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Opinião

O desenvolvimento do Turismo nos territórios de baixa densidade

O Turismo em Espaço Rural e o Turismo de Habitação estimulam o consumo de produtos do meio agrícola para a alimentação, a comercialização de produtos locais, a criação de novos postos de trabalho, incrementando a igualdade de género no acesso ao emprego.

Opinião

O desenvolvimento do Turismo nos territórios de baixa densidade

O Turismo em Espaço Rural e o Turismo de Habitação estimulam o consumo de produtos do meio agrícola para a alimentação, a comercialização de produtos locais, a criação de novos postos de trabalho, incrementando a igualdade de género no acesso ao emprego.

Sobre o autor
Manuel Carvalho e Sousa

O desenvolvimento do Turismo nos territórios de baixa densidade deve fazer parte das políticas públicas de desenvolvimento rural, dos vários organismos públicos com responsabilidades nesta matéria, desde o Governo até às autarquias locais e em articulação com as empresas e associações.

É cada vez mais estratégico para o país o aumento do rendimento per capita das populações rurais para as fixar ao território, nomeadamente, através do apoio económico à recuperação do património das aldeias. Por outro lado, é também muito relevante a criação de instrumentos de estímulo à recuperação da paisagem e à eliminação das dissonâncias ambientais, para desta forma melhorar a qualidade de vida das populações, bem como da oferta turística e em meio rural.

A recuperação do património rural permite aumentar a oferta de alojamento em edifícios de valor patrimonial e a vivência desse mesmo património. Estimula-se a criação de empresas de animação turística e de prestação de serviços turísticos, diversificando a economia e a valorização da identidade local, bem como o gosto de pertença a esse território.

Com exceção do período da pandemia Covid-19, o Turismo é uma atividade em contínuo crescimento sempre e em termos mundiais. Em alguns países o seu impacte económico é muito significativo e este deve expandir-se não apenas nas cidades e faixa litoral, mas também no interior do país e nos territórios rurais.

O Turismo pode ser delapidador, quando em excesso pela pressão turística, tal como acontece em algumas cidades e locais patrimoniais específicos. No entanto, pode ser sustentador de pequenas economias, no meio rural, onde a pressão turística é geralmente baixa.

As economias do mundo estão cada vez mais dominadas pelo fenómeno da globalização, com o mundo em mudança, como que numa aldeia global. O destino de cada país é assim condicionado pelos eventos mundiais, pelas novas tendências, com os turistas à procura de novos territórios para poder descobrir e estar. Muitos turistas têm hoje também novas filosofias de vida, priorizando critérios como a preocupação com a saúde, sensibilidade crescente pela sustentabilidade ambiental e pela responsabilidade social.

O Turismo de Portugal desenvolve também políticas de apoio ao desenvolvimento rural, com a classificação de Turismo de Habitação e do Turismo no Espaço Rural, em que este último se divide em várias tipologias como o Agroturismo, com arquitetura rural tradicional e atividade agrícola associada; Casas de Campo, com arquitetura rural tradicional; Turismo de Aldeia, com um mínimo de 5 casas na aldeia; Hotéis Rurais, com arquitetura tradicional e Parques de Campismo Rural.

O Turismo em Espaço Rural e o Turismo de Habitação estimulam o consumo de produtos do meio agrícola para a alimentação, a comercialização de produtos locais, a criação de novos postos de trabalho, incrementando a igualdade de género no acesso ao emprego.

Assim, o desenvolvimento do Turismo em territórios de baixa densidade pode ser definido como uma estratégia de melhoria das condições de vida das populações que vivem em áreas rurais, através de processos sociais que respeitem e articulem os princípios da eficiência económica, a equidade social e territorial, a equidade patrimonial, a sustentabilidade ambiental, a participação cívica e a responsabilidade ambiental e social dos diferentes intervenientes.

O interesse nas políticas públicas de desenvolvimento rural tem aumentado significativamente na Europa e noutros continentes, em função dos fenómenos sociais emergentes como o êxodo rural, a exclusão social em áreas urbanas, o crescimento das cidades e das áreas costeiras, o tráfego intenso e poluição, a degradação do património rural, os fogos florestais e outros problemas ambientais, como é o caso da degradação da paisagem.

Sobre o autorManuel Carvalho e Sousa

Manuel Carvalho e Sousa

Docente do ISAG - European Business School
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