FMI alerta para ritmo desigual na vacinação e risco para o turismo
Para o Fundo Monetário Internacional, o ritmo desigual no processo de vacinação nas várias geografias coloca em risco a retoma da indústria do turismo.
Victor Jorge
Enoturismo no Centro de Portugal em análise
ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais
easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025
Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores
Do “Green Washing” ao “Green Hushing”
Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano
O Fundo Monetário internacional (FMI) veio, recentemente, admitir que a taxa de vacinação desigual por país colocará em risco a imunidade global.
Constituindo a grande esperança para a retoma da indústria do turismo, Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI, salientou, que a distribuição desigual de vacinas entre os países ricos e pobres manterá o vírus em expansão e mutação, pedindo aos países que “deixem de lado os controlos de exportação” e garantam que “as vacinas excedentes cheguem aos países pobres” para deixar para trás o mais rápido possível a crise pandêmica.
Segundo a responsável máxima pelo FMI, se isto não for alcançado e os países pobres não tiverem acesso às vacinas, “o mundo não controlará o coronavírus, que continuará a expandir -se e sofrer mutações, tornando-se talvez imune às vacinas atuais numa dessas mutações”.
Nos EUA, espera-se que a administração Biden cumpra o que prometeu, vacinando 90% da população até ao verão (as previsões é que todos os adultos estejam vacinados até 4 de julho), enquanto na Europa o mesmo ocorra até ao outono, embora seja reconhecido que a União Europeia esteja a falha no processo.
De acordo com um estudo conduzido pela Duke University nos EUA, a forma como as vacinas são distribuídas atualmente representa outro sério risco para a saúde pública em todo o mundo. Ou seja, verifica-se que os países mais ricos já compraram a maior quantidade das vacinas que serão produzidas este ano, enquanto os países mais pobres nem terão doses para administrar às suas populações mais vulneráveis.
De acordo com uma notícia recente da BBC, cerca de 90% dos habitantes de quase 70 países de baixo rendimento terão poucas possibilidades de serem vacinados contra a COVID-19 em 2021, enquanto alguns países mais ricos, como por exemplo o Canadá, compraram doses suficientes “para vacinar cinco vezes a sua população “.
De acordo com cálculos do FMI, um progresso mais rápido para acabar com a crise poderia adicionar 9 biliões de dólares ($9.000.000.000.000) ao PIB global até 2025, advertindo a responsável pela entidade que “as fortunas económicas globais estão perigosamente divergentes”.
Recorde-se que o FMI apresentou o seu relatório de projeção de primavera, onde elevou para 6% as estimativas de crescimento para a economia mundial, ante os 5,5% antecipados há três meses, impulsionados justamente pela recuperação das duas maiores economias do mundo.