Turismo correspondeu a 20,3% do PIB da Região de Lisboa em 2018
Segundo um estudo da Deloitte para a ATL, o Turismo gerou, em 2018, mais de 14,7 mil milhões de euros e 201 mil postos de trabalho na Região de Lisboa.
Publituris
Enoturismo no Centro de Portugal em análise
ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais
easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025
Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores
Do “Green Washing” ao “Green Hushing”
Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano
O Turismo gerou, em 2018, mais de 14,7 mil milhões de euros e 201 mil postos de trabalho na Região de Lisboa, de acordo com um estudo realizado pela Deloitte para a Associação Turismo de Lisboa (ATL), o que permite concluir que a produção total do setor do Turismo correspondeu a 20,3% do PIB da Região de Lisboa.
De acordo com a ATL, “estes dados refletem a estimativa do impacto direto e indireto na geração de riqueza e no emprego da atividade turística” e mostram que, 2005 e 2018, a produção total dos agentes da cadeia de valor do Turismo na Região de Lisboa registou um aumento médio anual de 11%, enquanto o nível de emprego no setor atingiu uma taxa de crescimento de 5,1%.
Além de benefícios ao nível da geração de riqueza e criação de empresa, a ATL sublinha também que “o desenvolvimento do Turismo tem ainda gerado um outro conjunto de impactos que beneficiam os residentes na Região de Lisboa e os visitantes”, a exemplo da requalificação urbana e do enriquecimento da oferta sociocultural, com a criação de um maior número de eventos e atividades de animação e equipamentos de lazer.
“A forma como Lisboa tem dinamizado o desenvolvimento do Turismo tem permitido gerar riqueza nas diferentes atividades e agentes da cadeia de valor do setor, nomeadamente na construção, restauração, atividades culturais e comércio. Este é o caminho a manter, com os devidos ajustes em função da exigência, cada vez maior, associada ao patamar de excelência a que já chegámos”, considera José Luís Arnaut, presidente adjunto da ATL, citado num comunicado enviado à imprensa.
O estudo da Deloitte mostra que, desde 2012, valor das receitas gerado pelos estabelecimentos hoteleiros tem vindo a crescer, tendo atingido o preço médio por quarto de 108,57 euros em 2018, enquanto o alojamento local gerou mais 37,7% de receitas, em comparação com 2017.
Já a restauração registou um aumento de receitas na ordem dos 26%, superando, em 2018, os 900 milhões de euros, o que se terá ficado a dever ao aumento do número de turistas, mas também da sua estada média e do gasto médio, que aumentou cerca de 8% por turista.
Ao nível dos transportes, o crescimento da atividade turística refletiu-se num aumento de 13% das receitas geradas, tendência que se verifica desde 2009 e que, entre 2017 e 2018, chegou aos 13,3%, o que, segundo a ATL, “representa um crescimento médio anual de aproximadamente 10% desde 2005”.
As receitas geradas pelo Turismo de Negócios também cresceram, aumentando cerca de 18% entre 2017 e 2018, atingido mais de 260 milhões de euros, enquanto o número de participantes em eventos relacionados com este segmento teve um aumento de 50 mil, para um total de cerca de 300 mil.
No golfe, houve também uma melhoria das receitas provenientes de voltas realizadas por não sócios na Região de Lisboa, que cresceram 5,86%, “à semelhança do que já se tinha verificado em 2017”, acrescenta a ATL.
Já os gastos dos turistas no setor da cultura têm “aumentado progressivamente”, refere a ATL, explicando que atingiram “o valor de 98 milhões de euros em 2018. Face a 2017, assistiu-se a um aumento das receitas em museus e eventos e festivais de música”.
Quanto a mercados, maioria dos turistas estrangeiros que visitaram Lisboa eram provenientes do Brasil, França, EUA, Espanha, Alemanha, Reino Unido e Itália, e gastaram, em média, 153,5 euros por dia, tendo ficado alojados na região cerca de 4,5 noites.
“O estudo indica ainda que 95,1% chegou de avião e que 93% visitou Lisboa em lazer, sendo que 83% o fez num registo de City & Short Break. Cerca de 90% dos turistas estrangeiros visitaram Lisboa pela primeira vez”, revela também a ATL em relação aos turistas estrangeiros.
Para Vitor Costa, diretor geral da ATL e presidente da ERT da Região de Lisboa, estes resultados vêm comprovar que a estratégia de desenvolvimento regional do Turismo que tem vindo a ser implementada é acertada, mas “colocam novos desafios à sustentabilidade económica, social, ambiental e territorial desta atividade”, aos quais, acrescenta, “a implementação do novo Plano Estratégico recentemente aprovado tem que responder”.
Ao nível do emprego, a ATL refere ainda que “o emprego gerado por atividades do setor do Turismo tem vindo a crescer de forma ininterrupta desde 2013”, com destaque para os setores de animação turística e comércio, que foram “os que mais aumentaram em termos de manutenção/ geração de postos de trabalho”.
“Os mais de 96 mil postos de trabalho diretos decorrem de um crescimento de 6%, como resultado do aumento da atividade turística”, lê-se ainda na informação divulgada pela ATL.