais como a FITUR. É realmente uma lista muito curta – eu diria apenas três eventos: FITUR, ITB e WTM London”

Como é que se prepara uma feira como a FITUR ainda em plena pandemia e com as incertezas que ainda persistem? É mais fácil a organização para o evento de 2022 do que foi em 2021?
O facto de termos realizado a FITUR em 2021 abriu o caminho, porque os nossos clientes sabem que somos capazes de gerir a feira, que funciona e que temos tratado de forma adequada as atuais circunstâncias excecionais para garantir que a FITUR seja um evento seguro e lucrativo para os seus participantes.

A FITUR 2022 vai ser uma grande feira de negócios, em linha com os seus melhores anos e com um elevado nível de participação e presença internacional.

E Portugal?
Quanto expositores e empresas esperam para este evento na totalidade?
Ainda não podemos dar números definitivos porque os grandes expositores, assim como os destinos, ainda estão a informar-nos sobre as empresas que estarão nos seus stands. Como estimativa, esperamos mais de 600 expositores principais e 8.000 empresas participantes.

E de Portugal, que feedback têm tido quanto à participação? Já têm números de participantes que nos podem avançar?
Portugal vai ter um grande stand numa excelente localização. Para além do stand do Turismo de Portugal, haverá também várias cidades com espaços de exposição próprios. Ainda não tenho todos os dados sobre o número de empresas que estarão representadas nesses stands. Normalmente existem muitas empresas portuguesas que estão sob a égide do país, região ou cidade, mas teremos de esperar um pouco mais antes de podermos fornecer esta informação em detalhe.

Que importância possui o mercado português para uma FITUR e como olham para o país quando, em 2022, a proximidade ainda será relevante?

Ano após ano, Portugal é o destino internacional com maior stand na FITUR e um dos mais importantes stands pelo elevado número de empresas e quantidade de conteúdos que acolhe. Portugal é um dos destinos mais procurados pelos turistas espanhóis, onde procuram e apreciam a cultura, a riqueza e a variedade dos recursos turísticos do país.

Várias FITUR dentro da FITUR
Indicam que uma das chaves que marcaram a evolução da FITUR tem sido a capacidade para reconhecer as tendências do mercado e para as trasladar à sua oferta. Que tendências são essas que serão apresentadas no evento de 2022?
Cada um dos espaços FITUR apresentará tendências, mas é um pouco difícil resumir porque a FITUR agora tem 12 seções além do seu programa geral. Falaremos sobre tecnologia, sustentabilidade, transformação ecológica e os diferentes segmentos especializados que impulsionam a procura.

Haverá também uma nova seção dedicada a cruzeiros e o observatório de sustentabilidade, FITURNEXT, estará de regresso aos holofotes para o desafio da acessibilidade. Tudo o que impulsiona o turismo global tem lugar na FITUR e todos os que fazem parte da cadeia de valor do setor encontrar-se-ão na FITUR.

Apontam a sustentabilidade, tecnologia e especialização como principais eixos condutores. Presumo, então, que serão essas as tendências para o futuro a apresentar na FITUR?
Sim, de facto, inovação e sustentabilidade são duas áreas-chave, ao lado da visão global deste mercado, com foco específico em muitos dos seus segmentos.

Revelam, igualmente, que esta edição continuará a apostar no crescimento de algumas seções, como FITUR CINE e FITUR FESTIVALS, além da criação de espaços monográficos, como FITUR GAY (LGBT +) e FITUR SALUD, e FITURTECHY e FITUR KNOW HOW. Além disso, terão, também, o Observatório FITUR NEXT, FITURTECH e FITURGREEN. Que importância possuem estas seções paralelas e que diferenciação proporcionam?
Esta é a forma da FITUR abranger todas as formas de turismo e protagonizar áreas específicas da atividade turística, seja porque proporcionam inovação ou sustentabilidade, seja porque impulsionam o mercado.

Estas seções são, tal como os eixos condutores, uma forma de atrair novos públicos à FITUR?

São áreas fundamentais para atrair visitantes para a FITUR, mas também trazem tendências e inovação, impulsionam a sustentabilidade e recebem novos segmentos, além de conectar os setores que impulsionam o turismo com os profissionais envolvidos na cadeia de valor do turismo.

Que ações, eventos, conferências, seminários, workshops terão em paralelo e subordinados a que temas?
Cada seção da FITUR tem o seu próprio programa de eventos e também hospedamos outros programas e atividades, como aqueles convocados pela OMT (Organização Mundial do Turismo) ou CIMET (Conferência Iberoamericana de Ministros e Empresários do Turismo).

Regresso ao futuro
Como analisam o atual panorama do setor do turismo e viagens e que expectativas têm relativamente ao mesmo para este ano de 2022?
Como mencionei anteriormente, as nossas expectativas para a FITUR são muito positivas e espero que isso reflita o facto de o setor ter iniciado uma forte recuperação e que a FITUR servirá para acelerar essa recuperação.

As perspetivas para o turismo certamente serão analisadas em profundidade ao longo dos congressos e encontros que a feira oferece.

Estou convencida de que a Espanha recuperará a sua posição de liderança (…) Esperamos mais de 600 expositores principais e 8.000 empresas participantes”

Será que teremos a tão desejada retoma já em 2022 ou só acontecerá em 2023? Ou será que essa análise acontecerá por regiões e mais por segmentos de mercado?
A minha impressão é que a recuperação está em curso e continuará a evoluir durante 2022 e 2023. Mas existem outros especialistas com acesso aos dados que esta análise requer que poderão responder a esta questão melhor do que eu.

Da mesma forma, no que diz respeito às regiões e segmentos, sinto que esta evolução não é uniforme, nem a pandemia afetou a todos igualmente. Em qualquer caso, prefiro deixar isso para os especialistas.

E como vê a recuperação do turismo em Espanha?
A indústria do turismo espanhola soube responder a inúmeros desafios ao longo da sua história e proporcionou a este país riquezas e empregos como nenhum outro setor. Estou convencida de que a Espanha recuperará a sua posição de liderança e será capaz de usar a experiência desta terrível pandemia como uma oportunidade para implementar melhorias em campos como a produtividade e sustentabilidade.

Que impacto económico esperam que a FITUR possa vir a ter na dinamização dos setores vinculados ao turismo em Madrid. Serão os 330 milhões de euros anunciados?
Espero que possamos chegar a esse número, pois o nível de participação já está próximo dos níveis pré-pandêmicos. Mas vamos ter de esperar para ver os números de participação dos visitantes antes de conseguirmos estimar o respetivo impacto.

As Fitur dentro da FITUR

FITUR MICE é a seção destinada ao turismo MICE, com potenciais clientes em empresas, associações, empresas de incentivo, empresas de viagens de negócios e organizadores de eventos e conferências.

FITUR FESTIVALS tornou-se na FITUR ENTERTAINMENT, para refletir o seu foco expandido. Esta seção apresenta festivais de música e eventos culturais e desportivos como motores do turismo e oferece um ponto de encontro entre os seus organizadores e destinos, transportes, hotéis e alojamentos, operadores turísticos e grossistas.

FITUR SCREEN conecta o turismo e a indústria cinematográfica, divulgando informações sobre o turismo cinematográfico, promovendo o intercâmbio comercial entre os diferentes atores do seu ecossistema, apresentando propostas futuras para o desenvolvimento do setor.

FITUR LGBT+ reúne destinos, empresas, cadeias hoteleiras, companhias aéreas e operadores turísticos com ofertas específicas para o segmento de clientes LGBT +, caracterizadas por um elevado nível de receitas disponíveis despendidas em viagens e turismo menos sazonais.

FITUR LINGUA aposta no turismo linguístico, segmento com grande potencial de crescimento e importante não só para Espanha, mas também para outros destinos que atraem visitantes para a aprendizagem da sua língua.

FITUR TECHY é uma área dedicada à disseminação do conhecimento e inovação através de um extenso programa de seminários técnicos.

FITUR KNOW HOW & EXPORT é organizada pela SEGITTUR com a colaboração da ICEX, ambas organizações governamentais espanholas. Este espaço apresenta a inovação e o conhecimento na indústria turística espanhola, com especial destaque para a estratégia de destinos turísticos inteligentes, com o objetivo de promover a inovação e a sustentabilidade no turismo e a internacionalização das PME turísticas espanholas.

FITUR TALENT foca-se nas pessoas e no seu talento como a componente central da competitividade empresarial, especialmente importante num momento de transição digital, quando a adoção de novas tecnologias requer o desenvolvimento de aptidões e competências tanto por parte dos líderes como das próprias equipas. Apresenta a formação especializada para a indústria do turismo dos dias de hoje e as melhores práticas de empresas líderes para a incorporação de talentos nas organizações.

FITURNEXT é o observatório de sustentabilidade da FITUR, que visa apresentar uma série de iniciativas turísticas que impactam positivamente os visitantes, residentes, destinos e o planeta, além de gerar métricas sobre esse impacto para manter a indústria do turismo informada sobre as melhores práticas para um futuro sustentável.

FITUR WOMAN é uma seção dedicada a promover e destacar a liderança feminina na indústria do turismo.

FITUR HEALTH tem como foco o turismo de saúde, uma área do turismo que atrai milhões de viajantes e conecta entidades do mundo da saúde à cadeia de valor da indústria do turismo.

FITUR CRUISES traz o turismo de cruzeiros ao público da FITUR numa seção inédita para este ano, que certamente atrairá bastante interesse na feira.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
Artigos relacionados
São Tomé e Príncipe aumenta taxas aeroportuárias a partir de 1 de dezembro
Aviação
Aviação brasileira vive melhor outubro da história
Aviação
AHP debate restrições à circulação de autocarros no centro histórico do Porto com a Câmara Municipal
Transportes
Nova Edição: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Destinos
Edição Digital: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Edição Digital
Madeira recebe 11.ª edição dos World Golf Awards
Destinos
Alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganham medalhas internacionais
Turismo
Universidade do Algarve recebe última sessão das conferências “Estratégia Turismo 2035 – Construir o Turismo do Futuro”
Destinos
Turismo do Alentejo e Ribatejo aprova plano de atividade com acréscimo de 50%
Destinos
Soltrópico anuncia novos charters para Enfidha no verão de 2025
Distribuição
PUB
Meeting Industry

Concorrência dá ‘luz verde’ à compra da Ritmos&Blues e Arena Atlântico pela Live Nation

A Autoridade da Concorrência (AdC) deu ‘luz verde’ à compra da promotora Ritmos & Blues e da gestora da Altice Arena pela Live Nation, anunciada em abril de 2023.

Publituris

Em comunicado, a Autoridade da Concorrência (AdC) salienta que a decisão de “não se opor à operação de concentração envolvendo a aquisição pela Live Nation Entertainment Inc. (LNE), de uma participação de controlo indireto da Ritmos & Blues Produções, Lda. (R&B) e da Arena Atlântico — Gestão de Recintos Multiusos, S.A. (Arena Atlântico) e respetivas subsidiárias”, foi possível “após a LNE propor compromissos para resolver as preocupações jusconcorrenciais identificadas pela AdC na sua investigação”.

A decisão agora adotada foi precedida de uma “investigação aprofundada”, depois de a AdC ter considerado que a operação de concentração poderia resultar em “entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste, resultantes de restrições, totais ou parciais, no acesso à MEO Arena por concorrentes no mercado de promoção de eventos ao vivo e no mercado de serviços de bilhética”.

A LNE comprometeu-se, assim, a garantir o acesso de todos os promotores à MEO Arena com base em condições justas, razoáveis e não discriminatórias, que os preços da MEO Arena permanecem baseados em condições justas, razoáveis e não discriminatórias perante qualquer alteração hipotética futura, e que será estabelecido um limite máximo de utilização da MEO Arena pela LNE e pela R&B, de modo a permitir que os demais produtores tenham acesso à sala, entre outras garantias.

“Nestes compromissos, cuja última versão foi apresentada em 21 de outubro de 2024, a LNE esclareceu, ainda que a Arena Atlântico não pode impor quaisquer comissões, taxas ou encargos de qualquer tipo aos Operadores de ‘Ticketing’ e aos Promotores Terceiros, com exceção dos estabelecidos no Documento da Política de Preços da MEO Arena, que faz parte dos Compromissos assumidos pela LNE”, esclareceu a AdC.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Meeting Industry

Portugal mostra oferta de turismo interior na Intur

Até ao próximo domingo, Portugal estará presente na Intur, Feira Internacional de Turismo de Interior, mostrar um catálogo vivo da riqueza e diversidade do turismo de interior português.

Publituris

Portugal marca, mais uma vez, presença na Intur, Feira Internacional de Turismo de Interior, que está a decorrer em Valladolid até ao próximo domingo, 17 de novembro.

A feira tem, este ano, uma dupla vertente, uma jornada para profissionais, Intur Business, e a grande exposição aberta ao público, Intur Travellers, que começará na sexta-feira, dia 15. Aí, os visitantes poderão descobrir as propostas apresentadas por destinos e empresas, desde o turismo termal do norte ao cultural e patrimonial do sul.

Destinos como a região de Lisboa, Porto e Norte, e Centro são clássicos na Intur, que este ano celebra a sua 27.ª edição. A par destes territórios, a Intur Viajeros dará a conhecer a riqueza turística do Alto e Baixo Alentejo, Castelo Branco, Beiras e Serra da Estrela, Região de Leiria, Guarda, Oeste, Alto Tâmega e Terras de Trás-Os-Montes.

A oferta para o visitante completa-se com Oliveira de Frades, Barcelos, Felgueiras, Loulé, Óbidos, Vila Viçosa, Lagos, Terras de Pena, Dueceira, Termas de Monfortinho, Pedra Pura Resort, Alcaçovas e Castinheria de Pèra.

Portugal tem também uma presença importante na conferência Intur Business para profissionais, quer através dos operadores turísticos que participam no mercado contratante, quer através das empresas e especialistas que vão participar nas ações de formação Intur Talks.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Meeting Industry

Papel transformador da IA no setor das viagens e turismo destacado em Londres

A cimeira de ministros do Mercado Mundial de Viagens, em colaboração com a ONU Turismo e o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), voltou a focar na crescente importância da Inteligência Artificial para o setor, tendo sido enfatizada a importância vital de garantir que a adoção da IA seja inclusiva, em benefício de todas as partes interessadas, incluindo as PME e destinos emergentes.

Publituris

A cimeira, que reuniu em Londres, durante o World Travel Market (WTM) contou com a participação de ministros do Turismo de mais de 20 países. Dando voz ao setor privado, líderes da Expedia, HBX Group, JTB Corp e SITA, destacaram a importância das parcerias empresariais e público-privadas.

Abrindo o debate, a Diretora Executiva de Turismo da ONU, Natalia Bayona, disse que “o setor precisa de estar preparado para tomar melhores decisões com a ajuda da Inteligência Artificial generativa”, avançando que “o  turismo tem a capacidade de criar histórias únicas, e o uso da tecnologia para o bem no marketing e promoção de destinos, infraestrutura pública digital e educação é crucial, e a hiperpersonalização de viagens pode ser nosso maior trunfo”, mas defendeu que, “acima de tudo, a inteligência artificial precisa da inteligência humana para ser brilhante.”

Já Julia Simpson, presidente e CEO do Conselho Mundial das Viagens e Turismo (WTTC) disse que “embora devamos abordar questões globais como as mudanças climáticas e a necessidade de práticas sustentáveis, também temos oportunidades incríveis pela frente”, lembrando que, em 2023, “nosso setor contribuiu com quase 10 biliões de dólares para a economia global, apoiando 330 milhões de empregos. Este ano, estamos prontos para quebrar recordes novamente”, assim, “ao trabalharmos de mãos dadas, podemos garantir que as viagens e turismo continuem a prosperar, alavancando a IA e outras tecnologias para criar um futuro resiliente, sustentável e inclusivo”.

Em Londres, Natalia Bayona expôs a visão da ONU Turismo para o futuro do setor, consiganado no “Strategic Roadmap: AI For Good in Tourism”, que passa por transformar o setor através do rápido surgimento e adoção inteligente de novas tecnologias.

A ONU Turismo refira-se, lidera pesquisas sobre o papel da IA ​​no turismo. Sua análise mais recente, a ser publicada em colaboração com a Membro Afiliada da ONU Turismo, Saxion University of Applied Sciences, “Artificial Intelligence Adoption in Tourism” define considerações importantes para as partes interessadas do setor. Em 2025, o organismo também publicará uma análise aprofundada entre os estados-membros para revelar a adoção da IA, os desafios e as recomendações estratégicas.

No que diz respeito à formação, qualificação e requalificação, os ministros debateram como essa tecnologia pode dar suporte à criação de empregos, ao mesmo tempo em que ajuda a força de trabalho a adquirir as habilidades necessárias para prosperar no futuro. O Turismo da ONU está atualmente a reforçar a sua Academia Online de Turismo integrando ferramentas avançadas de IA em 10 novos cursos. Essas incorporações equiparão os profissionais de turismo com recursos e capacidades essenciais para prosperar numa indústria orientada por IA, incluindo cursos específicos de IA.

As discussões na cimeira de ministros enfatizaram também a necessidade vital de investimento em IA e inovação mais ampla. Neste caso, o Turismo da ONU está a expandir o seu foco para incluir investimentos não tradicionais nas suas diretrizes nacionais, enfatizando o papel de modelos de financiamento alternativos no fortalecimento do ecossistema de start-ups, e isto inclui explorar como os insights orientados por IA podem orientar e aprimorar estratégias de investimento, particularmente para startups de turismo emergentes.

No World Travel Market, a UN Tourism anunciou esforços para dar suporte a empreendedores em toda a cadeia de valor do turismo na adoção de IA e outras tecnologias avançadas. Através de workshops, parcerias e programas dedicados, vai capacitar startups e empresas com as ferramentas de que precisam para inovar e ter sucesso num futuro dominado pela tecnologia.

Uma parte fundamental da estratégia é a criação de uma nova Força-Tarefa Global sobre Nomenclatura Universal para IA no Turismo. Esta iniciativa inovadora será um primeiro esforço colaborativo para padronizar a terminologia de IA com especialistas-chave de todas as regiões de Turismo da ONU de toda a cadeia de valor do turismo, garantindo clareza e consistência para as partes interessadas.

Reafirmando seu compromisso com a inovação, em Londres, a ONU Turismo também anunciou o lançamento do “Desafio de Inteligência Artificial” para soluções orientadas por IA que moldarão o futuro do turismo, com foco em branding, promoção e marketing, destinos inteligentes, educação e operações eficientes.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Meeting Industry

Roma acolhe 25ª Cimeira Mundial do WTTC no final de 2025

A 25ª Cimeira Mundial do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) vai ter lugar no final do próximo ano em Roma. É a primeira vez que o evento será realizado no coração histórico da Itália, sede de antigos impérios e património cultural.

Publituris

O Global Summit em Itália reunirá líderes empresariais e delegações governamentais do mundo todo na sua capital para discutir os últimos desafios que o setor das viagens e turismo enfrenta, bem como as soluções do amanhã.

Programada para o final de 2025, a 25ª Cimeira Mundial do WTTC Global será realizada em colaboração com o Ministério do Turismo da Itália e marca o regresso à Europa após seis anos.  A última cimeira no continente europeu teve lugar em 2019, em Sevilha, Espanha, que contou como operador principal o 44º Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

A presidente e CEO do WTTC, Julia Simpson, enalteceu que “a história mostra que todos os caminhos levam a Roma, e em 2025 isso certamente será verdade, pois vamos estar numa cidade repleta de história, mas vibrantemente voltada para o futuro”.

Por sua vez, Daniela Santanchè, ministra do Turismo da Itália, enfatizou que “este evento é reconhecido como o cenário mais importante para o diálogo entre governos e o setor privado, onde os líderes moldam o futuro do turismo e viagens globais, daí estarmos ansiosos para receber os nossos convidados e membros do WTTC em Roma, uma cidade rica em história e inovação.”

O 25º WTTC Global Summit servirá como uma excelente oportunidade para mostrar a rica herança cultural da Itália e as ofertas turísticas contemporâneas aos principais executivos de viagens de todo o mundo.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Meeting Industry

CEO da Global DMC Partners alerta: “Excesso de turismo ameaça o MICE”

Catherine Chaulet, presidente e CEO da Global DMC Partners, parceira do agora Grupo Embrace alertou, em declarações ao Publituris, que “o excesso de turismo ameaça o segmento MICE” e que, “se os meeting planners começam a ouvir falar de problemas de excesso de turismo num destino, começam a afastar-se”. Acrescentou que Portugal, um dos destinos internacionais mais procurados pelos organizadores de eventos corporativos “tem de começar a olhar para esta ameaça”.

Em declarações ao Publituris, na sua recente passagem por Lisboa, Catherine Chaulet, presidente e CEO da Global DMC Partners, observou que a Indústria do MICE atravessa atualmente diferentes desafios: “Os orçamentos mantêm-se os mesmos, enquanto os preços dos hotéis, passagem aérea e os audiovisuais, estão cada vez mais altos”. Assim, para dar uma ideia, disse que “os preços aumentaram uma média de 30% a 40%, e os orçamentos mantiveram-se no geral, ou subiram apenas 10%, para o mesmo número de meetings e incentivos”.

A executiva reconhece que este segmento está em plena retoma no pós-Covid em todo o mundo, e “estamos a crescer e a nossa expansão já ultrapassa os resultados da pré-pandemia, porque as pessoas almejam reencontrar-se face to face. Neste aspeto, sublinhou, “mais uma vez os meeting planners devem gerir os programas complexos face à redução das verbas”. Refira-se que a maioria dos clientes da Global DMC Partners são provenientes dos Estados Unidos da América, Canadá e Europa, mas estão a crescer na Ásia, apesar de ainda haver alguns mercados nesta zona do globo, como a China, que só recentemente retomou este tipo de viagens.

Sobre o futuro desta indústria, Catherine Chaulet defendeu que “o MICE vai continuar a crescer, mas penso que existem riscos, e o primeiro que vejo é a situação geopolítica no mundo com países que infelizmente perderam todas as oportunidades de turismo uma vez que passaram a ser perigosos. Ao mesmo tempo, todos as crises económicas e financeiras podem colocar em risco tudo o que é a indústria do MICE, e temos de ter atenção”.

A responsável evidenciou também o excesso de turismo que “é um grande problema. Os destinos que não conseguirem gerir o fluxo deste tipo de turismo podem perder para o MICE, porque já há grupos que decidiram não se deslocar para certos destinos e cidades porque o “overtourism” destrói a qualidade da oferta”.

E Portugal, já sofre deste problema? A presidente e CEO da Global DMC Partners está confiante que o nosso país “está a fazer um excelente trabalho nesse sentido, quando comparado com outros países. Toda a campanha de marketing de Portugal é muito inteligente porque toma em consideração tudo o que é sustentabilidade, mas como todos os países, estão também em risco, e para continuar a captar eventos corporativos, Portugal precisa de olhar para a ameaça do excesso de turismo. Lisboa também”. Na opinião da responsável, “Portugal está a identificar o problema e a agir com antecedência”, realçando que outros países reagiram muito tarde, criando um conflito de interesses: os destinos querem mais turistas porque geram receitas e aceitam muitas companhias low cost, mas ao mesmo tempo não conseguem gerir todo esse fluxo, o que torna muito complicado. Assim, é necessário que os governos consigam ajudar a encontrar esse equilíbrio”, sublinhou.

Esta questão do “overtourism” é tão importante para a Global DMC Partners quanto os seus clientes são de empresas de topo “que exigem muita qualidade de infraestruturas, mas também autenticidade dos destinos”, destacou.

Para a executiva este rebranding do seu parceiro ex grupo TravelStore para Embrace, “vai consolidar” todas as diferentes empresas do grupo sob o mesmo nome. “Nós somos um dos parceiros, captamos clientes do mundo inteiro e enviamos para a agora Embrace. E como este grupo oferece diferentes serviços, é uma situação que me interessa muito porque certos clientes nossos necessitam de outros serviços, não somente de DMC, que as suas outras empresas podem oferecer”, indicou Catherine Chaulet.

“Nós representamos tudo o que são meeting planners nos Estados Unidos da América, Canadá e também na Europa, ou seja, temos conexão com todas essas grandes empresas do MICE que necessitam de especialistas em Portugal, e enviamo-los ao agora grupo Embrace”, esclareceu.

Catherine Chaulet reforçou que o mercado do MICE “está a crescer e temos cada vez mais pedidos uma vez que as equipas de meeting planners dos nossos clientes continuam a ser muito pequenas e necessitam de ajuda para poder organizar e realizar todos esses programas, e um grupo como a Embrace oferece muitas vantagens. Nesse aspeto, a nossa procura aumentou muito”.

Considerou que a Embrace “é um excelente parceiro, com uma equipa formidável e de grande qualidade. É um grupo que consegue trabalhar em função do que o cliente procura, ou seja, é muito flexível e isso é um elemento essencial, até porque a indústria do MICE evoluiu e os meeting planners são mais exigentes”.

“Índice Global de Destinos 2024”: Lisboa na 5ª posição

A Global DMC Partners, a maior rede global de Destination Management Companies (DMC) independentes e provedores de serviços de eventos especializados, revelou seu Global Destination Index de 2024, destacando os destinos de reuniões e incentivos mais populares no mundo, que coloca Lisboa na quinta posição.

No Top10 das expectativas internacionais dos clientes da Global DMC Partners, que destacam a autenticidade e práticas de sustentabilidade como fatores fundamentais e que marcam a diferença junto de viajantes conscientes, estão Paris, Barcelona, Amesterdão, Londres, Lisboa, Atenas, Madrid, Viena, Roma e Berlim. Em relação aos Estados Unidos da América, a lista abre com Chicago, seguindo-se Washington, Nova Iorque, Las Vegas, Nashville, Dallas, Miami, Orlando, Austin, e finalmente, San Diego.

Catherine Chaulet, presidente e CEO da Global DMC Partners, realça que “é interessante ver os novos destinos que entraram na lista deste ano, assim como a mudança na ordem de popularidade dos 10 primeiros, particularmente porque a nossa indústria é um ótimo indicador da força económica mundial e onde a maioria dos negócios está a ser feita”.

A executiva considera que “também vimos um interesse crescente em destinos secundários com um aumento nas oportunidades para 2024 ou 2025, em comparação aos anos anteriores”, tais como a Riviera Francesa, Málaga e Sevilha, destacando-se esta última como um dos principais destinos MICE de Espanha para 2024, “misturando charme tradicional com locais de ponta, ideal para eventos de qualquer tamanho, particularmente grandes congressos e conferências”.

Outros destinos secundários importantes constantes do índice incluem Japão, Havai, Costa Rica, Santa Lúcia, Região Emilia-Romagna na Itália (Bolonha, Parma e Modena), Ilhas gregas, incluindo Corfu, Egina e Milos, bem como cidades do centro-oeste dos EUA, como Minneapolis, Kansas City e Louisville.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
PUB
Meeting Industry

36.ª edição do Festuris começa com crescimento de 9%

A 36.ª edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo registou a sua inauguração oficial, destacando a organização um crescimento de 9% nos expositores.

Publituris

A 36.ª edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo teve o seu início marcado por dois aspetos. O primeiro, o registo de um crescimento de 9% em termos de expositores face à edição passada, com a organização a indicar que houve uma “ampliação no número de marcas novas que aderiram ao Festuris para prospetar os seus negócios, e de destinos internacionais que subiu de 40 no ano passado para 53 neste ano”, referiram Eduardo Zorzanello e Marta Rossi, CEO da feira organizada no Gramado. O segundo, prende-se com a apresentação da nova identidade visual do Festuris e o tema da 37.ª edição: “Reimaginando o Amanhã”, com data marcada de 6 a 9 de novembro de 2025.

No discurso de inauguração da feira, Eduardo Zorzanello, salientou: “Batemos metas, ganhamos credibilidade do mercado, conquistamos e fidelizamos parcerias, atraímos novos expositores, mas, acima de tudo, conquistamos amigos, porque temos valores fortes, que começam em nossa base familiar e se estendem em nossos negócios”.

“O turismo não tem idade, não tem cor, não tem gênero, não tem ideologia, o turismo tem pessoas e é feito por pessoas. Sempre afirmamos que é a mais inclusiva das atividades económicas”, sublinhou o CEO do Festuris.

Quanto à identidade visual do Festuris 2025, esta foi criada para destacar o papel do evento como um espaço de inovação e futuro no turismo. O azul representa o horizonte de novas possibilidades, trazendo confiança e estabilidade para o setor. Já o laranja, vibrante e energético, simboliza a paixão e a criatividade que impulsionam o turismo. O branco completa a paleta, criando um espaço de equilíbrio e clareza para novas ideias e soluções.

O logo do Festuris foi trazido para o universo tridimensional, com a dimensão 3D a adicionar profundidade, refletindo a multiplicidade de perspectivas, como permite variações visuais que enriquecem a comunicação e se adaptam a diferentes contextos.

“Somos muito mais que uma feira de conexões e negócios, somos uma plataforma de experiências com foco nos negócios e nas pessoas. Buscamos ouvir o trade turístico e suas dores, para entregar um grande evento. Com certeza esta é uma das razões pelas quais o Festuris é tratado pelo trade como o evento de turismo mais querido do Brasil”, concluiu Marta Rossi.

*O jornal Publituris está presente no Festuris a convite da TAP Air Portugal e do Festuris
Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Destinos

WTM Global Travel Report aponta para 2 biliões de turistas internacionais em 2030

No dia em que decorreram as eleições nos Estados Unidos da América (EUA), Dave Goodger, Managing Director EMEA da Tourism Economics, apresentou o WTM Global Travel Report 2024, avisando, desde logo, que “a análise realizada pode e deve mudar já no dia seguinte a esta apresentação”. Os dados recolhidos apontam, no entanto, para que o turismo internacional possa passar de 1,5 biliões viajantes, em 2024, para 2 biliões, em 2030. Mas haverá alterações na forma como as viagens serão feitas e o propósito das mesmas.

Victor Jorge

Com a apresentação do WTM Global Travel Report 2024 a decorrer num clima de grande incerteza, devido às eleições nos EUA, que ditaram a eleição de Donald Trump como 47.º Presidente dos EUA, Dave Goodger, Managing Director EMEA da Tourism Economics, começou por referir “que as empresas e os destinos turísticos estão a transformar-se e a reinventar-se para atender a um cliente mais perspicaz e exigente”, admitindo que “à medida que saímos totalmente das perturbações causadas pela pandemia, as preferências dos consumidores evoluíram”.

Prova disso é que os gastos do turismo de lazer atingirão 5,5 biliões de dólares (ligeiramente acima dos 5 biliões de euros), representando um crescimento de 24% face a 2019, reconhecendo Goodger que “os viajantes procuram agora mais experiências únicas e mais ricas do que nunca, desencadeando uma nova vaga de oportunidades para o turismo a nível mundial”.

Assim, prevê-se que as viagens internacionais atinjam, em 2024, um marco significativo de 1,5 biliões de viajantes, antecipando o WTM Global Travel Report 2024 que, em 2030, as chegadas de turistas internacionais possam aumentar para mais de 2 biliões, correspondendo a um aumento de 29%.

Europa lidera, mas olhem para a Ásia
Sem grandes alterações, os mercados avançados como os países da Europa Ocidental e os EUA continuarão a representar a maior parte dos mercados emissores. No entanto, revela o relatório apresentado no WTM London 2024, “os mercados emergentes deverão crescer mais rapidamente, com a procura chinesa a aparecer na linha da frente”, destacando Dave Goodger ainda “a Índia com um mercado a ter em atenção”.

As viagens de curta distância continuarão a dominar, especialmente no curto prazo, com muitas famílias a enfrentarem pressões financeiras acrescidas devido à inflação persistente dos últimos anos. “O contexto económico difícil está a moldar um consumidor cada vez mais consciente dos custos”, reconheceu o responsável da Tourism Economics. Os dados recolhidos revelam ainda que 80% dos profissionais do turismo inquiridos consideram que a “sensibilidade aos preços influenciará cada vez mais as viagens para o ano de 2025”.

O relatório da Tourism Economics revelou ainda que três quartos de todos os inquiridos continuam a dar prioridade às viagens, mas procuram opções “mais económicas”, bem como “novos destinos e experiências”. Já a duração média da estadia nas viagens internacionais continuará elevada, uma vez que algumas viagens mais curtas estão a ser sacrificadas e substituídas por viagens mais longas, frisando Goodger que “esta realidade faz parte da tendência ‘slow travel’” e que grande parte dos viajantes ouvidos estão agora mais interessados em conhecer “a cultura local do destino que visitam.

Na Europa, os maiores mercados – nomeadamente a Alemanha, a França e o Reino Unido – continuarão a impulsionar os gastos em lazer em 2025, beneficiando, ao mesmo tempo, de uma “maior atividade turística interna”, que, no caso da Alemanha representa cerca de 95% de todos os gastos com turismo de lazer.

Entretanto, o facto de cada vez mais viajantes procurarem experiências novas e mais acessíveis, o relatório aponta para que “o crescimento mais forte virá dos mercados mais pequenos”. Isto inclui mercados emergentes ou em desenvolvimento, como a Eslováquia, Azerbaijão, Albânia ou Arménia.

Já na América do Norte, o turismo interno continuará a ser o pilar da procura, influenciada pelos EUA, representando cerca de 90% das despesas de viagem. No entanto, as viagens internacionais de lazer deverão registar um crescimento de 9% ao ano até 2030, proporcionando “mais oportunidades para os mercados destinos”.

Já na Ásia, a recuperação mais lenta das viagens na China está a pesar sobre as perspectivas regionais, salientando o relatório que “tal situação está a ter um impacto desproporcionado nos vizinhos próximos, com a Tailândia e o Vietname particularmente dependentes dos viajantes chineses”. A recuperação para níveis de 2019 está “atrasada”, mas espera-se um crescimento global das despesas com viagens internacionais em cada um dos mais de 20 territórios em 2025, em comparação com 2024, com destaque para o Sri Lanka, Laos e Camboja.

“Slow travel“ de regresso
Outra conclusão do relatório frisa o aumento da classe média mundial que está a impulsionar o aumento da procura de novas experiências turísticas. “Isto está a levar a mudanças nos modelos tradicionais de viagem”, salientando o responsável da Tourism Economics o papel que a “tecnologia deverá desempenhar na influência e comportamento do viajante. Não se trata apenas e ter a tecnologia como fonte de informação, mas também como parte de um novo conjunto de ferramentas utilizado pelas empresas de viagens para melhorar a eficiência e oferecer experiências mais experiências mais envolventes”, referiu Goodger, considerando ainda que “a crescente adoção de novas tecnologias poderá aumentar significativamente a rendibilidade para as empresas de turismo”.

Certo é que a adoção de novas tecnologias é mais elevada entre os mais jovens, com a Geração Z muito mais dependentes da tecnologia, incluindo a Inteligência Artificial (IA) para o planeamento das viagens.

Também as escolhas de viagens sustentáveis continuarão a ganhar destaque e a influenciar a atividade. “O elevado reconhecimento dos pontos negativos das viagens nos ambientes sociais, culturais e naturais, combinados com os impactos das alterações climáticas irá alterar os comportamentos dos viajantes, principalmente dos mais jovens”, considera Goodger. Este facto poderá alimentar ainda mais a tendência para as tais “viagens lentas”, uma vez que os consumidores dão prioridade às experiências, efetuando viagens mais longas e com maior significado.

A concluir, o relatório aponta ainda para “a possibilidade de os desafios climáticos e ambientais poderem levar ao desaparecimento de alguns produtos turísticos tradicionais em alguns países, à medida que as condições naturais se deteriorem”.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
PUB
Meeting Industry

“Os operadores britânicos estão a olhar para Portugal como uma boa aposta no presente, mas, principalmente, para o futuro”, admite SET no WTM London

No arranque do World Travel Market (WTM) London 2024, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, enfatizou a importância do mercado britânico para Portugal, visível na maior presença portuguesa no evento, com 112 empresas, mas, também, “na diversificação de produtos turísticos apresentados pelo país”.

Victor Jorge

Com o mercado britânico a representar cerca de 20% do turismo internacional em Portugal, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo (SET), referiu ao Publituris que a forma de fazer escalar este mercado passa, desde logo, “por esta grande presença de Portugal numa das maiores feiras mundiais do setor, com a presença de 112 empresas no stand do Turismo de Portugal”.

Pedro Machado fez questão de reforçar esta ideia, não só com a presença destas 112 empresas, mas pelo facto de “estas empresas representarem o todo do território nacional. Portugal já não se apresenta somente com o Algarve, Lisboa ou Madeira, mas como um país turístico completo e diversificado”.

“Durante muito anos, a nossa presença não espelhava, de facto, o que era Portugal em termos turísticos”, admitiu o SET. “Temos vindo a crescer e a mostrar um Portugal diferente, diverso e de valor. Temos visto crescer o Porto, o Centro, os Açores, o Alentejo, o que significa que existe hoje uma distribuição mais equitativa daquilo que é, por um lado, a aptidão para o mercado do Reino Unido do ponto de vista das nossas empresas, mas também, e esta é a justificação de estarem aqui, do Reino Unido olhar para Portugal de uma forma diferente, mais global, mais alargado e com maior diversidade”, salientando ainda o “reposicionamento de Portugal com novos produtos turísticos”.

“A presença do statement de ‘Portugal é Arte’ significa que somos gastronomia, natureza, mas também arte, enoturismo, literatura, turismo industrial”, frisando que “estamos, no fundo a abrir aquilo que são as nossas propostas de valor de um país que está mais moderno, mais competitivo e pode, perfeitamente, responder a várias motivações, a várias expectativas”.

Pedro Machado destacou ainda o que a sua própria presença, bem como do Turismo de Portugal, está a fazer no WTM. “Ainda agora terminei uma reunião com a Jet2 que vai ter voos diretos para o Porto, para o Algarve e vai pensar seriamente em reforçar a presença na Madeira. Isto significa que os próprios operadores britânicos estão a olhar para Portugal como uma boa aposta no presente, mas principalmente, para o futuro”.

Todo este cenário faz Pedro Machado antever que “possamos, definitivamente, ultrapassar a fasquia das 10 milhões de dormidas em 2024, depois de, em 2023, termos superado as 9 milhões de dormidas e chegado perto dos 4 milhões de hóspedes”.

Segundo as contas do SET, o mercado do Reino Unido deverá crescer “9% em receitas e 3% em fluxo”, o que faz Portugal chegar “muito perto dos 5 mil milhões de euros em receitas, somente do mercado britânico”.

Para Pedro Machado, esta realidade deve-se a “estarmos a intensificar as campanhas de promoção de Portugal, mas também por induzirmos as próprias regiões a fazer as suas campanhas”. E a prova disso está, segundo o SET, na “capacidade que temos estado a desenvolver para captarmos grandes eventos como o MotoGP, a WSL, vamos ter a ICCA, a Gala Michelin”, reconhecendo que “todos estes eventos seduzem positivamente estes operadores que reforçam a sua operação para o nosso país”.

Pedro Machado reforçou o destaque dado à “diversificação que temos mostrado não só ao nível dos produtos turísticos, mas também relativamente à aposta que temos feito no âmbito da sustentabilidade”. E novamente, a reunião com os responsáveis da Jet2 foi mencionada, já que “foi a própria Jet2 que quis mostrar o seu plano de sustentabilidade e a sua agenda na mitigação das alterações climáticas, da diminuição da pegada, da descarbonização e que contamina positivamente os consumidores”, revelou.

“Quando lançarmos a nossa Estratégia Turismo 2035 é, no fundo, olharmos para aquilo que é o cluster do turismo e percebermos da sua conectividade com outras áreas de intervenção e ação, sempre numa lógica de que Portugal se quer posicionar como um destino friendly em vários segmentos, mas também como um destino sustentável”, algo que reconhece “é cada vez mais relevante para o turista britânico”.

Quanto ao poder influenciador do mercado britânico, Pedro Machado admite que “um mercado com 70 milhões de pessoas pode sempre influenciar outros mercados emissores. Estamos a falar de uma das praças financeiras mais poderosas do mundo, aqui se cruzam imensas geografias, o que significa que a imagem de Portugal, que é francamente positiva, pode alargar-se de forma exponencial”.

A concluir, o secretário de Estado do Turismo não deixou de frisar um fator muito importante, não só para o mercado britânico, mas para todos: “a segurança. A perceção que o mundo tem de Portugal relativamente ao facto de ser um destino seguro não tem preço”, concluindo que, “aliado à boa perceção internacional na saúde, Portugal apresenta padrões que jogam, para ganhar, em qualquer mercado”.

Sobre o autorVictor Jorge

Victor Jorge

Mais artigos
PUB
Meeting Industry

Portugal mostra-se na WTM Londres 2024 e leva a campanha “Portugal is Art”

Portugal mostra-se, até quinta-feira, dia 7 de novembro, na WTM Londres. A participação nacional, coordenada pelo Turismo de Portugal, conta com o número recorde de 112 empresas e ocupa um stand de 1010 m2. Estão também presentes as sete Agências Regionais de Promoção Turística (ARPT) do país.

Publituris

Para além das empresas portuguesas e das sete Agências Regionais de Promoção Turística, os três dias da World Travel Market contam com a participação do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e do presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, que destaca que a presença do nosso país na WTM “reflete o compromisso contínuo do Turismo de Portugal em investir neste importante mercado. Para além de atrair segmentos exigentes através de experiências turísticas diversificadas, o Turismo de Portugal, pretende também com esta tão significativa presença neste certame, promover ativamente as múltiplas e diversificadas propostas de valor do nosso país e que é possível usufruir ao longo de todo o ano.”

O britânico é o principal mercado emissor de turistas para Portugal. Em 2023, o Reino Unido posicionou-se como o 1.º mercado turístico da procura externa para o nosso país em termos de dormidas, com uma quota de 18,4%, o que corresponde a cerca de 9,9 milhões de dormidas. No que diz respeito a hóspedes é o 2.º mercado, com uma quota de 12,9% que corresponde a 2,4 milhões de pessoas.  Observa-se igualmente um acréscimo nas receitas turísticas que se situaram em 3.835,1 milhões de euros, posicionando-se no 1.º lugar, com uma quota de 15,3%, indica a nota de imprensa do Turismo de Portugal.

Entretanto, de acordo com os dados da Globaldata, em 2023, as saídas de britânicos para o estrangeiro registaram um crescimento expressivo (+18,4%) correspondendo a 89,7 milhões de viagens, mas ainda apresentam um nível inferior ao registado em 2019 antes da pandemia (-5,5%). Cerca de 78,7% dos fluxos de outbound estão concentrados no continente europeu.

As perspectivas futuras são positivas, diz ainda a mesma fonte, e até 2027, estima-se que as partidas internacionais do Reino Unido cresçam 5,8%/ano. Já os gastos dos turistas britânicos no estrangeiro deverão aumentar 7,8%/ano, números que reforçam a relevância deste mercado para Portugal.

Refira-se, entretanto, que o Reino Unido é um dos mercados onde, até ao final do ano, vai viver a campanha internacional do Turismo de Portugal que convida a descobrir um território, onde o quotidiano se eleva à condição artística e onde cada experiência revela uma dimensão cultural única. Sob o mote “Portugal is Art”, esta campanha, além do filme conceito, conta com seis versões mais curtas relativas a seis produtos turísticos: enoturismo, turismo literário, gastronomia, bem-estar, surf e festivais de música.

Os vários filmes da campanha vão estar em exibição no pavilhão de Portugal, de forma a mostrar a todos os visitantes que Portugal é arte nas suas diversas expressões e recantos.

“Portugal is Art” desafia a explorar um destino onde a cultura, a tradição e a contemporaneidade se fundem de forma singular. A intenção é mostrar que, num país como o nosso, a arte está em todo o lado, porque em Portugal #ViverÉArte.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
Meeting Industry

Boost Portugal melhora experiências com integração da Mesaluisa

A Boost Portugal acaba de integrar o espaço e projeto fundados por Luísa Villar, complementando, assim, a oferta de espaços e experiências para clientes empresariais.

Publituris

A Boost Portugal acaba de integrar da Mesaluisa, um projeto dedicado à cozinha portuguesa criado por Luísa Villar. O espaço manterá o seu conceito e formato de funcionamento, baseados na oferta de uma experiência gastronómica tipicamente portuguesa para pequenos grupos, complementada pela partilha de histórias à mesa.

Possuindo como principal missão criar e oferecer experiências únicas que conectem os seus clientes de forma autêntica entre si e com o mundo esta adição ao portfólio da Boost Portugal (que conta já com 15 marcas) acontece de forma natural e reforça o compromisso com a visão da empresa, incluindo no que toca a experiências gastronómicas de excelência. O conceito exclusivo e intimista é ideal para grupos até 20 pessoas, reforçando o espaço a oferta de refeições temáticas e os programas de team-building, estando já disponível mediante reserva, incluindo para jantares de Natal.

De referir que o espaço Mesaluisa situa-se num pátio tipicamente lisboeta em plena Avenida 24 de Julho e ao lado de um dos mais icónicos mercados portugueses, o Mercado da Ribeira. Luísa Villar converteu um antigo armazém de material de pesca num espaço acolhedor e com um conceito de total dedicação à história da cozinha portuguesa e à comida familiar e de conforto.

A experiência foi pensada para grupos pequenos, começando com uma visita ao mercado e seguindo para o espaço, onde tudo acontece com a participação de todos: a confeção da refeição em conjunto, enquanto há uma partilha descontraída de histórias e dicas de cozinha, seguida pela experiência gastronómica.

João Paiva Mendes, CEO da Boost Portugal, sublinha que “esta é uma evolução muito natural daquilo que é a nossa oferta de jantares temáticos, permitindo-nos integrar um conceito diferenciador e de segmento exclusivo e intimista”, concluindo que “juntos vamos chegar a mais pessoas e continuar a inspirar clientes, celebrando a autenticidade e a riqueza cultural de Portugal como destino”.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.