Reguengos de Monsaraz regista mais de 50 nacionalidades de turistas
Autarquia tem desenvolvido as infraestruturas de apoio ao lago do Alqueva, assim como dinamizado a agenda cultural e o investimento privado.
Raquel Relvas Neto
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São cerca de cerca de 100 mil os visitantes anuais que o concelho de Reguengos de Monsaraz recebe. Uma contabilização feita entre o número de turistas que pedem informações nos postos de Turismo de Monsaraz e Reguengos de Monsaraz, assim como as visitas aos museus, igrejas e exposições, além da estimativa de cerca de 80 mil visitas de banhistas nos meses de junho a setembro à praia fluvial de Monsaraz.
O principal mercado é o português, seguido do espanhol e do francês. Porém, indica José Calixto, presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, “registámos no concelho de Reguengos de Monsaraz turistas de mais de 50 nacionalidades, entre os quais de países distantes como a Austrália, Estados Unidos da América, Canadá, África do Sul, Nova Zelândia, China, Argentina, Rússia, Japão, Índia, Singapura, Chile e Argentina”.
Dentro das atrações do concelho, o Grande Lago do Alqueva é uma das principais, por se tratar do maior lago artificial da Europa, mas também “pela sua beleza paisagística e pela qualidade da água”. Segundo o autarca, para apoiar o lago, foram construídas infraestruturas de apoio, assim como ao turismo há mais de uma década, sendo elas “um centro náutico na zona de Monsaraz, com bar/restaurante, parque de merendas, parque infantil, rampa para acesso dos barcos à água e ancoradouro para receber mais de uma dezena de embarcações”. Em 2017, foi também inaugurada “a primeira praia fluvial no Grande Lago Alqueva, com uma frente de praia de 150 metros de extensão que permite a sua utilização por mais de um milhar de banhistas em simultâneo”, que conta com Bandeira Azul e de Praia Acessível, “a mais acessível de Portugal”, mas também de Praia Saudável.
Além das condições proporcionadas aos turistas pela praia, “a autarquia tem incentivado o investimento privado de operadores turísticos, que atualmente disponibilizam vários barcos para passeios e desportos náuticos, canoas, windsurf, stand up paddles, bóias de tração, ski, wakeboard, entre outros”, enumera o responsável. Às quais se juntam a organização e apoio de várias iniciativas para todas as idades na praia, desde “atividades para as crianças e idosos, concertos e eventos desportivos no lago, como concursos de pesca e desde há quase uma década uma prova anual do campeonato nacional de fórmula windsurfing”.
Para 2020, já no próximo mês de fevereiro, vai realizar-se uma prova do campeonato nacional de windsurfing, mas também “concursos de pesca, concertos e muitas outras atividades no lago e na praia fluvial de Monsaraz para promover este destino turístico”. Em análise está ainda a possibilidade de ampliação da zona de areal da praia.
Futuro
No entanto, o destino tem vários projetos em desenvolvimento, seja de âmbito privado na área do alojamento turístico e restauração e investimentos de agentes náutico-turísticos. “Relativamente a investimento públicos municipais, estão previstos projetos nas áreas da promoção territorial, preservação do património, requalificação urbana e projetos de circuitos pedonais de grande dimensão ao longo do nosso território”, adianta o autarca. José Calixto reconhece alguns desafios do destino, nomeadamente, “a preservação dos valores fundamentais da preservação ambiental, qualidade da água, manutenção da elevada biodiversidade e adaptação às alterações climáticas”. “Teremos igualmente que vencer o desafio demográfico que tem criado algumas dificuldades ao nível da disponibilidade dos recursos qualificados necessários para satisfazer as atuais necessidades do setor”, completa.
Quanto ao futuro, José Calixto espera que seja “um destino sustentável com reduzida sazonalidade e integrado em redes internacionais indutoras de boas práticas que promovam segmentos turísticos de elevado valor acrescentado e que não projete no “turismo de massas” o seu futuro”.