IATA diz que confiança está de volta e que é tempo de planear retoma
O mais recente estudo da IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo indica que o número de viajantes que conta viajar nos próximos meses está a aumentar.
Publituris
600 aeroportos certificados na gestão do carbono a nível mundial
Museus e monumentos com novos preços de entrada a partir de 1 de janeiro
Ryanair ameaça retirar voos de dez aeroportos em França
São Tomé e Príncipe aumenta taxas aeroportuárias a partir de 1 de dezembro
Aviação brasileira vive melhor outubro da história
AHP debate restrições à circulação de autocarros no centro histórico do Porto com a Câmara Municipal
Nova Edição: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Edição Digital: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Madeira recebe 11.ª edição dos World Golf Awards
Alunos das Escolas do Turismo de Portugal ganham medalhas internacionais
A confiança dos viajantes no transporte aéreo parece estar a regressar à medida que avança o processo de vacinação contra a COVID-19 e aumenta a capacidade de testagem, de acordo com o mais recente estudo da IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo, que revelou que o número de viajantes que conta viajar nos próximos meses está a aumentar.
“As respostas do estudo dizem-nos que as pessoas estão mais confiantes para viajar. Aqueles que esperam viajar dentro de alguns meses, depois da “contenção COVID-19”, agora representam 57% dos entrevistados (aumento face aos 49% de setembro de 2020)”, refere a IATA, num comunicado enviado à imprensa esta terça-feira, 9 de março.
Apesar da maior confiança, o estudo apurou também que a maioria dos viajantes só conta voltar a viajar depois de estar vacinada, numa opinião manifestada por 81% dos entrevistados, ainda que 72% digam que pretendem voltar a viajar o mais rápido possível para visitar familiares e amigos, o que também representa uma melhoria face a setembro de 2020, quando esta percentagem era de 63%.
Mas a situação muda de figura se a viagem envolver algum tipo de restrição, já que 84% dos inquiridos afirmaram que não têm intenção de viajar se forem obrigados a realizar quarentena, com a IATA a destacar ainda as viagens de negócios pelas perspetivas negativas,
“Há indícios de que a retoma das viagens de negócios levará tempo, com 62% dos entrevistados a afirmarem que provavelmente viajarão menos em negócios, mesmo após a contenção do vírus”, lamenta a IATA, que refere, no entanto, que esta percentagem indica uma “melhoria significativa em relação aos 72% registados em setembro de 2020”.
O estudo da IATA abordou ainda a questão das restrições às viagens e concluiu que, apesar de continuarem a reunir bastante apoio popular, as pessoas estão também mais confortáveis face aos riscos da COVID-19 e querem, por isso, o fim dessas restrições.
No estudo, quase 40% dos entrevistados relataram situações de “stress mental e perda de um importante momento humano como resultado das restrições de viagem”, enquanto 68% reportaram um declínio da qualidade de vida devido à perda de liberdade de viajar e cerca de um terço disse que as restrições os impedem de fazer negócios.
No comunicado divulgado, Alexandre de Juniar, diretor geral e CEO da IATA, nota que “as pessoas querem voltar para viajar, mas a quarentena é um obstáculo”, motivo pelo qual pede aos governos que trabalhem em conjunto com a indústria da aviação para a reabertura de fronteiras.
“A principal prioridade de todos, neste momento, é permanecer seguros devido à crise da COVID-19. Mas é importante mapearmos uma forma de reabrir fronteiras, gerir riscos e permitir que as pessoas continuem as suas vidas. Isso inclui a liberdade de viajar. Está a ficar claro que precisamos aprender a viver e a viajar num mundo que tem COVID-19”, acrescenta o responsável.
Para o diretor geral e CEO da IATA, “devido aos custos de saúde, sociais e econômicos das restrições às viagens, as companhias aéreas devem estar prontas para se reconetarem ao mundo assim que os governos conseguirem reabrir as fronteiras”, motivo pelo qual considera que “é por isso que um plano com marcos mensuráveis é tão crítico”.
“Sem um plano, como podemos estar preparados para reiniciar sem atrasos desnecessários?”, questiona Alexandre de Juniac.
IATA Travel Pass
Outro dos tópicos abordados pelo estudo da IATA foi a adesão aos viajantes ao IATA Travel Pass, com a associação a revelar que “a pesquisa produziu dados muito encorajadores, indicando a disposição do viajante em usar uma aplicação de telemóvel segura para gerir as suas credenciais de saúde em viagem”.
“Quatro em cada cinco pessoas entrevistadas disseram que gostariam de usar essa tecnologia assim que ela estiver disponível”, aponta a IATA, que sublinha, no entanto, a preocupação dos entrevistados face à proteção dos seus dados, já que 78% dos inquiridos disseram que “não usarão uma aplicação se não tiverem controle total sobre seus dados. E cerca de 60% não usarão uma aplicação de credenciais de viagem se os dados forem armazenados centralmente”.
“Estamos a projetar o IATA Travel Pass a pensar no viajante. Os passageiros mantêm todos os dados nos seus dispositivos móveis e têm controle total sobre o destino desses dados. Não existe um banco de dados central. Embora estejamos fazendo um bom progresso com vários testes, ainda estamos aguardando os padrões globais para testes digitais e certificados de vacinas”, acrescenta Alexandre de Juniac.