Pousadas de Portugal: “É o objectivo crescer nos próximos três anos”
Segundo Frederico Costa, administrador das Pousadas de Portugal, a cadeia hoteleira gostava de ter uma Pousada no centro histórico do Porto, mas outras hipóteses no País estão a ser avaliadas.

Raquel Relvas Neto
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Actualmente, são 26 as Pousadas de Portugal geridas pelo Grupo Pestana, um número que deverá aumentar nos próximos três anos. Pelo menos esse é o objectivo da cadeia hoteleira, segundo explica Frederico Costa, administrador das Pousadas de Portugal, num encontro com a imprensa: “É o objectivo crescermos nos próximos três anos”. O responsável esclarece que este crescimento vai depender da “oportunidade” e “prioridade” dentro do Grupo Pestana, que já por si também está a crescer em número de investimentos internacionais. “Gostávamos muito de ter uma Pousada no centro histórico do Porto. Agora vamos ver se é viável ou não, face ao sucesso que tivemos na de Lisboa”. Mas outras hipóteses estão a ser avaliadas, desde que sejam “cidades com alguma dimensão, com apetência turística”.
Questionado se no Programa Revive, lançado pelo Governo podem estar essas oportunidades de crescimento, o administrador das Pousadas de Portugal refere que “estamos a analisar. Não é só o do Estado, há várias hipóteses. A primeira coisa que temos de decidir é adquirir ou explorar, porque é uma grande diferença entre comprar um monumento ou alugá-lo. Aqui a prioridade é fazer a exploração de um património já edificado. Estamos atentos a essa oferta que existe”.
Contudo, esclarece que “há uma dimensão mínima que as Pousadas têm que ter para trazer resultados, dentro da gestão do Grupo Pestana, que se vejam e sejam importantes. Pousadas com menos de 40 ou 50 quartos dificilmente olharemos para elas, ou seja, ou é qualquer coisa fora do normal ou dificilmente abraçaríamos um projecto desses”.
Frederico Costa indica que estão também a ser analisadas hipóteses a nível internacional, “mas tem de ser com cuidado. Para já estamos a consolidar os resultados aqui em Portugal e com calma vamos ver o que é que se faz no estrangeiro”.
No entanto, esta expansão das Pousadas de Portugal vai depender da negociação e extensão do tempo do actual contrato da concessão da gestão das mesmas pelo Grupo Pestana. Recorde-se que o Grupo Pestana assumiu a gestão das Pousadas de Portugal em Setembro de 2003 por um período de 15 anos, com extensão de mais cinco anos. Frederico Costa explica “só vai haver mais Pousadas, se houver mais tempo para justificar o investimento”.
Crescimento de 19,4% nos nove primeiros meses de 2016
De Janeiro a Setembro, as Pousadas de Portugal, sob gestão do Grupo Pestana, verificaram um crescimento de 19,4% em proveitos comparativamente com o mesmo período de 2015.
No que diz respeito ao período do Verão, Frederico Costa indica que se registou um aumento de 17,7%, um valor inferior à média anual, o que é justificado pelo facto “estarmos a crescer também fora da época alta”.
No que diz respeito a mais resultados, o administrador das Pousadas de Portugal revela que a taxa média de ocupação tem-se fixado nos 59%, sendo que o preço médio atingiu os 109 euros.
Dos 329 mil clientes que dormiram nas Pousadas de Portugal nos primeiros nove meses de 2016, 31% dos clientes das Pousadas de Portugal são nacionais, sendo os restantes 69% estrangeiros, liderados pelo mercado inglês e alemão, seguidos por França, Espanha, Holanda e Estados Unidos da América, este último que tem apresentado o maior crescimento dentro das dormidas nas Pousadas. “Até ao final do ano, o mercado norte-americano deve terminar dentro dos três principais mercados internacionais”, referiu Frederico Costa.
Entre as 26 Pousadas geridas pelo grupo, a que maior destaque tem ao nível de performance é a Pousada de Lisboa, que é, inclusive, uma das unidades com melhores resultados dentro do grupo em geral.
No que diz respeito à divisão dos proveitos verificados dentro das Pousadas, 65% corresponde à quota do alojamento e 35% ao F&B. No Food & Beverage, que neste período em questão registou 649 mil refeições servidas, destaque para a Pousada do Castelo de Palmela, de Tavira, Viana do Castelo, Guimarães e Évora.