Reservas diretas não são para todos
As empresas que não têm recursos financeiros ou humanos para investir na sua marca, não se devem focar nas reservas diretas.
Num panorama como o atual, em que está a haver uma grande mudança de posicionamento dos gigantes de meta pesquisas é importante perceber a relação não só do turismo como um todo, mas particularmente das pequenas empresas com estes.
Sou um acérrimo defensor das reservas diretas, mas também da simbiose e parceria com os grandes players do mercado. Sei que há espaço para todos.
No Grupo atual onde me encontro a exercer funções de Diretor de Marketing fui responsável por um profundo rebranding. Aqui, mais uma vez pude comprovar que a teoria posta em prática é uma coisa bonita de se ver crescer. Conseguimos um crescimento fora de série e mais de 15% de reservas diretas, em menos de três meses.
Mas será que é para todos?
Não.
Reservas diretas não são complexas, mas valerão a pena?
Temos de entender que, para as reservas diretas serem lucrativas, o custo em marketing tem de ser necessariamente menos de 15% da mesma.
Isto complica o trabalho de marketing, porque, quer se queira, quer não, está-se a competir com os grandes jogadores do mercado, e esta percentagem é a sua base. E se então pusermos o preço ainda mais baixo no canal direto, diminui ainda mais essa percentagem.
Ora, e se eu disser que onde estou temos um custo bem inferior a isso?
É possível? – Sim.
É para todos? – Não. Não somos especiais, nem estamos a fazer nada que seja extraordinário. Estamos pura e simplesmente a criar impacto e a facilitar o processo de reserva. O extraordinário é o resultado.
As empresas que não têm recursos financeiros ou humanos para investir na sua marca, não se devem focar nas reservas diretas. É preciso ambos para tudo funcionar. Um website sozinho não faz milagres, nem uma rede social que mais parece uma agência imobiliária a tentar vender o hotel. Não é complexo, mas não é fácil.
Já não basta aparecer, temos de impressionar.