WTTC atualiza previsões e diz que número de empregos em risco no setor aumentou 50%
Em menos de duas semanas, o número de empregos em risco no setor aumentou 50%, segundo o WTTC, que estima também perdas superiores a 2,1 biliões de dólares para a economia mundial em 2020.
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Mais de 75 milhões de postos de trabalho estão atualmente em risco no setor das Viagens e Turismo, de acordo com as mais recentes estimativas do World Travel & Tourism Council (WTTC), que apurou que o número de empregos em risco no setor aumentou 50% em menos de duas semanas.
De acordo com um comunicado enviado à imprensa pelo WTTC esta quarta-feira, 25 de março, os números são “alarmantes” e traduzem uma “perda punitiva” do peso PIB do setor na economia mundial, que será superior a 2,1 biliões de dólares em 2020.
“A mais recente projeção mostra um aumento de 50% nos empregos em risco em menos de duas semanas, e representa uma tendência significativa e preocupante”, considera o WTTC, na informação divulgada, onde reafirma que a pandemia de COVID-19 está já a provocar a perda de um milhão de postos de trabalho por dia no setor.
O WTTC diz também que esta crise provocada pelo novo coronavírus está a ter um maior impacto na região da Ásia-Pacifico, onde se estima que o número de empregos perdidos no setor possa chegar aos 49 milhões, o que representaria uma perda de 800 mil milhões de dólares para o PIB das Viagens e Turismo.
Na Europa, os números mais recentes, acrescenta o WTTC, também não são animadores, já que sugerem que se possam perder até 10 milhões de empregos no setor, numa perda de 552 mil milhões de dólares.
A nível europeu, o WTTC estima que a Alemanha seja o país mais afetado pela perda de postos de trabalho, já que se encontram em risco 1,6 milhões de empregos, seguindo-se a Rússia, onde o número de postos de trabalho em risco é, segundo as previsões do organismo, de 1,1 milhões. Já a Itália e o Reino Unido surgem ambos na terceira posição entre os países com maior número de empregos em risco, podendo perder até um milhão de postos de trabalho no setor.
A América também deverá ser igualmente atingida por esta crise, com o WTTC a estimar que as perdas nos EUA, Canadá e México cheguem aos 570 mil milhões de dólares, com cerca de sete milhões de empregos em risco. Além destes países, também o Brasil, Reino Unido, Itália, Alemanha, França, Japão, Indonésia e Índia devem sofrer fortes perdas provocadas pela crise associada à pandemia.
O Médio Oriente é, por enquanto, a região do mundo em menor risco, com o WTTC a estimar que o total de perdas possa chegar a 1,8 milhões de postos de trabalho e 65 mil milhões de dólares.
“O número de empregos atualmente em risco no setor das Viagens e Turismo é de 75 milhões, o que traz uma preocupação real e profunda a milhões de famílias em todo o mundo”, destaca Gloria Guevara, presidente e CEO do WTTC, considerando que estes “números assustadores” também traduzem a inação de muitos governos em todo o mundo, que não estão a reagir com a rapidez necessária para apoiar o setor.
“Se ações urgentes não forem tomadas nos próximos dias, o setor das Viagens e Turismo enfrentará um colapso económico, do qual lutará para recuperar e mergulhará em dívidas milhões de pessoas que dependem dele para sobreviver”, alerta a responsável, que fala também num “efeito dominó” que vai provocar “enormes perdas de empregos em toda a cadeia de fornecimento”.
Gloria Guevara volta, por isso, a apelar para que sejam tomadas medidas para apoiar o setor, que, lembra, “é uma força motriz da economia global e responsável por gerar um em cada cinco de todos os novos empregos”.
Recorde-se que o setor das Viagens e Turismo representa 10,4% do PIB mundial e é responsável por um em cada 10 postos de trabalho em todo o mundo, tendo crescimento, ao longo de oito anos, sempre acima da média da economia mundial.