Empresas de eventos reinventam-se
Eventos corporativos, sociais, desportivos, ‘team buildings’, entre outros. São muitas as tipologias de eventos que se reinventaram devido à situação pandémica. O objetivo é manter à tona os negócios e, sobretudo, não desistir até melhores dias chegarem.
Raquel Relvas Neto
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A transformação digital era algo que as empresas já ouviam há muito tempo, mas que a situação pandémica veio acelerar e o setor dos eventos não foi alheio a isso. As empresas do setor renovaram-se, inovaram e passaram a apresentar cada vez mais soluções para dar resposta às atuais necessidades dos seus clientes. O distanciamento físico exigido trouxe limitações à organização e realização de eventos que não deixaram de promover a socialização entre os participantes mesmo que, para já, de forma maioritariamente virtual.
VOQIN
A VOQIN já estava familiarizada com os eventos híbridos muito antes da pandemia, tendo mesmo realizado o roadshow de Inteligência Artificial da Microsoft em toda a América Latina que terminou em São Paulo com 2500 pessoas no WTC e 25 mil em streaming há dois anos. Diogo Assis, CEO da empresa, explica que a pandemia “acelerou um movimento da VOQIN’ para o digital, que estava planeado há anos, mas fruto do próprio sucesso não era prioritário”. Depois de fornecer ferramentas mais robustas aos seus colaboradores para trabalhar e interagir remotamente, a VOQIN optou por continuar a “provocar emoções” e a identificar as oportunidades que surgiam
“dentro do caos que estávamos a viver”. “Restruturámos a liderança do grupo, passamos de um mind-set geográfico para pensar global e reforçámos competências em especial nas áreas de conteúdo, dados, inovação e desenvolvimento”, descreve. Foi assim que surgiu a plataforma EMEX (Emotional Experiences), criada a partir do propósito de provocar emoções e que se pauta por “ser extremamente simples e permitir interações relevantes entre participantes e com conteúdo”.
Foi assim desenvolvido “um método exclusivo de neurociência que emociona todos os cinco sentidos humanos com três pilares de estudo: inconsciência, neuro plasticidade e sinestesia”, explica o CEO. O mesmo refere que estas técnicas são usadas para garantir que “o público mantém a atenção e assimila verdadeiramente o conteúdo apresentado, que é um dos desafios do dos eventos virtuais”. “Com esse conhecimento, desenvolvemos um espaço virtual que pode hospedar eventos híbridos, transmissões ao vivo, webinars, reuniões, standes 3D, interações, ativações de marca e gamification”, complementa.
A experiência pode ainda ser enriquecida com a criação de momentos para “envolver o público-alvo, usando ferramentas como apps, RA, QR Codes, Chatbots, VR e AI, resultando na criação de uma experiência única e emocional”. Com a possibilidade de usar chroma em qualquer espaço ou usar hotéis ou venues, Diogo Assis sublinha que a “vantagem do digital é mesmo essa: o céu é o limite”. A VOQIN já realizou, através da EMEX, eventos em estúdios, hotéis, em escritórios, auditórios. “Basta uma forte conexão à internet que o resto conseguimos adaptar
a diversos formatos e necessidades”.
Além da plataforma digital EMEX, que permite, entre outras, o engagement, a personalização, relatórios de analytics e ROI da experiência, “tendo sempre como base a emoção e a criatividade”, a empresa desenvolveu produtos novos e adaptou outros já existentes, como o The Residential, e a B2Run.
Desafio Global
Go Live Virtual Events é a nova plataforma que a Desafio Global lançou este ano de forma a viabilizar os eventos digitais, com soluções para eventos híbridos ou 100% digitais em croma 3D, ‘ledwall’ ou cenários naturais. Pedro Rodrigues, diretor-geral da empresa, explica que, com as limitações atuais sobejamente conhecidas e o impacto que causa sobre os eventos presenciais, a empresa procurou “criar soluções para as marcas e principalmente as pessoas continuarem a comunicar, partilhar e motivar, da forma mais eficiente e interativa que a tecnologia permite”. Esta solução permite a realização de eventos criativos, interativos, dando lugar a que as empresas comuniquem com todos os colaboradores em várias geografias.
Nos estúdios utilizados foi criado um conjunto de procedimentos de segurança e de mitigação do risco de contágio, desde câmaras térmicas automáticas para medição da temperatura até meios de limpeza e desinfeção. “Neste momento estamos numa fase de segurança, ainda mais avançada, com a realização de testes Covid Antigénicos para toda equipa envolvida, e clientes, 72 horas antes do evento”, acrescenta Pedro Rodrigues. A mais-valia da Desafio Global com esta solução é, indica, “a experiência que já existe nesta área, o facto de ser disponibilizada uma plataforma segura e interativa para visualização do evento e, um ponto importante, a capacidade de desenvolvimento de cenografias virtuais para garantir a espetacularidade destes eventos”.
Rituais
Não nos podemos esquecer também dos eventos sociais tão importante no networking e nas relações humanas. Com o cancelamento de eventos a partir do mês de maio, a Rituais identificou o interesse que existia “em juntar a familia e amigos em pequenos grupos”. Foi por essa razão, que a empresa lançou o serviço Rituais Home Party.
Luís Alves, CEO da empresa, explica que, além dessa solução, foram desenvolvidas parcerias com espaços onde habitualmente a Rituais promove empresas envolvidas com Dj’s e músicos em Live streaming para criar ‘engagement’ nas redes sociais. “Apresentámos também soluções para eventos em Drive In com soluções de espetáculos temáticos, bandas, filmes, comédia ou teatro”, indica, explicando que foi também criado um estúdio ‘chroma key’, bem como temáticas de entretenimento e ‘team building’ para eventos híbridos ou totalmente virtuais.
No que refere aos eventos virtuais ou híbridos, a Rituais apresenta um espaço próprio com equipamentos audiovisuais e conta ainda com soluções de entretenimento para empresas, de “forma a promover o contacto dos colaboradores que estão em teletrabalho, enaltecendo o espirito de equipe, união, proximidade, pode ser escolhido um ‘team building’, ‘talk show’s’, jogos online como por exemplo ‘quizz’, vídeo da empresa com música à medida, cozinhar com um chef online, ou fazer o cocktail que sempre desejou com o apoio de um Barman profissional”. “Para finalizar em grande o evento virtual temos várias sugestões para o momento da festa com interacção de Stand up comedy, animadores, bailarinos, cantores, mágicos, artes circenses, Dj’s e festas temáticas”, conclui Luís Alves.
Fórum D’Ideias
Espaços e soluções ao ar livre, bem como venues de grande dimensão para manter os eventos presenciais são a resposta da Fórum d’Ideias à nova realidade. Contudo, a empresa especializada na organização de eventos e congressos também adoptou uma solução para apostar “nos eventos 100% digitais por forma a poder “entregar” uma experiência completa e o mais semelhante possível aos eventos presenciais”, explica Marjolaine Diogo da Silva, managing partner da empresa. “Começámos com os congressos, reuniões e webinars online e depois evoluímos para as experiências virtuais que enriqueceram e complementaram os eventos”. A solução da Fórum d’Ideias permite a realização de um evento de qualidade e adicionar valor aos participantes. “Acreditamos que a mais-valia é o “casamento” entre os 20 anos de experiência que temos na área dos eventos corporativos e congressos científicos, com a digitalização”, sublinha Marjolaine Diogo da Silva, além de oferecerem um serviço ‘chave na mão’. “Ao estarmos preparados para qualquer tipo de evento (presencial, híbrido ou 100% virtual), temos a capacidade e flexibilidade de iniciar um processo de um evento virtual e mais próximo da data transformá-lo em híbrido”, complementa a responsável.
POP
Garantir soluções criativas e inovadoras aos clientes foi o que norteou a estratégia da POP para este novo tempo na área dos eventos. A empresa lançou, recentemente, um serviço que permite criar eventos digitais, interativos e humanizados, com recurso a avatares. João Pinto Gonçalves, partner da POP, esclarece que também têm vindo a apostar, “e cada vez mais, na inovação dos eventos digitais nomeadamente através da criação, in house, de cenografia virtual e da criação de parcerias nacionais e internacionais com diversos players para apresentar soluções cada vez mais criativas”. Através de um trabalho de pesquisa de soluções e fornecedores e parceiros, a POP consegue hoje “garantir todas as condições de segurança nos eventos”, com recurso a parceiros especializados, sem descurar a criatividade e a inovação das ideias apresentadas.
Para o responsável, a grande mais-valia da empresa reside na equipa, sobretudo, “na sua experiência de largos anos no mercado, na sua próxima relação com os clientes e na excelente rede de parceiros e fornecedores”. “A maneira como ouvimos e acompanhamos os nossos clientes é a chave do nosso sucesso. Não gostamos de soluções padronizadas ou de tentar implementar com um cliente o que já fizemos para outro. Cada cliente é único para nós, bem como as experiências que desenhamos”, completa. Por outro lado, acrescenta, “a auscultação do mercado nacional e internacional, e a forte componente de gestão” que a empres tem como pano de fundo, levam POP a pensar mais além e a trazer para Portugal tendências, soluções e ferramentas internacionais que ainda não são muito comuns, diz, assumindo que a empresa se encontra bem posicionada para “oferecer ao mercado eventos digitais e híbridos de vanguarda”.
Boost
Devido à quebra de visitantes estrangeiros no país, a Boost Portugal concentrou os seus esforços na oferta de soluções virtuais de atividades para empresas. Assim, e contando com o conhecimento de team building que a equipa da empresa tem acumulado, a Boost adaptou os programas ‘bestseller’ para o ambiente virtual, como explica Tiago Monteiro, diretor-geral da empresa. “Criámos um conjunto de cerca de 10 programas, todos eles com diferentes temáticas e objectivos, adquirimos as plataformas web necessárias para os implementar e lançámos-mos em testes. Em julho já tínhamos uma oferta de programas completa e exaustivamente testados para que o cliente tivesse a melhor experiência possível”.
Para esta época especial que agora entramos, a empresa estabeleceu uma parceria com a Foodstory e criou programas de jantar de Natal para empresas que inclui a refeição entregue ao domicílio do colaborador e atividade. “Esta refeição pode ser já finalizada ou pode estar num estado avançado de confecção em que depois com o auxílio de um chef é criada uma dinâmica de workshop culinário. Tudo isto claro está, virtualmente”, clarifica o responsável.
Além dos investimentos para dotar internamente a equipa da capacidade de realizar eventos virtuais, a Boost Portugal estabeleceu também parcerias que a fizessem chegar a grupos de maior dimensão com requisitos tecnológicos mais complexos em quantidade e diversidade. Uma das parcerias foi com a plataforma IMEX, que “permite uma experiência virtual integrada e agregar outras soluções aos nossos teambuilding virtuais”.
“Outra parceria essencial e de sucesso é com a You Are Live é uma agência full-service, que aposta em opções para todas as etapas da produção e transmissão de projectos audiovisuais”, enumera Tiago Monteiro, identificando que os eventos com este parceiro dotam a empresa de meios audiovisuais e capacidade de streaming ilimitados em quantidade e qualidade.Por fim, “e absolutamente fundamental é a parceria com a empresa de catering Foodstory, que com o foco na gastronomia de qualidade, mas sempre a procurar inovar, permite oferecer ao cliente uma solução integrada”, que permite oferecer “soluções mais completadas integrando a atividade, teambonding e refeição”.
“Com a oferta virtual e híbrida da Boost achamos que conseguimos que os nossos programas de atividades mantenham o conceito de teambuilding e teambonding aliada à diversão. (…) Ao sermos um provider que integra estes serviços internamente ou via parceria, conseguimos aliar a melhor qualidade ao melhor valor, criando um factor diferenciador para o nosso parceiro revendedor, e em última instância um ganho para o cliente final”, conclui o responsável.
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