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Opinião

O Congresso da APAVT e o Réveillon

Quando vários atores trabalham de forma coordenada — sejam entidades públicas, empresas privadas ou associações de promoção turística — conseguimos transmitir uma imagem forte e coesa de Portugal enquanto destino turístico de excelência.

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O Congresso da APAVT e o Réveillon

Quando vários atores trabalham de forma coordenada — sejam entidades públicas, empresas privadas ou associações de promoção turística — conseguimos transmitir uma imagem forte e coesa de Portugal enquanto destino turístico de excelência.

Sobre o autor
José Miguel Pizarro

Para o seu 49.º congresso, a APAVT, de forma incisiva, apresentou a “Cidade APAVT, tema escolhido para simbolizar a união, diversidade e colaboração entre os diferentes players do setor”. De acordo com a Associação, é essencial olhar para o bem-estar coletivo e, ao mesmo tempo, gerir as consequências do crescimento da atividade turística, atraindo e integrando todos.

No que diz respeito à diversidade e inclusão, é de salientar a importância da APAVT no trabalho que tem desenvolvido em parceria com diversas entidades para a promoção de boas práticas em áreas como o turismo acessível para pessoas com mobilidade reduzida, surdez ou deficiências visuais.

No que concerne a colaboração, as virtudes da mesma constituem fatores determinantes para a oferta de um serviço de qualidade, permitindo a criação de valor para todos os envolvidos.

Na realidade, a colaboração entre empresas permite uma maior promoção conjunta dos destinos portugueses, tanto a nível nacional como internacional. Quando vários atores trabalham de forma coordenada — sejam entidades públicas, empresas privadas ou associações de promoção turística — conseguimos transmitir uma imagem forte e coesa de Portugal enquanto destino turístico de excelência.

De igual forma, especialmente em tempos de desafios globais como as mudanças climáticas, o turismo sustentável tornou-se um fator determinante. Aqui, a colaboração entre empresas para a redução do impacto ambiental, a preservação do património natural e a valorização das comunidades locais pode e deve transformar o setor, tornando-o mais resiliente e capaz de responder às exigências de um turista cada vez mais consciente.

No mesmo sentido do acima mencionado, importa realçar o que já fazemos, noutros contextos, que remetem igualmente para um espírito fazedor e de cooperação.

As redes colaborativas, formadas por grupos que se organizam com interesses em comuns, que agregam agentes turísticos e, em vários casos, entidades públicas desenvolvem ações de estruturação de produto e promoção de territórios no Interior de Portugal, tidos como débeis em recursos fundamentais para o desenvolvimento.

Perspetivam uma utilização sustentável do património natural, do património histórico e das manifestações culturais que dão identidade aos territórios ou inovando com experiências que passam pelo saber fazer local, passando a chamar a atenção do público em geral e dos operadores turísticos em particular para os novos destinos que se têm evidenciado em territórios de baixa densidade, concorrendo para reforçar a competitividade e a internacionalização do destino.

Estas são, igualmente, algumas das características das inúmeras festividades de réveillon que se realizam em Portugal.

Para as agências de viagens, o Réveillon é uma oportunidade de negócio, uma vez que muitos turistas procuram experiências personalizadas, com pacotes que incluem voos, alojamento, festas e eventos que reforçam a gastronomia, a enologia e a etnografia dos locais onde se realizam.

Por inusitado que possa parecer, o Congresso da APAVT e o Réveillon partilham uma relação que reforça o papel central do turismo na economia portuguesa. O congresso prepara as agências de viagens e os profissionais do setor para melhor atenderem à procura crescente durante e, igualmente, para o fim de ano, enquanto o Réveillon, por sua vez, concretiza algumas dessas mais valias oferecendo boas oportunidades de negócio.

Juntos, ajudam a consolidar Portugal como um destino turístico de eleição.

Sobre o autorJosé Miguel Pizarro

José Miguel Pizarro

Docente do ISAG – European Business School
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