CTP: “As empresas do turismo precisam de sentir que a [sua] atividade é prioritária para o Governo”
O presidente da CTP marcou presença na sessão de abertura do XIX Congresso ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal, onde também estiveram presentes João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, Fernando Garrido, presidente da Direção da ADHP, José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira e Alexandre Solleiro, CEO Highgate Portugal.
Carla Nunes
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Na sessão de abertura do XIX Congresso ADHP – Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal, que decorre entre 30 e 31 de março no Palácio de Congressos do NAU Salgados Palace, em Albufeira, Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) referiu que “as empresas do turismo precisam de sentir que a [sua] atividade é prioritária para o Governo, porque ela é de facto o motor da economia nacional”.
O presidente marcou presença nesta sessão de abertura através de uma apresentação em vídeo, onde frisou novamente a “urgência de um novo aeroporto na região de Lisboa”, de forma a existirem “infraestruturas aeroportuárias capazes de servir os turistas”.
Reportando-se ao tema do congresso deste ano, Francisco Calheiros apontou que “gerir na incerteza é, e muito bem, o tema principal deste congresso”, afirmando que “todos temos atualmente na nossa agenda a preocupação em como deve ser feita a gestão do dia-a-dia das empresas turísticas tendo em conta a incerteza em que ainda vivemos”.
Apesar de se referir a 2022 como “o ano do sorriso para o turismo” – com dormidas a ultrapassar os valores de 2019 e o mais rentável de sempre, com receitas turísticas superiores a 21 mil milhões de euros – o presidente da CTP referiu que “gerir um hotel continua a ser muito exigente, desde logo, tendo em conta a falta de mão de obra, a digitalização, a sustentabilidade e a pressão para oferecer aos clientes experiências cada vez mais personalizadas com serviço de excelência”.
Acrescentou ainda que para o país ter “mais e melhores turistas atraídos com uma oferta diversificada de qualidade sustentável, é necessário que estes, ao virem para Portugal, tenham as infraestruturas necessárias e que correspondam às suas expetativas”.
Se a mobilidade é “um ponto fulcral”, e se “até podemos ter importantes projetos para mobilizar a ligação entre as várias regiões”, Francisco Calheiros refere que “de nada nos servirão se os turistas não chegarem a Portugal”.
Numa nota final, o presidente da CTP referiu ainda a necessidade de “os apoios financeiros à recapitalização das empresas não continuem na gaveta”. Na sua opinião, “o acordo de produtividade e rendimentos tem de ser uma realidade”, além do “Governo reduzir a carga fiscal para que as empresas tenham melhores condições para voltar a investir”.