Axis Hotéis apostam na requalificação da oferta e qualificação dos RH
2018 é o ano de celebração do 10º aniversário da marca hoteleira que conta com seis hotéis na região Norte de Portugal. Célio Fernandes, director-geral do grupo, destaca que a aposta nos recursos humanos é uma das metas dos Axis Hotéis.
Raquel Relvas Neto
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2018 é o ano de celebração do 10º aniversário da marca hoteleira que conta com seis hotéis na região Norte de Portugal. Célio Fernandes, director-geral do grupo, destaca que a aposta nos recursos humanos é uma das metas dos Axis Hotéis, que se mantêm atentos a possibilidade de terem novos projectos.
A marca Axis celebra este ano o seu 10º aniversário, dez anos em que foi criada uma marca ‘chapéu’ que integrasse os já existentes Axis Ofir, Axis Ponte de Lima, que conta com um campo de golfe, e o recém-inaugurado Axis Viana. Célio Fernandes, director-geral do grupo hoteleiro, explica que se sentiu necessidade “de criar uma marca “chapéu” que aglomerasse os projectos existentes e a perspectiva de crescimento futura”.
A partir do desenvolvimento da marca, o grupo hoteleiro seguiu “uma política de crescimento, mais concretamente com a aquisição do Axis Porto, do Axis Vermar e, um pouco mais tarde, do Basic Braga, concentrando, actualmente, seis unidades hoteleiras e um campo de golfe”. “Na segunda metade desta década, e atendendo ao seu contexto inicial de crise, atenuamos a dinâmica de crescimento apostando recursos na revalorização e revitalização da nossa oferta, na qual entre o Axis Vermar, o Axis Ofir e, mais recentemente, o Basic Braga investimos mais de sete milhões de euros”, revela o responsável. Ao apresentar agora unidades de “grande qualidade” depois da recente requalificação, a Axis Hotéis direcciona o seu foco para a aposta na “qualificação dos nossos recursos humanos por forma a cada vez mais garantir serviços alinhados com o que verdadeiramente pretendemos”.
No que refere à possibilidade de integrar novos activos no grupo, o director-geral explica que “estaremos muito atentos ao mercado na perspectiva de alargamento do nosso portefólio. Mesmo com o mercado num momento demasiado “aquecido”, temos em apreciação alguns projectos, nomeadamente em Lisboa e no Porto, dos quais esperamos ter novidades em breve”.
Operação
2017 foi um ano “absolutamente brilhante” nos Axis Hotéis, no qual verificaram um crescimento de dois dígitos nas receitas. Os segmentos das unidades hoteleiras do grupo são muito heterogéneos: “No Axis Porto temos uma forte componente de ‘corporate’, incentivos e ‘meeting industry’. O lazer tem também tido um papel relevante, sobretudo os ‘city-breaks’. Mais a norte e litoral, o Axis Vermar e o Axis Ofir, a componente lazer é a mais destacada. O cliente tipo procura um turismo cultural, de sol e praia, e com diversidade gastronómica e trata-se sobretudo de um turismo familiar e sénior”. Já no Axis Viana e no Basic Braga, o mix é “muito semelhante ao Axis Porto”, enquanto no hotel de Ponte de Lima se destaca o segmento de golfe. Quanto a mercados, Célio Fernandes enumera o nacional e o espanhol como líderes nas suas unidades, seguidos do Reino Unido, Alemanha, França e Norte da Europa. “No Porto sentimos já grande presença dos mercados do Oriente e América do Sul”, complementa, referindo que foi também esta unidade que verificou uma performance “absolutamente excepcional e onde a ‘low season’ tende a esbater-se.”
Para a operação de 2018, o responsável considera que “ainda há margem de crescimento, talvez não a dois dígitos, mas ainda assim, o nosso orçamento de exploração aponta nesse sentido, aliás a confirmar-se já essa tendência nos dois primeiros meses do ano”.
A fase em que Portugal se encontra também tem contribuído para fomentar esta tendência. No entanto, Célio Fernandes diz que “importa agora investir na sua sustentabilidade como destino de excelência, por forma a perdurar ainda que o ciclo se inverta. É nesse momento que devemos estar preparados. Sabemos que mercados como a Turquia, da Grécia e Tunísia estão a reemergir, valendo-se de agressivas políticas de preços e do apoio dos seus governos no subsídio a companhias aéreas e tour operadores. A estes outros se seguirão”.