Green Up. Programa de empreendedorismo já tem 3.ª edição assegurada
Adaptado devido à COVID-19, o programa Green Up regressou em 2020 para mais uma edição que ficou marcada pelo aumento das candidaturas. Prova do sucesso da iniciativa, que tem já assegurada a continuidade e que vai regressar para uma 3.ª edição em setembro de 2021.
Inês de Matos
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Adaptado devido à COVID-19, o programa Green Up regressou em 2020 para mais uma edição que ficou marcada pelo aumento das candidaturas. Prova do sucesso da iniciativa, que tem já assegurada a continuidade e que vai regressar para uma 3.ª edição em setembro de 2021.
Nascido em 2019, o Green Up é um programa de ideação em Turismo, promovido pela consultora Territórios Criativos e pelo Turismo de Portugal, que pretende encontrar e apoiar ideias inovadoras para soluções B2B ou B2C, com impacto positivo no meio ambiente, sociedade e economia, e que valorizem os recursos naturais. Na primeira edição, o programa recebeu 46 candidaturas, entre as quais foram selecionadas 33 ideias inovadoras que integraram as várias fases do projeto, que, nessa fase inicial, contava apenas com 40 entidades na bolsa de parceiros e oito mentores. O balanço foi, no entanto, positivo e, em 2020, arrancou a segunda edição do Green Up, num formato que, como diz ao Publituris Luís Matos Martins, CEO da Territórios Criativos, foi adaptado devido à pandemia, tendo-se tornado “maioritariamente virtual e focado mais nos territórios do interior”.
A opção por direcionar o programa de 2020 para os territórios do interior foi, segundo o responsável, uma resposta à tendência que a pandemia veio ditar, quando o “interior de Portugal revelou um conjunto de regiões que aumentaram a competitividade, enquanto território, o que lhe tem valido uma procura grande em termos de turismo e restauração, ao contrário do que se sucede nas zonas turísticas tradicionais do país”. “É necessário colocar esta competitividade ao serviço da fixação de pessoas nos territórios de origem e também acelerar a economia local, assim como aumentar a competitividade e a qualificação da oferta das empresas na área do Turismo que estão no interior do país. Este é o mote para o Green Up, aliado às questões da Economia Circular e Sustentabilidade”, explica Luís Matos Martins.
Nesta segunda edição, que arrancou oficialmente a 26 de outubro e termina em fevereiro, o Green Up recebeu 92 candidaturas, número que deixa o responsável satisfeito, já que representa “um aumento de 100% face à edição anterior”, sublinha o CEO da Territórios Criativos, revelando que o programa cresceu também ao nível dos parceiros, contando agora com a colaboração de 12 Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portugal, mais de 35 mentores e acima de 70 entidades parceiras. “Nesta edição do Green Up, contámos com mais de 35 mentores, todos eles profissionais de diversas áreas e de grandes empresas, assim como financiadores e investidores, que desempenharam um papel de mentoria e apoio no desenvolvimento de melhores projetos, acesso a uma vasta rede de contactos e possibilidade de financiamento e investimento em projetos”, revela o responsável. O sucesso que o projeto tem conheci – do ditou já a sua continuidade, com Luís Matos Martins a avançar que o Green Up vai regressar já este ano e que o objetivo é arrancar com “uma nova edição do Green Up em setembro de 2021”. “Já estamos a trabalhar com startups, empresas e micro-negócios que estão no interior e estão espalhadas de Norte a Sul do país e, mesmo que não estejam no interior do país, poderão contribuir para as empresas e pequenas empresas que já estão no interior”, acrescenta o responsável.
Etapas do programa
De acordo com Luís Matos Martins, “a 2.ª edição do Green Up surgiu com a necessidade de qualificar e adaptar a oferta ao contexto local”, tirando partido da dinâmica local, das populações, da gastronomia, do turismo e dos produtos endógenos, de forma a “potenciar a criação de produtos e de serviços”. Nesta edição, o programa focou-se ainda “no desenvolvimento de projetos para candidatura às linhas de financiamento que irão ser lançadas e para, posteriormente, terem capacidade de apoiarem empresas mais tradicionais, do pequeno comércio, em soluções complementares à atividade que já desenvolvem”.
O programa arrancou oficialmente em outubro, mas as candidaturas decorreram até dezembro. Pelo meio, decorreu um roadshow pelas Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portugal e, a 10 e 11 de dezembro, teve lugar um Bootcamp de ideação, que este ano decorreu online devido à pandemia e durante o qual os empreendedores receberam formação no âmbito das Finanças, Marketing, Sustentabilidade e Economia Circular, entre outras temáticas, e receberam feedback de mais de 35 profissionais das mais diversas áreas e de grandes empresas.
Atualmente, o Green Up está a entrar na fase de “mentoria e consultoria”, que vai ter lugar ao longo de janeiro e durante a qual os empreendedores vão, com apoio dos seus mentores, desenvolver os seus projetos e Pitches para a Final, que decorre a 27 de janeiro, em Coruche. Os vencedores vão ser recompensados com prémios monetários, com Luís Matos Martins a explicar que a organização tem “mais de 5.000€ para oferecer: 4.000€ (1º lugar), 1.000€ (2º lugar) e 500€ (3º lugar). Para além disto, todos os participantes terão a oportunidade de aceder à rede de parceiros de todo o programa”. A segunda edição do Green Up só fica, no entanto, concluída em fevereiro, já que ao longo do mês vão decorrer ainda sessões de follow-up com os mentores do programa.
Projetos
No final, o Green Up vai dar origem a novos produtos e serviços na área do Turismo Sustentável, com Luís Matos Martins a explicar que, “independentemente do projeto em questão, todos eles se debruçam sobre as questões da Sustentabilidade, Economia Circular e contribuem com soluções para um Turismo Sustentável”. Mas, face à edição do ano passado, há diferenças nos projetos apresentados, com Luís Matos Martins a apontar que, este ano, se notou, “comparativamente à edição anterior, que a componente digital foi transversal a todo o projeto e é um ponto comum aos vários projetos selecionados”. “Contamos não só com projetos exclusivamente turísticos, como uma agência de Turismo ou serviços que proporcionam experiências turísticas, mas também projetos que, por si só, não são turísticos, mas que trazem soluções e inovação para as empresas do setor”, refere, dando como exemplo os sistemas de recolha de resíduos, de compostagem e combate ao desperdício, assim como os projetos de componente mais tecnológica, como aplicações móveis ou plataformas eletrónicas. “A título de exemplo, temos a SWRS, que é um sistema de reutilização das águas cinzentas para descargas sanitárias, sem necessidade de obras. Pode ser instalado nas casas-de-banho dos hotéis, de alojamento local, de restaurantes e que permite a reutilização das águas resultantes dos banhos. Outro exemplo é a Sana Mente, uma aplicação que pretende agregar serviços e experiências na área do Turismo de Saúde e Bem-Estar em Portugal, com enfoque no interior do país. É uma plataforma que acaba por intermediar as empresas que têm produtos e serviços na área do Turismo de Saúde e Bem-Estar com os turistas”, exemplifica.